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Freud usava cocaína para fins científicos e se viciou

Deve causar polêmica no meio da psicanálise no Brasil um título comprado pela Record na Feira do Livro de Londres.
Chama-se “Freud on coke” e fala das ideias do pai da psicanálise sobre a cocaína e de seu próprio vício.

Segundo o livro, que sai aqui em 2012, Freud começou a usar cocaína para fins científicos. Mas se viciou, o que, no fim da vida, dificultou sua luta contra um câncer na boca. O autor, David Cohen, é grande pesquisador da psicanálise.

Entre as idades de 28 e 39, por onze anos, Sigmund Freud utilizou regularmente a cocaína em sua forma de alcalóide, em pó.

Como jovem neurologista, essa foi sua primeira tentativa experimental fora da prática médica tradicional. Ele estava buscando o reconhecimento público capaz de gerar a clientela que lhe traria fama e recursos financeiros permitindo, assim, que se casasse com sua noiva, de quem estava separado havia dois anos.

Durante esse período, Freud publicou três artigos importantes e fez uma apresentação para a Sociedade Psiquiátrica de Viena sobre os usos terapêuticos da cocaína.

Embora esse experimento não tenha atingido suas expectativas, e seus artigos sobre a cocaína nunca tivessem aparecido em seus escritos publicados; esses estudos fizeram de Freud, na verdade, um fundador da psicofarmacologia e, provavelmente, influenciaram seu trabalho com os sonhos e o inconsciente.

Quando os artigos foram “descobertos” e tornados públicos, em 1963 e, novamente, em 1974, ampliaram a compreensão do relacionamento de Freud com a droga que, até aquele momento “focalizava dois aspectos do envolvimento de Freud com cocaína: primeiro, a questão da prioridade na descoberta da anestesia local e, segundo, a defesa ‘equivocada’ que Freud fez da droga como uma … panacéia …”

Entretanto, a importância de Freud na história da psicofarmacologia não está somente na sua elegante revisão da literatura existente e nas suas sugestões para terapia, como apresenta em seu artigo “Sobre a coca”.

O mais significativo de todos é o seu breve artigo, publicado em janeiro de 1885, “Uma contribuição para o conhecimento do efeito da cocaína”, um estudo que confirma o papel de Freud como um dos fundadores da psicofarmacologia moderna.

O primeiro ponto de importância é que Freud, depois de defrontar-se com uma droga com propriedades psicofarmacológicas singulares, não se satisfez com a mera revisão da experimentação humana e animal que havia sido feita até aquele momento. Ao invés disso, ele imediatamente partiu para a demonstração das propriedades psicofarmacológicas da substância. De fato, alguns anos antes, a droga havia sido estudada.

Em 1880, von Anrep havia pesquisado a farmacologia da cocaína em experiências com animais. Freud, porém, trabalhou com uma substância purificada e fez registros cuidadosos de suas experiências – em si próprio. Ele utilizou os instrumentos de avaliação mais sofisticados disponíveis na época para poder obter os registros psicofisiológicos mais precisos possíveis e, então, correlacionou esses resultados, simultaneamente, com mudanças de humor e percepção, cuidadosamente descritas durante o período de ação da droga.

Essas experiências estabeleceram a dosagem apropriada e o tempo de ação da substância – um relacionamento crucial na experimentação humana. Uma comparação com relatórios de qualquer das experiências modernas com drogas psicoativas, incluindo aquelas realizadas com LSD, mescalina e outros compostos psicodélicos, mostra que o artigo de Freud estabeleceu uma tradição no estudo de substâncias com propriedades psicoativas.

John E. Burns, PhD

Consumo da cocaína mapeado pela água do esgoto

Em Brasília, se consomem duas toneladas de cocaína por ano, segundo os resultados de um projeto piloto da Polícia Federal capaz de localizar e medir os pontos de consumo da droga pela análise dos resíduos do esgoto.

O perito criminalista Adriano Maldaner, da Polícia Federal, afirma à Agência Efe que o método permite identificar onde se consome ou se produziu a cocaína e “até determinar o consumo específico em um bairro da cidade”.

Maldaner ressalta que esse método científico é muito mais confiável e rápido que os anteriores, baseados em pesquisas nas quais se perguntava ao próprio usuário de drogas. Quando raramente alguém admitia, era pedido que especificasse quanto consumia.

O projeto, batizado de Quantox, foi desenvolvido pela Polícia Federal de Brasília junto com especialistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de Brasília (UnB) e Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).

Um dos professores que participaram do projeto, Fernando Sodré, explica à Efe que a cocaína consumida passa por metabolismo e, poucas horas depois, é expelida pela urina.

Dessa maneira, é possível “determinar em que quantidade se consume droga em uma determinada área geográfica” por meio da análise das águas do esgoto, indica.

Pelos resíduos recolhidos nos esgotos, os pesquisadores identificam a concentração da cocaína e da benzoilecgonina, uma substância expelida pela urina, produzida com o consumo da droga.

Os peritos usaram amostras de águas residuais em seis estações de tratamento de Brasília entre março e junho passados por meio de duas recolhidas, e a partir do resultado fizeram um cálculo do consumo de cocaína anual na cidade.

As análises, de tão precisas, permitem até mesmo saber onde se consome e onde se produz ou processa a droga, caso em que a concentração de benzoilecgonina nas águas é maior.

A explicação é que os traficantes, ao lavar seus equipamentos na pia ou descartar os resíduos do processo no ralo ou no vaso sanitário, descarregam uma maior quantidade de resíduos da droga pelo encanamento.

Os pesquisadores descobriram que em áreas onde há um maior consumo de drogas, a proporção entre benzoilecgonina e cocaína pura é de quatro partes por uma. Já quando se registra mais concentração de droga pura é porque existe um laboratório de produção ou refino na área.

Segundo os resultados deste ano da Polícia Federal, em Brasília são consumidas 2 toneladas de cocaína anualmente, uma média de sete gramas diários por cada um dos 2,2 milhões de habitantes da cidade.

Maldaner avalia que esse dado também serve para traçar perfis sobre a eficácia do combate às drogas já que, em 2009, foram apreendidos em Brasília 350 quilos de cocaína, que antes do Quantox podiam até parecer muita coisa, mas hoje se sabe que representam uma mínima parte de toda a droga circulante pela capital.

Este projeto começa agora a ser introduzido no Brasil, mas já é conhecido em outros países. Na Itália, um instituto de pesquisa de Milão desenvolveu em 2005 um método para calcular o consumo de cocaína mediante a análise da água dos rios e esgotos da cidade.

Sodré explica que a diferença entre o Quantox e os projetos desenvolvidos em outros países é a “colaboração” entre os cientistas e a Polícia Federal, que lhe acrescenta a aplicação prática na “luta contra o tráfico de drogas”.

O pesquisador destaca também o fato de que este sistema permite determinar o consumo da cocaína de uma população em nível local, “preservando o anonimato” dos indivíduos.

O objetivo agora é estender o método a outras cidades e a outras drogas, como a heroína e a maconha. No entanto, ainda devem ser identificadas as moléculas dessas substâncias que são mais adequadas para o exame, para então fazer um mapeamento quantitativo e qualitativo das drogas consumidas pela população.

Filho de Beira-Mar é preso com 4 kg de cocaína

O filho do traficante de drogas Fernandinho Beira-Mar, Luan Medeiros da Costa, 22 anos, foi detido na noite deste domingo com quatro quilos de cocaína em uma mochila. Ele tentava embarcar em um ônibus na rodovia de Campina Grande, na Paraíba.

De acordo com a Polícia federal, ele pretendia viajar para João Pessoa e estava acompanhado de duas pessoas, também presas. A polícia abordou o jovem depois de uma denúncia anônima, que informou sobre o modo como a cocaína seria levada.

Uma operação foi realizada no terminal com a participação de agentes federais, policiais rodoviários e militares. Os envolvidos foram levados para a superintendência da Polícia federal em Campina Grande.

Bárbara Forte/Band

Ansiolítico, a droga das mulheres

Universitárias são mais dependentes de comprimidos do que ecstasy, cocaína e crack

Atrás do balcão das farmácias, as jovens brasileiras encontram substâncias que provocam os mesmos efeitos buscados por homens em “bocas” de tráfico.

Se para o sexo masculino na faixa dos 20 e 30 anos, cocaína, crack e anabolizante são as drogas ilícitas mais utilizadas, entre as mulheres desta faixa etária as sensações entorpecentes são adquiridas com o abuso de medicamentos.

A relação perigosa entre remédios e o universo feminino acaba de ser demonstrada em pesquisa feita pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), em parceria com a USP. Foram ouvidos 18 mil universitários, matriculados em instituições das 27 capitais brasileiras.

O risco de dependência de tranqüilizantes e ansiolíticos para as mulheres pesquisadas (9 mil no total) superou o índice encontrado para ecstasy, cocaína, solvente e crack. No público universitário feminino, 3,2% delas já são viciadas em calmantes e antidepressivos, terceira maior taxa de uso abusivo, atrás apenas da maconha (5%) e de um outro comprimido que também prende as mulheres, as anfetaminas (3,9%).

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Red Bull desmente presença de cocaína

A Red Bull garante que não há vestígios de cocaína na Simply Cola, bebida da multinacional austríaca semelhante à Coca-Cola, embora assegure que a utilização da folha de cocaína é uma prática generalizada.

No entanto, a bebida, promovida nas asas traseiras dos RB5 e dos STR4, foi proibida em seis estados alemães, uma vez que as autoridades de North Rhine-Westphalia detectarem a presença de cocaína, como consequência da realização de diversas análises.

A nova cola da multinacional de bebidas energéticas Red Bull já foi retirada do mercado em seis estados alemães. De acordo com testes realizados pelas autoridades de North Rhine-Westphalia, a Red Bull Simply Cola, lançada em 2008, contém cocaína.A multinacional já respondeu, justificando que o produto é “inofensivo”, alegando que usar extratos de folha de coca para dar sabor é um método habitual. Para desmistificar a situação, a Red BUll promoveu um teste, o qual não detetou a presença de cocaína.

A Red Bull Simply Cola também se encontra banida na Noruega, Dinamarca e Uruguai.

Dependência Química afasta 1 trabalhador a cada 3 horas

A cada três horas, uma pessoa é afastada do trabalho para tratar a dependência química no País, revela relatório do Ministério da Previdência Social. Apenas em janeiro deste ano, foram concedidas 2.506 licenças, por mais de 15 dias, para viciados em álcool, maconha, cocaína, anfetamina. Enquanto no ano passado os peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) concederam 31.721 afastamentos para funcionários dependentes, em 2007 foram 27.517 licenças, o que indica um aumento de 15%.

O número reflete apenas uma das faces da influência das drogas no mercado de trabalho, já que expressa o problema só entre os que têm carteira assinada no Brasil. Os dados mostram ainda que a dependência está em alta entre empreendedores, médicos, advogados, economistas, lixeiros, professores, funcionários públicos, todos do grupo cada vez mais amplificado nas estatísticas de transtornos de saúde desencadeados pelo uso de entorpecentes.

“O aumento nos números é multifatorial”, avalia o médico Jarbas Simas, presidente da Sociedade Paulista de Perícias Médicas. “De uma maneira geral, a crise pela qual passa a sociedade, a econômica inclusive, está levando o ser humano a procurar rotas de fuga e isso reflete em maiores índices da dependência química. Por outro lado, os métodos de diagnósticos, o controle das empresas com relação aos funcionários dependentes e a conscientização de que o assunto deve ser tratado como doença, também foi ampliado, o que influencia no aumento”, afirma Simas.

Jornal da Tarde.

Brasil: vice em consumo de cocaína

O relatório de 2008 do Departamento de Estado americano sobre as drogas, divulgado hoje em Washington, coloca o Brasil em segundo lugar no consumo de cocaína. Os Estados Unidos lideram.

A Colômbia mantém o posto de principal fornecedor da droga no mundo. O México foi elogiado pelos esforços na luta contra os cartéis de narcotraficantes e a Venezuela, que se recusa a colaborar no combate internacional ao tráfico, continua como importante rota de trânsito.

Reuters.

Bebê é internado por overdose de cocaína

Criança de 1 ano e 3 meses é internada por overdose de cocainaPasta-base de cocaína. Foto divulgação Clique para ampliar a imagem

Vítima comeu a droga que estava na cama da mãe, em Várzea Grande. Mãe tem 18 anos, é usuária de drogas e estava foragida da polícia, mas foi presa hoje à tarde na casa de uma amiga. A polícia encontrou a jovem após uma denúncia anônima. Ela ainda tentou se esconder nos fundos da casa, mas acabou confessando que era a mãe do bebê internado. Segundo a polícia, a mãe da criança tem 10 passagens pela polícia por ser usuária de drogas. O Conselho Tutelar acompanha o caso e a guarda provisória da criança deve ser passada a familiares.

O caso: O menino de 1 ano e 3 meses foi internado por overdose de cocaína no Hospital e Pronto Socorro de Várzea Grande, em Mato Grosso. De acordo com informações da polícia, a vítima teria comido pasta-base de cocaína encontrada em cima da cama da mãe, às 10h deste sábado (14).

Segundo a Secretaria de Saúde de Várzea Grande, o bebê passou por uma lavagem estomacal para a retirada de possíveis resíduos da droga do organismo da criança.

De acordo com o diretor do Pronto Socorro de Várzea Grande, João Botelho, o bebê está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade hospitalar e o estado de saúde é considerado estável.

O bebê deve receber alta e seguir para um quarto ainda nesta segunda-feira (16). A alta médica definitiva ainda não está prevista.

Ainda de acordo com a secretaria, a mãe do menino tem 18 anos e é usuária de drogas.

No sábado, a criança foi socorrida pela avó, que chegava ao local e viu a mãe do bebê correndo pela rua com o filho no colo, já desmaiado.

O Conselho Tutelar da cidade já foi acionado e a guarda provisória da criança deve ser passada para familiares.

Fonte:  G1

Número de usuários de cocaína aumentou 75%

Relatório divulgado ontem pela Organização das Nações Unidas (ONU) aponta um crescimento de 160% no número de usuários de maconha e de 75% no de consumidores de cocaína no Brasil entre 2001 e 2004.

O documento, elaborado pelo Escritório da ONU contra Drogas e Crime (UNODC), indica que o país tem hoje cerca de 870 mil usuários de cocaína. Em 2001, os usuários da droga equivaliam a 0,4% da população en$12 e 65 anos de idade. Em 2004, o percentual subiu para 0,7%. O mercado de consumo da cocaína no Brasil é o segundo do continente. Só fica atrás dos EUA, onde mais de seis milhões assumiram o uso da droga pelo menos uma vez ao ano.

Segundo o UNODC, o país tem mais de três milhões de consumidores de maconha. Em 2001, eles eram 1% da população entre 12 e 65 anos. Três anos depois, eram 2,6%. Os autores do relatório informam, sem citar números, que $á havendo aumento no consumo de ecstasy, crack e merla, entre outras drogas no país. O quadro é considerado preocupante. Segundo Giovanni Quaglia, representante do UNODC, é possível que a próxima pesquisa apresente números ainda mais elevados sobre tráfico e uso de drogas.

O Globo

Colombiano exilado no Brasil é o elo das Farc

O colombiano Francisco Antonio Cadenas Colazzos, o “padre Medina”, com status de exilado no Brasil desde 2006 por ser casado com uma professora brasileira, é o responsável pela troca de cocaína por armas e recrutamento de simpatizantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, revela hoje El Tiempo, o mais importante jornal da Colômbia.

O jornal acrescenta que Peru e Brasil são locais de trânsito para milicianos, armas e cocaína, o Equador é bastião financeiro e de refúgio e Venezuela, Costa Rica e México, servem de “lavanderia” de narcodólares e apoio ideológico, segundo apurou o serviço secreto colombiano, após análise dos computadores do vice-bandidão das Farc, Raúl Reyes, morto em março numa operação militar da Colômbia.

O jornal descreve a estratégia dos narcoguerrilheiros em sete países latino-americanos, com quatrocentos grupos envolvendo “revolucionários puros”, ONGS defensoras dos direitos humanos e partidos políticos oficiais. Um economista argentino, codinome “Bernardo”, com menos de 50 anos e ex- assessor da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) entre 1990 e 1996, é um dos “testas-de-ferro” das Farc no continente – o mesmo papel exercido no Brasil, segundo El Tiempo, por Cadenas Colazzos, o “Camilo”.

CH

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