Arquivos de tags: Crise

Crise faz bilionário perder metade da fortuna

A nova lista dos homens mais ricos de Hong Kong, elaborada pela revista Forbes, mostra os estragos da crise financeira nas fortunas dos magnatas, que, nos últimos 12 meses, viram o preço de seus ativos cair pela metade. Entre os casos mais espetaculares, está o do empresário Li Ka-shing (foto), que viu sua fortuna cair de US$ 32 bilhões para US$ 16,2 bilhões, apesar de manter a coroa de homem mais rico de Hong Kong.

Também sobressai o caso do “rei dos cassinos” de Macau, Stanley Ho, que desabou do quinto lugar de 2008 para o 19º este ano. A fortuna líquida de Ho caiu 89%, de US$ 9 bilhões para US$ 1 bilhão.

Segundo a Forbes, se em 2008 só entraram na lista aqueles com fortunas superiores a US$ 1 bilhão, este ano o acesso se “democratizou” o acesso e só são necessários US$ 485 milhões.

Forbes

Gerdau vai demitir no Rio Grande do Sul

A Gerdau adotou novas medidas como parte de ajustes feitos desde dezembro para adaptar a produção aos efeitos da crise financeira mundial sobre a demanda. Na Aços Especiais Piratini, em Charqueadas (RS), a mudança foi no regime de trabalho, que passou a ter duas turmas, em vez de três.

Na Gerdau Riograndense, em Sapucaia do Sul (RS), o grupo informou que serão demitidos alguns funcionários, sem detalhar o número. Entre os funcionários, circulou a previsão de que haverá 40 demissões hoje, de um total que pode passar de 120. Os metalúrgicos terão reunião com a empresa na próxima semana.

A Riograndense tem cerca de 1.200 empregados. Conforme a Gerdau, a decisão foi adotada ?após a tomada de uma série de medidas para reduzir custos e adequar a produção à menor demanda por aço?. A Gerdau Riograndense havia antecipado manutenções e adotado férias entre 15 de dezembro e 4 de janeiro.

Na Piratini, a mudança reduziu as turmas de trabalho de três para duas em áreas industriais, mantendo os mesmos dois turnos. Com isso, o adicional de turno pago aos funcionários envolvidos na mudança caiu de 15% para 6% sobre a remuneração, explicou o grupo. A Gerdau ressaltou que a medida não resultará em demissões e será feita mediante antecipação de férias. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Charqueadas, Jorge Luiz Silveira de Carvalho, disse que a modificação está legalmente amparada nos contratos de trabalho, mas o ideal é que fosse negociada antes com a categoria.

SANDRA HAHN

Revista Terra e mais 4 deixam de circular

A Editora Peixes, do grupo Companhia Brasileira de Multimídia, do empresário Nelson Tanune, vai deixar de publicar cinco revistas.  O Grupo CBM (Companhia Brasileira de Multimídia) anunciou, em comunicado, que os títulos Terra, Dom, SKT, Speak Up e Habla! deixam de circular e passarão brevemente a compor portal de informação e entretenimento que será lançado pela companhia.

As revistas Gula, Fluir, Próxima Viagem, Viver Bem e SET continuam com suas versões impressas e também farão parte de projetos digitais, de no media e eventos.

Em comunicado, a CBM informa ainda que dá continuidade ao processo de integração de suas equipes e procedimentos. “Os executivos da Peixes passam a integrar a estrutura organizacional do Grupo CBM para a obtenção do máximo de produtividade e resultados positivos”, diz o texto.

Ainda de acordo com o comunicado, com as medidas “buscam-se ganhos de escala e eficiência na aquisição de insumos, impressão e distribuição, bem como maior presença no mundo digital.”

A CBM também destaca, no texto, que prossegue com a contratação de 150 novos profissionais para suas Unidades de Negócios até o fim deste ano.

Carro: prestação no máximo em 36 X

As pessoas começam a ter dificuldades para financiar a compra do automóvel. Entre os revendedores de usados, o sentimento é de que as linhas estão muito restritas e já embutem taxas praticamente duas vezes mais altas. Já entre os carros novos, os bancos ligados às montadoras garantem a oferta de recursos, com taxas reduzidas, até pelo compromissos com as vendas das companhias. Nos dois casos, os prazos encolheram e raramente superam 36 meses.

A primeira reação concreta dos bancos que financiam automóveis ao aperto do crédito foi a suspensão dos planos de financiamento em 72 meses. A segunda foi lançar grandes campanhas reduzindo taxas de juros à metade da média do mercado. Mas na maior parte dos casos, os juros mais baixos não valem para os carros mais vendidos.

Na Volks, a taxa de 0,99% só vale para planos de 24 meses e para os modelos da linha Fox, Polo e o importado Beetle. Quem quiser Kombi – um veículo que não precisa nem de propaganda – ou o novo Gol – recém-lançado e sucesso de vendas – tem que arcar com juros mais altos, em torno de 1,69%.

A Ford também lançou uma campanha de 0,99% em financiamento de 24 meses para os modelos Fiesta e EcoSport. E a mesma taxa foi lançada pela General Motors para as linhas Corsa e Astra. Tanto Ford como a GM excluíram os carros mais baratos – Ka e Celta, respectivamente – dos planos com juros mais baixos.

O segmento que mais sofre, no entanto, é da classe de renda mais baixa, que passou a ter acesso ao crédito pelas linhas longas.

As taxas, que antes oscilavam entre 1,8% e 2,2% ao mês, hoje variam entre 2,2% e 2,5% ao mês. Mas o pior não são os juros mais altos, mas sim a seletividade elevada dos bancos para aprovação do crédito. As exigências ficam tão grandes que muitas vezes inviabilizam o negócio.

Até mesmo o nicho de carros de luxo já sofre com a crise, afirma Ricardo Almeida, gerente da Audi One, concessionária que representa a marca.

Fernando Travaglini e Marli Olmos

Autopeças sentirão impacto da crise em 2009

No início de 2009, os fabricantes de autopeças deverão sentir os primeiros impactos da crise financeira nos Estados Unidos. Para manter o crescimento e atender a estimativa de produção de quatro milhões de veículos no próximo ano – número que diante da crise pode ser revisto -, os investimentos deveriam crescer 2,2%, em relação a 2008, ano que registrará a marca de US$ 1,6 bilhão. Investimentos que, no entanto, ainda estão incertos. “A previsão para 2008 nós não iremos mudar, mas certamente haverá uma revisão para ano que vem”, afirmou Paulo Butori, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). O setor, que deverá terminar 2008 com um faturamento de R$ 76,7 bilhões, 9,6% a mais do que em 2007, sofrerá impactos, principalmente pela diminuição de crédito no setor automotivo.

A projeção de crescimento do setor para 2009, que estava sendo estimada entre 8% e 10%, ainda está indefinida. “Mesmo com a votação do pacote nos Estados Unidos, haverá uma queda econômica em todo o mundo e isso afetará nosso o mercado”, afirmou Butori.

O índice de exportação para o Estados Unidos deve cair ainda mais. O país que é, atualmente, destino de 18,29% das exportações brasileiras do setor, exportará, em 2008, 5,38% a menos do que em 2007. Por outro lado, as importações, que estão registrando elevação, irão contribuir para que a balança comercial do setor feche negativamente em US$ 1,464 bilhão.

DCI

%d blogueiros gostam disto: