Demissões na fábrica da General Motors (GM) em Gravataí foram descartadas ontem pelo vice-presidente da montadora no Brasil, José Carlos Pinheiro Neto.
Na coletiva concedida em Porto Alegre, o executivo classificou como uma ‘fantasia carnavalesca’ a informação de que seriam dispensados funcionários da unidade gaúcha. Segundo ele, a manutenção do atual quadro de pessoal se deve à recuperação das vendas do Celta e do Prisma.
‘Garantia de emprego, quem dá efetivamente é o mercado. E no caso dos veículos fabricados em Gravataí o cenário é favorável, apesar da crise financeira’, afirmou. Em 2008, foram comercializados 37,6 mil carros da GM no Rio Grande do Sul, representando 23% da participação no mercado automotivo do Estado.
A GM dispensou 797 funcionários temporários da fábrica de São José dos Campos, em São Paulo. Medida semelhante pode ser adotada na outra unidade paulista, em São Caetano. A montadora contratou no ano passado 2,5 mil funcionários temporários nas unidades paulistas. Conforme Pinheiro Neto, se o mercado reagir positivamente a preferência nas contratações será pelos temporários dispensados.
O executivo reafirmou o investimento de 1,5 bilhão de dólares programado para os próximos anos no Brasil. 500 milhões de dólares serão aplicados na fábrica de São José dos Campos, onde serão lançados dois novos modelos de veículos em 2011, e 200 milhões de dólares, na instalação de uma fábrica de motores em Joinvile, Santa Catarina. Para Gravataí, a GM estaria pensando em ampliar a unidade gaúcha.