“As pessoas têm direito à vida afetiva”, diz Ellen Gracie. Para o namorado, ela é “bonita, elegante e cheia de classe”
Quando um jornalista do primeiro time encontra a presidente da suprema corte do país, o resultado pode ser uma entrevista reveladora, uma grande reportagem, um confronto de pontos de vista. No caso do jornalista Roberto D’Avila e da ministra Ellen Gracie Northfleet, o encontro acabou em romance.
Ela foi a primeira mulher nomeada para o Supremo Tribunal Federal (STF), em novembro de 2000, e presidiu um dos mais importantes julgamentos da história do Tribunal – a denúncia contra os 40 acusados do mensalão. Ele, ex-deputado constituinte, se tornou conhecido do público pelas entrevistas na TV com grandes personagens, como o ditador cubano Fidel Castro, o presidente da França François Mitterrand e o líder sul-africano Nelson Mandela.
Ellen conheceu Roberto num jantar na casa do cirurgião Raul Cutait, no começo de março. Na semana passada, como tantos casais em lua-de-mel, eles estavam em Madri, aproveitando as noites brancas do verão espanhol.
Eles não fazem alarde do relacionamento, mas também não escondem o namoro na clandestinidade.
Aos 60 anos, divorciada e mãe de uma filha – Clara, que vai se casar em setembro –, Ellen Gracie tem jurisprudência firmada sobre o direito de amar. “As pessoas, sejam homens ou mulheres, têm direito a uma vida afetiva assim como têm direito à vida profissional”, afirmou a ministra.
Roberto D’Avila, de 59 anos, separado e pai de duas filhas, Andréa e Lara, conta que não sentiu nenhum constrangimento em se apaixonar por sua “notícia”. Entre jornalistas no mundo inteiro, uma espécie de tabu diz que repórteres devem ter uma relação estritamente profissional com as autoridades, o que jamais impediu casamentos entre jornalistas e autoridades.
TESTEMUNHA
D’Avilla e Ellen no lançamento do livro de Zuenir. “Amor maduro com ímpetos de adolescência”, diz o amigo do casal.
Sexta=feira o casal jantou à luz de velas num canto discreto do restaurante La Bourgogne, do elegante Hotel Alvear, em Buenos Aires. Durante todo o tempo permaneceram de mãos dadas, até mesmo quando, por duas vezes, ela foi ao toalete e ele a acompanhou até a porta e ficou aguardando para escoltá-la de volta à mesa.
Época/CH
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