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Morre o guitarrista e cantor Celso Blues Boy

O cantor, compositor e guitarrista brasileiro Celso Blues Boy morreu nesta segunda-feira (6) aos 56 anos, às 8h05, em sua casa na cidade de Joinville, em Santa Catarina.

A causa da morte não foi divulgada, e o corpo foi levado, há cerca de uma hora, ao Crematório São José, em Blumenau.

Celso Ricardo Furtado de Carvalho adotou o codinome Blues Boy em homenagem a B.B. King, ídolo da adolescência de quem acabou se tornando amigo.

Nos anos 1970, tocou na banda de Raul Seixas, quando tinha 17 anos, e acompanhou nomes da MPB como Luiz Melodia.

A estreia solo veio em 1984, com o disco “Som na Guitarra” -são dessa época alguns de seus maiores sucessos, entre eles “Tempos Difíceis”, “Amor Vazio” e “Sempre Brilhará”.

“Eu era uma alternativa no meio do escracho da música pop”, disse o músico em 1996, sobre o fato de ter aparecido no meio da cena de rock brasileiro dos anos 80.

Na década de 90, passou a se apresentar com certa frequência na Europa -foi quando conheceu B.B. King e fechou com a lenda do blues uma parceria, registrada em “Mississipi”, faixa do disco “Indiana Blues”, de 1995.

No mesmo ano que lançou esse disco, Blues Boy foi atração do Festival de Montreux, na Suíça.

Nos anos 2000, voltou ao Rio -ele mudou-se para Joinville no fim da década de 90- para gravar um DVD ao vivo no Circo Voador. Em 2011, lançou seu último trabalho, “Por um Monte de Cerveja”

Janis Joplin: 40 anos hoje de sua morte

Hoje faz exatamente 40 anos que a música perdeu Janis Joplin, uma das melhores cantoras de blues branca da história do rock. No dia 4 de outubro de 1970 ela foi encontrada morta sozinha num quarto de hotel de Hollywood pelo companheiro da recém formada banda Full-Tilt Boogie, o músico John Cooke.

A cantora, de 27 anos de idade, estava deitada de bruços, entre o criado-mudo e a cama. Tinha o braço esquerdo marcado por uma série de picadas de agulha, por onde tinha injetado uma quantidade fatal de heroína, e o nariz quebrado, por uma provável queda. Ao seu lado, uma garrafa de uísque.

Janis Lyn Joplin nasceu em Port Arthur, Texas, no dia 19 de janeiro de 1943. Teve uma infância dura, embora fosse filha de um proprietário de uma refinaria de petróleo. Tratada com repulsa na universidade,  era chamada pelos seus colegas de “o homem mais feio do campus”. Largou a escola, tentou ser pintora e se meteu com os negros. Seu melhor amigo, um negro chamado Tio Tom, foi morto a pancadas pelos brancos em Port Arthur.

Seu caminho foi traçado pelo blues. Conheceu e apaixonou-se por um músico, Bruce, que logo depois morreu no Vietnã.

Foi um amigo de Bruce, Sam Andrew, que a levou para San Francisco. Janis era diferente dos hippies. Bebia muito, tomava drogas pesadas e não queria saber daquela onda de paz e amor.

Ela chegou a ofuscar as bandas que a convidavam para tocar. Janis enlouquecia quando cantava e chegou a ficar nua durante uma apresentação. Em 1967 foi a  grande atração do Monterrey Pop. Apareceu nas capas da Time e Newsweek. Foi para Woodstock, mas sua participação no festival não apareceu no documentário e no disco pela má qualidade do show.

Em fevereiro de 1970 veio para o carnaval no Brasil. Foi maltratada no Teatro do Municipal, onde era esperada como uma estrela de Hollywood e apareceu como uma hippie. Ainda  por aqui, namorou o fotógrafo Ricky Marques Ferreira.

Ao todo a cantora gravou sete álbuns. Infelizmente, não se livrou da ideia fixa que a perseguia.   “Ninguém gosta mesmo de mim, sou feia demais para isso, só querem me explorar”, declarou ela uma vez justificando seu modo agressivo de se apresentar. Com um estilo vocal próximo ao grito, Janis agitava o busto, os pés, os cabelos e as joias obedecendo ao ritmo da música.

Quando Janis Joplin morreu era uma das cantoras de rock mais bem pagas do mundo. Fora do palco, porém, tinha uma vida solitária e vazia. “O pior é a solidão”, disse uma vez numa entrevista publicada pelo Estado. “Com a fama perdemos todos os velhos amigos. As viagens nos distanciam e é difícil fazer novos amigos. Vivo para o momento das apresentações, cheia de emoção e excitação, como esperando por alguém a vida toda”.

Saiba mais

*Considerada como a voz feminina por excelência do rock, Janis teve uma vida agitada e confusa até morrer, aos 27 anos de idade.

*Entre 1970 e 1971 o rock perdeu três de suas figuras mais marcantes e influentes: Jimi Hendrix (18 de setembro de 1970), Janis Joplin (4 de outubro de 1970) e Jim Morrison (3 de julho de 1971).

*Quando tinha 16 anos, Janis já viajava pelos Estados Unidos de carona, fumava cigarros de palha e gostava de tomar gim. Frequentava guetos de negros, aprendia músicas sacras e lutava pela integração racial.

AE

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