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Infraero prepara PDV de R$ 171 mi

A Infraero (estatal que administra aeroportos) prepara o lançamento de um PDV (plano de demissão voluntária) que pode levar ao desligamento de 1.200 funcionários.

O PDV será lançado logo depois do presidente da Infraero, brigadeiro Cleonilson Nicácio, anunciar a demissão de 53 funcionários apadrinhados por políticos.

A demissão dos apadrinhados políticos da Infraero provocou revolta no PMDB, partido da base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Vários dos demitidos tinham ligações com caciques do PMDB.

A bancada do PMDB no Senado ameaçou votar contra propostas de interesse do governo. E uma parte reivindicou de Lula o cargo do ministro José Múcio (Relações Institucionais). Mas Lula sinalizou que manterá Múcio em sua equipe.

O PDV será destinado para servidores da Infraero com mais de 45 anos de idade e dez de trabalho na estatal. O custo do PDV será de até R$ 171 milhões.

Mônica Bergamo

Infraero quer administrar aeroportos no Exterior

O presidente da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), Sérgio Gaudenzi (foto), afirmou que a empresa vai fazer obras no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, independentemente do governador Sérgio Cabral privatizar ou nao o aeroporto. O anúncio foi feito durante a assinatura da ordem de serviço para a realização das obras do terminal 2 do Galeão realizada nesta segunda-feira (3).

Gaudenzi, disse hoje que a infraero está interessada em operar aeroportos internacionais. A empresa aguarda definições sobre uma possível abertura de capital da empresa – que está em estudo pelo BNDES –, para dar seguimento ao plano. “O aporte de capital privado é essencial para que a empresa se torne mais ágil e eficiente, assim como aconteceu com a Petrobras”, explica.

“A Infraero é a única empresa no mundo com 67 aeroportos sob sua administração, sendo 15 deles rentáveis. A nossa meta é usar todo este know how para a administração de aeroportos no Exterior”, afirma.

Gaudenzi contou, entretanto, não ser favorável à privatização dos aeroportos brasileiros,  preferindo a abertura de capital. Gaudenzi ressaltou ainda que, de qualquer maneira, esta é uma decisão que não compete a ele.

Como alternativa à privatização, Gaudenzi sugeriu o funcionamento da Infraero de forma semelhante à Petrobras, onde o governo tem liberdade para tomar decisões, mas o capital empregado é privado.

O presidente da infraero afirmou que, caso o aeroporto venha a ser privatizado, seu cargo estaria à disposição, já que é uma nomeação do governo.

G1/PanRotas

Gravação prova: Casa Civil pressionou Infraero

Vencido o primeiro obstáculo do processo de “salvamento da Varig” em junho de 2006 com a aprovação na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Casa Civil da Presidência da República partiu para uma segunda rodada de pressões, desta vez em cima do maior credor público da empresa aérea, a Infraero.

Mesmo com a confessa desconfiança de ilegalidade no processo – hoje sabe-se que ocorreu fraude no aval concedido para a venda da VarigLog para a Volo -, o brigadeiro José Carlos Pereira disse que votaria “conforme orientação da Casa Civil”, mas tinha sérias dúvidas se esse caminho não significaria um calote de cerca de R$ 740 milhões. O voto aconteceria na assembléia de credores da Varig no mês seguinte, e pavimentaria o caminho para o leilão da Varig, que foi comprada pela ex-subsidiária VarigLog.

Esse jogo de pressões fica evidente em gravação do dia 26 de junho de 2006, feita durante uma reunião de diretoria da Anac pela então diretora Denise Abreu ( clique aqui e ouça a gravação). O encontro aconteceu dois dias após a tumultuada tarde de trabalho que levou a Anac a aprovar a operação com a Volo, que repassou o controle indireto da VarigLog a sócios estrangeiros, o que não é permitido pela lei brasileira.

Durante uma reunião da diretoria da agência, o brigadeiro José Carlos telefona para a então diretora Denise Abreu, em busca de esclarecimentos sobre o caso. Ele já havia declarado que considerava o negócio “impatriótico”. Porém, afirma que seguirá a instrução da Casa Civil.

A Infraero, hoje, sequer informa o valor da dívida, ainda pendente. A velha Varig deve R$ 7 bilhões a seus credores – somente teria pago cerca de R$ 30 milhões para o fundo de pensão Aerus.

Geralda Doca e Leila Suwwan – O Globo

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