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João Gilberto fará show em SP dia 05 de novembro

O aguardado show de João Gilberto em São Paulo foi confirmado hoje para o dia 5 de novembro, na Via Funchal. Um segundo show na cidade, ainda sem data definida, está sendo negociado – a ideia é que tenha ingressos mais baratos. Não foram divulgadas informações sobre vendas.

O cantor baiano vai fazer shows também no Rio, Salvador, Brasília e Porto Alegre, mas as datas ainda não foram confirmadas.

A turnê começaria no dia 29 de agosto e iria até o fim de novembro, conforme havia sido divulgado há dois meses, mas agora deve ter início no fim de outubro, apenas.

O projeto “80 Anos. Uma Vida Bossa Nova” deve resultar na gravação de dois DVDs.

João Gilberto fez 80 anos dia 10 de junho. Recluso em seu apartamento, no Rio, ele não é visto pelos fãs desde 2008, quando participou das comemorações dos 50 anos da Bossa Nova. O repertório dos próximos shows deve ter músicas que ele nunca gravou, além de clássicos.

Cantora icone da Bossa Nova vive de salário minimo

Cantora e atriz dos filmes da  Atlântida, Doris Monteiro, 77 anos, vive uma situação de penúria.

Dóris, recebe uma  aposentadoria de um salário mínimo e, há dias, no Rio, apresentou-se num show,  sendo aplaudida de pé. No final, confessou ao público que ninguém a contratava  e que aquela apresentação era a primeira em seis meses. Cachê: R$ 3 mil.

Diz a grande cantora:  “Estou pendurando minhas poucas jóias na Caixa para conseguir sobreviver”.

Doris consagrou músicas como Mocinho  Bonito, de Billy Blanco, Chove Lá  Fora, de Tito Madi e Bolinha de Sabão,  de Orlan Divo, entre outras.

Adelina Dóris Monteiro nasceu no Rio de Janeiro em 21 de Outubro de 1934. Em
1951, quando estudava no Colégio Pedro II, foi convidada pelo cantor Orlando
Correia para cantar na Rádio Guanabara; permaneceu um mês na emissora, passando
em seguida, graças a Alcides Gerardi, para a Rádio Tupi, onde trabalhou oito
anos. Nesse mesmo ano, começou a cantar na boate do Copacabana Palace Hotel e
fez sua primeira gravação, pela Todamérica, interpretando Se você se importasse
(Peterpan), que foi também seu primeiro sucesso.

Ouça Fiz o Bobão com Doris Monteiro

João Gilberto volta ao Carnegie Hall

O cantor João Gilberto deverá se apresentar no Carnegie Hall (a última vez que fez um show lá foi em 2008, como parte das comemorações dos 50 anos da bossa nova) no próximo dia 22, com ingressos custando entre US$ 35 e US$ 95. João Gilberto aceitou participar do festival CareFusion, grupo tecnológico dedicado a criar soluções para evitar erros de medicação e infecções hospitalares, que elegeu o jazz para divulgar seus objetivos.

Prestes a fazer 79 anos, João Gilberto continua surpreendendo. Em rara entrevista concedida a uma publicação brasileira, o ícone da bossa nova comentou diversas peculiaridades de sua personalidades e ironizou ao falar sobre o mais novo fenômeno da música pop.

“Lady Gaga? Nunca ouvi falar. O que é isso? Eles não passam sem isso, inventam, é comercial. É um negócio… tipo Beatles. Botam costeleta maior, menor, óculos grandes, óculos na cabeça, na orelha. Não podem deixar de ter um negócio desses. É tudo bolado. Seu comportamento deve ser assim, tirar fotografia assim, responder assim… É um negócio comercial, claramente comercial. No fundo, tem até uma pecha de honestidade nisso.” As declarações foram feitas à Veja Rio.

Morre Johnny Alf, o rapaz de bem

Johnny Alf vinha sofrendo com um câncer de próstata há mais de três anos e seu estado de saúde agravou-se desde segunda-feira.

O cantor, compositor e pianista carioca morreu na tarde desta quinta, 4, no hospital Mário Covas em Santo André, na grande São Paulo, segundo informou seu assessor Nelson Valença.

O enterro será nesta sexta, no cemitério do Morumbi, na cidade que adotou a partir da metade dos anos 1950. Seu último show foi em agosto de 2009, no Teatro do Sesi, em São Paulo, ao lado da cantora Alaíde Costa, sua grande amiga.

Johnny Alf, nascido Alfredo José da Silva, na Vila Isabel de Noel Rosa (1910-1937), no Rio de Janeiro, no dia 19 de maio de 1929, Johnny Alf perdeu o pai, o cabo do Exército Antônio José de Almeida, quando tinha três anos. A mãe, a dona-de-casa Inês Maria da Conceição, passou então, por necessidades financeiras, a trabalhar como empregada doméstica. A família que deu o emprego a ela ajudou a criar o pequeno Alfredo e lhe deu condições de estudar. Mais tarde, por volta dos 9 anos, uma amiga dessa família, Geni Borges, o estimulou a aprender piano clássico.

Os estudos de música erudita (“mais Chopin do que Debussy”) tiveram pouca influência depois, como o próprio Alf afirmaria anos mais tarde. O que mais teve impacto sobre sua criação artística foram os filmes musicais americanos que tinham trilhas sonoras assinadas por gente do porte de George Gershwin e Cole Porter. “Era o que me acendia aquela vontade interior de criar alguma coisa. Então, quando voltava do cinema sob aquele impacto, eu ia ao piano e fazia coisas com a influência do que tinha ouvido”, disse.

Além do cinema musical, havia o jazz – e especialmente o trio do também pianista e cantor Nat King Cole o inspirou. Na música brasileira, os cantores Silvio Caldas, Orlando Silva e Dircinha Batista estavam entre seus prediletos. Ele também tocava Dorival Caymmi e sucessos do repertório de cantores requintados da época, como Lúcio Alves e Dick Farney. Dessa mistura de influências, surgiu o embrião da bossa nova que ele desbravou.

Johnny Alf adotou esse pseudônimo nos anos 40. Convidado a integrar um grupo artístico do Instituto Brasil-Estados Unidos, não demorou a ter o nome Alfredo reduzido para Alf por um professor. O Johnny veio por sugestão de uma colega norte-americana, “porque era um nome muito popular na terra dela”. Bem que tentou mudar quando começou a se projetar na vida artística, mas o apelido já tinha ficado popular.

O ano de 1952 foi definitivo em sua carreira. Até então Alf se revezava nas funções de cabo do Exército, durante o dia, e cantor de boate, à noite. Entre seus admiradores na plateia estavam cantores como Nora Ney e Dick Farney e o capitão do Exército, Victor Freire. Este viria a se tornar seu amigo íntimo, parceiro (compuseram juntos Em Termos de Canção e Chegou o Momento) e maior incentivador, num período em que Alf se ressentia do desprezo da família adotiva por ter escolhido a música em vez de uma profissão de emprego seguro.

Foi por intermédio de Farney e Nora que ele iniciou a carreira profissional como pianista na Cantina do César, casa noturna de propriedade do radialista César Alencar. Victor Freire contribuiu levando-o a conhecer a atriz e cantora Mary Gonçalves, que acabara de ser eleita a Rainha do Rádio daquele ano. Foi assim que teve não apenas uma, mas quatro músicas suas gravadas pela primeira vez – O Que É Amar, Estamos Sós, Escuta e Podem Falar -, além de tocar piano no disco da cantora. A primeira gravação própria de Alf, Falseta, de sua autoria, saiu no lado B de um disco de 78RPM, que tinha De Cigarro em Cigarro (Luiz Bonfá) no lado A. Tudo isso aconteceu em 1952.

A formação do grupo que gravou as duas músicas – Alf (piano), Garoto (violão) e Vidal (contrabaixo) – era tão arrojada para os padrões da época quanto a concepção harmônica e melódica do samba Rapaz de Bem e do baião Céu e Mar, compostos no ano seguinte. Antes instrumentista, compositor e arquiteto brilhante de harmonias de movimentos surpreendentes, Alf também não tardou a impressionar como cantor. Como bem lembrou um notório admirador, o cantor Ed Motta, num programa de tevê em sua homenagem em 2005, Alf foi, “sem dúvida, o primeiro no Brasil a usar a voz como instrumento; a voz dele não era só a mensagem, a letra, mas também a melodia”.

Primeiro registro significativo de sua carreira de mais de 50 anos e poucos títulos, Rapaz de Bem é considerado por especialistas como o primeiro disco de bossa nova, estilo que só adotaria essa nomenclatura em 1958 com o clássico Chega de Saudade (Tom Jobim/Vinicius de Moraes) pela voz e o violão de João Gilberto. A revolução silenciosa de Alf chegou ao grande público três anos antes, mas já tinha o aval de uma plateia privilegiada de shows desde 1953: os jovens bossa-novistas João Gilberto, Tom Jobim, Carlos Lyra, entre outros, que o tinham como grande ídolo.

Morando em São Paulo desde 1954 – com uma recaída bissexta pelo Rio em 1962, quando formou um trio com o baixista Tião Neto e o baterista Edison Machado -, Alf só lançou o primeiro LP, Rapaz de Bem, em 1961. Daí veio a consagração de outros de seus clássicos, Ilusão à Toa e O Que É Amar, que se tornariam obrigatórios em todos os seus shows. Além destas, outra que se destacou ao longo da carreira foi o bem-humorado choro Seu Chopin, Desculpe (do álbum Diagonal, de 1964), mas nenhuma repetiu o êxito de Eu e a Brisa, de 1967.

Jazz: brasileiros entre os melhores do mundo

A revista norte americana “Down Beat” está lançando a lista dos melhores musicos e intérpretes do jazz.

Dois brasileiros emplacaram nos ranking dos melhores cantores do mundo, divulgada anualmente pela revista “Down Beat” – referência quando o assunto é jazz.

João Gilberto ficou com o quarto lugar, repetindo a posição conquistada em 2007.

Já a carioca radicada em Los Angeles, Ithamara Koorax, levou o bronze na categoria Melhor Cantora. Ano passado Itamara havia ficado como como a quarta melhor cantora do mundo – atrás apenas de Cassandra Wilson, Diana Krall e Dianne Reeves.  E este ano ela perdeu apenas para Diana Kral e Cassandra Wilson.  O posto dela, inclusive, é o melhor alcançado por uma brasileira desde 1978.

Glamurama

Caetano Veloso: lançamentos adiados

Por conta do especial de fim de ano que Caetano Veloso está lançando com Roberto Carlos, aquele em que os dois cantam músicas de Tom Jobim, todos os lançamentos de Caetano Veloso que estavam previstos para os próximos dois meses foram adiados para o ano que vem.

O primeiro deles é o disco de inéditas gerado a partir da turnê “Obra em Progresso”, que já está praticamente pronto. Teremos que esperar mais um pouco. De todo modo, quem quiser conhecer o repertório do disco pode clicar aqui e ouvir a prévia de todas as músicas no blog do próprio Caetano.

O outro lançamento adiado para 2009 é o terceiro volume da série “40 Anos Caetanos”, que começou a reeditar em caixas a obra completa do cantor em 2007. O melhor de tudo nessa série é que, em cada caixa, além dos álbuns “de carreira”, um CD bônus com material inédito é incluido.

Segundo a assessoria de impresa da gravadora Universal Music, tanto uma coisa quanto outra chegam às lojas no comecinho do ano. Sem falta.

Glamur

Cantora de Garota de Ipanema ganha troféu

Responsável pelo sucesso de “Garota de Ipanema” mundo afora no começo dos anos 60, a cantora baiana Astrud Gilberto vai levar um troféu especial no Grammy Latino deste ano. Trata-se do Prêmio de Excelência Musical, que será entregue a ela e a outras veteranas dos microfones.

Astrud, que foi casada com João Gilberto, se tornou a cantora de bossa nova mais famosa fora do Brasil, já que gravava sempre os clássicos brasileiros em versões em inglês. Aqui, fez bem menos sucesso.

Por isso, vale conferir sua participação na festa do Grammy Latino. A premiação acontece no dia 13 de novembro, no Texas. E será exibida na TV.

Glam

Aqui no you Tube cena de um filme americano quando Astrud apresenta Garota de Ipanema ao mundo!

Lobão solta o verbo e diz que “Gil é falso ”

“Estou de saco cheio da zona sul do Rio”
Morando em São Paulo, Lobão ataca o modo de vida carioca, Gil e a bossa nova

O João Gilberto, que gravou sua música ‘Me chama’, vai tocar no Rio…

– Na verdade ele assassinou a música, né? Cortou até o “nem sempre se vê lágrimas no escuro”, porque não entendeu. Tem que dessacralizar esse cara e essa coisa da bossa nova, que não passa de uma punheta que se toca de pau mole. Não tem ninguém que o João Gilberto tenha chamado mais para ir na casa dele do que eu. E eu nunca fui.

Mas você não gosta de bossa nova?

– Bossa nova é uma língua morta, assim como essas bandas de choro e samba que existem hoje, que ficam tocando naquele lugar sujo que é a Lapa. Tem que parar com essa coisa de ficar lambendo o saco de universitário marxista branquelo, essa coisa loser manos, petista, que virou maioria no Brasil. Porque o Brasil é o país da culpa católica, um país em que se valorizam as pessoas feias.

E o Gilberto Gil? O que você achou da saída dele do ministério?

– O Gil, cara… isso vem, para mim, antes de ele ser ministro. Ele é falso, vem com aquele discursinho de “a rebimboca da parafuseta” e não fala coisa com coisa. E ficam as pessoas falando “Nossa, você viu como ele é culto, como fala bem?”. O Gil não fala nada, enrola todo mundo. O Caetano é que é legal. A gente já brigou muito mas ele vai lá, fala, se defende.

Você já tentou ver sua carreira, sua obra, em progresso?

– Já, porque muitas vezes fui chamado de maluco por coisas que, depois, viram que eu estava certo. Como quando deixei as gravadoras e afirmei que elas iriam acabar em menos de 10 anos. E olha aí o que está acontecendo. Fora essa luta pela numeração (dos CDs), que encarei praticamente sozinho. Com exceção de Frejat, Beth Carvalho e Ivan Lins, foram todos cagões.

Quem são eles?

– O Gil foi um deles. Tenho a lista toda desses caras em casa. Se um dia fizer minha autobiografia vou colocar. É importante lembrar que nunca briguei com as gravadoras, briguei com esse esquema viciado que está aí. Tanto que fui para a Sony BMG fazer o Acústico MTV.

CLIQUE aqui para ler a entrevista completa de Lobão no Jornal do Brasil.

João Gilberto convida amigos perdidos de SP

João Gilberto canta nesta quinta (14) e na sexta (15) no Auditório Ibirapuera e quer mandar convites para seus amigos que moram em São Paulo. Sem idéia de como encontrá-los, o cantor pediu à coluna Mônica Bergamo, na Folha desta quarta-feira, que publicasse uma lista de pessoas queridas que ele gostaria de ver por lá. Pede que passem na bilheteria para pegar seus ingressos.

Enviada por meio de um amigo, a lista de João Gilberto inclui os “irmãos Waldemar e Wilson”; a “doutora Terezinha, prima do Toninho Botelho” também é esperada; “o Marcelo que trabalhava na Varig me daria um grande prazer se fosse”, afirma João Gilberto. E também Carlinhos Rodenburg, do banco Opportunity e ex-cunhado do banqueiro Daniel Dantas (ele é parente afastado do cantor).

João listou ainda “três grandes cantoras, Elsa Laranjeira, Maricenne Costa e Mirian Fraga”; “meu querido Mario Thompson e sua família”; Acyr, Cyro Del Nero, Álvaro Moya, Alfredo Borba, Antonio Vanderlei, Daniel Serra, Elizabeth Rizzini, Orfeu Palmari e sua irmã; Os Titulares do Ritmo e suas famílias; Alberto, Eduardo Mario, Dina, Silvinha e dona Gita, da família Leão Fuerte; Rodolfo Nagler, Sabát, “o grande Fernando Faro”; Joãozinho Bossa Nova; Luiz Galvão e também seus músicos; Iná Abreu e José Pires; e Mônica Vanderley e Paulinho.

Monica Bergamo/FSP

Marco inicial da Bossa Nova ganha edição em CD

Por conta dos 50 anos da bossa nova, o disco Canção do Amor Demais – em que Elizeth Cardoso canta músicas de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, com a nova batida no violão inconfundivel de João Gilberto em algumas faixas – ganha outra reedição em CD.

Desta vez, o álbum, originalmente lançado em 1958, sai pela gravadora Biscoito Fino.

O disco traz 13 canções, entre elas, marcos da música brasileira como Chega de Saudade, Eu Não Existo Sem Você, Luciana, Serenata do Adeus, entre outras.

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