A Polícia Federal (PF) do Rio Grande do Norte prendeu, em em Natal, três homens suspeitos de apresentar documentação falsa para sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os três, de 28, 36 e 44 anos, trabalham como garis e moram na Zona Norte da capital potiguar. A prisão aconteceu após a PF ter sido alertada pelo setor de segurança da Caixa Econômica Federal (CEF) de que estava em trâmite, em uma agência no Shopping Midway, uma solicitação de saque do FGTS.
O interessado utilizou exame de sangue e atestado médico falsos para receber um benefício de cerca de R$ 7 mil. Policiais do Núcleo de Operações e da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários foram até a agência e ficaram à espera do suspeito, que compareceu ao banco por volta das 14h30min de sexta-feira e acabou flagrado com os documentos.
O suspeito confessou o crime e apontou um comparsa que, segundo ele, havia lhe dado a papelada e o aguardava no estacionamento. Ambos foram levados à Superintendência Regional da PF, em Natal. No interrogatório, eles afirmaram que são servidores públicos e souberam que poderiam sacar o FGTS se provassem ser portadores do vírus HIV.
Um terceiro colega de trabalho disse que conseguiria exames provando que os dois tinham o vírus e, em troca, pediu 22% do valor a ser sacado. Segundo a PF, o suspeito preso no interior da agência recebia o benefício pela primeira vez. O homem detido no estacionamento é apontado pela PF como intermediário que entregava a documentação falsa e levava os servidores até a Caixa.
Enquanto prestavam depoimento, o celular de um deles tocou. Os policiais autorizaram o suspeito a atender, o que levou à prisão do terceiro envolvido.
Entre as regras para o saque do FGTS, três se referem à existência de doenças. O interessado pode ter acesso ao dinheiro caso seja portador do vírus HIV, esteja acometido por algum tipo de câncer ou se encontre em estágio terminal, em razão de enfermidade grave.