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Morre a “Capitu” do cinema brasileiro

Morreu na noite de terça-feira, aos 72 anos, a atriz Isabella Cerqueira Campos, protagonista de “Capitu”, dirigido por Paulo Cezar Saraceni, um marco do Cinema Novo. Isabella, como era conhecida, lutava contra um câncer de mama.

Atriz de cinema, televisão e teatro, Isabella nasceu em Novo Mundo, na Bahia, no dia 27 de julho de 1938. Aos 15 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estudou teatro e dança. Trabalhou como comissária de bordo e tornou-se modelo em Paris, tendo desfilado para a Maison Dior em 1960.

Dois anos depois, voltou para o Rio e deu início à carreira de atriz com a peça “A prima dona”. Sua estreia nos cinemas aconteceu no mesmo ano, no filme “Os apavorados”, a última chanchada da Atlântida, seguido por “Cinco vezes favela”, de Cacá Diegues, um dos marcos do Cinema Novo.

Isabella tornou-se uma das musas do movimento e seu trabalho mais marcante foi “Capitu”, de 1968, dirigido por Paulo Cesar Saraceni, que viria a ser seu marido. A atriz viveu a protagonista ao lado de Othon Bastos como Bentinho e Raul Cortez como Escobar.

Na televisão, a atriz foi destaque em novelas como “Passos dos ventos”, de 1968, e “A cabana do Pai Tomáz”, de 1971, e no seriado “Sítio do Pica Pau Amarelo”, de 1978.

No teatro, ela estrelou peças como “Dura lex sed lex, no cabelo só Gumex”, de 1965, “Viver é muito perigoso”, de 1968, “Quinze anos depois”, de 1985, “Amar se aprende amando”, de 1987, e “Cora Coralina”, de 1989.

Nos anos 1970, ela casou-se com o cineasta Carlos Frederico Rodrigues, com quem trabalhou em filmes como “A possuída dos mil demônios”. Na década seguinte, Isabella mudou-se com o marido para Visconde de Mauá, onde fundou o Teatro da Montanha.

Seu último trabalho foi uma participação especial no filme “Brasília 18%”, de Nelson Pereira dos Santos, em 2006. No ano seguinte, ela apareceu nas telas em um depoimento ao documentário “Panair do Brasil”, de Marco Altberg.

Brasil fora do Oscar

Cena do filme 'Última parada 174'

O filme “Última parada 174”, de Bruno Barreto, não foi indicado ao Oscar 2009 na categoria filme de língua estrangeira. A lista completa dos primeiros indicados à categoria foi divulgada nesta terça-feira (13).

Nove filmes, de uma lista inicial de 65, avançaram para a próxima fase de seleção. Membros do comitê passarão sexta-feira, sábado e domingo assistindo a esses filmes para anunciar, em 22 de janeiro, os cinco candidatos finais a estatueta.
A entrega dos prêmios, na 81a edição do Oscar, acontecerá dia 22 de fevereiro.
“Última Parada 174” foi escolhido em setembro pelo Ministério da Cultura como o candidato brasileiro à indicação ao prêmio de melhor filme em língua estrangeira. O filme é uma ficção baseada na história real de um sobrevivente de uma chacina no Rio de Janeiro que anos mais tarde sequestra um ônibus.

Cinema: descontos para ampliar freqüência

Durante o RioMarket, encontro internacional de negócios realizado em paralelo ao Festival do Rio,  o diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, anunciou medidas  para aumentar o consumo de filmes brasileiros em cinemas de todo o país.

A campanha de valorização do cinema brasileiro deverá contar com ações de mídia e venda de ingressos a preços promocionais. A campanha deve ser realizada em novembro, mês do cinema brasileiro, por duas semanas. De acordo com Manoel Rangel, a expectativa é de que participem todas as salas de cinema do país que estejam exibindo filmes brasileiros no período, com promoções válidas para as sessões realizadas entre as segundas e quintas-feiras.

Vale-Cinema – a determinação da Agência é de implantar um programa especial de fomento para estimular os segmentos das classes C e D a consumirem filmes brasileiros nas salas de cinema e videolocadoras. Com o título provisório de “Vale-Cinema”, a idéia é promover uma articulação com empresários brasileiros, que destinariam o “vale” aos trabalhadores que recebam até cinco salários mínimos.

Novas salas – O estímulo à construção de salas de cinema também é uma das medidas em operação na Ancine para induzir a expansão do mercado, sobretudo nas regiões onde há demanda reprimida. Haverá criação de uma linha de ação do Fundo Setorial do Audiovisual no segundo semestre de 2009, e a publicação da nova instrução normativa dos Funcines.

Cultura e Mercado

Memória: Morre a atriz Renata Fronzi

Morreu na tarde desta terça-feira (15), aos 82 anos, a atriz Renata Fronzi. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos, em decorrência de diabetes.

Renata Fronzi foi casada com o locutor apresentador Cesar Ladeira ( já falecido) grande ídolo da era de ouro do rádio.  Fronzi, que ficou conhecida como a personagem Helena do seriado “Família Trapo”, da TV Record, estava internada havia um mês no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, no Rio.

Ela começou a carreira como bailarina no Teatro Municipal de São Paulo e fez diversas peças como vedete do Teatro de Revista. Nas décadas de 70 e 80, participou de novelas e seriados da TV Globo. Sua última aparição na TV foi no programa “Bronco”, de Ronald Golias, transmitido pela TV Bandeirantes.

A atriz também atuou em várias novelas. Entre seus principais trabalhos, estão as tramas de “Minha doce namorada” (1971), “O semideus” (1973),  “Chega mais” (1980), “Jogo da vida” (1981), “Transas e caretas” (1984), “Corpo a corpo” (1984), “A história de Ana Raio e Zé Trovão” (1990), além de participações especiais nas séries “Malhação” (de 1996 a 1997) e na minissérie “Memorial de Maria Moura” (1994).

Fronzi também fez papéis no cinema. Seus filmes mais recentes foram “Copacabana” (2001), de Carla Camurati, e “Coisa de Mulher” (2005), de Eliana Fonseca.

G1/NF

 

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