
Raoni, que ganhou o mundo com o cantor Sting defendendo a preservação da Amazônia, falou rodeado de crianças da tribo, adiantando porém que poupará os “as crianças dos brancos”.
A equipe francesa, que enfrentou sete horas de avião e canoa para encontrar a celebridade internacional, “de idade indefinida”, ouviu dela que “já é hora de recuperar o que é nosso” e que “pedi a meus guerreiros que se preparem para a guerra e também avisei às tribos do Alto Xingu”.
A reportagem relata a fama de violência dos Caiapó, que estão na floresta “há centenas de anos e que evoluíram do arco e flexa à internet”. Diante das câmeras ele “implorou” a Jacques Chirac (ex-presidente da França) e a Nicolas Sarkozy (o atual), para que impeçam o presidente Lula de construir a barragem no rio Xingu”.
A TF1 explicou que se trata de um afluente do Amazonas, numa região de 500 km2 de florestas, que seriam inundados, desalojando “à força” 20 mil pessoas.
Raoni: Um dos principais chefes Txukahamãe, subgrupo Caiapó. Sua comunidade, Kretire, localiza-se no norte do Parque Indígena do Xingú. Foi destituído do cargo de cacique dos Caiapós-txucarramães por Tutu Pompo. Perdeu em casa, mas ganhou o mundo. Acompanhando o cantor Sting, Raoni percorreu o planeta, foi recebido por alguns dos mais poderosos políticos do planeta e conseguiu atenção e dinheiro para a causa indígena no Xingu e na Amazônia. Raoni nasceu em 1942. Ficou famoso em 1976, quando o francês Jean-Pierre Dieleux dirigiu um documentário sobre sua vida. Raoni encarna o mito do bom selvagem.
Claudio Humberto