Tá na coluna Direto da Fonte do Estadão:
Depois de um ano de negociações, não foi nem Jorge Gerdau nem Benjamin Steinbruch a arrematar a Usiminas. A compra da parte da Votorantim, da Camargo Corrêa, e uma parte do fundo dos empregados foi fechada hoje pelo grupo argentino Ternium, de Paolo Rocca. Agora, com a Nippon Steel, eles controlam a empresa. Isto é: a Usiminas não é mais brasileira.
O valor da negociação? Algo em torno de R$ 5 bilhões.
A acionista individual da Usiminas (USIM3, USIM5), a Nippon Usiminas, ja afirmava na sexta-feira (18) que está ciente que a Ternium “está engajada em discussões com membros do grupo de controle da Usiminas, tendo por objeto (…) as condições em que eventualmente a Ternium ingressaria no grupo”.
Contudo, em comunicado conjunto com a Nippon Steel Corporation e com a Metal One Corporation, os acionistas afirmam que não “tomaram qualquer decisãointerna ou chegaram a qualquer acordo definitivo ou vinculante com qualquer pessoa relativamente aos assuntos reportados”.
Conforme posição de 4 de outubro, a Nippon Usiminas detém 23,74% das ações ordinárias da Usiminas, ao passo que a Nippon Steel Corporation possui 3,72% e, a Metal One Corporation, 0,15%.
Votorantim e a Caixa dos Empregados da USIMINAS (CEU) visando a aquisição
de 25 milhões de ações ordinárias (com direito a voto) de emissão da Usinas
Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. – USIMINAS, representando 5,0% das ações
ordinárias e 2,5% do capital social ao preço unitário de R$ 36,00. A operação
representará um investimento de R$ 900 milhões que serão pagos com
recursos próprios e financiamentos.
Por meio dessa operação a Companhia, em conjunto com as sociedades ligadas
Ternium S.A. e Siderar (COMPRADORES), passará a integrar o atual bloco
acionário detentor do controle da USIMINAS , substituindo Camargo Corrêa e
Votorantim, por meio da celebração de um novo acordo de acionistas com
Nippon Steel, Mitsubishi, MetalOne e CEU.
O Grupo de Controle será o bloco de acionistas que deterá a maioria do direito
de voto (322,7 milhões de ações ordinárias) e ficará composto pelo Grupo
Nippon com 46,1%, CEU com 10,6% e os COMPRADORES com 43,3% de
participação. A maioria das decisões neste grupo necessitará de pelo menos
65% de votos favoráveis para aprovação.
Com instalações localizadas estrategicamente próximas dos principais
consumidores de aço no Brasil e fonte de minério de ferro na região de Serra
Azul, USIMINAS é o maior produtor de aços planos do país, com capacidade de
produção de 9,5 milhões de toneladas de aço bruto por ano e líder no mercado
brasileiro de aços planos. USIMINAS encontra-se integrada em quatro principais
unidades de negócios: Mineração e Logística, Siderurgia, Transformação de Aço
e Bens de Capital. Em 2010 a USIMINAS atingiu um faturamento de R$ 13
bilhões.
A Administração da Companhia considera este investimento de absoluta
relevância estratégica por abranger a principal matéria prima para seus
negócios, obtendo um maior nível de integração com seu principal fornecedor
de aço, empresa com a qual detém relacionamento comercial de longa data.
Esse investimento permitirá alavancar o desenvolvimento de aços especiais com
ênfase para o conteúdo local requerido na área de energia e para o mercado
A operação está sujeita às formalidades usuais e aprovações corporativas do
Grupo Nippon sendo o fechamento previsto para Janeiro de 2012.
, aproveitar sinergias no Negócio de Equipamentos Industriais e
São Caetano do Sul,
Sonia Racy