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Chrysler voltará a fazer carros no Brasil

A Chrysler voltará a produzir veículos no Brasil. O investimento poderá ser feito dentro de uma fábrica da Fiat, empresa que assumiu o controle da montadora americana depois que o governo dos EUA concedeu um empréstimo bilionário para salvá-la da falência. Os detalhes da operação dependem, agora, da política industrial a ser fixada no novo regime automotivo, segundo Sérgio Ferreira, o executivo escolhido pela Fiat para comandar a Chrysler no país.

A expansão da Fiat, agora com a Chrysler, é mais um passo no plano de Sérgio Marchionne, presidente mundial do grupo, de buscar alternativas à crise na Europa e estar entre os maiores fabricantes de veículos mundiais.

A opção pela produção local não só atende ao mercado doméstico em expansão como responde à pressão do governo federal para reduzir a importação. Ferreira, porém, não dá pistas sobre as características dos veículos que serão fabricados nem do volume de produção.

Uma das ações mais importantes para preparar a chegada da Chrysler – cercada de discrição – foi a recente abertura de dois centros de distribuição de peças de reposição, em Louveira (SP) e Buenos Aires. Com espaço para o armazenamento de componentes, a marca toma fôlego para o passo seguinte, a expansão da rede de concessionárias.

Há hoje no Brasil 33 pontos de venda da marca. O plano de expansão prevê 50 ainda em 2012 e de 100 a 120 até 2014, quando a nova linha de produção deve estar em operação. É também em 2014 que está prevista a inauguração da linha de produção da Fiat em Goiana (PE), um empreendimento de R$ 4 bilhões que pode ser o destino do investimento da Chrysler. Acomodar lá a produção de um ou dois modelos Chrysler na gigantesca área, de 1,2 mil hectares, é mais simples do que encaixar essa atividade na fábrica em Betim (MG), várias vezes reformulada para ampliar a produção. A localização no Nordeste também simplificaria o intercâmbio comercial com a região do Nafta, velho sonho da Fiat.

A Chrysler faz sua terceira tentativa no Brasil. Entre 1998 e 2001, como parte da Daimler, produziu a picape Dakota. Sua primeira fábrica no país foi inaugurada na década de 60.

Valor

Ex-salvador da Chrysler perde carro e pensão

Lee Iacocca, o lendário executivo-chefe da Chrysler, que salvou a montadora americana da falência em 1979, acaba de perder o direito ao carro da empresa e parte de sua pensão, devido ao processo de reestruturação da empresa.

A informação foi dada pelo atual presidente da empresa, Robert Nardelli, durante audiência no tribunal de falências.

Apesar de ter salvo a companhia há quase duas décadas, a reputação de Iacocca como um dos mais bem-sucedidos CEOs americanos não foi suficiente para manter seus benefícios agora que a Chrysler se encontra em sérias dificuldades financeiras.

Iacocca faz parte de um grupo de ex-executivos que investiu em um plano de aposentadoria suplementar, que garantia uma renda maior ao deixar a empresa. O problema é que na atual situação, esse programa deixou de ser pago.

A Chrysler também cancelou um programa no qual antigos executivos tinham direito a um carro da empresa durante toda a sua vida. Eles já receberam um comunicado informando que devem devolver seus veículos ou comprá-los da montadora. Iacocca está entre eles.

Em 1979, Iacocca salvou a Chrysler do colapso ao produzir carros mais baratos e de menor custo, que caíram no gosto popular durante a recessão de 1980-1982. Com o dinheiro, a Chrysler foi capaz de pagar rapidamente o empréstimo que tinha o governo como fiador.

O executivo chegou a aparecer em vários anúncios da Chrysler e ficou famoso pelo slogan “Se você conseguir achar um carro melhor, compre”. Sua experiência está descrita em livros como “Iacocca: Uma Autobiografia” e “Cadê os líderes?”

Obama já prepara falencia da Chrysler

O Tesouro americano estaria preparando o pedido de falência da Chrysler. A operação pode ser anunciada até o final desta semana, segundo matéria do jornal The New York Times. O governo teria chegado a um acordo com a United Automobile Workers, um dos mais importantes sindicatos do país, para que as aposentadorias e os planos de saúde dos funcionários fossem protegidos pela condição de falência.

A aliança da montadora americana com a Fiat continuaria de pé e seria concluída após a entrada do pedido. De acordo com as informações do Times, o único ponto ainda em discussão é o que aconteceria com os credores da Chrysler. A empresa deve cerca de US$ 6,9 bilhões.

“Numa negociação como esta, tudo é especulação enquanto não se chegar a um acordo”, disse uma fonte do governo ao jornal, que não quis se identificar.

Um pedido de falência da Chrysler seria o primeiro entre as grandes montadoras americanas, que sofrem desde o final do ano passado com a redução drástica das vendas de carros. O Tesouro também está trabalhando para que a GM se prepare para uma possível falência. Os termos do acordo com a Chrysler poderiam servir de parâmetro para a General Motors.

No entanto, alguns analistas ouvidos pela reportagem duvidam do possível pedido de falência da Chrysler. Eles avaliam que as afirmações do governo nesse sentido seriam uma maneira de pressionar os credores, com os quais a administração tem trocado propostas para a redução da dívida.

A montadora tem até 30 de abril para apresentar ao Tesouro um plano de reestruturação. O prazo para a GM é um pouco mais longo e se estende até 1° de junho.

Fiat ficará com 35% da Chrysler

A Chrysler anunciou nesta terça-feira que junto com a Fiat e o fundo de investimentos Cerberus Capital Management assinou acordo para a criação de uma aliança global em que a montadora italiana ficará com participação de 35 por cento na rival norte-americana.

A Chrysler informou que a aliança, que será um elemento importante no plano de viabilidade da empresa, vai dar à empresa acesso a plataformas de veículos com consumo eficiente de combustível, motores e componentes que serão produzidos em suas próprias fábricas.

A Fiat receberá inicialmente uma participação de 35 por cento na Chrysler e a aliança não envolve um investimento em dinheiro da Fiat na Chrylser e nem um compromisso de financiamento na Chrysler no futuro.

A notícia foi informada inicialmente pelo canal de televisão CNBC.

O acordo dá à Chrysler recursos de distribuição em importantes mercados em crescimento, bem como oportunidades de economias substanciais de custos. A Chrysler recebeu recentemente do governo americano uma ajuda de quatro bilhões de dólares.

Reuters

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