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#ECO: Sumiço de borboletas indica queda de biodiversidade na Europa

VERDE-BORBO[1]Relatório indica intensificação da agricultura como um dos principais fatores para a diminuição das borboletas na região. Mudanças climáticas também contribuíram para sumiço de metade da população desses insetos.

Nas últimas duas décadas, a população de borboletas diminuiu 50% nas regiões de pradaria na Europa – principal habitat desses insetos no continente. Essa redução indica uma perda de biodiversidade preocupante na região, segundo o relatório da Agência Europeia do Ambiente, EEA, divulgado nesta terça-feira (23/07).

A pesquisa analisou dados de 1990 a 2011 sobre 17 espécies de borboletas em 19 países europeus. Esse tipo de inseto é um indicador importante para apontar tendências para outros insetos terrestres que, juntos, formam mais de dois terços de todas as espécies do planeta. Por isso, a agência usa as borboletas como base para medir a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas na Europa.

“Essa dramática redução de borboletas de pradaria é alarmante – em geral, esses habitats estão diminuindo. Se nós não conseguirmos mantê-los, nós poderemos perder muitas espécies no futuro”, ressaltou Hans Bruyninckx, diretor executivo da EEA. Ele chama a atenção para a importância das borboletas e outros insetos na polinização. “O que eles carregam é essencial para os ecossistemas naturais e para a agricultura.”

Das espécies analisadas, oito registram declíno, duas permaneceram estáveis e apenas a população de uma cresceu. O relatório não conseguiu observar a tendência das demais seis espécies examinadas.

AGRICULTURA

Os principais fatores para essa queda é intensificação da agricultura em regiões planas e de fácil cultivo, aponta o estudo. A prática deixa a terra estéril e prejudica a biodiversidade. Outros motivos seriam o abandono de terras em áreas montanhosas e úmidas, principalmente nas regiões sul e leste da Europa, devido à baixa produtividade. “Sem qualquer forma de administração nesses locais, a pradaria será gradualmente substituída por mato e floresta”, indica o relatório.

Além disso, a intensificação e o abandono também são responsáveis pela fragmentação e o isolamento das regiões remanescentes. Dessa maneira, as chances de sobrevivência das espécies locais e de recolonização em áreas onde elas foram extintas ficam reduzidas.Os pesquisadores apontam o uso de pesticidas como outro vilão – levados pelo vento, eles acabam matando as larvas desses insetos.

“O Indicador Europeu de Borboletas de Pradaria pode ser usado para avaliar o sucesso de políticas agrícolas”, afirma a EEA. Segundo o relatório, o financiamento sustentável de indicadores de borboletas pode contribuir para validar e reformar uma série de políticas e ajudar a atingir a meta dos governos europeus de reduzir a perda de biodiversidade até 2020.

CONTADORES DE BORBOLETAS

Estima-se que, das 436 espécies de borboletas presentes na Europa, 382 sejam encontradas em regiões de pradaria em pelo menos um país europeu. Desde de 1950, a vegetação sofre alterações devido ao uso do solo e, em alguns países, ela pode ser encontrada apenas em áreas de reserva natural atualmente.

Milhares de profissionais treinados e voluntários contribuíram para a realização do estudo: eles contaram borboletas em aproximadamente 3500 faixas de pradarias espalhadas pela Europa. Na região, o primeiro trabalho do tipo foi feito pelo Reino Unido, em 1976.

Porto Alegre realiza Fórum para Sustentabilidade

A Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas do Estado (ADCE/RS) realiza nos dias 18 e 19 de maio, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS), o I FAS Fórum ADCE para a Sustentabilidade.

A iniciativa contará com integrantes dos três setores da sociedade, universidades, igreja e formadores de opinião, para analisar quais são os caminhos para uma comunidade fraterna, com responsabilidade socioambiental e respeito ao próximo, focalizando os valores cristãos.

QUANDO E ONDE:

18 e 19 de maio de 2011
Salão de eventos do Plaza São Rafael – Porto Alegre / RS

Sustentáveis podem ser as técnicas para conjugar crescimento com preservação ambiental.
Sustentáveis ou não podem ser as práticas sociais que regulam a existência da própria sociedade.
Sustentáveis podem ser também os sistemas econômicos de produção e subsistência.
Tudo depende do que fazemos prioritário.
É no debate profundo destes valores que trazemos o 1º Fórum ADCE para Sustentabilidade – FAS.

A linha central deste fórum é a sustentabilidade e a construção da sociedade do amor. Personalidades de destaque nacional e internacional como o PHD em Economia e Cientista Social, Eduardo Giannetti, o médico cardiologista Dr. Fernando Lucchese, o presidente Executivo da Fundação Odebrecht, Mauricio Medeiros, e Dom Dimas Lara Barbosa, Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro e secretário Geral da CNBB, debaterão o tema.

Ética e escolha responsável, consumo consciente, desenvolvimento científico e espiritualidade, empreendedorismo sustentável, novos desafios da liderança cristã e comunidades solidárias fazem parte do programa deste fórum destinado a 400 participantes que conhecerão a Doutrina Social da Igreja na Visão Teológica-Antropológica, na Visão Sociológica-Cultural e na Visão Econômica, Social e Ambiental dentre outros aspectos relevantes.

Na ocasião, os presentes assumirão um compromisso público que vai balizar as ações diárias em suas empresas, nas comunidades, nos municípios, no Estado e no País para contribuir com o presente e redesenhar o futuro da sociedade. Trata-se da Carta para a Sociedade Sustentável ADCE/2011, documento que será validado no FAS.

Ainda dentro da programação destes dois dias de debates haverá o Jantar Comemorativo aos 50 anos de fundação da ADCE Brasil e a posse dos novos presidentes da ADCE/RS e ADCE/Brasil, que contará com a presença do Presidente da ADCE Internacional.

Ambientalistas atendidos em texto sobre Código Florestal

Aldo Rebelo (PCdoB-SP) retirou da lei o conceito de área rural consolidada que legalizaria construções em Áreas de Preservação Permanente (APPs).

O relator do projeto de lei que reforma o Código Florestal brasileiro, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) cedeu às pressões de ambientalistas para conseguir fechar um acordo com a base petista na Câmara dos Deputados e viabilizar votação da matéria nesta quarta-feira (4/5), como quer o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), e o líder do governo na Câmara, Candido Vaccarezza (PT-SP).

O texto final traz mudanças na postura que Rebelo vinha assumindo nos últimos meses, mas alguns pontos ainda desagradam ambientalistas, que irão pressionar para que a votação seja adiada em pelo menos uma semana.

O problema é que Rebelo não recuou em um ponto central do impasse — que é a retirada da obrigação de manter reserva legal no caso de pequenas propriedades de até quatro módulos, o que varia de 20 a 400 hectares dependendo do município. “Vamos trabalhar para adiar em pelo menos uma semana esse texto”, diz o advogado Raul Raul do Vale, representante do Instituto Socioambiental (ISA).

O fato é que o texto pode ir a votação mesmo com os atuais pontos em desacordo, já que Rebelo demonstrou flexibilidade em outros pontos alterados, segundo ele, a contragosto. O relator cedeu a pressões e retirou do texto o conceito de área rural consolidada, que legalizava propriedades instaladas de forma ilegal em Áreas de Preservação Permanente, as APPs. Nessa lista, estão especialmente instalações em encostas de morros, tema desagradava tanto o governo, quanto os ambientalistas.

Rebelo também cedeu em limites estabelecidos para a mata ciliar — áreas às margens de rios consideradas também como APPs. Ele manteve a exigência de 30 metros de mata ciliar para rios com menos de 10 metros de largura, ainda que exija apenas 15 metros de área se neste caso for necessário a recuperação dessa área.

É possível que a matéria seja votada na quarta-feira já que Vaccarezza e outros deputados da base governista consideram votar ainda que persistam alguns desacordos. A resistência vem do líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (PT-SP), que pede pelo menos uma semana para analisar o projeto de lei final. Ambientalistas reclamam que há pontos confusos apresentados no texto ontem, fruto de uma redação feita as pressas.

Manifestações

Nesta segunda-feira (2/5), a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva iniciou campanha em redes sociais para mobilizar a opinião pública em prol do adiamento da votação do novo Código Florestal. No Twitter, celebridades como a modelo Gisele Bündchen divulgaram mensagens para pressionar os deputados pelo adiamento. Tópicos no microblog com as frases “você pode adiar” e “eu não fui ouvido” começaram a ser disseminados.

Brasil Economico

Proibido uso de sacolas plásticas em BH

As tradicionais sacolas de plástico não poderão mais ser distribuídas no comércio de Belo Horizonte. Os estabelecimentos começaram a ser fiscalizados a partir da última segunda-feira (18/04).

Os locais que continuarem a fazer uso das sacolas plásticas estão sujeitos ao pagamento de multa no valor de R$ 1 mil e podem ser interditados. A lei foi aprovada em fevereiro de 2008 e os comerciantes tiveram mais de três anos para se adaptar.

A Associação Mineira dos Supermercados informou que o setor está preparado para a mudança. Para o Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belo Horizonte (Sindilojas), que representam os comerciantes menores, este prazo não foi suficiente.

De acordo com o presidente do Sindilojas, Nadim Donato, eles precisam de mais tempo para retirar as sacolas do estoque. “Nós precisamos ainda tirar nossas sacolas que são os estoques remanescentes. Para isso, nós precisamos até o fim do ano, que é um prazo ideal para ir acabando com o estoque” completou.

A Prefeitura de Belo Horizonte descarta a possibilidade de adiar o prazo. De acordo com o Secretário Municipal de Serviços Urbanos, Pier Senesi Filho, o projeto está bem maduro. “Outro prazo não seria condizente com a realidade da cidade”, disse. A Lei Municipal 9.529 / 2008 proíbe o uso de sacolas plásticas feitas de derivados do petróleo.

O decreto número 14.367, publicado em 12 de abril deste ano, regulamenta a lei. A proibição de sacos feitos de polietileno – que é um polímero, um composto químico – incide sobre qualquer tipo de estabelecimento no comércio, seja supermercados, lojas, drogarias e outros, que devem oferecer sacolas fabricadas com materiais reaproveitáveis, recicláveis ou biodegradáveis.

Exceções

Após pedido da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas), a Prefeitura de Belo Horizonte divulgou neste sábado (16) que empresários destes setores vão ter um período de 120 dias para a adaptação aos padrões das sacolas ecológicas. Deste modo, segundo informações da prefeitura da capital, é permitido que sacolas recicladas e biodegradáveis sem o selo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) continuem sendo utilizadas por mais quatro meses.

USP exterminará palmeiras e plantará mata nativa

Árvores australianas ameaçam reserva de dez hectares da Cidade Universitária

Na reserva da mata atlântica da USP, dentro da Cidade Universitária, já não predominam as árvores típicas da flora nativa, como cedros, aroeiras, paineiras, palmitos jussara e pimenteiras.

Para onde se olhe, o que se vê é um terreno dominado por palmeiras-reais, ou seafórtias, “praga” trazida da Austrália há 50 anos, que começou a invadir a reserva e matar espécies nativas.
O exército de invasoras já tem 3.000 palmeiras adultas -em toda a reserva, de dez hectares, são cerca de 20 mil árvores. Mais 3.000 ocupam outras áreas do campus. As mudas são incontáveis.

As armas da planta exótica são agressivas: cada árvore produz de um a dez cachos e cada cacho tem 3.600 frutos, que dão o ano inteiro. Em quatro anos está em idade reprodutiva. “É uma verdadeira bomba”, diz Welington Delitti, coordenador de gestão ambiental da USP.

O Instituto de Biociências, que ele dirige, começou a detectar que a planta estava infestando a mata atlântica de planalto há cerca de 20 anos.
“Tínhamos mais de 130 espécies de árvores -muito superior a toda a flora arbórea das ilhas britânicas. Logo a palmeira-real se tornou a espécie mais importante.”

Sem apoio das autoridades para fazer o manejo, que até há pouco tempo nem era regulamentado, os pesquisadores se limitaram a etiquetá-las e acompanhá-las, inventariando a flora da reserva para medir o impacto.
Agora, o contra-ataque finalmente será promovido.

Ainda neste mês a universidade dará início ao processo de licitação para definir a empresa que destruirá essas palmeiras e plantará 10 mil plantas nativas no lugar, num processo que só deve terminar no final de 2012.
O custo ainda não foi estimado e os recursos virão da própria USP (20%) e do fundo estadual de recursos hídricos (80%), porque a mata protege uma nascente, um lago e um córrego.

Para destruir as invasoras, será preciso galgá-las com esporas e cortar o ápice de seu tronco, onde está o palmito. Como essa árvore cresce para cima, sem o palmito, ela vai naturalmente morrer e se decompor, sem destruir as espécies vizinhas, como ocorreria numa derrubada.
Os palmitos cortados vão incrementar o cardápio do bandejão por vários meses.

“Tememos que ela invada a costa paulista, pois as pessoas plantam nos condomínios das praias”, diz Delitti.
Segundo levantamento mais recente da SOS Mata Atlântica, a cidade tem 24 mil hectares de mata nativa, distribuída principalmente na região das serras do Mar e da Cantareira -apenas 16% da vegetação original.

Folha de São paulo: CRISTINA MORENO DE CASTRO

Consumidor terá que pagar R$ 0,19 por sacola plástica

A proibição do uso de sacolas plásticas no comércio varejista de Belo Horizonte (Lei Municipal nº 9.529), que entrou em vigor a partir de 1º de março, tem gerado polêmica. Mesmo assim, grandes redes supermercadistas com atuação na Capital, que têm 45 dias para se adequar, já se mobilizaram para atender a determinação.  A Lei Municipal nº 9.529, de autoria do vereador petista Arnaldo Godoy, foi aprovada por unanimidade em 2008 e, até então, funcionava em caráter facultativo. Neste período, empresários do segmento de supermercados promoveram ações internas e de estímulo ao debate de atitudes sustentáveis.

De acordo com Marcos Kayser, diretor de Marketing da rede mineira de supermercados Super Nosso, com 12 lojas na Capital, antes mesmo da publicação da nova lei o grupo já estava voltado para o desenvolvimento de ações de sustentabilidade. “Criamos a nossa rede ecológica com três grandes lojas pensadas de forma a diminuir o máximo possível a degradação ambiental. As lojas privilegiam a iluminação natural, realizam coleta seletiva de lixo e do óleo de cozinha para ser reaproveitado”, disse.

Segundo Kayser, entre as ações concretas adotadas pela rede ainda estão a oferta aos clientes de sacolas retornáveis de juta e algodão e a reutilização de caixas de papelão – que iriam para o lixo do supermercado – como opção de embalagem para as compras. Ele disse que estas ações podem ser consideradas estratégicas, uma vez que este tipo de iniciativa atrai um público diferenciado, preocupado em promover ações ambientais relevantes.

Multa – Kayser estima que, com a nova lei, as 12 lojas Super Nosso deixarão de colocar no mercado 3 milhões de sacolas plásticas por mês. A opção será o consumidor comprar uma sacola “compostável”, feita de amido de milho, que custará R$ 0,19 cada uma; levar a própria bolsa ou sacola; ou adquirir uma retornável, na loja, que deverá ser vendida por R$ 1,98 a unidade. A lei municipal prevê punições aos estabelecimentos infratores, com multas de R$ 1 mil e R$ 2 mil ou até a perda do alvará de funcionamento.

As sacolas utilizadas atualmente são chamadas de oxidegradáveis. Elas são produzidas a partir do petróleo, com aditivos oxidantes que deixam resíduos prejudiciais ao homem e ao meio ambiente. Cada unidade custa, em média, R$ 0,02 e os supermercados arcam com o custo.  Com quatro hipermercados Carrefour e 17 lojas Carrefour Bairro, a rede francesa de supermercados estima que deixará de distribuir mais de 720 milhões de sacolas plásticas por ano em Belo Horizonte.

Conforme o diretor de Sustentabilidade da rede Carrefour no Brasil, Paulo Pianez, o pioneirismo da ação tomada em Belo Horizonte reforça o posicionamento da empresa de eliminar, até 2014, as sacolinhas plásticas de todas as lojas da rede no país.  “Na capital mineira já realizamos ações voltadas à promoção do consumo consciente e sensibilização da população. Só em 2010, comercializamos 62 mil sacolas reutilizáveis. A eliminação das sacolas plásticas tradicionais é uma ação decisiva do Carrefour na defesa e preservação do meio ambiente em uma questão diretamente ligada ao negócio do grupo”, afirmou.  Pianez disse que entre os diversos países em que o Carrefour atua alguns já se tornaram adeptos deste projeto. São eles: França, Espanha, Bélgica, Itália, Alemanha, China e Polônia. No Brasil, o projeto já está em vigor nas lojas de Piracicaba e Jundiaí.

Recentemente, no lançamento da campanha educativa “Sacolas Plásticas Nunca Mais”, que prevê ações de marketing e distribuição de panfletos instrutivos sobre o tema, o prefeito da Capital, Márcio Lacerda, disse que a prefeitura está empenhada nesta iniciativa e que Belo Horizonte se orgulha de ser a primeira capital brasileira a adotar esta medida. De acordo com o prefeito, o Poder Executivo fiscalizará os comerciantes varejistas. Para isso serão utilizados os fiscais da área de posturas urbanas.

Segundo estimativa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o Brasil consome, a cada ano, cerca de 12 bilhões de sacolas plásticas tradicionais. Na avaliação da presidente do Movimento das Donas de Casa de Minas Gerais (MDC-MG), Lúcia Pacífico, a proibição do uso de sacolas plásticas em Belo Horizonte traz resultados positivos no que se refere à mudança de postura dos consumidores e dos estabelecimentos que utilizam o produto. Para ela, o cliente, no convívio diário com o uso inconseqüente e desenfreado de sacolas plásticas, acaba, de certa forma, adotando os mesmos hábitos e deixando de cuidar da própria responsabilidade.

CidadeMKT

Lagoa da Conceição em Florianópolis terá acesso total da população

A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou recurso da prefeitura de Florianópolis e manteve sentença e determina que faça um levantamento de todos estabelecimentos em volta da Lagoa da Conceição, verifique a existência de alvarás e faça abertura de acessos às margens da lagoa.

A ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) para garantir o livre acesso da população às praias da Lagoa da Conceição, na capital catarinense, visto serem suas margens terreno de marinha e, portanto, área de preservação permanente.

Em 2009, a ação foi julgada procedente, o que levou o município a recorrer alegando que a via processual utilizada pelo MPF, ou seja, ação civil pública, não era adequada, pois o pedido pressupunha supressão de norma municipal. A prefeitura alegou também que a abertura de acesso necessitaria de prévia dotação orçamentária e, ainda, que seriam necessárias desocupações de áreas pertencentes à União e transferência dos terrenos para a prefeitura, que só então estaria apta para o que pede o MPF.

Após analisar a apelação, o relator do processo na corte, desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, alinhou-se à argumentação do MPF, entendendo que a ocupação desordenada da Lagoa da Conceição tem sido autorizada pelo poder público municipal. “Tais ocupações irregulares nas margens da lagoa constituem dano efetivo no patrimônio da União e comprometem o direito de todos ao meio ambiente constitucionalmente garantido”, escreveu.

Conforme o artigo 30 da Constituição Federal, disse o magistrado em seu voto, compete aos municípios promover o adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle de uso. O relator citou ainda que a legislação municipal estabelece que deve haver uma faixa mínima de 15 metros a partir das margens para passagem e circulação de pedestres, bem como a abertura de acessos distantes no máximo 125 metros um do outro.

Além de bem de uso comum da coletividade e especialmente protegido pela legislação ambiental, a Lagoa da Conceição, local histórico da colonização e do desenvolvimento da população de Florianópolis, constitui patrimônio cultural da cidade e do Estado de Santa Catarina, merecendo a proteção do Poder Público, declarou Lenz, citando o MPF.
AC 0007539-94.2003.404.7200/TRF

Fonte: TRF4

SP: supermercados começam a cobrar pelo saco plástico

A partir de hoje, os supermercados de Jundiaí, no interior de São Paulo, começam a cobrar R$ 0,19 por sacolinha plástica.

O projeto, criado em conjunto pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), a prefeitura local e os supermercados, tem o objetivo de inibir o uso indiscriminado da sacolinha e evitar que 60 toneladas mensais de plástico (ou 20 milhões de sacolas) sejam jogadas no lixo da cidade. Diferentemente de outros programas, como o do Estado do Rio de Janeiro, não prevê multas aos comerciantes.

“Cerca de 70 empresas de supermercados da cidade, o que equivale a 95% do setor supermercadista local, aderiram espontaneamente ao programa”, diz João Galassi, novo presidente da Apas, que toma posse amanhã. Entre os adeptos, segundo ele, estão desde redes nacionais, como as do Grupo Pão de Açúcar, internacionais como o Carrefour, regionais como Russi e Boa, até supermercados de bairro.

Quem comprar em um desses mercados na cidade agora terá de levar sacolas de casa se não quiser pagar pelos saquinhos – que não terão mais o logotipo dos supermercados, e sim o da campanha. Outra opção é comprar a sacola reutilizável do projeto, feita de um tecido sintético (TNT), pelo preço fixo de R$ 1,50. Além dessa bolsa, cada supermercado venderá também sua sacola em tecido (esta sim com o logo da empresa) por preço definido pelo varejista. A associação quer estender o projeto por todo o Estado de São Paulo.

No Rio, a lei 5.502 prevê que 50 sacolas devolvidas aos supermercados devem ser trocadas por um quilo de alimento. Quem não usar sacola plástica terá desconto de R$ 0,03 a cada cinco itens comprados. A lei está em vigor para empresa grandes e médias desde julho. Em um ano, os pequenos comerciantes também serão incluídos. Há multa de até R$ 30 mil para quem descumprir a lei. A fiscalização fica a cargo do Estado.

Em Jundiaí, quem pagar pode usar as sacolinhas, mas só as do projeto. “Elas são “compostáveis”. Se dissolvem quando descartadas”, diz Edivaldo Bronzeri, vice-presidente de negócios da Apas. Feitas pela empresa Extrusa-Pack, são produzidas com plástico biodegradável feito pela alemã Basf a partir de amido de milho e de poliéster de petróleo. Segundo a empresa, mesmo com o elemento fóssil, durante a decomposição, a sacola se comporta como um composto orgânico, ou seja, não deixa resíduos nocivos no ambiente.

Lílian Cunha/Valor

Curso de Eco-Jornalismo: Desafios do Meio Ambiente

O Núcleo dos Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ-RS) realiza dias 20 e 21 de agosto o curso Os Desafios do Meio Ambiente.

A atividade integra a programação especial alusiva aos 20 anos de atuação ambiental do NEJ-RS. O curso traz a Porto Alegre o jornalista Hernán Sorhuet, colunista do jornal uruguaio El País, que cobre meio ambiente há vários anos. Também são convidados os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Rualdo Menegat (Doutor em Ciências) e Fernando Antunes (Mestre em Comunicação Social).

Embora tenha foco na preocupação com o trabalho jornalístico e as questões ambientais, as palestras abrangem todas as áreas e pessoas que se interessam por meio ambiente. A oficina do sábado (dia 21) é destinada especialmente aos jornalistas.

O investimento é de R$50 para estudantes, R$80 para assistir somente às palestras e R$100 para jornalistas que optarem realizar o curso completo. O evento tem apoio da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da UFRGS, onde acontece a programação, e é patrocinado pela Petrobras.

O curso será realizado nos dias 20 (das 19 às 21 horas) e 21 (das 9 às 12 horas e das 14 às 18 horas), no Auditório e laboratórios de informática da Fabico/UFRGS (Rua Ramiro Barcelos, 2705). As inscrições podem ser feitas por e-mail. Mais informações no site.

EcoAgência

Começa produção de plástico verde no RS

A primeira fábrica produtora de plástico verde da Braskem irá iniciar suas atividades neste mês, com a produção de 200 mil toneladas anuais praticamente comercializada.

A afirmação é do vice-presidente de petroquímicos básicos da empresa, Manoel Carnaúba. Segundo ele, a planta que utilizará etanol de cana-de-açúcar para produzir o plástico verde já está recebendo etanol por via ferroviária para testar os mecanismos de recebimento construídos na unidade industrial. “Fizemos um teste com a entrega de 15 vagões de etanol de nossos fornecedores por via férrea e o nosso mecanismo de recebimento funcionou perfeitamente”, disse Carnaúba.

A fábrica, localizada em Triunfo, no Rio Grande do Sul, vai receber 40% do etanol de cana utilizada na produção do plástico verde por rede ferroviária. “Outros 40% virão por via marítima e apenas 20% por rede rodoviária”, explica. Entre os principais fornecedores de etanol da Braskem estão a Cosan, a ETH e mais dez fornecedores menores localizados nos estados do Paraná e São Paulo. A empresa precisará de 450 milhões de litros de etanol por ano.

Orçada em R$ 500 milhões, a planta utilizará o etanol de cana na produção de eteno, matéria-prima do polietileno verde, mais conhecido como plástico verde. Antes mesmo de entrar em operação, a empresa já tem acordos de fornecimento fechados com empresas do porte da Natura, Estrela, Johnson & Johnson, Tetra Pak, Cromex e Acinplas, além do mercado internacional.

No início de julho, a planta de Triunfo obteve a licença de operação definitiva concedida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam), o que permite o início das operações da indústria. A planta de plástico verde ficou pronta 60 dias antes do esperado porque muitos fornecedores de máquinas e equipamentos adiantaram a entrega das peças, o que permitiu que o início das atividades fosse antecipado de outubro para agosto de 2010.

Com sua produção praticamente comercializada, a Braskem já tem estudos de construção de uma outra unidade no médio prazo.

Plástico verde

O biopolietileno é resultado de um processo de polimerização equivalente aos processos já conhecidos e dominados, tendo como grande diferencial a obtenção do eteno, produzido por desidratação do etanol da cana-de-açúcar. Através desta tecnologia, foi possível integrar a alta experiência e competitividade do Brasil no setor sucroalcooleiro com o know-how da Braskem no desenvolvimento e na produção de resinas termoplásticas.

O processo de obtenção de eteno a partir de etanol proveniente de fonte renovável ocorre através da desidratação do álcool na presença de catalisadores. Os contaminantes gerados no processo devem ser removidos através de sistemas apropriados de purificação sendo estes o grande salto tecnológico que a Braskem desenvolveu. Como sub-produto, é gerada água que pode ser reutilizada em diferentes etapas agrícolas ou do processo industrial. O eteno possui pureza adequada para qualquer processo de polimerização e permite a obtenção de qualquer tipo de polietileno.

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