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#ARTE: Tesouros secretos de Pompeia no Museu Britânico

Postado no Blod de  margaritasansone 

Remorso de credor patrocina cultura europeia. O poderoso banco Goldman & Sachs patrocina exposição de tesouros do Gabinete Secreto do Museu Arqueológico Nacional da Itália no British Museum. As peças, reunidas num Gabinete Secreto, em 1817, de forte apelo erótico pagão, nunca haviam saído da Itália. As crises econômicas também promovem milagres culturais, tudo por dinheiro.

Após abater (economicamente) a Grécia, a Itália, a Espanha, a Irlanda e Portugal, o poderoso banco Goldman & Sachs mostra seu lado mecenas da cultura ocidental.

Abre a mostra o retrato erótico de casal, afresco da casa de Cecilius Jucundus, um prósperoargentarium, isto é, banqueiro da época. Ali também o afresco com retrato do patrício Terencius e sua bela mulher, portando estiletes, símbolo de amor à poesia escrita. E uma elegante jarra para servir vinho em forma de cabeça feminina, em metal esmaltado.

Tesouros das cidades destruídas pela erupção do vulcão Vesúvio, no ano 79 depois de Cristo, causam sensação na mídia moderna. Peças eróticas conservadas trancadas, em Nápoles, desde 1817 até 2000 – quando caiu a censura. Aqui estátua da Fortuna, a deusa cruel que visita os mortais apenas uma vez na vida, um tintinambulum fálico, lampadário com sinos, para espantar maus olhados, e um afresco de casal na alcova.

Foi a descoberta de Pompéia Herculanum e Castelamare di Stabbia, cidades balneárias do golfo de Nápoles, soterradas pela erupção do vulcão Vesúvio, que criou o termo “pornografia”, ainda no século 18.

Principalmente na Alemanha circularam fascículos com representações (litho) gráficas das pinturas e objetos de forte apelo erótico, encontrados nas escavações mediterrâneas perto de Nápoles e Sorrento.

Ali também, o mosaico que adverte casa sob guarda de cão feroz Cave Canem. Sapo em cerâmica proveniente do antigo Egito. Estátua votiva de magistrado, provavelmente um dos deuses lares, antepassado dos donos da casa onde foi encontrado.

Uma frisa dionisíaca,em mármore branco, mostrando a bacante a oferecer vinho com ambrosia ao seu amado, notável moldura, isto é dintel, de uma porta de casa patrícia.

E finalmente, o deus do vinho e das orgias, Baco, diante do Vesúvio, vestido de uvas, sobre a Serpente da Terra – que quando se manifestou destruiu, pelo fogo, pelas lavas e pelas águas, aquele paraíso do mundo antigo, lugar de villeggiatura al mare das abonadas famílias patrícias do Império Romano. Até hoje o Golfo de Nápoles é um dos lugares mais privilegiados do mundo, tanto em beleza natural, como nas primícias do mar e da terra, na música e na arte. Sobre isto, Goethe foi definitivo, no seu livro Viaggio in Italia: – é melhor ser mendigo em Nápoles do que rei na Alemanha…

Embaixador salvou centenas de vidas durante o Holocausto.

Souza_Dantas[1]Passaportes diplomáticos já salvavam vidas. Luiz Martins de Souza Dantas, embaixador do Brasil em Paris até 1942, salvou mais de mil pessoas de serem enviadas a campos de extermínio (judeus, gays, comunistas e artistas), entregando-lhes o documento. A corajosa atitude do diplomata contrariou o ditador Getúlio Vargas, simpático aos nazistas. O papel desse herói brasileiro será relatado a Dilma neste domingo, Dia do Holocausto, em encontro com a comunidade judaica.

O Brasil teve seu próprio Oscar Schindler. Como o famoso empresário retratado no filme de Steven Spielberg, o diplomata Luiz Martins de Souza Dantas (1876-1954), embaixador brasileiro em Paris de 1922 até 1942, foi reconhecido oficialmente pelo Museu do Holocausto (Yad Vashem) em Jerusalém, por ter emitido centenas de vistos durante os anos mais duros da repressão nazista na Europa.

Sem alarde e lutando contra recomendações oficiais do governo Getúlio Vargas, Souza Dantas salvou comprovadamente 475 pessoas de morrerem em campos de extermínio.

O número certo de pessoas – judeus, homossexuais, comunistas e outras vítimas do nazismo – que encontraram a salvação graças à assinatura de Souza Dantas não é conhecido. O historiador carioca Fábio Koifman, 38 anos, diretor de Pesquisas da Universidade Estácio de Sá, acredita que possa passar de mil. Foi graças a Koifman e a seu livro Quixote nas Trevas, que o diplomata foi reconhecido, por unanimidade, com meio século de atraso, pelo conselho do museu, no último dia 2. Koifman deve ir a Jerusalém para a cerimônia, a ser realizada ainda este ano, na qual o diplomata receberá, postumamente, honrarias.

Só 18 diplomatas foram reconhecidos, até hoje, como ”Justos entre as Nações” (denominação dada aos que arriscaram suas vidas para ajudar vítimas do Holocausto). Souza Dantas é o 19º. Não fosse por ele, o ator e teatrólogo polonês Zbignew Ziembinski, por exemplo, nunca teria chegado ao Brasil.

Outro que teria perecido na Europa seria o ”anônimo” brasileiro, nascido em Antuérpia, Raphael Zimetbaum, 75 anos, morador do Rio.

– Ele falou para os meus pais e tios que tinha certeza de que estaria salvando as nossas vidas – conta Zimetbaum, que nunca conheceu o diplomata pessoalmente, mas o idolatra.

Na lista dos 18 diplomatas ”justos” figura uma brasileira: Aracy de Carvalho-Guimarães Rosa, que foi assistente do embaixador brasileiro em Berlim durante a Segunda Guerra Mundial. Também pouco conhecida, ela salvou cerca de 80 pessoas, emitindo vistos por conta própria. O feito de Souza Dantas, no entanto, é considerado bem maior, não pela quantidade de pessoas a quem conseguiu dar asilo, mas pelo risco pessoal que correu.

Souza Dantas foi várias vezes advertido pelo Ministério das Relações Exteriores e ficou numa espécie de prisão domiciliar alemã por 14 meses. Além disso, escapou por pouco das penalidades de um inquérito administrativo aberto pessoalmente por Getúlio Vargas, em outubro de 1941. O processo só não foi até o fim porque, no ano seguinte, o Brasil cortaria relações com a Alemanha e Getúlio decidiu abafar o caso.

– Estamos muito felizes com o reconhecimento oficial. Naquela época, poucos governos estavam abertos a dar asilo às vítimas dos nazistas – diz Eitan Surkis, ministro conselheiro da Embaixada de Israel em Brasília. (Colaborou Pedro Malburg)

Filme:  Homem sensível e elegante, um charmeur nato, grande amante das mulheres, coube a Souza Dantas pronunciar o primeiro discurso da história nas Nações Unidas, colocando o seu nome, definitivamente dentre os mais importantes da diplomacia mundial. Mas, em seu próprio país, permanece desconhecido. Essa é a história que “Bom para o Brasil” contará. O filme está em pré-produção e captação dos recursos necessários a sua realização, já tendo sido tomados alguns depoimentos, como os dos beneficiados por vistos do embaixador: Raphael Zimetbaum, Chana Strozemberg e o economista americano Felix Rohatyn. Também foi feita uma grande pesquisa de imagens nos arquivos europeus e americanos da II Guerra Mundial, o que, esperam os produtores, garantirá uma grande qualidade ao filme, que colocará o embaixador Luiz Martins de Souza Dantas definitivamente na memória dos que aqui nasceram e de muitos dos que escolheram o nosso país para recomeçar as suas vidas.

Japonês usa latinhas de alumínio para montar esculturas de ícones como Batman e Pikachu

Estátuas colecionáveis de seu personagem favorito são caras e certamente vão abrir uma fenda em sua conta bancária. O artista japonês Macaon, no entanto, tira suas obras colecionáveis do lixo, mais especificamente, de latinhas de alumínio.
Algumas latas de cerveja viram a camisa verde de Luigi, enquanto as asas de Buzz Lightyear trazem o roxo de embalagens de refrigerante de uva. O resultado é brilhante e extremamente fiel. Confiram:

Eis o homem que torturou Dilma

Publicado em 01/07/2012 em O Globo de domingo

O homem que torturou  e quebrou um dente de  Dilma

Capitão do Exército e chefe de uma equipe de interrogatório da Operação Bandeirantes (Oban), Benoni Albernaz surrou e quebrou um dente da então prisioneira política Dilma Rousseff, revela THIAGO HERDY. Albernaz, que morreu de enfarte em 1992, chegou a ser condecorado pelo governo de São Paulo, mas foi acusado de extorsão, condenado por falsidade ideológica pela Justiça Militar e caiu em desgraça na própria família

O capitão que socou o rosto de Dilma, em 1970

“Quando venho para a Oban, deixo o coração em casa”, dizia o militar de quem a presidente não consegue se esquecer

RELATOS DOS PORÕES

SÃO PAULO . O capitão Benoni de Arruda Albernaz tinha 37 anos, sobrancelha arqueada, riso de escárnio e fazia juras de amor à pátria enquanto socava e quebrava os dentes da futura presidente do Brasil Dilma Vana Rousseff, na época com 23 anos. Ele era o chefe da equipe A de interrogatório preliminar da Operação Bandeirante (Oban) quando Dilma foi presa, em janeiro de 1970. Em novembro daquele ano, seria registrado o 43 entre os 58 elogios que Albernaz recebeu nos 27 anos de serviços prestados ao Exército.

“Oficial capaz, disciplinado e leal, sempre demonstrou perfeito sincronismo com a filosofia que rege o funcionamento do Comando do Exército: honestidade, trabalho e respeito ao homem”, escreveu seu comandante na Oban, o tenente-coronel Waldyr Coelho, chamado por Dilma e por colegas de cela de “major Linguinha”, por causa da língua presa que tinha.

Um torturador com diploma do Mérito Policial

Quinze anos depois, os caminhos percorridos por Albernaz não o levaram à condição de herói nacional, como ele imaginava. Registro bem diferente foi associado a seu nome na sentença do Conselho de Justiça Militar em que foi condenado a um ano e seis meses de prisão por falsidade ideológica. “Ética, moral, prestígio, apreço, credibilidade e estima são valores que o militar deve desfrutar junto à sociedade e ao povo de seu país. A fé militar e o prestígio moral das instituições militares restaram danificadas pelo comportamento do réu”, concluiu o presidente do conselho, João Baptista Lopes.

A prensa nada tinha a ver com as sessões de tortura comandadas por Albernaz na Oban. Sua agressividade parecia se encaixar como luva na estrutura criada para exterminar opositores do regime. Apenas um ano depois de torturar Dilma e pelo menos outras três dezenas de opositores, ele recebeu das mãos do então governador de São Paulo, Abreu Sodré, o diploma da Cruz do Mérito Policial.

Filho de militar que representou o Brasil na 2 Guerra Mundial, Albernaz nasceu em São Paulo e seguiu a carreira do pai. Classificou-se em 107 lugar na turma de 119 aspirantes a oficial de artilharia em 1956, mesmo ano em que se casou. Serviu no Mato Grosso do Sul antes de ser transferido para Barueri, em São Paulo, no início dos anos 1960.

Tinha fixação pela organização de paradas de Sete de setembro. Estava na guarda do QG do Exército na capital paulista, em fevereiro de 1962, quando o comandante foi alvo de atentado à bala. Conseguiu correr atrás do autor e o espancou. Virou pupilo do general Nelson de Mello, que mais tarde viraria ministro da Guerra no governo de João Goulart.

Estava em férias na noite do golpe militar de 1964 e, ainda assim, apresentou-se espontaneamente para o serviço. Em 1969, representou o comando de sua unidade na posse do secretário de Segurança Pública de SP, o general Olavo Viana Moog, um dos futuros comandantes do grupo que exterminou a Guerrilha do Araguaia.

Neste mesmo ano foi convocado pelo general Aloysio Guedes Pereira para servir na recém-criada Oban, centro de investigações montado pelo Exército para combater a esquerda armada. Foi lá que Dilma o conheceu.

“Quem mandava era o Albernaz, quem interrogava era o Albernaz. O Albernaz batia e dava soco. Começava a te interrogar; se não gostasse das respostas, ele te dava soco. Depois da palmatória, eu fui pro pau de arara”, disse a presidente em depoimento dado, no início dos anos 2000, para o livro “Mulheres que foram à luta armada”, de Luiz Maklouf Carvalho.

Em 2001, em relato à Comissão de Direitos Humanos de Minas Gerais, Dilma afirmou que já tinha levado socos ao ser interrogada em Juiz de Fora (MG), em maio de 1970, e que seu dente “se deslocou e apodreceu”. No mesmo depoimento, ela explicou: “Mais tarde, quando voltei para São Paulo, Albernaz completou o serviço com socos, arrancando meu dente”.

Telefone de magneto era usado para choques elétricos

Albernaz era conhecido por se divertir dizendo aos presos que, por ser muito burro, precisava ouvir respostas claras. Tinha na sala um telefone de magneto que era usado para “falar com Fidel Castro”, metáfora para a aplicação de choques elétricos, segundo relato de Elio Gaspari no livro “A Ditadura Escancarada”.

“Quando venho para a Oban, deixo o coração em casa”, explicava às vítimas. Uma delas foi o coordenador do sequestro do embaixador americano Charles Elbrick, Virgílio Gomes da Silva, o Jonas, primeiro preso a desaparecer após a edição do AI-5.

O mesmo general que convocara Albernaz para a Oban anos depois assinou relatório informando que Jonas “evadiu-se na ocasião em que foi conduzido para indicar um aparelho da ALN”. Trinta anos depois, O GLOBO noticiaria a existência de um relatório em que militares admitem a morte do guerrilheiro em decorrência de “ferimentos recebidos”.

– Albernaz era um homem terrível, o torturador mais famoso da Oban naquela época – confirmou ao GLOBO Carlos Araújo, ex-marido de Dilma, que foi preso alguns meses depois dela e submetido aos mesmos procedimentos da ex-mulher.

Renegado pelo Exército e atolado em dívidas
O trabalho na Operação Oban fez com que Benoni Albernaz caísse em desgraça na própria família. Aposentado e dono de uma fazenda em Catalão, Goiás, o pai se chateava ao saber do comportamento do filho:
— Ele usava o poder que tinha para extorquir as pessoas, e o pai ficava triste. Sempre foi uma família esquisita, muito desunida — conta a dona de casa Maria Lázara, de 60 anos, irmã de criação do capitão.
— Olha, acho que uma vez ele caiu do cavalo numa parada militar, antes da ditadura, e o cavalo pisou na nuca dele. A partir daí, ele não ficou bom da cabeça — supõe a prima Noemia da Gama Albernaz, que hoje vive em Cuiabá.
Albernaz deixou a Oban em fevereiro de 1971, quando o aparelho já havia se transformado no DOI-Codi. Por três vezes tentou fazer o curso de operações na selva, mas teve a matrícula recusada. Foi transferido para o interior do Rio Grande do Sul, passando da caça a comunistas às operações de rotina em estradas de fronteira. O Exército tentava renegá-lo. Em março de 1974, foi internado em Porto Alegre, vítima de envenenamento.
Albernaz tinha problemas com dinheiro. Foi denunciado pelo menos cinco vezes por fazer dívidas com recrutas e não pagá-los, apesar das advertências de seus superiores. Estava lotado no setor medalhístico da Divisão de Finanças do Exército, em Brasília, quando foi declarado inabilitado para promoções, por não satisfazer a dois requisitos: “conceito profissional” e “conceito moral”. Em março de 1977, o presidente Ernesto Geisel o transferiu para a reserva.
Em um escritório no Centro de São Paulo, passou a coagir clientes a comprar terrenos vestido com farda falsificada de coronel — embora tivesse sido transferido para a reserva como major — e dizendo-se integrante do SNI.
— Você é uma estrela de nossa bandeira. Vamos investir juntos, ombro a ombro, peito aberto — dizia aos clientes, segundo registros de reclamação levadas ao Exército, pistas que levariam à sua condenação por falsidade ideológica.
Em 1980, intermediou transações de ouro de baixa qualidade no Pará, vendendo como vantagem seu acesso aos garimpos. Nunca foi responsabilizado pelo espancamento, por encomenda, de um feirante de origem japonesa.
— Se não pagar agora, vai preso para o Dops — ameaçou, já em 1979, quando não mais pertencia ao Exército.
O agredido foi à delegacia prestar queixa e, ao saber disso, Albernaz baixou no local.
— Sou amigo íntimo do presidente da República, foi ele quem me deu isso — falou ao delegado, mostrando a pistola Smith & Wesson. — Na lista de torturadores, sou o número 2.
No fim dos anos 1980, Albernaz estava atolado em dívidas. Não conseguiu pagar a hipoteca e foi acionado pelo menos quatro vezes em ações de execução extrajudicial. Sofreu um infarto quando estava no apartamento da namorada, nos Jardins, em São Paulo, em 1992. Chegou morto ao Hospital do Exército. Deixou três filhos e herança de R$ 8,4 mil para cada, resgatados 15 anos após sua morte, quando fizeram o inventário. Nenhum deles quis falar ao GLOBO.
— Siga em frente com o seu trabalho, que a gente está seguindo em frente aqui também — disse o filho Roberto, dentista, desligando o telefone.
— Isso é coisa do passado, gostaria que não me incomodasse — completou a também dentista Márcia Albernaz.
— Esquece nossa família, vai ser melhor para você — disse Benoni Júnior, médico do Exército.

Leia mais em: O Esquerdopata: Vida e morte do torturador Benoni Albernaz

O GLOBO

Bahrein leva menino de 11 anos a julgamento por suposta participação em protesto

Ali Hasan diz que só estava brincando na rua quando foi preso

Em uma época onde a maioria dos meninos de 11 anos está de olho nas  férias escolares, Ali Hansen está se preparando para seu julgamento.

Na manhã desta quarta-feira, 20, o aluno do ensino fundamental do subúrbio de Manama, no Bahrein, apresentou-se a um tribunal para ouvir as acusações contra ele. A promotoria alega que Hassan ajudou a bloquear uma rua com lixeiras e pedaços de madeira durante uma manifestação antigoverno no mês passado.

Em uma entrevista dada por telefone ao Guardian, Ali disse que no dia que antecedeu sua prisão houve conflito nas ruas entre a polícia e manifestantes.  ”Os manifestantes bloquearam as ruas ateando fogo em pneus e usando latas de lixo”, disse Hassan por telefone de sua casa, no subúrbio de  Bilad al-Qadeem.

O governo do Bahrein tem sido implacável na perseguição aos acusados de envolvimento nos protestos, que já duram 15 meses, contra a dinastia Khalifa, com acusações contra médicos, enfermeiros e ativistas de direitos humanos. O caso de Ali Hasan abre mais um precedente na repressão à sociedade civil. Ele é tido como o mais novo barenita a ser levado a julgamento por ligações com revoltas.

Hassan chegou a passar semanas na prisão, onde fez suas provas escolares antes de ser solto através de fiança. Após sua prisão, foi levado a diversas delegacias onde diz ter sido forçado a confessar participação nos protestos contra o governo. ‘Eu chorava o tempo todo. Eu disse que confessaria qualquer coisa para voltar para casa’, afirmou.

O pai de Hassan, Jasem Hasan, revendedor de peças de automóveis, disse que seu filho foi levado de volta à detenção um dia depois de sua prisão. “Eu estava viajando na época. Quando telefonei para a mãe dele ela chorava muito. Ela chorou durante todo o tempo em que Ali esteve preso”.

Prisão infantil

Hassan passou um mês na prisão em um cárcere com outros três meninos e era forçado a fazer a limpeza do lugar. O menino disse se sentir como um animal preso em uma jaula e nunca mais quer voltar à prisão. “Nós acordávamos cedo, por volta das 6h30, e tínhamos tarefas para fazer. O primeiro dia foi horrível. Eu chorei o tempo inteiro, mas acabei me tornando amigo dos outros meninos, e nós podíamos brincar durante quatro horas por dia. Mas o resto do dia passávamos trancados em um quarto”.

O promotor chefe para menores de 18, Noura Al-Khalifa, disse que Hassan foi detido enquanto bloqueava ruas e que ele participava da manifestação. O pai de Hassan nega as acusações. “Eles dizem que meu filho aceitou dinheiro para incendiar pneus e bloquear as ruas. Não somos ricos, mas temos o suficiente, e meu filho não precisa ir procurar dinheiro nas ruas. Eu sempre dou dinheiro suficiente para ele”.

O advogado de Hassan, Mohsen al-Alawi, diz que o menino não teve nada a ver com a manifestação. “Ali não é um ativista político nem um manifestante. Ele só estava brincando como outras crianças de sua idade”.

A Organização Internacional dos Direitos Humanos demonstrou preocupação pelo fato de o menino não estar acompanhado durante seu interrogatório. “Parece que a única evidência contra ele é a sua confissão e o testemunho de um policial”, disse Mariwan Hama-Saeed, membro da organização.

Os governos da Inglaterra e dos EUA têm sido criticados por manter relações próximas com o Bahrein e não denunciar abusos de direitos humanos durante revoltas que já causaram um grande número de mortes. O ministro das Relações Exteriores dos EUA para o Oriente Médio, Alistair Burt, que visitou o Barhein semana passada, incentivou o avanço das reformas no país e disse que ainda há muito por fazer.

Hassiba Hadj Sahraoui, vice diretora da Anistia Internacional no Oriente Médio e Norte da África, disse estar espantada com o caso. “Prender um menino de 11 anos, interrogá-lo durante horas sem um advogado, antes de julgá-lo por falsas acusações mostra uma falta de respeito por seus direitos de fazer cair o queixo”.

Ela acrescentou que esse tipo de tratamento está completamente fora de sintonia com os padrões internacionais. “Esse caso demonstra os excessos que as autoridades do Bahrein utilizam para esmagar as manifestações. Espero que eles recuperem o senso e retirem todas as acusações contra Ali Hasan”.

Mandela: arquivos e cartas são disponibilizados online

Em projeto que tem o apoio da Google, foram colocados na internet arquivos sobre Nelson Mandela.
São milhares de cartas, fotografias e documentos relativos ao ex-presidente da África do Sul, colocados on line nesta terça-feira, 27, em um projeto que visa a aumentar o acesso aos arquivos que detalham sua longa caminhada para a liberdade.

Entre os itens, incluindo cartas que Mandela escreveu para sua família que foram contrabandeadas para fora da prisão, o seu cartão de membro da Igreja Metodista de cerca de 80 anos atrás e diários escritos à mão foram digitalizados e dispostos em um site (archive.nelsonmandela.org) projetado para parecer uma exibição de museu.

O projeto, com um custo inicial de US$ 3 milhões, foi elaborado pelo Centro de Memória Nelson Mandela e pelo Instituto Cultural Google. É o primeiro projeto deste tipo do Google, que assegurou que o material está aberto a todos e os detentores de direitos autorais originais mantêm seus direitos. O Google está planejando usar esse projeto como um trampolim para trazer mais conteúdo online de outras figuras históricas do século XX.  http://archive.nelsonmandela.org/#!home

Ndileka Mandela, a neta do ex-presidente, disse que ele sempre foi um homem progressista e está radiante pelo arquivo online. “Embora desejássemos considerá-lo apenas nosso avô, ele é uma figura pública. A publicação das cartas que ele escreveu para vários membros da família não é realmente um problema, porque mostra às pessoas que ele é um ser humano”, disse.

Mandela, 93 anos, foi submetido a um exame abdominal no mês de fevereiro que mostrou que não havia nada errado com o homem agraciado com o Prêmio Nobel da Paz por ajudar a derrubar o regime do Apartheid na África do Sul.”Para um homem da sua idade, ele está indo bem. Ele não perdeu seu senso de humor”, afirmou Ndileka Mandela.

http://archive.nelsonmandela.org/#!home

Hitler teve um filho na França


Jean-Marie Loret morreu em 1985, aos 67 anos. Ele seria apenas mais um cidadão francês não fosse por um simples detalhe: ele nasceu de um namoro de sua mãe, Charlotte Lobjoie, com um soldado alemão da I Guerra Mundial chamado Adolf Hitler.

A moça, então com 16 anos, conheceu um soldado alemão em férias na região de Lille, no norte da França. O rapaz estava desenhando e isso acabou atraindo a curiosidade da francesa.

Como a maioria dos filhos de soldados alemães e mulheres francesas, Jean-Marie Loret foi discriminado na escola. Sua mãe nunca revelou a identidade de seu pai e ele acabaria sendo entregue para ser adotado por uma família de sobrenome Loret. Hitler nunca reconheceu o filho, mas manteve contato com Charlotte ao voltar para a Alemanha.

À beira da morte, Charlotte revelou ao filho quem era seu verdadeiro pai, um dos ditadores mais famosos da história. Loret acabaria lutando na II Guerra Mundial contra as tropas alemãs comandadas pelo seu pai legítimo.

Investigando o seu passado, Loret descobriu que tinha o mesmo tipo sanguíneo, semelhança física e a mesma caligrafia de Adolf Hitler. Outro indício são documentos oficiais do exército alemão comprovando que Hitler enviou dinheiro para Charlotte na França.

Loret também encontrou nos pertences da mãe vários desenhos assinados por Hitler. Na Alemanha, nos documentos do ditador foi achado um desenho idêntico ao rosto de Charlotte Lobjoie.

@Telegraph

Bens da última primeira dama da ditadura vão para leilão

O leiloeiro Roberto Haddad passou pelo martelo, ontem à noite, obras de arte e objetos que pertenceram ao acervo de Dulce Figueiredo, a última primeira dama do regime militar, que morreu em junho passado.

Os filhos de Dona Dulce não queriam a divulgação, mas foram convencidos  depois que o leiloeiro confidenciou a eles que peças oriundas de um acervo conhecido sempre sobem de preço. Aliás, foi o mesmo Roberto Haddad quem leiloou os bens do ex-presidente João Figueiredo, que sua viúva colocara à ven

O leilão vai até o dia 6. Na quarta e quinta da próxima semana, a casa venderá jóias, muitas das quais foram da ex-primeira dama.

Do Blog de Anna Ramalho

Loja em São Paulo vende bonecos de líderes nazistas

Bonecos articulados, com mudas de roupas e acessórios personalizados são comuns em lojas de todo o país. Mas um trio em especial, à venda em uma loja na rua da Consolação, no centro de São Paulo, chamou a atenção por um diferencial polêmico: ser a representação fiel de Hitler e de dois outros oficiais da Alemanha nazista.

À venda no aniversário da morte de Hitler, dia 30 de abril, o que mais chamava a atenção era o boneco de Heinrich Himmler, chefe da polícia e figura-chave na organização do Holocausto. Muito detalhado e realista, Himmler vem em uma caixa com outras gravatas, um uniforme adicional e sapatos extras para serem combinados.

Os bonecos incomodaram a comunidade judaica. Alberto Zacharias Toron, advogado criminalista, diz que irá se colocar “à disposição da Federação Israelita para tomar as providências legais cabíveis para se apurar o crime de instigação racista, previsto em lei”.

O dono da loja, Rodolfo Pranaitis, afirma que os produtos “são apenas a representação de figuras históricas. Na própria caixa está escrito que é apenas um boneco e que não há a intenção de ofender as pessoas ou apoiar os crimes cometidos durante a guerra”.

Ele diz ainda que não pretende tirar os bonecos da loja. Himmler sai pela bagatela de R$ 799,00. Já Hitler, menos personalizável (não é possível trocar os sapatos ou a calça do ditador), custa R$ 599,00. A loja conta ainda com bonecos de super-heróis e personagens de filmes. Após analisar as fotos dos bonecos feitas pela reportagem, a Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), da Polícia Civil, informou que irá avaliar se a venda deles representa ou não algum tipo de apologia ao nazismo.

Japones e sua relação com o povo judeu

A teoria de que os japoneses são descendentes das Dez Tribos Perdidas foi exposta pela primeira vez por N. Mcleod em Tóquio, por volta de 1870, e mais tarde desenvolvida por outros pesquisadores.

De acordo com a história japonesa antiga, os japoneses que imigraram para as atuais ilhas e lá se estabeleceram eram tribos obscuras de origem desconhecida. O reino que fundaram foi chamado de Yamato, palavra que não tem um significado definitivo em japonês.

Como se chamavam de “Filhos dos Deuses dos Céus”, a palavra Yamato pode ter derivado da expressão aramaico-hebraica Ya-Umato, que significa “Nação de D’us.” De forma semelhante, o antigo título para os imperadores japoneses, Sumera Mikoto, é sugestivo do hebraico antigo para “Sua Majestade Imperial de Samária”. Em 1930, o estudioso japonês Dr. Jenricho Oyabe fez a suposição de que Mikado — o imperador japonês — era descendente da tribo de Gad (enquanto os judeus que hoje moram em Kyoto se dizem descendentes da tribo de Zebulon).

Outros sugerem que o termo “samurai” faz lembrar Samária.

Entalhes preservados pelos samurais mostram os primeiros imigrantes vestidos de maneira muito semelhante à dos antigos assírios; eles também observavam ritos semelhantes àqueles observados pelos judeus.

O primeiro rei conhecido do Japão era chamado Osee e reinou aproximadamente em 730 a. C. Ele foi identificado com o último rei de Israel, Oséias, que morreu mais ou menos na mesma época, isto é, durante o exílio assírio das Dez Tribos de Israel. Há milhares de palavras japonesas sem origem etimológica no japonês e que podem ter sua origem no hebraico antigo. Por exemplo:

HEBRAICO ||| JAPONÊS
Agum – triste, angustiado ||| Agumu – ficar deprimido
Daber – falar ||| Daberu – bater papo
Goi – um não judeu, estrangeiro ||| Gai – prefixo que designa um não japonês ou um estrangeiro
Kor – frio ||| Koru – congelar
Knesset – assembléia, parlamento ||| Kensei – um governo constitucional
Shena – sono ||| Shin – ir dormir

Há similaridades marcantes entre o hebraico antigo e a história japonesa. Por exemplo, os antigos japoneses começaram sua história no ano de Kinoye Tora, que pode ser interpretado como “alcançando a Toráh”, em hebraico. Da mesma forma, muitas das leis promulgadas durante a era Taikwa (após a ascensão do imperador Kotoku ao trono no século VII), com o propósito de melhorar a administração civil e introduzir padrões mais nobres de justiça social e ética, são surpreendentemente reminiscentes das leis hebraicas do Velho Testamento: por exemplo, a nacionalização da terra, a redistribuição da terra no sétimo ano (em contraste com o restante do VelhoTestamento), a proibição de maltratar o próprio corpo quando velando os mortos.

A reforma Taikwa pode ter sido um esforço dos sacerdotes Xintoístas para reviver as antigas tradições Xintoístas (de origem israelita, de acordo com essa teoria) como parte da luta contra o budismo.

Antiguidades encontradas no Japão foram, da mesma forma, ligadas às fontes assírias e judaicas. Foram observadas fortes semelhanças entre o antigo templo sagrado dos israelitas, que abrigava uma parte conhecida como O Mais Sagrado dos Sagrados e vários portais, e os templos xintoístas japoneses. McLeod observa semelhanças entre as carroças e o gado visto diariamente entre Otzu e Kyoto, e alega que “estas representam as antigas carroças daquele período, e o gado representa os touros de Bashan (bíblico). Essa raça de gado é muito mais forte e diferente de todas as outras existentes no Japão”.

Os cristãos da seita macuia (Makuya) empregam evidências históricas e arqueológicas para provar que os hada, uma antiga tribo japonesa que migrou da Ásia, são descendentes das Dez Tribos.

Também acreditam que a família real japonesa se origina da tribo hada; próximo a Koryuji, onde alguns descendentes dessa tribo vivem, pode ser visto um poço com as palavras “O Poço de Israel” inscritas na sua lateral. Membros da tribo yamabushi adoram seu deus nas montanhas e usam uma cobertura para a cabeça chamada tonkin, que lembra os filactérios (Em Hebraico: Tefilin).

BIBLIOGRAFIA

Association of Shinto Shrines. Basic Terms of Shinto (Tokyo, 1958).
Aston, W. G., Shinto, The Way of Gods (London, Longmans, Green & Co., 1905).
Brinkley, F., A History of the Japanese People (New York: Encyclopedia Britannica Co., 1915).
Eidelberg, Joseph, The Japanese and the Ten Lost Tribes (Israel: The Sycamore Press, 1980).
Sansom, George. A History of Japan (Stanford: Stanford University Press, 1958).
McLeod, N., Epitome of the Ancient History of Japan (Tokyo, 1879).

Fonte: Pensamentos do Rabino

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