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Delubio do Mensalão é patrono em formatura

PATRONO
O professor e a turma de formandos em administração e gestão empresarial

A cena acima é um registro para a posteridade de um momento ímpar na vida de 22 formandos da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba, no interior de Goiás. Sorriso no rosto, diploma nas mãos orgulhosamente levantadas e…, no alto, alguém que, aparentemente, não combina muito com o ambiente. O homem de terno e gravata é um professor, o patrono da turma, o escolhido para render homenagens aos alunos. Parece o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares – aquele acusado de corrupção e formação de quadrilha? Parece. Mas, ouvindo suas palavras na solenidade de formatura, não é possível que seja. É muito importante a ética na política, na educação e na cultura do povo”, afirmou o professor, diante dos olhares atentos de mais de quatro centenas de convidados. E concluiu sua pregação: “É importante ter ética em tudo o que se faz na vida”. O homem que está no epicentro do maior escândalo de corrupção da história do Brasil, que manuseou milhões de reais em dinheiro roubado dos cofres públicos, agora empenha seus fins de semana pregando ética a jovens. Bonito, se estivesse cumprindo uma expiação. Mas nem isso é o que parece.

O ex-tesoureiro petista foi homenageado pela turma de futuros administradores por seu principal talento – a capacidade de arrumar dinheiro. Conta o presidente da comissão de formatura: “A gente ficou sabendo que o Delúbio gostava de participar desse tipo de festa, inclusive ajudando financeiramente. Fomos até sua fazenda e fizemos o convite para ele ser o nosso padrinho. Ele topou na hora e, aí, a gente perguntou se ele poderia dar uma ajudazinha nas despesas. Ele perguntou de quanto. Deixamos por conta dele”. Dias depois do convite, em novembro, o ex-tesoureiro depositou 6 000 reais, o equivalente a 13% das despesas da festa, na conta da comissão. “A gente sabe que a fama dele é horrível, mas fazer o quê, se ele pode bancar a festa?”, justifica Cezar Barros.

Tão impressionante quanto imaginar que um grupo de jovens universitários não se importe com a biografia de seus homenageados é perceber que a direção da faculdade também dá de ombros. “Nós respondemos ao MEC e ao Conselho Estadual de Educação, órgãos do governo. Por isso não vejo problema algum”, afirma Cleiton Camilo dos Santos, responsável pela instituição. Segundo ele, Delúbio é ligado ao governo do PT, logo não vai haver problema algum em tê-lo como patrocinador da formatura. “A escolha, afinal, foi dos alunos.” Delúbio fez dois depósitos, cada um de 3 000 reais, nas contas de dois formandos. Embora more em Buriti Alegre, no interior de Goiás, trabalhe na capital, Goiânia, e tenha sido patrono de uma festa em Goiatuba, parte do dinheiro, vivo, saiu de uma agência bancária de São Paulo. Hummm!

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/acreditem-isto-aconteceu-eu-juro/

Código de ética nas empresas

A Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) acaba de concluir uma pesquisa para caracterizar as empresas que possuem um código de ética.

As empresas que possuem o código de ética formalizado, segundo a pesquisa, representam 55% dos pesquisados ou 66 companhias. Já as que não possuem o código formalizado somam 45%. Quarenta por cento responderam ter implantado o código por consciência da necessidade, enquanto 45% informaram ter instituído por consciência, mas exigência da matriz. Outros 15% responderam que apenas a exigência da matriz pesou na decisão.

Apenas 3% ou quatro empresas entendem que o código de ética é um instrumento de fiscalização. A maioria (68% ou 81 empresas) vê o código como uma ferramenta para aclarar as atitudes a serem tomadas na condução dos negócios. Aqueles que entendem que trata-se de uma maneira de tornar os negócios mais transparentes somam 29% (35 empresas).  Uma grande maioria, 97%, acredita que ele é realmente um instrumento importante para orientar as atitudes dos empregados e, também, tornar o negócio mais transparente.

Conforme a pesquisa, 19% (20 empresas) das consultadas consideram impossível trabalhar sem um código de ética. No entanto, 40% (43) entendem que é possível trabalhar sem ele.  Isto é, mesmo sem uma coleção formalizada de regras e preceitos, uma empresa, quando dirigida com uma postura correta dos seus administradores, pode ter a condução dos seus negócios feita de maneira ética, ainda que não tenha o código formalizado.

A pesquisa mostrou ainda que, se os valores da empresa são éticos, a tendência é que tenha uma postura mais ética nos negócios. Quarenta e sete empresas entendem que o código depende dos seus valores.

De acordo com as respostas, entende-se que um código de ética formalizado é um fator importante em relação à transparência na condução dos negócios — não somente com os empregados, mas também no que tange aos acionistas, fornecedores e clientes.

A pesquisa constatou também que 76% das companhias entendem que a responsabilidade pelo código de ética é idêntica para todos os setores da empresa. Outros 22% entendem que a responsabilidade é fundamentalmente da controladoria para o sucesso dos procedimentos.

Setenta e quatro por cento das empresas consultadas disseram incluir o item “contribuição a políticos” nos seus códigos. No entanto, 58% entendem que se trata de um item muito importante. Os itens que mais compõem os códigos são informação confidencial da empresa, objetivo do código e contribuições a políticos.

Do universo pesquisado, 56% atuam no segmento de serviços, incluindo consultorias e assessorias, e 23% das empresas pertencem à indústria. A maioria está em regiões metropolitanas, especialmente na Grande São Paulo. Os negócios de 42% das companhias envolvidas no trabalho da Anefac movimentam mais de R$ 100 milhões. Outras empresas, 28%, faturaram até R$ 100 milhões ao ano.

No grupo alvo da consulta, 31% exercem cargos de diretoria e 27% são gerentes, além dos controllers (18%). Entre as pesquisadas, 66% são empresas de capital nacional, enquanto 20% são multinacionais.
ANEFAC/Roberto Vermatti

Sarney Livre:’Jornal do Senado’ ensina ‘pizza’

Em meio aos protestos que correm o país contra o arquivamento das investigações sobre o senador José Sarney, o “Jornal do Senado” publicou uma receita que parece ter sido criada à moda da Casa: a “pizza fingida”, com pão dormido e claras em neve no lugar da massa.

A Secretaria de Comunicação do Senado explicou que a receita era parte de uma matéria sobre aproveitamento de alimentos. Em São Paulo, o Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da USP distribuiu aos estudantes 40 “pizzas Sarney” – com a cara do presidente do Senado e um bigode feito de aliche.

O  presidente do Senado José Sarney, está livre definitivamente das 11 representações contra ele no Conselho de Ética da Casa. Nesta quarta-feira, o plenário do colegiado rejeitou, por 9 votos a 6, os recursos da oposição contra o arquivamento das denúncias contra o presidente do conselho Paulo Duque.

A oposição já disse que vai recorrer da decisão ao plenário do Senado, mas a base aliada argumenta que este não é um recurso previsto no regimento da Casa. Em mais uma defesa de Sarney, o presidente Lula citou governantes vítimas do que chamou de “oba-oba do denuncismo” – como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, João Goulart e Fernando Collor.

Nota atualizada:

O senador Flávio Arns (PT-PR) anunciou nesta quarta-feira (19) que pedirá à Justiça Eleitoral para sair do Partido dos Trabalhadores. O senador vai esperar que a Justiça decida se o mandato pertence a ele ou ao partido. “Quero que a Justiça diga que o PT foi infiel ao ideário do partido”, disse.

O senador disse que ficou envergonhado com a decisão da bancada petista em votar pelo arquivamento das ações que foram movidas contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). “Fiquei envergonhado com o que aconteceu. Estamos dando as costas para a sociedade brasileira. Hoje as bandeiras da ética e da Justiça foram rasgadas”, disse.

Células-tronco geradas sem uso de embriões

Cientistas tchecos anunciaram hoje em Praga que conseguiram gerar células-tronco através do sistema de indução pluripotencial, um processo que não requer o uso de embriões e, com isso, não possui inconvenientes éticos.

“Este processo produz células para pesquisas em condições de laboratório, enquanto seu uso clínico ainda levará bastante tempo”, reconheceu à Agência Efe em Praga Tibor Mosko, diretor do Instituto de Pesquisa de Produção Agropecuária (VUZV).

Esta tecnologia foi utilizada com sucesso pela primeira vez em 2007 graças aos trabalhos de uma equipe japonesa e de outra americana.

Este sistema de obter células de tecido adulto com as características das células-tronco embrionárias “não tem problema em seu aspecto ético, já que os embriões não são eliminados”, destacou o cientista tcheco.

A equipe funciona com apoio financeiro do Estado tcheco.

O uso científico de embriões para a obtenção de células-tronco é muito criticado por círculos conservadores.

EFE

IGREJA COMBATE AULAS DE ÉTICA NA ESPANHA

 Uma nova polêmica surgiu entre a Igreja Católica e o governo da Espanha, após a aprovação no país de “leis éticas” que prevêem, entre suas medidas a “educação à cidadania” obrigatória nas escolas.

Após a divulgação da medida, a Conferência Episcopal espanhola fez um apelo aos pais que declarem “objeção de consciência” e peçam que seus filhos sejam liberados das aulas.

“O Estado não pode impor legitimamente uma formação da consciência dos alunos à margem da livre escolha dos pais, pretendendo formar, com aulas obrigatórias, a consciência moral e cívica dos alunos”, diz uma nota divulgada pelos bispos espanhóis.

“O direito dos pais de escolher o tipo de formação moral e religiosa a ser seguida pelos próprios filhos é primordial, insubstituível e inalienável, além de previsto pela própria Constituição espanhola”, continuou o comunicado.
  

(ANSA).

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