Uma quadrilha liderada por um megatraficante gaúcho foi desarticulada nesta quarta-feira durante uma ação policial internacional. Participaram da Operação Pedra Redonda, desencadeada no Brasil e Uruguai, a Polícia Federal (PF), a Interpol, o , Drug Enforcement Adm (órgão de Justiça dos Estados Unidos) e a polícia uruguaia. O bando traficava drogas sintéticas via internet, por meio de “farmácias virtuais”, segundo a PF.
O traficante gaúcho tem menos de 30 anos e levantou suspeitas por ter movimentação financeira desproporcional a uma pessoa sem atividade profissional definida. Ele possui vários milhões de dólares, mansões em Miami (EUA) e automóveis de luxo. Além disso, era um dos principais investidores de um banco ilegal que enviava dinheiro ao exterior, fechado durante a Operação Ouro Verde da PF, no início do ano passado.
O jovem foi capturado no Uruguai pela polícia local, depois de transitar por vários países da Europa para não ser localizado. Ele utilizava o país vizinho para encontrar comparsas e familiares. A família do rapaz, aliás, está entre os presos. Em Porto Alegre, foram detidos o pai, a mãe e um irmão do traficante, além de um amigo dele. Na Capital, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão. Estão envolvidos ainda jovens de pouco mais de 20 anos e com grande conhecimento de informática.
O grupo responderá pelos crimes de tráfico internacional de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. As penas somadas podem alcançar a 30 anos de reclusão.
A Polícia Federal ainda mantém em sigilo o nome dos envolvidos. Também não fotam liberadas fotos do grupo.
ZH/AE