O diretor de cinema George Lucas, famoso pelas sequências de “Guerra nas Estrelas” e “Indiana Jones” anunciou nesta quarta-feira (31) que vai dedicar a maior parte de suas riquezas para melhorar a educação – “a chave para a sobrevivência da raça humana”, segundo ele. Até o fim do ano, a venda da Lucasfilm para a Disney, pela quantia de US$ 4 bilhões, deve ser finalizada, e é com esse dinheiro que o diretor pretende financiar os projetos.
Geroge Lucas é o idealizador de duas fundações voltadas para a educação: a Edutopia e a George Lucas Educational Foudation. Segundo reportagem publicada no “The Hollywood Reporter” ainda não se sabe qual das fundações vai receber a verba ou se até mesmo ele vai criar outra instituição com a verba recebida na venda.
“Contadores de histórias são professores e comunicadores que falam uma linguagem universal. Este foi o papel principal de Homero, e tanto Platão quanto Aristóteles usaram narrativas e diálogos como forma de educar. Uma boa narrativa é baseada em berdades e insights, e um bom contador de histórias é em última análisa, um professor – usando a arte com meio de tornar a educação emocionalmente significante.”, disse ele em um artigo assinado no jornal.
“É assustador pensar em nosso sistema de ensino como um pouco melhor do que uma linha de montagem em que a produção de diplomas é seu único objetivo. Uma vez eu tinha os meios para efetuar alguma mudança nesta área, tornou-se minha prioridade fazê-la”, afirmou Lucas.
O diretor propõe, em suas fundações, uma reforma da educação, alavancada por um maior envolvimento dos familiares na vida escolar das crianças e com a incorporação dos avanços tecnológicos. Ele também cobra que políticos, professores e pais participem da luta por mudanças ainda maiores:
“As reformas são apenas o início (…). Precisamos focar na construção de um sistema de educação que promove diferentes tipos de aprendizagem, diferentes tipos de desenvolvimento e diferentes tipos de avaliação. Nós temos uma oportunidade e a obrigação de preparar nossos filhos para o mundo real, para lidar com os outros em ambientes práticos, com base em projeto. Trata-se de trabalhar juntos e construção de personagem-sendo civil como um meio para um fim maior compaixão e empatia.”
“Assim como a tecnologia muda, também mudam os estudantes. Do mesmo modo, deveriam se transformar as salas de aula e os nossos métodos de ensino. Em poucos anos, a conectividade passou de uma novidade tecnológica para uma necessidade diária. É como a nossa cultura se comunica, e nossos filhos estão na vanguarda da sua utilização. Compreender essas ferramentas – e como integrá-los em aprendizagem – é um passo integral na definição de nosso futuro.”, defendeu o diretor.
AG Globo