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SAÚDE: comer tomate reduz risco de depressão pela metade

ImagemComer tomates apenas algumas vezes por semana pode reduzir pela metade as chances de sofrer depressão. É o que revela estudo realizado por pesquisadores da China e do Japão. Segundo a pesquisa, pessoas que ingeriram tomates de duas a seis vezes por semana foram 46% menos propensas a sintomas depressivos em comparação com pessoas que comiam a fruta menos de uma vez por semana.

Para os pesquisadores, outros alimentos saudáveis, como couve, cenouras, cebolas e abóboras têm pouco ou nenhum efeito sobre o bem-estar psicológico. Tomates são fonte particularmente rica de licopeno, antioxidante que lhes confere a cor vermelho escuro e têm sido associados com redução do risco de câncer de próstata e ataques cardíacos.

A pesquisa, publicada no Journal of Affective Disorders, analisou os registros de saúde mental e hábitos de dieta de cerca de mil homens e mulheres com 70 anos ou mais. Eles investigaram relatórios preliminares que mostraram que o licopeno também pode promover o bem-estar psicológico e a saúde física.

Os resultados mostraram que pessoas que comem tomates entre duas e seis vezes por semana são 46% menos passíveis de sofrer depressão. A pesquisa sugere ainda que comer tomate todos os dias reduz o risco de sintomas depressivos em 52%.

Os pesquisadores disseram que ainda não podem afirmam se o licopeno dos tomates afeta diretamente a mente, ou se simplesmente protege contra a depressão causada quando as pessoas desenvolvem doenças potencialmente fatais como o câncer.

SAÚDE: Justiça garante isenção a hospital

Hospital do Câncer de Barretos recorre à Justiça para não pagar ICMS na importação de equipamentos de mamografia digital provenientes da França. Apesar de ter imunidade tributária por ser instituição de assistência social, a Fazenda paulista exigia comprovação de que não há similar nacional.
Foto: #BOM #SAÚDE   Justiça garante isenção a hospital</p>
<p>Hospital do Câncer de Barretos recorre à Justiça para não pagar ICMS na importação de equipamentos de mamografia digital provenientes da França. Apesar de ter imunidade tributária por ser instituição de assistência social, a Fazenda paulista exigia comprovação de que não há similar nacional.

Brasil está entre países líderes em número de ex-fumantes

O Brasil está entre os países com maiores taxas de fumantes que abandonaram o vício, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira (16) pela revista médica “The Lancet”. O país também tem a menor taxa de homens fumantes em relação ao total da população, comparado com os outros países analisados.

Segundo o levantamento feito entre outubro de 2008 e março de 2010, 46,4% dos homens brasileiros e 47,7% das brasileiras que disseram que já fumaram diariamente no passado tinham abandonado o vício. O número é o terceiro mais alto da pesquisa, atrás apenas do Reino Unido (com 57,1% para os homens e 51,4% para as mulheres) e dos Estados Unidos (48,7% e 50,5%, respectivamente).

Em quarto lugar, o Uruguai também apresenta um bom resultado, com 42,8% de homens e 41% de mulheres ex-fumantes. A pior situação é encontrada na China (12,6% de homens e 16,8% de mulheres) e na Índia (12,1% e 16,2%).

A pesquisa avaliou o hábito de fumar nos Estados Unidos, no Reino Unido e em 14 países de “baixa ou média renda”: Brasil, Bangladesh, China, Egito, Índia, México, Filipinas, Polônia, Rússia, Tailândia, Turquia, Ucrânia, Uruguai e Vietnã.

De acordo com os autores, há uma “epidemia global de uso de tabaco” nos países em desenvolvimento no século 21. O fumo, segundo o estudo, “causa cerca de 9% das mortes no mundo”. “De acordo com a Organização Mundial da Saúde, seis milhões de pessoas morrem por causas ligadas ao tabaco todos os anos”, diz a pesquisa.

O levantamento mostra que em todos os países estudados o fumo é um hábito mais comum entre homens do que entre mulheres, mas que o uso do tabaco por elas está aumentando e começando cada vez mais cedo.

De todos os países estudados, o Brasil tem a menor porcentagem de homens fumantes: 21,6%. Em segundo lugar vem o Reino Unido, com 22,8% e os Estados Unidos, com 24%.
Entre as mulheres, o país está em décimo: 13,1% das mulheres brasileiras fumam – 11,5% diariamente. O país com menor quantidade de mulheres fumantes é o Egito, com 0,5%, seguido pelo Vietnã, com 1,4%.

A Rússia lidera a porcentagem de homens fumantes na população, com 60,2% da população masculina admitindo o hábito – 55% fumam todos os dias. Entre as mulheres, a liderança é da Polônia: 24,4% delas fumam – 21% diariamente. Em números absolutos, a liderança é da China, com 301 milhões de usuários de tabaco, seguida pela Índia, com 275 milhões.
Os dados mais recentes do Ministério da Saúde sobre o fumo na população brasileira trazem um panorama mais positivo. Segundo a última pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), divulgada em abril de 2012, 18,1% dos homens brasileiros e 12% das mulheres admitem ser fumantes.

SUS terá de tratar paciente com câncer em até 60 dias

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (5) projeto de lei que prevê prazo máximo de 60 dias, a partir do diagnóstico, para o início do tratamento de pacientes com câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Como tem origem no Senado e sofreu alterações na Câmara, a proposta volta para análise dos senadores antes de ir à sanção presidencial.

“O paciente com neoplasia maligna (câncer) tem direito de se submeter ao primeiro tratamento junto ao Sistema Único de Saúde, no prazo de até 60 dias contados a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em laudo patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica do caso registrado no prontuário único”, diz o projeto aprovado pelos deputados.

O texto estabelece como início do tratamento a realização de cirurgia, início da quimioterapia ou da radioterapia, conforme o tratamento indicado para o tipo de câncer diagnosticado no paciente.

Segundo o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) uma paciente com câncer de mama pode levar, atualmente, até seis meses para iniciar o tratamento. “Nesse período, o que era um nódulo já avançou para uma fase mais grave, e a chance de cura cai de 80% para 10%”, disse.

O projeto aprovado pelo plenário prevê ainda que os pacientes com câncer “acometidos por manifestações dolorosas” terão acesso “gratuito e privilegiado” a analgésicos derivados do ópio e “correlatos”, como a morfina.

O texto afirma também que os estados onde houver regiões sem serviços especializados em oncologia deverão produzir “planos regionais de instalação dos mesmos, para superar a situação”.

SAÚDE: 19 tipos de câncer podem estar relacionados ao trabalho, diz Inca

Casos mais comuns são leucemia, câncer de pulmão, no nariz, de pele, na bexiga, na pleura e na laringe

Um levantamento divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) identificou 19 tipos de câncer que podem estar relacionados ao trabalho. Além dos vilões já conhecidos como amianto, radiação solar e agrotóxicos, o estudo inclui 112 substâncias cancerígenas identificadas no ambiente profissional, como poeiras de cereal e de madeira. O estudo mostra também que os casos mais comuns da doença são leucemia, câncer de pulmão, no nariz, de pele, na bexiga, na pleura e na laringe.

Cabeleireiros e funcionários de salões de beleza estão entre as ocupações com alto risco de desenvolvimento de câncer, devido ao contato direto com tinturas, formol e outras químicas. De acordo com a coordenadora do estudo, Ubirani Otero, o documento serve como alerta para a população, sobretudo, os trabalhadores e para as autoridades, que devem reavaliar as políticas públicas hoje existentes. Ela explicou que a relação “câncer e trabalho” no Brasil está subdimensionada, o que prejudica o plano de ação de enfrentamento. “É importante que o médico pergunte sobre o tipo de ocupação do paciente com câncer e que as pessoas prestem mais atenção a que tipo de substâncias estão expostos no seu dia a dia e que informem aos seus médicos sobre isso”, ponderou.

De acordo com o estudo, cerca de 46% dos casos de câncer relacionados ao trabalho não são notificados por falta de mais informação a respeito. Dos 113,8 mil benefícios de auxílio-doença nessa situação, dados pela Previdência Social, apenas 0,66% estavam registrados como tendo relação ocupacional.

Em países com mais pesquisas sobre o tema e políticas públicas voltadas para a doença relacionada ao trabalho, como Espanha e Itália, casos de câncer ocupacional variam entre 4% e 6% do total e na maioria das estimativas dos países industrializados esse tipo de tumor corresponde a uma média de 5% das ocorrências.

Ainda segundo a pesquisadora, a crescente inserção de mulheres em certos setores do mercado, antes exclusivos dos homens, apontam para a necessidade de novas políticas voltadas para a saúde feminina. “Hoje há muitas mulheres trabalhando em postos de gasolina, com maior exposição ao benzeno; na construção civil, trabalhando com telhas de amianto, cimento; como mecânicas, ou seja, em várias novas situações de risco”.

Para o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Guilherme Franco Netto, a publicação é inédita e mostra o tamanho do desafio para os trabalhadores, gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério do Trabalho e da Previdência no diagnóstico, prevenção, assistência e vigilância nessa área. “Esse documento permite que organizemos integradamente (governos e órgãos de saúde) os conjuntos de ações para combater o câncer relacionado ao ambiente de trabalho. Hoje, as medidas são muito pontuais. Além de nos dar suporte técnico, mostra uma dívida (do Estado) com a sociedade, que deve ser prontamente sanada”.

Guilherme Netto lembrou ainda que após o boom industrial da década de 70, somente agora casos de câncer, antes incomuns, estão aparecendo e que é fundamental diagnosticá-los, notificar e prevenir para que novas ocorrências não surjam.

Ainda segundo ele, os sindicatos têm um papel vital principalmente no processo de prevenção. “Ninguém do mercado vai apresentar uma lista dos problemas que um empregado pode ter em função de determinado trabalho. O papel do sindicato, por exemplo, é muito importante nesse sentido para alertar os trabalhadores sobre essas substâncias”, completou Netto.

Novos estudos alertam para os riscos do uso do celular por crianças

PETER MOON/revista Época

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou, em maio do ano passado, o maior estudo sobre os efeitos da radiação dos celulares no organismo. Foram pesquisadas 10.751 pessoas de 30 a 59 anos em 13 países. Concluiu-se que o uso de celulares por até dez anos não aumenta o risco de tumor cerebral. “Há muitas formas de cozinhar os dados de uma pesquisa e invalidá-los”, diz a americana Devra Davis. No livro Disconnect, a ser lançado nesta semana nos Estados Unidos, Davis destaca pesquisas que afirmam provar o risco dos celulares. A agência americana de telecomunicações (FCC) estabelece um limite máximo de absorção dessa radiação. Davis diz que o limite é furado. Nas crianças de 10 anos, a absorção é 60% maior que nos adultos, de acordo com uma pesquisa do brasileiro Álvaro Salles citada por Davis.

 

Paula Beezhold QUEM É 
Devra Davis, de 64 anos, é doutora em sociologia e saúde pública

O QUE FEZ 
Lecionou epidemiologia na Universidade de Pittsburgh. Foi assessora de epidemiologia no governo Clinton. Tem mais de 190 trabalhos científicos publicados

O QUE FAZ 
Fundou e dirige a Environmental Health Trust, uma ONG dedicada à produção e ao uso de celulares seguros

 

ÉPOCA – A senhora usa celular?
Devra Davis –
 É claro!

ÉPOCA – Mas a senhora afirma que o celular pode fazer mal à saúde?
Davis – 
É por isso que eu uso fones de ouvido com ou sem fio. Nunca colo o celular ao ouvido. Sempre o mantenho a alguns centímetros de distância de minha cabeça. Nunca o carrego no bolso. Quando não estou falando ao celular, ele fica na bolsa ou sobre a mesa.

ÉPOCA – Mas os fones de ouvido não são práticos para falar na rua.
Davis – 
Também não é prático expor o cérebro desnecessariamente às micro-ondas emitidas pelos celulares. Essa medida, aliás, é uma exigência do FCC, a agência americana de telecomunicações, e recomendada por todos os fabricantes de celulares. Mas, convenientemente, a recomendação não vem escrita no manual do produto. É preciso baixar o guia de informações de segurança do site de cada fabricante para saber que eles próprios recomendam que ninguém cole o celular ao ouvido. No Guia de informações importantes do produto do iPhone 4, da Apple, lê-se que “ao usar o iPhone perto de seu corpo para chamadas ou transmissão de dados (…), mantenha-o ao menos 15 milímetros afastado do corpo, e somente use porta-celulares e prendedores de cinto que não tenham partes de metal e mantenham ao menos 15 milímetros de separação entre o iPhone e o corpo”.

ÉPOCA – Essa restrição é só para o iPhone?
Davis – 
Não. No caso do Nokia E71, a restrição é de 22 milímetros. No BlackBerry é maior: 25 milímetros.

ÉPOCA – Por quê?
Davis – 
Celulares são aparelhos que emitem e captam ondas de rádio. Há muitas formas de ondas. As de maior potência são os raios X. Eles podem danificar o DNA das células de qualquer ser vivo, com efeitos sabidamente cancerígenos. A potência da radiação das micro-ondas de um celular é muito menor que a radiação de uma máquina de raio X. O problema dos celulares reside em sua exposição prolongada ao corpo humano, especialmente sobre os neurônios cerebrais. Quantos minutos ao dia falamos ao celular, 365 dias por ano, por anos a fio? O poder cumulativo dessa radiação pode alterar uma célula e torná-la cancerígena.

ÉPOCA – Mas as pesquisas nunca provaram que usar celular pode provocar câncer.
Davis – 
Quem foi que disse isso a você, a indústria de telecomunicações? Em meu livro, faço um levantamento de dezenas de estudos científicos feitos com rigor em todo o mundo, que provam sem sombra de dúvida o perigo do uso de celulares. Um dos autores, aliás, é brasileiro: o professor Álvaro Augusto Almeida de Salles, da Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Fui a Porto Alegre conhecê-lo. Salles é um dos maiores especialistas mundiais no tema.

 

Eu uso fones de ouvido. nunca colo o celular ao ouvido. sempre o mantenho longe da cabeça. e nunca o carrego no bolso, só dentro da bolsa

 

ÉPOCA – Qual foi a conclusão de Salles?
Davis – 
O FCC estabelece um limite máximo de absorção pelo corpo humano de radiação de celulares. Todos os fabricantes devem fazer aparelhos para operar dentro do limite de 1,6 watt por quilo de tecido humano. Salles provou que o limite do FCC só é seguro para os adultos. Ao simular a absorção de radiação celular por crianças de até 10 anos, descobriu valores de absorção 60% mais elevados que nos adultos. O recado é claro. Não deixe o celular ao alcance das crianças. Não deixe seus filhos menores de 10 anos usar celular.

ÉPOCA – Como o FCC chegou a esse limite máximo de absorção?
Davis – 
O limite foi estabelecido no início dos anos 1990, quando os celulares começavam a se popularizar. Foi estabelecido tomando por base uma pessoa de 1,70 metro de altura e uma cabeça com peso aproximado de 4 quilos. Vinte anos depois, o limite é irrelevante. Mais de 4,6 bilhões de pessoas no mundo usam celular. Boa parte são crianças, adolescentes e mulheres. E todos estão expostos a níveis de radiação superiores ao permitido. Quais serão as consequências em termos de saúde pública da exposição lenta, gradual e maciça de tantas pessoas à radiação celular, digamos, daqui dez ou 15 anos? O tumor cerebral se tornará epidêmico?
ÉPOCA – Por que o FCC e a OMS então não alteram aquele limite?
Davis – 
Tenho documentos para provar que existe um esforço sistemático e concentrado da indústria de telecomunicações para desacreditar ou suprimir pesquisas cujos resultados não lhe favorecem, como a do professor Salles provando o risco dos celulares para as crianças. Quando um estudo assim é publicado, a indústria patrocina outros estudos para desmenti-lo. Não há dúvida de que a maioria dos estudos publicados sobre a radiação de radiofrequência e o cérebro não mostra nenhum impacto. A maioria das evidências mostra que a radiação dos celulares tem pequeno impacto biológico. Mas há diversas formas de cozinhar os dados de uma pesquisa para invalidá-los ou evitar que se chegue ao resultado desejado.

ÉPOCA – Se a senhora estiver correta, o que deverá ser feito para mudar isso?
Davis – 
A indústria de telecomunicações é uma das poucas que continuam crescendo no momento atual. Ela paga muitos impostos e gasta muito em publicidade. Usa as mesmas táticas dos fabricantes de cigarros e bebidas. A indústria de telecomunicações é grande, poderosa e rentável. Contra isso, a única arma possível é a informação. É o que estou fazendo com meu livro. Abandonei uma carreira acadêmica consagrada de 30 anos porque é hora de impedir que, no futuro, o mau uso do celular cause um mal maior. Os especialistas que me ajudaram na coleta de dados, muitos secretos, nunca revelados, o fizeram porque são pais e avós que querem o melhor para seus filhos e netos.

ÉPOCA – Há vários vídeos no YouTube que mostram como fazer pipoca com celulares. Põe-se um milho na mesa cercado por quatro celulares. Quando os aparelhos tocam, salta uma pipoca. É possível?
Davis – 
Não. Os vídeos são falsos. A potência de um forno de micro-ondas é milhares de vezes superior à de um celular. Os vídeos foram criados para brincar com um assunto muito sério.

ÉPOCA – As pessoas amam os celulares. Como convencê-las a usar fones de ouvido?
Davis –
 Com informação e educação.

Cientistas anunciam descoberta de sistema que mantém vivas células cancerígenas

Pesquisadores americanos anunciaram nesta segunda-feira que descobriram como manter células cancerígenas vivas em laboratório, uma notícia que gera expectativas entre os cientistas acerca de uma possível descoberta que possa transformar o tratamento do câncer.

Até o momento, a comunidade científica era incapaz de fazer com que as células cancerígenas se desenvolvessem por muito tempo em condições semelhantes ao corpo humano. Os cientistas utilizavam tecidos de biópsia congelados para fazer o diagnóstico e recomendar um tratamento.

O avanço aumenta a esperança de que algum dia os cientistas consigam experimentar remédios em laboratório para matar o câncer nas células cancerígenas de uma pessoa, antes de oferecer ao paciente uma terapia mais adequada.

“Isso será o máximo para a medicina personalizada”, afirma o principal autor da pesquisa, Richard Schlegel, presidente do departamento de patologia do Georgetown Lombardi Comprehensive Cancer Center.

“Os tratamentos serão específicos para seus tecidos. Obteríamos tecido normal e cancerígeno de um paciente em particular e selecionaríamos a terapia específica”, afirmou Schlegel à AFP.

“Estamos realmente emocionados com as possibilidades do que possamos fazer com isto”, acrescentou.

O método, descrito na edição on-line da revista científica American Journal of Pathology, parte de um simples método utilizado na pesquisa com células-tronco, disseram os especialistas.

Utilizando esta técnica, que combina células alimentadoras de fibroblasto para manter o tumor vivo e inibidores Rho-quinasa (ROCK) para permitir que se reproduzam, mantiveram-se vivos diversos tipos de cânceres de pulmão, mama, próstata e cólon por um período de dois anos.

Quando tratadas com ambos, tanto as células normais quanto as células cancerígenas voltaram a um estado de “células-tronco”, disse Shlegel. Isso permitiu aos pesquisadores comparar diretamente as células vivas, pela primeira vez.

Os dois elementos haviam sido previamente separados em pesquisas com células-tronco, de acordo com David Rimm, professor de patologia da Universidade de Yale, que escreveu um comentário que acompanha o artigo.

Rimm alertou que é necessário demonstrar o processo para que outros laboratórios possam reproduzir os resultados e que as tentativas de usar diferentes terapias que matam as células cancerosas deixaram de ser “apenas especulação”.

Se outros cientistas puderem reproduzir as experiências – já existem três laboratórios nos Estados Unidos que trabalham com isso -, o avanço poderá ser o prenúncio de uma transformação há muito esperada na maneira como as células cancerígenas são estudadas.

O estudo foi publicado depois de dois anos de pesquisa em colaboração com cientistas dos NIH (Institutos Nacionais de Saúde) e foi financiado pelo NIH, o departamento de Defesa, a Universidade de Georgetown e o Instituto Nacional do Câncer.

“Um tumor de um paciente é diferente do câncer de outro paciente e esta é uma razão importante falada por tantos ensaios clínicos”, informou Marc Symons, cientista no centro da Oncologia e de Biologia das Células no Instituto Feinstein de Investigação Médica de Manhasset, em Nova York.

“Acredito que é justo dizer que revoluciona a forma como pensamos os tratamentos de câncer”, acrescentou Symons, que não participou da pesquisa.

O câncer é a principal causa de morte no mundo e responsável pelo falecimento de 7,6 milhões de pessoas em 2008, segundo os últimos dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Polêmica: esqueça (quase) tudo que você sabe sobre antioxidantes

Estresse oxidativo

O chamado “estresse oxidativo” tem sido apontado em inúmeras pesquisas como o vilão de inúmeros processos danosos à saúde.

Entre eles estão a calcificação arterial, o câncer e doenças degenerativas, como Parkinson e Alzheimer.

O próprio processo de envelhecimento tem sido creditado ao estresse oxidativo, que ocorre quando há nos tecidos um excesso das chamadas espécies reativas de oxigênio (ou ROS, do inglês Reactive Oxygen Species).

Esses compostos são oxidantes – é daí que se tem dado tanta importância aos antioxidantges, que combateriam processos patogênicos ou o envelhecimento, embora haja muita controvérsia na área:

Sem fundamentação adequada

No entanto, esses estudos, que fundamentaram esse “saber corrente” sobre oxidantes e antioxidantes, não eram assim tão bem fundamentados.

“Até agora, ninguém tinha sido capaz de observar diretamente alterações nas espécies reativas de oxigênio em um organismo vivo e menos ainda como eles se conectam com os processos das doenças,” afirmou o Dr. Tobias Dick, do renomado Centro de Pesquisas do Câncer da Alemanha (DKFZ).

“Havia apenas alguns métodos indiretos ou muito pouco específicos de detectar quais processos oxidativos estão realmente acontecendo em um organismo,” desmistifica ele.

Na verdade, praticamente todos esses estudos eram feitos em células, ou em amostras de tecidos, mas nunca em um animal vivo.

Oxidantes não estão relacionados com envelhecimento

Foi por isto que o estudo da equipe alemã atraiu tanta atenção ao ser divulgado na semana passada.

Eles finalmente conseguiram observar os processos que envolvem as espécies reativas de oxigênio em um animal vivo.

E os resultados desta primeira análise mostram que esses oxidantes não tão ruins, ou tão nocivos ao organismo, quanto se imaginava.

O mais impactante é que os pesquisadores não observaram nenhuma associação entre o envelhecimento e um aumento geral nos oxidantes no organismo:

“O grupo não encontrou nenhuma evidência suportando a tão falada hipótese de que o tempo de vida de um organismo é limitado pela produção de oxidantes danosos,” afirma o instituto alemão em comunicado.

O único aumento nas espécies reativas de oxigênio com alguma relação com o envelhecimento foi localizado no tecido intestinal.

Mas mesmo aí, animais que viveram mais tiveram um incremento nos oxidantes ainda mais acelerado do que nos animais que viveram menos – ou seja, a associação foi positiva, e não negativa.

Produção de oxidantes varia pelo corpo

“Muitas coisas que observamos nos animais com a ajuda dos biossensores foram surpresas para nós. Parece que muitas conclusões obtidas [em estudos] com células isoladas simplesmente não podem ser transferidas para um organismo vivo completo,” resume o Dr. Tobias Dick.

Os biossensores são genes que os cientistas introduziram no material genético de moscas da fruta, o modelo animal preferido nestas pesquisas.

Esses biossensores são específicos para vários oxidantes e indicam o status do estresse oxidativo de cada célula emitindo um sinal luminoso, em tempo real, e ao longo de toda a vida da cobaia.

Isto permitiu que os cientistas demonstrassem que os oxidantes não são produzidos igualmente por todo o corpo, mas variam largamente de órgão para órgão.

Por exemplo, as células sanguíneas produzem muito mais oxidantes em seus geradores de energia, as mitocôndrias, do que as células musculares ou intestinais.

Além disso, o comportamento da larva se reflete na produção das espécies reativas de oxigênio em tecidos individuais: os pesquisadores foram capazes de distinguir se a larva estava se alimentando ou se estava se movendo usando a energia acumulada em suas células de gordura – ou seja, pelo estresse oxidativo dessas células.

“Antioxidante” mais famoso não reduz oxidantes

Para tirar qualquer dúvida, os cientistas alimentaram os animais com N-acetil-cisteína (NAC), uma substância que se acredita ter um efeito antioxidante e que muitos cientistas defendem como sendo um protetor contra todos os efeitos danosos atribuídos aos oxidantes.

Novamente o efeito surpreendeu, saindo exatamente ao contrário do que tanto se fala – não foi apenas que os cientistas não encontraram nenhuma evidência de redução nos oxidantes em razão da ingestão da NAC; mas, ao contrário, a ingestão do antioxidante causou uma elevação dos oxidantes em vários tecidos dos animais.

“O exemplo do NAC também demonstra que atualmente nós ainda não somos capazes de influenciar de forma previsível os processos oxidativos em um organismo vivo por meio de fármacos,” afirmou o Dr. Dick.

Mas, se passar do estudo de uma célula para o estudo de um animal vivo, durante todo o seu tempo de vida, já foi um grande avanço, ainda falta muito para compreender o papel dos oxidantes e anti-oxidantes no corpo humano.

“É claro, nós não podemos simplesmente transferir essas descobertas das moscas da fruta para o homem. Nosso próximo objetivo é usar os biossensores para observar o estresse oxidativo em mamíferos, especialmente em reações inflamatórias e no desenvolvimento de tumores,” concluiu o cientista.

Hebe volta a lutar contra o câncer

 Hebe Camargovolta a lutar contra o câncer no peritônio, membrana que envolve o abdome, descoberto no início de 2010. A apresentadora, de 82 anos, em novos exames de rotina, teve detectado o retorno da doença.

Há cerca de um mês, ela recomeçou as sessões de quimioterapia. Hebe está novamente careca e tem usado peruca em seu programa semanal na Rede TV!.

A loura não tem ido a eventos sociais e tem se mantido em sua mansão, em São Paulo. Por conta da doença, ela não prestigiou o show de Roberto Carlos, no início deste mês, em Israel.

A apresentadora falou sobre o tratamento na gravação do programa que vai ao ar nesta terça-feira (27).

De acordo com a assessoria de imprensa da Rede TV, a apresentadora diz ao público que a doença não voltou, mas que, mesmo assim, ela está fazendo um tratamento preventivo “para ficar mais tempo com seu público”. Pelo fato de um dos efeitos colaterais da medicação ser a perda de cabelos, Hebe pediu ao público para não se preocupar, e contou que está usando peruca.

Anna Ramalho

Boni está com câncer de próstata

O colunista Bruno Chateaubriand notiiicia em seu blog no site da “Veja Rio” que José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, está com câncer de próstata. Segundo a nota, Boni já estaria em fase de tratamento e esta seria uma reincidência da doença que teve em 2003. O assunto é proibido entre familiares do ex-todo poderoso da TV Globo. Os filhos Boninho e Diogo Boni não comentam a notícia.

O diretor é pai de Boninho, o todo-poderoso do Big Brother Brasil e do Hipertensão, ambos da Globo.

Boni é responsável pela criação de vários programas de sucesso da TV Globo, como Fantástico (em 1973), Você Decide (1992) e pela valorização da teledramaturgia da emissora.

A história de Boni se confunde com a trajetória da TV Globo.

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