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PF vai usar avião não tripulado

PF vai usar avião não tripulado para combater crime na Tríplice Fronteira. Foto: Divulgação/PF A Polícia Federal apresentou nesta segunda-feira, em São Miguel do Iguaçu , município localizado a 40 quilômetros de Foz do Iguaçu, o Sistema Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado), que será usado no combate ao crime na região da Tríplice Fronteira: Brasil, Paraguai e Argentina. É a primeira vez no mundo que a polícia emprega um Vant, normalmente utilizado por forças militares, para combater esse tipo de crime.

A aeronave é capaz de voar por 37 horas ininterruptas, cobrindo mais de 1 mil quilômetros. Além disso, pode fotografar ou filmar com nitidez, durante o vôo, pessoas e objetos no solo, de uma altura que pode chegar a 30 mil pés (10 quilômetros).

O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que até 2014 esse modelo de aeronave, de fabricação israelense, poderá ser construído no Brasil, já que o contrato de compra prevê a transferência de tecnologia para a indústria nacional. O investimento feito em cada uma das aeronaves é de aproximadamente R$ 8 milhões.

O projeto faz parte das mais de 90 ações preventivas, repressivas e sociais do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

Essa é a primeira fase de avaliação e aquisição. Ela deve ser concluída até o final do ano. Inicialmente, serão usados três aparelhos. Os outros dois devem ter como base os estados do Amazonas e o eixo Rio-São Paulo. Numa segunda etapa serão criadas outras quatro bases, com 14 aeronaves.

Brasília abrigará, além de uma das bases, um centro de treinamento para os operadores do sistema.

O ministro do Interior do Paraguai, Rafael Filizzola, disse ser fundamental que a aeronave seja incorporada como mais um instrumento ao acordo de cooperação técnica para assuntos de polícia, que os dois países mantêm na região de fronteira.

Informações da Agência Brasil

Cigarro: Indústria deve financiar guerra ao contrabando

O Brasil e a União Européia (UE) se afrontam na negociação de um acordo internacional para combater o comércio ilícito de tabaco, mas estão de acordo num ponto: o monitoramento da produção e a fiscalização do comércio devem ser financiados integralmente pela indústria.

Com a participação de 150 países, a negociação acontece esta semana em Genebra. O objetivo é combater um comércio que provoca perda de arrecadação estimada em US$ 50 bilhões globalmente.

No Brasil, o prejuízo para o governo é estimado em R$ 1,5 bilhão por ano, pelo menos. O Brasil é o principal exportador e segundo produtor mundial de tabaco.

Os cigarros contrabandeados representam 11% da venda mundial, equivalente a 600 bilhões de cigarros anuais, de acordo com o Centro de Integridade Pública, entidade não-governamental dos EUA. A negociação atual ocorre porque os países constataram que o contrabando diminuía a efetividade da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, aprovada em 2005.

O Brasil, que tem 300 mil famílias trabalhando na produção de fumo, não vê como controlar cada folha. Considera que os grandes responsáveis pelo comércio ilícito são as próprias indústrias. Existem evidências de que o cigarro traficado muitas vezes sai da indústria, passa ilegalmente a fronteira e provoca dois estragos: um, na saúde pública, porque o preço mais barato estimula o consumo, e o outro fiscal, pela perda de arrecadação.

Há quase consenso para que o acordo proíba a venda de cigarro pela internet, pela facilidade do do comércio ilegal. A Anvisa tem portaria nesse sentido. O problema é como os governos vão fiscalizar o comércio pela web. Existem divergências, por outro lado, sobre proibição da venda em “duty free”. O Brasil, que vende cigarros em aeroportos, não tem posição fechada.

Valor

PF prende principal fornecedor da 25 de Março

A PF (Polícia Federal) informou ter desmontado nesta quarta-feira quadrilha ligada ao contrabando de mercadorias estrangeiras ilegais. Na operação, foi preso em flagrante o homem apontado pela polícia como o maior fornecedor de produtos da rua 25 de março, na região central, considerada o maior shopping a céu aberto da América Latina.

Após 30 dias de investigações, policiais da Delefaz (Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários) também apreenderam cerca de 300 toneladas de mercadorias contrabandeadas, avaliadas em R$ 5 milhões.

De acordo com a PF, o homem, identificado apenas como J.N., é proprietário de um depósitos de mercadorias contrabandeadas. Ele foi detido sob acusação de contrabando e descaminho.

Uma outra operação deflagrada ontem em São Paulo apreendeu R$ 2 milhões em mercadorias ilegais em rodovias no Estado –a força tarefa envolveu 2.000 pessoas de sete instituições públicas.

Batizada de operação Anúbis –Deus egípcio que fazia julgamento das boas e más ações–, a força tarefa identificou em dois meses de investigações as formas, rodovias e horários mais utilizados pelos contrabandistas.

A operação começou ontem e deve durar pelo menos mais duas semanas, mas “para não atrapalhar as apreensões”, detalhes sobre a operação foram mantidas em sigilo.

No balanço parcial apresentado, que considera os números apurados até o fim da manhã de ontem, foram apreendidas mercadorias avaliadas em R$ 2 milhões em Bauru, São José do Rio Preto e Araçatuba. Ao todo foram retidos seis veículos, aparelhos eletrônicos e quatro carretas com cigarros contrabandeados.

FSP

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