Nota atualizada em 13.04.09
A previsão de pagamento dos salários atrasados dos funcionários da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) não existe mais. Na semana passada, a assessoria de imprensa da instituição informara que 40% dos valores devidos aos professores seriam pagos na quinta-feira e o restante, nesta segunda-feira. Um bloqueio judicial das contas da Ulbra, porém, impediu que o acerto fosse cumprido, segundo a assessoria.
Trabalhadores e alunos da Ulbra fizeram na manhã desta segunda-feira mais uma manifestação no campus de Canoas. Em faixas, eles reivindicavam o pagamento dos salários atrasados. De acordo com uma enfermeira, o estabelecimento segue funcionando com 30% do total de funcionários. Segundo a profissional, não foram pagos os salários de janeiro e março dos enfermeiros. Alguns pacientes não conseguiram ser atendidos na manhã de hoje.
Para as 11h de amanhã está marcado um protesto em repúdio à situação vivida pela universidade, no calçadão de Canoas. Às 19h, médicos da instituição se reunirão com representantes do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers). O encontro tem por objetivo traçar ações para garantir o trabalho e a manutenção dos serviços dos hospitais, conforme o Simers.
Atualizado em 12/04/09
ULBRA: hospitais estão fechados
Professores da Ulbra entram em greve

Os professores da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) decidiram ontem ( 07/04/09) entrar em greve por tempo indeterminado. A paralisação do Ensino Superior já começou nas aulas da noite passada, devendo se fortalecer durante o dia
de hoje. Os docentes da Educação Básica poderão cruzar os braços a partir da próxima segunda-feira.
A falta de pagamento dos salários de março dos cerca de 2 mil professores, que deveriam ter sido depositados na sexta-feira passada, motivou a mobilização. Em assembleia, a categoria decidiu fazer no fim da tarde de hoje um protesto em frente ao campus de Canoas, onde serão distribuídos folhetos explicando o movimento. Os professores entregarão também um
manifesto exigindo a saída da atual reitoria da Ulbra.
– Não é mais uma questão só de salário. É um desrespeito total essa continuidade de descumprimentos de acordos. Queremos a destituição da reitoria para que a instituição possa se reorganizar – aponta o diretor do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul(Sinpro), Marcos Fuhr.
O diretor ressalta ainda que a Ulbra teria desobedecido ao acordo judicial, que previa o pagamento dos contracheques atrasados e o comprometimento de quitar em dia os salários dos professores.
Os campi de Canoas, Guaíba e Gravataí concentram a maior parte da mobilização, mas a direção do Sinpro espera a adesão de docentes de outras unidades ainda esta semana.
A Ulbra, por meio da assessoria de imprensa, preferiu não se manifestar ontem e afirmou que o resultado da assembleia deverá ser avaliado hoje pela
instituição.
ULBRA EM GREVE GERAL (atualizado em 08/04/09)
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Notas mais antigas:
Campus da Ulbra em Torres entra em Greve
Leia: \”Trem da Alegria Filantropico\” pode ajudar ULBRA
Professores dos campi Canoas, São Jerônimo, Gravataí e Guaíba da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) iniciaram hoje à noite greve por tempo indeterminado pedindo o pagamento dos salários atrasados dos docentes da entidade. A paralisação foi aprovada em assembléia realizada em um hotel de Canoas, no início da noite desta segunda-feira.
O movimento pede o pagamento dos vencimentos dos últimos dois meses. Estimativa do Sinpro/RS aponta que pelo menos 80% dos professores das quatro unidades não receberam os salários de outubro e nenhum recebeu o pagamento referente a novembro.
— Os professores não percebem uma perspectiva de solução do quadro — justifica Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a reitoria disse que não espera que a paralisação se confirme porque tem sentido uma compreensão dos professores em relação aos motivos que levaram aos atrasos nos pagamentos.
Motivados pela falta de pagamento salarial em razão da crise financeira instalada na universidade, os professores promoveram esta assembléia, marcada para as 18h, na sede do Siprom, onde decidiram para suas atividades.
Em reunião no sábado em Porto Alegre, no Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul, ficou definido que a decisão pelas paralisações deveria ficar a cargo de cada uma das unidades da Ulbra no estado, informou o coordenador do curso de Direito da Ulbra/Cachoeira, professor e advogado José César Pereira Filho.
De acordo com José César, os professores que optarem pela paralisação deverão afzer acontecer imediatamente. “Há esta necessidade devido ao encerramento do semestre. Caso não seja feita agora uma paralisação, pode não ter efeito, visto que o calendário está prestes a encerrar”, explica José César e acrescentou que há alguns professores que são taxativos em optar pela greve e outros que preferem pensar melhor o assunto.
No entanto, há algumas situações sintomáticas que devem pesar na decisão dos professores. José César lembra que há indicativos de que a crise da Ulbra, que perdeu seu certificado de filantropia, deve se estender. “Não há nenhuma perspectiva, a universidade está com seus ativos bloqueados e penhorados…”, comenta. Embora nenhum professor da Ulbra admita oficialmente, no campus cachoeirense existe uma certa mágoa devido à universidade estar promovendo o Aldeia Ulbra em meio à crise e aos atrasos de pagamento dos docentes.
Na quinta-feira, o Sinpro/RS ajuizou ação coletiva trabalhista cobrando os salários não pagos aos professores da Ulbra, referentes ao mês de outubro. Hoje deve ainda acontecer também uma reunião com representantes da Ulbra, do Sinpro/RS e do Ministério Público Federal e do Trabalho.
Por outro lado, a Ulbra diz estar caminhando para um acerto das suas contas, porque recuperou há duas semanas o seu título de entidade de utilidade pública, o que abriu caminho para resgatar também a sua condição de entidade filantrópica. O movimento permitirá que anule as cobranças de débitos fiscais federais de R$ 1,6 bilhão, o que resultou no bloqueio das suas contas e ao inferno astral por que passa atualmente.
Foi o ministro Tarso Genro quem devolveu o título para a Ulbra, depois de anular os atos administrativos que resultaram na cassação da condição. O ato de Tarso ocorreu três dias depois da eleição de Jairo Jorge, seu pupilo em Canoas, até há pouco pró-reitor da Ulbra.
DECISÃO JUDICIAL – A última decisão da Justiça de Trabalho de Canoas concedeu, na sexta-feira, 7 de novembro, o prazo de 24 horas para a instituição pagar o salário de outubro e determinou o bloqueio de contas da Universidade para que os recursos sejam destinados a folha de pagamento.
Jornal do Povo/NF/PB
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