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Pesquisa: Dilma salta 8 pontos na frente de Serra

Dilma Rousseff disparou na liderança da corrida presidencial, segundo a mais recente pesquisa Vox Populi/Band/iG divulgada nesta sexta. Tanto no primeiro quanto no segundo turno, Dilma abriu 8 pontos de vantagem em relação a Serra, como mostra o levantamento. A margem de erro é de 1,8 pontos. Esta é a primeira pesquisa divulgada após a oficialização das candidaturas à Presidência.

No primeiro turno, na pesquisa estimulada, Dilma aparece com 41% das intenções de voto, seguida por Serra com 33% e Marina Silva (PV) com 8%. Os demais candidatos somaram 1%. Os votos brancos e nulos chegaram a 4%, e 13% dos entrevistados se declararam indecisos. Na pesquisa espontânea, a petista tem 28%, Serra 21% e Marina 4%.

Já na simulação do segundo turno, Dilma também aparece com 8% de vantagem. Segundo o Vox Populi, Dilma venceria Serra em um possível segundo turno por 46% a 38%.

A pesquisa foi feita entre os dias 17 e 20 de julho, e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 19.920/10. Foram feitas 3.000 entrevistas em 219 cidades de todas as regiões do país.

Band/ Tatiane Conceição

PSDB quer a musica “Eu gosto de mulher” fora da campanha

O PSDB entrou na semana passada com pedido junto ao Tribunal Superior Eleitoral para que se proíba, durante o período eleitoral, a execução da música “Eu gosto é de mulher”, da banda de rock Ultraje a Rigor. Os tucanos temem que a música seja usada com propósitos eleitorais pela campanha de Dilma Rousseff, do PT.

Há um verso da música que diz: “Mulher dona-de-casa, mulher pra presidente”. Na verdade, entre os principais candidatos na disputa, José Serra é minoria de gênero. Além de Dilma, a outra principal adversária do tucano na corrida eleitoral, a senadora Marina Silva, do PV, também é mulher.

A informação é do site Jus Brasil.

Veja a letra da música do Ultraje a Rigor:

Eu Gosto De Mulher

Vou te contar o que me faz andar
Se não é por mulher não saio nem do lugar
Eu já não tento nem disfarçar
Que tudo que eu me meto é só pra impressionar
Mulher de corpo inteiro
Não fosse por mulher eu nem era roqueiro
Mulher que se atrasa, mulher que vai na frente
Mulher dona-de-casa, mulher pra presidente (trecho questionado)
Mulher de qualquer jeito

[…]

Senado aprova mais rigor para a filiação

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta quarta (2) projeto que aumenta o rigor à fidelidade partidária. De acordo com a proposta, quem que quiser concorrer a cargos eletivos precisará estar filiado a um partido político por pelo menos três anos antes das eleições.

A lei atual determina que o candidato esteja filiado pelo menos um ano antes da data fixada para a disputa eleitoral. A proposta determina ainda a perda automática do mandato ao parlamentar que deixar o partido pelo qual tiver sido eleito.

“O troca-troca de partidos desrespeita, acima de tudo, a vontade do eleitor e representa, na realidade, uma espécie de fraude eleitoral”, justifica o autor do projeto, senador Aloizio Mercadante (PT-SP).

A matéria segue para análise da Câmara dos Deputados.

Eleição troca comando em 9 Estados

As eleições de outubro vão provocar, até o final desta semana, a renúncia de pelo menos nove governadores, seis prefeitos de capitais e nove ocupantes de cargos de primeiro escalão no governo federal.

Entre eles estão os principais candidatos à sucessão presidencial, o governador paulista José Serra (PSDB) e a ministra Dilma Rousseff (PT).

Por exigência da lei, esses governantes e ministros terão de abandonar a chamada máquina administrativa para disputar votos em condições de igualdade com os adversários. O processo é chamado de desincompatibilização – isso porque, quando a Lei de Inelegibilidades foi criada, em 1990, o exercício de cargos executivos era considerado incompatível com a atuação em campanhas eleitorais.

Mas a emenda constitucional que instituiu a possibilidade de reeleição embaralhou o quadro a partir de 1997. Desde então, os políticos só precisam renunciar se querem concorrer a um cargo diferente daquele já ocupam. A exigência vale para um governador que queira ser senador, por exemplo, mas não para o que estiver em busca de mais quatro anos na mesma cadeira.

Graças às distorções do novo sistema, 22 governadores poderão ficar no cargo ao mesmo tempo em que farão campanha – 13 que disputarão a reeleição e 9 eleitos como vices há quatro anos e que assumirão o poder com a renúncia dos titulares. Em outras cinco unidades da Federação, os governadores não participarão da eleição.

PMDB junto com PT para eleger Dilma

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva selou na noite da terça-feira (20) com o PMDB um pré-acordo eleitoral considerado essencial para a o sucesso da campanha a ser liderada pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), em 2010.

O acerto entre PT e PMDB é o primeiro entre as legendas aliadas ao governo.

O compromisso prevê um peemedebista como vice na chapa de Dilma, a incorporação do PMDB à coordenação da campanha e a participação do partido na elaboração do programa de governo da candidata, que atualmente está atrás da oposição nas pesquisas de intenção de voto. A união dará à campanha amplo espaço na propaganda gratuita de TV.

A formalização da aliança dependerá da decisão das convenções de ambas as siglas em encontros realizados em meados do ano que vem.

“É o primeiro passo que consolidará esta aliança nacional que hoje (terça-feira) ficou pré-estabelecida”, afirmou a jornalistas o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (SP), presidente licenciado do PMDB. “Hoje foi um grande passo porque, na verdade, nós firmamos um compromisso muito sólido.”

A decisão foi oficialmente tomada em jantar realizado no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República. Participaram da reunião ministros e líderes de ambas as legendas. O outro porta-voz do anúncio foi o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP).

“A chapa majoritária do PT e do PMDB é a representação dos dois maiores partidos que sustentam o governo Lula e que nós pretendemos que sustentem a candidatura da ministra Dilma Rousseff”, sublinhou.

O deputado Michel Temer é o mais cotado para disputar a vice-presidência na chapa da petista. Na entrevista coletiva, entretanto, o parlamentar evitou o assunto: “Os outros falam, mas eu não falo. O nome será fruto das circunstâncias políticas a serem definidas no ano que vem.”

Reforma eleitoral proíbe 2º colocado de assumir


Projeto de lei eleitoral aprovado por duas comissões do Senado acaba com a possibilidade do segundo colocado numa eleição assumir em caso de cassação do vitorioso. Haverá nova eleição ou o sucessor será escolhido pelo Congresso, pelas Assembleias estaduais ou Câmaras Municipais.


Outra medida restringe o acesso de candidatos nanicos aos debates em TV, rádio e, possivelmente, internet. Determina que só serão convidados candidatos de partidos ou coligações com no mínimo dez congressistas. Para magistrados, projeto, sujeito a alterações, fere a Constituição

RS: Yeda culpa Tarso por crise política

A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), associou a crise política do governo a supostas ações do ministro da Justiça, Tarso Genro, candidato virtual do PT para 2010.

Dizendo-se vítima de um massacre quase diário desde que tomou posse, a tucana reiterou que há uma “tentativa de golpe” no estado e afirmou que a disputa eleitoral do ano que vem foi antecipada pelos adversários políticos.

Sem citar o nome de Tarso, Yeda deu a entender que vê a mão do ministro por trás do vazamento das denúncias que tem sofrido. Há alguns meses, Yeda demonstra descontentamento com as informações que são passadas para a imprensa sobre o processo contra os 33 réus da fraude de R$ 44 milhões no Detran, descoberta pela Polícia Federal em novembro de 2007.

Outras informações foram divulgadas sobre os 13 inquéritos decorrentes da Operação Solidária, que investiga em segredo de Justiça superfaturamento e beneficiamento de empresas em licitações de merenda escolar e de obras públicas.

CH

Eleições: Lula prioriza Dilma e senado

Em vez de um grande número de governadores, o presidente Lula trabalha para que o PT e a base aliada elejam maioria estável no Senado.

Na lista de prioridades do presidente estão a eleição da ministra Dima Rousseff (Casa Civil), em primeiro lugar, de parlamentares aliados para o Senado e a Câmara, nessa ordem, e os governadores estaduais.

A diretriz de Lula sofre a oposição dos candidatos petistas a governador, que têm reclamado do chefe nos bastidores do partido.

Em conversa recente com amigo petista, Lula explicou suas razões. No exercício do cargo, o presidente, segundo o interlocutor, observou os partidos terem preocupação muito grande com a eleição de governadores que já não teriam mais a mesma – para não dizer nenhuma – importância que em outros períodos da República. A não ser o eventual controle da bancada de deputados.

A razão dessa perda de importância seria o capítulo da ordem tributária da Constituição de 1988, que concentrou os impostos no cofre da União. Curiosamente, o relator deste capítulo foi o então deputado e atual governador de São Paulo, José Serra, potencial candidato do PSDB à sucessão de Lula. Hoje, os governadores dependem da União e não é à toa que os eleitos pela oposição passem o mandato tentando manter boas relações ou correndo atrás do presidente, com o chapéu na mão.

No exercício dos dois mandatos, Lula não tardou a compreender o seguinte: é mais fácil negociar com a Câmara, ainda que os deputados sejam muito mais numerosos. Também é maior o número de partidos com assento na Casa. Além dos cargos na administração federal, o presidente também dispõe do poder de liberar emendas parlamentares ao Orçamento, sempre um bom instrumento de barganha na hora de votar projetos de interesse do governo.

Já a conversa com os senadores é bem mais difícil e tortuosa. Desde o primeiro mandato, o Senado, dominado pelo PMDB, tem sido fonte permanente de problemas para Lula. Do Senado das CPIs e rejeição de indicações presidenciais para agências reguladoras, ao Senado do aliado incômodo dos dias de hoje, o presidente da Casa, José Sarney, que tanto pode criar dificuldades como resolvê-las para o governo. O governo é majoritário, mas trata-se de maioria instável, sempre sujeita ao humor da maior bancada, o PMDB.

Preocupa o PT o fato de Dilma estar crescendo não por si mesma, mas pelo carisma e popularidade de Lula. A ministra da Casa Civil não tem simpatia e nem de longe pode ser considerada carismática como Lula e lhe falta experiência política. Enfim, uma completa falta de atributos para lidar com as complexas negociações com o Congresso, particularmente com o Senado.

Mas Lula está convencido de que vai elegê-la. E entende que ela vai precisar de maioria no Senado para dar estabilidade a seu governo. Para a continuidade do projeto do PT, portanto, as eleições para o Legislativo deveriam ser mais importantes do que as de governador. Já para o PMDB as eleições estaduais são fundamentais – é nos Estados que reside a força do partido que passou a ser quase sinônimo de federação.

O problema é que o PT tem candidatos que considera fortes na maioria dos Estados reivindicados pelo PMDB para a coligação nacional com Dilma na cabeça de chapa.

O ministro Tarso Genro é pré-candidato no Rio Grande do Sul. O PMDB deve ir de José Fogaça, prefeito da capital, ou lançar o ex-governador Germano Rigotto. É um lugar difícil para Lula intervir. Mas a oposição gaúcha não se entende e pode abrir brecha para sua arbitragem. O Sul era território pemedebista e petista, mas a divisão da oposição abriu espaço à eleição da governadora Ieda Crusius (PSDB) em 2006.

Eleições: voltam comprovantes do voto em papel

O projeto de reforma eleitoral da Câmara dos Deputados prevê o uso da internet como ferramenta eleitoral, volta a proibir os outdoors e ressuscita as cédulas eleitorais em papel, que complementariam a votação eletrônica.

Na verdade, as cédulas de papel não irão retornar para o voto. O projeto de reforma política irá retornar com o comprovante impresso do voto, excluído em 2003.
Portanto, continuaremos votando nas urnas eletrônicas.

Entretanto, a partir de 2014 ela imprimirá um comprovante do voto, que cairá automaticamente em uma urna de papel. Caberá ao eleitor conferir os dados registrados no comprovante. Também está previsto a recontagem, para conferência, de 2% dos votos impressos.

As propostas vão ser apresentadas ao Colégio de Líderes na próxima terça-feira pelo presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), e, em seguida, levada a Plenário.

As novas regras de campanha, elaboradas por um grupo de trabalho montado na Câmara, devem ter tramitação rápida, acredita o deputado Flávio Dino (PCdoB-MA), coordenador do projeto.

Na reunião desta quarta-feira, ficou decidido que está amplamente liberada a utilização de todos os meios da internet para campanha eleitoral. De sites até e-mails, passando pelo twitter, os candidatos estarão livres, a partir de 5 de julho do ano eleitoral, para pedir votos. Só não serão permitidos anúncios pagos na rede. A única exceção é para as cópias dos jornais publicadas em PDF.

Até 5 de julho, os políticos poderão manter páginas e outros recursos, mas estão proibidos de usá-los para pedir votos antes do início oficial da campanha.
Dino explicou que os candidatos terão direito de resposta no caso de calúnia, injúria ou difamação cometidas pela internet, assim como ocorre em outros meios. A proposta vai manter, nos debates pela web, as mesmas regras dos realizados em televisão. O formato deve ser aprovado por dois terços dos participantes.

A reunião também alterou pontos da proposta de reforma eleitoral já apresentada. Um exemplo é o dos outdoors, que haviam sido liberados e foram novamente proibidos.

Uma das ideias que deve criar polêmica é o retorno das cédulas eleitorais. Segundo a proposta, a partir de 2014 a votação eletrônica teria uma tela com todas as informações do voto e uma cópia em papel para o eleitor depositar em uma urna.

O objetivo da medida de voltar a usar papel, explicou Flávio Dino, é o de permitir melhor fiscalização e a recontagem, além de dar mais certeza ao eleitor sobre seu voto.

Doações e auditorias

Só poderão fazer doações pela internet as pessoas físicas – identificadas pelo CPF. O limite será o mesmo já em vigor, de 10% da renda bruta anual.

Também será obrigatória a auditoria de 2% das urnas eletrônicas do País. Questionado se isso não contraria a confiança que o Tribunal Superior Eleitoral tem nas urnas eletrônicas, Dino afirmou que as eleições são do eleitor e que é um direito da população de conferência do processo.

Algumas das alterações atingem mais diretamente os candidatos e partidos políticos. É o caso da mudança de tempo destinado aos candidatos ao Senado nos anos em que a renovação for de dois terços. O tempo passa de 10% a 15% do total do horário de propaganda.

Todo o material publicitário impresso deverá indicar o suplente, no caso dos senadores, e vices, no caso dos candidatos majoritários, utilizando pelo menos 10% do espaço.

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