
Pantanal, avaliado por US$ 112 bilhões por um pesquisador da Embrapa
Pesquisador põe pela primeira vez em perspectiva o valor dos serviços ambientais prestados pela maior planície alagável fluvial do mundo
Quanto vale um bioma? A pergunta pode parecer maluca, mas, se o bioma em questão for o Pantanal, ela já pode ser respondida: US$ 112 bilhões por ano, no mínimo. O cálculo foi feito por um pesquisador da Embrapa Pantanal, em Corumbá, e põe pela primeira vez em perspectiva o valor dos serviços ambientais prestados pela maior planície alagável fluvial do mundo, comparados com aquilo que é gerado pela pecuária, a mais rentável atividade econômica praticada na região.
Segundo o oceanógrafo e economista gaúcho André Steffens Moraes, “perdido no Pantanal desde 1989”, um hectare preservado do bioma que detém a maior concentração de fauna das Américas vale entre US$ 8.100 e US$ 17.500 por ano. A conta é detalhada em sua tese de doutorado, recém-defendida na Universidade Federal de Pernambuco e disponível para download (www.cpap.embrapa.br/teses).
Nela, Moraes inclui valores potenciais de coisas como madeira, produtos florestais não-madeireiros e ecoturismo. Mas também de coisas que não estão nem podem ser colocadas facilmente no mercado, como o valor da polinização feita por aves e insetos, o controle de erosão e, principalmente, a oferta e regulação de água -produto e serviços que são perdidos quando a vegetação tomba. “Eu analisei quanto a sociedade perde quando se desmata”, disse o pesquisador.
FSP
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Por Nilnews
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O Governo vai adiar por um ano a entrada em vigor de partes do decreto que regulamentou a Lei de Crimes Ambientais (Decreto 6.514/2008). Concede, assim, prazo para que agropecuaristas possam se adequar à legislação.
A decisão, tomada em conjunto pela Casa Civil e pelos Ministérios da Agricultura, do Meio Ambiente e de Desenvolvimento Agrário, deve-se à pressão de governadores e de parlamentares ligados ao campo, que reclamaram da rigidez do decreto e até ameaçaram iniciar uma rebelião civil. Além da concessão de prazo, haverá outras mudanças no texto da lei.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que até esta semana apresentará ao presidente Lula os principais pontos que devem ser modificados. Mas adiantou dois: o embargo por descumprimento da legislação ambiental não atingirá toda a propr iedade, mas apenas a área em que foi cometido o delito; e passa de seis meses para um ano o prazo para a recomposição das reservas legais e das áreas de proteção permanentes destruídas.
Fonte: Agências
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A MATERIALIZAÇÃO do Fundo Amazônia foi rápida. Proposto em dezembro na conferência sobre clima de Bali, o mecanismo de incentivo à redução do desmatamento foi oficializado pelo governo Lula em agosto e recebe agora um depósito pioneiro, da Noruega. O ceticismo inicial com o potencial de doações voluntárias foi desfeito pelo país escandinavo, que prometeu aportar US$ 1 bilhão até 2015.
Isto é o dobro do que o governo brasileiro orçou para combater o desmate de 2008 a 2010. Até agora, US$ 20 milhões foram depositados; US$ 120 milhões virão nos próximos meses, totalizando os US$ 140 milhões anuais previstos.
Os aportes anuais só ocorrerão se o Brasil mantiver a taxa de desmatamento abaixo dos 19.500 km2 médios do decênio 1996-2005. Foi o caso de 2006, que ficou 5.500 km2 aquém disso. O equivalente a 200 milhões de toneladas de CO2 deixou de ser emitido na atmosfera e, assim, de agravar o efeito estufa.
Cada tonelada poupada dá direito a utilizar US$ 5 do fundo. Portanto, o resultado de 2006 credita US$ 1 bilhão ao país. Seria preciso, porém, obter mais doadores, pois só US$ 140 milhões estão garantidos no período. Há negociações em curso com Coréia do Sul, Japão, Suíça, Suécia e Alemanha, além de empresas estrangeiras e nacionais.
O fundo tem administração do BNDES, que selecionará projetos de vários tipos, da recuperação de áreas degradadas ao uso sustentável de florestas. Está em debate, ainda, remunerar comunidades e proprietários que preservarem matas e se comprometam a fazê-lo no futuro.
FSP/Editorial
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O ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, está preparando operação midiática contra desmatadores da Amazônia, na próxima semana, que pode contar até com a participação do Exército.

Por outro lado, Minc vai baixar portaria diminuindo “para 5%” as exigências burocráticas para que pesquisadores “de instituições públicas de notória excelência”, como USP, Unicamp e universidades federais, tenham acesso à biodiversidade dos parques nacionais. “Biopirata é biopirata; cientista é cientista”, diz Minc. As universidades seriam co-responsáveis pelo que seus cientistas fizerem nos parques. “Voltaremos a ser eco-aliados”, diz ele.
MB
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Uma reportagem publicada neste domingo no jornal americano The New York Times afirma que a sugestão feita por líderes globais de que a Amazônia não é patrimônio exclusivo de nenhum país está causando preocupação no Brasil.
No texto intitulado “De quem é esta floresta amazônica, afinal?”, assinado pelo correspondente do jornal no Rio de Janeiro Alexei Barrionuevo, o jornal diz que “um coro de líderes internacionais está declarando mais abertamente a Amazônia como parte de um patrimônio muito maior do que apenas das nações que dividem o seu território”.
O jornal cita o ex-vice-presidente americano Al Gore, que em 1989 disse que “ao contrário do que os brasileiros acreditam, a Amazônia não é propriedade deles, ela pertence a todos nós”.
“Esses comentários não são bem-aceitos aqui (no Brasil)”, diz o jornal. “Aliás, eles reacenderam velhas atitudes de protecionismo territorial e observação de invasores estrangeiros escondidos.”
O jornal afirma que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta aprovar uma lei para restringir o acesso à floresta amazônica, impondo um regime de licenças tanto para estrangeiros como para brasileiros.
“Mas muitos especialistas em Amazônia dizem que as restrições propostas entram em conflito com os próprios esforços (do presidente Lula) de dar ao Brasil uma voz maior nas negociações sobre mudanças climáticas globais – um reconhecimento implícito de que a Amazônia é crítica para o mundo como um todo”, afirma a reportagem.
O jornal diz que “visto em um contexto global, as restrições refletem um debate maior sobre direitos de soberania contra o patrimônio da humanidade”.
The New York Times
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Num período de muita chuva na região amazônica, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) detectou em março uma das maiores extensões de desmatamento do ano concentrada numa única área em Marcelândia, em Mato Grosso, superior a 25 vezes o tamanho do parque Ibirapuera (zona sul de São Paulo).
O município é um dos 36 que mais derrubaram árvores na Amazônia e, por isso, teve suspensas autorizações para cortes desde o final de janeiro.
Nas imagens de março, divulgadas ontem pelo Inpe, Marcelândia é líder absoluta na devastação. Em cinco áreas da cidade, foram 65,5 quilômetros quadrados a menos de florestas. O número representa 45% do total do desmatamento medido no mês pelo Deter, o sistema de detecção em tempo real.
Em março, o Deter captou 145,7 quilômetros quadrados a menos de floresta na região amazônica, o equivalente a 20% do desmatamento captado no mês anterior. Em fevereiro, depois do anúncio de medidas do governo para conter o problema, o Inpe ainda registrou o abate de 725 quilômetros quadrados de matas.
Apesar de os dados sugerirem um sinal de freio no desmatamento, pesquisa nos dados do Inpe indica novamente dificuldade para o governo cumprir a meta do ano. Do início de agosto de 2007 ao final de março deste ano, o Deter registrou 4.732 quilômetros quadrados de desmatamento, equivalente a três vezes a cidade de São Paulo.
DETER
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O governo federal deverá concluir até o fim de abril um pacote de medidas para socorrer os municípios campeões em desmatamento da Amazônia. O pacote está sendo costurado pelo ministério do Meio Ambiente, mas envolve órgãos econômicos e de pesquisacomo Embrapa, Ipea Incra e Serviço Florestal Brasileiro.
O objetivo é encontrar a resposta para a pergunta que hoje vale tanto quanto as ações de combate ao desmatamento: qual a alternativa econômica para quem sempre viveu da derrubada ilegal da Amazônia?
A ajuda terá cunho social. O pacote está sendo estruturado para atender aos municípios que terão os impactos econômicos mais fortes na medida em que o governo fecha o cerco contra os desmatadores. “O foco maior é sobre os 36 municípios diz André Lima, responsável pela Amazônia no Ministério do Meio Ambiente.
Valor Econômico
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O relatório Global Monitoring Report, realizado pelo Banco Mundial (Bird) e divulgado ontem afirma que a maior parte do desmatamento mundial vem se dando no Brasil e na Indonésia.
Um ranking publicado no relatório afirma que, entre 2000 e 2005, o Brasil desmatou um total de 31 mil km² de sua área florestal, seguido pela Indonésia, que desmatou 18,7 mil km², e o Sudão, que derrubou 5,9 mil km² de sua área florestal.
O desmatamento nos dois países com as maiores regiões de floresta no mundo vem ocorrendo, predominantemente, devido à transformação de suas áreas florestais em terras agrícolas.
Segundo o documento, o índice de hectares desmatados no Brasil foi de 2,7 milhões, entre 1990 e 2000, mas que ele passou para 3,1 milhões de hectares entre 2000 e 2005. Na Indonésia, ao contrário, os índices permaneceram inalterados no mesmo período.
JB
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