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Batavo: novo patrocinador do Corinthians

Após longa novela, o Corinthians, enfim, tem um novo patrocinador fixo: a Batavo. O acordo foi selado nesta quinta-feira e anunciado horas depois de o diretor de futebol do clube, Mário Gobbi, avisar que o desfecho da negociação estava próximo. A empresa do ramo de laticínios assinou contrato até o final deste ano.

A Batavo irá estampar sua marca no peito e nas costas da camisa, espaços mais tradicionais. O valor ainda não foi divulgado oficialmente. Nesta sexta-feira, o clube e a empresa anunciarão oficialmente os detalhes do contrato.

Agora, o Corinthians espera fechar em breve os parceiros para mangas da camisa e para o calção. Nesses dois casos, Ronaldo tem direito a 80% do valor arrecadado. O restante vai para o clube.

A Batavo, com isso, faz sua segunda grande parceria com o Corinthians. Afinal, a empresa já foi o principal patrocinador do clube de 1999 a 2000, período em que o clube conquistou o Campeonato Paulista e o Brasileiro de 1999, além do Mundial de Clubes de 2000.

O Carrefour, rede de supermercados de origem francesa, era uma das empresas que negociavam com o clube, mas o tempo de contrato surgiu como empecilho. O Corinthians exigiu acordo até o final desta temporada para, em 2010, buscar valores maiores no ano do centenário.

O Corinthians começou as conversas pedindo 25 milhões de reais, mas o valor foi baixando ao longo da transação, ficando em 18 milhões.

Os R$ 18 milhões da parceria com a Batavo não renderão nada a Ronaldo. Pelo acordo da diretoria corintiana com Fenômeno, sua participação nos patrocinadores alvinegros está resumida às mangas e calções, com 80% do valores – outros 20% ficarão com o Timão.

O patrocionador principal, que estampará sua marca na frente e nas costas, no caso a empresa de laticínios Batavo, pertence 100% ao clube. O valor será diluído até o final do contrato, em dezembro de 2009.

Mas Ronaldo não deve ficar sem nada. Neste momento, o clube finaliza acordos com outros dois patrocionadores, que ocuparão os lugares que renderão dinheiro ao camisa 9. Os nomes das empresas são mantidos em sigilo, mas  R$ 12 milhões devem entrar nos cofres do clube, respectivamente, R$ 7 mi (manga) e R$ 5 mi (calção). Desse total, Ronaldo ficará com R$ 9,6 mi e o Timão somará mais R$ 2,4 mi ao acordo com a Batavo.

Ex-presidente do Carrefour é indenizado em 80 milhões

Francesco De Marchi Gherini, o executivo francês nascido na Itália que trouxe o Carrefour para o Brasil na década de 70, ficou R$ 80 milhões mais rico no dia 19 de janeiro deste ano. Nesse dia, a multinacional francesa, a maior varejista da Europa e a segunda maior rede de supermercados do mundo, depositou em sua conta uma indenização que é o resultado de uma longa e inédita disputa travada nos tribunais do Brasil e da França desde 1988, quando o ex-presidente da empresa no Brasil foi demitido do cargo.

O pagamento da indenização – que, segundo o advogado de Gherini, Beno Suchodolski, titular do escritório Suchodolski Advogados Associados, é a maior já conquistada contra uma multinacional na história do Judiciário brasileiro – foi feito a partir de um acordo homologado pela Justiça e costurado quando o executivo, hoje com 68 anos, saiu vitorioso do processo pela segunda vez.

Em 2005, a primeira instância do Poder Judiciário de São Paulo garantiu a ele uma indenização de R$ 230 milhões, em valores já atualizados na época. A decisão foi contestada pelo Carrefour no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que em 2008 reduziu o total a ser pago para R$ 120 milhões ao excluir juros compensatórios. No acordo, as duas partes fixaram a indenização em R$ 80 milhões para encerrar o processo, o que foi feito em janeiro.

O agravamento da crise econômica mundial e a queda no preço das ações do Carrefour na bolsa de Paris levaram Gherini a aceitar o acordo proposto pelos advogados do Carrefour. Ações de executivos contra as empresas que dirigiram são raras no Brasil, pois isso pode significar o fim de suas carreiras, ao menos em companhias de grande porte. Foi o caso de Gherini, que passou a atuar como consultor de empresas de supermercados, em especial no Oriente Médio.

O motivo da disputa jurídica é o contrato fechado entre a rede francesa e o executivo quando ele assumiu a tarefa de implantar o Carrefour no Brasil. Pelos termos do documento, o presidente da filial brasileira da rede teria, além do pagamento de seu salário, 1% das ações da holding que controla o Carrefour no país – a Brepa Comércio e Participações.

O problema, no entanto, começou com a maneira turbulenta pela qual Francesco de Marchi Gherini deixou o Carrefour, diante de desentendimentos com o comando da rede na França. Logo após sua saída do comando da filial brasileira, o executivo ingressou com duas ações judiciais na França: uma para cobrar verbas trabalhistas e outra para exercer o direito de venda do 1% de ações da holding Brepa ao grupo. Os advogados que defenderam a holding Brepa e o Carrefour no processo preferiram não se manifestar.

Valor

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