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Código de barras vai alertar vencimento do produto e não emitirá nota fiscal

Os distraídos e os que não olham a validade dos produtos que compram em breve deixarão de passar por este constrangimento. Também os gerentes de lojas e supermercados deixarão de ser presos por venderem produtos vencidos.

A GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação, presidida por João Carlos de Oliveira – está apresentando ao varejo, especialmente ao setor de supermercados, o GS1 DataBar, um código de barras que oferece todas as informações já usadas, mais a data de validade do produto. Desta forma, quando o cliente passar no caixa para fazer o pagamento, o sistema alertará que o produto está com data vencida e não fará a fatura.

Além de beneficiar o consumidor, o DataBar traz grandes vantagens ao varejista, pois ajudará a controlar os estoques e a planejar promoções, conforme as datas de validade.

O presidente da GS1 Brasil, uma associação que tem 55 mil empresas associadas no Brasil, diz que a missão da entidade é ajudar na melhoria dos processos, da automação e dos negócios. Ele abriu, em São Paulo, a Conferência Internacional da entidade – que tem mais de um milhão de sócios em 150 países -, reunindo especialistas e executivos de importantes empresas e instituições para debater as tendências tecnológicas no varejo.

Além do DataBar, foram apresentados o Código Eletrônico de Produto e a tecnologia de identificação por radiofrequência, já em uso, e o GS1 DataMatrix, que vai permitir ler todas as informações sobre um produto – fabricante, data de fabricação, origem da matéria-prima, validade, preço etc., através do telefone celular.

Danilo Ucha/JC

Brasileiro esquece 20% do que gasta

Gastos com o cinema, a feira, a padaria, a cerveja, o estacionamento e o cafezinho – e que nunca lembramos de contabilizar – podem comprometer o orçamento da casa no fim do mês. Uma pesquisa divulgada pela operadora de cartões Visa apontou que esse tipo de despesa representa até 26% dos gastos do brasileiro durante a semana.

De acordo com a pesquisa, em média, os brasileiros gastam R$ 40,25 (US$ 23) por semana com despesas das quais não se recordam depois, ou R$ 2,1 mil por ano (US$ 1,2 mil). Dinheiro gasto, principalmente, com alimentação, lazer, entretenimento, compra de salgadinhos e jantar fora de casa.

A pesquisa analisou o comportamento de consumidores em 17 países. Os australianos são os mais descontrolados com gastos semanais, comprometendo até 34% das despesas com mercadorias das quais não se lembram de terem comprado. Os mais controlados são os japoneses, que deixam de contabilizar apenas 7% de tudo o que compram por semana.

Segundo o economista e professor José Dutra Vieira Sobrinho, é importante que o consumidor tente planejar e controlar esses gastos. De acordo com ele, não existe um “número mágico” de quanto possa ser gasto, por exemplo, com supérfluos. Por isso é preciso disciplina. “O que recomendo é que as pessoas tenham uma ideia do orçamento e de quanto gastam para que possam ter condições até de poupar um pouco”, afirmou.

Uma dica dada pelo professor é que a pessoa tente anotar durante três meses, começando sempre pelo primeiro dia do mês, todas as despesas que fizer no período. “A grande surpresa ficará por conta das pequenas despesas que, somadas, darão um valor significativo”. Segundo Sobrinho, isso dará ao consumidor uma noção de quanto gasta por mês e indicará as despesas que poderão ser cortadas para não comprometer o orçamento familiar.

Compras voltam ao nível pré-crise

Duas pesquisas mostram que a disposição de ir às compras do brasileiro já voltou ao nível anterior à crise. Os brasileiros estão buscando mais crédito e devem comprar mais bens duráveis – de geladeiras a carros – nos próximos meses, o que reforça o cenário favorável à recuperação da economia no segundo semestre.

O Indicador Demanda do Consumidor por Crédito, preparado pela empresa de informações de crédito Serasa Experian, atingiu em junho 102,7 pontos, contra 101,2 pontos alcançados em outubro de 2008, quando foi deflagrada a crise financeira. “É a primeira vez que o indicador supera o patamar de outubro”, diz o gerente de Indicadores de Mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Já o Índice de Intenção de Compras de Bens Duráveis, apurado pelo programa de administração do varejo Provar, da USP, e pela consultoria Felisoni Associados, revela que a disposição do consumidor para adquirir um carro zero ou uma geladeira, cresceu 20% no trimestre em relação ao mesmo período de 2008.

O indicador, que será divulgado hoje, mostra também que a intenção de levar para casa algum bem durável está no nível mais alto dos últimos dez anos para o período julho a setembro.

Duas razões explicam a mudança de ânimo dos consumidores: o aumento da oferta de crédito, com melhores condições de prazos e juros, e a maior confiança, especialmente entre os consumidores de baixa renda, na manutenção do emprego.

Márcia De Chiara e Ana Conceição/Estadao

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