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Brasileiros desconhecem causas do acidente vascular cerebral, diz pesquisa

O Brasil é o país com um dos índices epidemiológicos mais expressivos em número de mortes por acidente vascular cerebral (AVC) na América Latina, com mais de 129 mil casos todos os anos.

Uma das principais causas deste problema é a fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca que atinge cerca de 1,5 milhão de pessoas no País. Menos de 4% dos brasileiros, no entanto, conseguem relacionar esscondição à ocorrência de um derrame cerebral.

É o que mostra uma pesquisa realizada pela Bayer HealthCare Pharmaceuticals, com o apoio da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e que analisou sete mil participantes acima de 18 anos, em oito capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Recife, Brasília, Curitiba e Porto Alegre.

Segundo o levantamento, 72% dos entrevistados atribuem as principais causas de mortalidade no Brasil ao câncer, tabagismo ou acidentes de trânsito. Apenas 13% relacionam o AVC à principal causa de óbitos no País. Quando questionados sobre as principais causas de um derrame cerebral, a pressão alta liderou a opinião dos entrevistados, somando 33%.

A obesidade também foi apontada como causa por 26% dos entrevistados. O colesterol alto e a síndrome metabólica também foram bastante citados, com 16% e 10%, respectivamente.

“Os resultados dessa pesquisa demonstram uma necessidade urgente de maior conscientização da população brasileira sobre saúde cardiovascular e seus fatores de risco, especificamente no que diz respeito à arritmia cardíaca. Nesse contexo, a fibrilação atrial tem grande destaque”, alerta o cardiologista Jadelson Andrade, presidente da SBC.

Os AVCs causados por fibrilação atrial comprometem de forma significativa a vida e a qualidade de vida, além de representar um importante ônus da saúde pública. Esse tipo de arritmia cardíaca é um forte fator de risco independente para acidente vascular cerebral e representa cerca de um em cada cinco AVCs isquêmicos.

Os pacientes com fibrilação atrial têm cinco vezes mais probabilidade de ter um AVC, em comparação com a população em geral e, além disso, a fibrilação atrial não diagnosticada previamente é uma causa provável de muitos derrames de origem desconhecida.

Na pesquisa, 71% dos entrevistados disseram não saber o que é fibrilação atrial e apenas 16% dos entrevistados souberam relacioná-la a um tipo de arritmia cardíaca. Os pacientes que têm AVC decorrente de fibrilação atrial têm mais lesão cerebral e sequelas do que aqueles que têm AVC causado por outros motivos.

Sabe-se que o risco de acidente vascular cerebral em pacientes com fibrilação atrial aumenta com a idade e com a adição de outros fatores de risco (pressão arterial alta, acidente vascular cerebral anterior e diabetes).

Entre os fatores de risco para desenvolver a arritmia, 32% não souberam apontar nenhuma causa específica, enquanto 16% relacionam à obesidade e 15% ao sedentarismo. O estresse e o fumo também foram citados por 13% e 10%, respectivamente. Ainda 3% indicaram que a fibrilação atrial pode ocorrer após um AVC.

“Pode-se afirmar que, de modo geral, as pessoas não estão informadas sobre a arritmia cardíaca, sendo um de seus tipos mais comuns a fibrilação atrial, uma das principais causas de AVC”, diz Jadelson. Os médicos conseguem fazer o diagnóstico do problema com exames simples, como a checagem do pulso e a auscultação cardíaca. Além disso, pode-se confirmar a doença através de um eletrocardiograma de repouso.

Cinthya Leite

Hospital em SP testa “superpílula” capaz de reduzir em 60% risco de derrame

A polipílula testada deverá prevenir problemas de risco cardiovascular moderado, reduzir a pressão arterial e controlar o colesterol

Pesquisadores do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, terminaram os
testes da fase inicial de um estudo que pretende compactar em uma única pílula
quatro medicamentos que previnem doenças cardiovasculares – consideradas a
principal causa de mortes no Brasil e no mundo. A pesquisa está sendo feita em
sete países e, no Brasil, é coordenada pelo Hcor. O estudo constatou que o novo
medicamento reduz em 60% o risco de derrame ou infarto. Em quatro meses, começa
a fase de testes em 22 hospitais do país.

A polipílula testada deverá prevenir problemas de risco cardiovascular
moderado, reduzir a pressão arterial e controlar o colesterol. Ela combina em um
único comprimido os compostos da Aspirina (que previne entupimento dos vasos
sanguíneos do coração), a Sinvastatina (controlador de colesterol) e de dois
medicamentos para controle da pressão arterial: Lisinopril e
Hidroclotiazida.

“Nesta primeira fase, com início em 2006, feita em sete países, 400 pacientes
com risco médio de infarto ou derrame tomaram uma pílula por dia por quase cinco
meses. Em todos esses países se viu uma redução de 60% no risco de a pessoa
sofrer um derrame ou infarto no futuro, além da redução na pressão arterial e no
colesterol”, explica o coordenador da pesquisa no Brasil, o médico Otávio
Berwanger.

De acordo com os pesquisadores, as vantagens desta polipílula para pacientes
predispostos a problemas cardiológicos são a facilidade de manter o tratamento,
já que é necessária uma única dose por dia, e custo inferior no valor dos quatro
medicamentos somados.

No segundo semestre, a segunda fase da pesquisa começará a ser feita com
pacientes em estados mais graves, que já tiveram acidente vascular cerebral
(AVC) e infarto. No Brasil, o estudo será coordenado pelo HCor em parceria com o
Ministério da Saúde e irá envolver duas mil pessoas, em 22 hospitais do
país.

Durante um ano e meio, oito mil pessoas em quatro estudos diferentes que já
tiveram infarto ou derrame vão tomar o medicamento. “Só depois dessa nova
pesquisa é que vai ser definida a eficácia da pílula em larga escala”, explica
Berwanger.

Refrigerante dietético aumenta risco de infarto e AVC

Um estudo publicado nesta quarta-feira sugere que os consumidores frequentes de refrigerantes dietéticos correm um risco maior de sofrer ataque cardíaco e acidente vascular cerebral do que as pessoas que não consomem refrigerante nenhum.

O estudo acompanhou 2.564 pessoas em Manhattan e descobriu que as pessoas que consumiram bebidas dietéticas diariamente tiveram um risco 61% maior de sofrer problemas vasculares do que as pessoas que disseram não beber nenhum refrigerante.

Quando os cientistas estabeleceram relação dos dados com síndrome metabólica, doença vascular periférica e histórico de doença cardíaca, o risco foi 48% maior, destacou o estudo apresentado na conferência internacional sobre Acidente Vascular da Associação Americana de AVC.

“Se nossos estudos se confirmarem com análises futuras, isto sugeriria que uma dieta forte em refrigerantes dietéticos pode não ser um substituto ideal para bebidas adoçadas com açúcar”, disse a chefe dos estudos, Hannah Gardener, da Escola de Medicina da Universidade de Miami.

Fernando Vanucci sofre AVC

O apresentador Fernando Vanucci sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) leve e teve de se afastar do programa Bola na Rede, da RedeTV!. O apresentador, que vinha sofrendo de dores de cabeça, sofreu o derrame na quinta-feira e ficou internado no Hospital Paulistano, na zona sul de São Paulo, mas já recebeu alta e se recupera em casa.

Segundo a RedeTV!, o narrador esportivo Luiz Alfredo substituirá Vanucci, de 58 anos, durante sua recuperação. A família não autorizou a assessoria do hospital a passar informações sobre o estado do paciente.

Clodovil internado em estado grave com AVC

O médico Alan Ricardo Coutinho Ferreira classificou como “muito alto” o risco de morte do deputado Clodovil Hernandes (PR-SP), de 71 anos, que está internado em estado grave em um hospital particular em Brasília desde a manhã desta segunda-feira (16).

Clodovil teve um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico durante a madrugada e foi submetido a um procedimento de drenagem do sangue por meio de um cateter.

“O quadro é muito grave e o risco de morrer é muito alto. É em cima dessa pequena possibilidade (de sobrevivência) que estamos trabalhando”, disse o médico.

Ferreira, que faz parte da equipe de atendimento a Clodovil, afirma que o paciente chegou às 8:17 no hospital com nível cinco de coma em uma escala que vai de três a quinze, sendo que, quanto mais baixo o nível, pior o estado do paciente.

Clodovil foi encontrado nesta manhã por um assessor parlamentar em sua residência na capital federal ao lado de sua cama. Ele teria sofrido o AVC durante a madrugada e depois teria caído da cama.

No hospital, o deputado foi submetido a um procedimento de drenagem, uma vez que uma cirurgia, devido à gravidade da lesão, não era recomendada. “Os procedimentos foram feitos da maneira mais precoce visando obter recuperação do paciente. Devido à gravidade, o que poderia ter sido feito já foi feito. Não vai ser feito nenhum novo procedimento. Temos que esperar este procedimento surtir efeito”.

De acordo com o médico, o mais provável é que o AVC hemorrágico tenha sido espontâneo e não tenha relação com o AVC isquêmico que o deputado sofreu em 2007.

De acordo com Susana Collares, assessora parlamentar de Clodovil,  enfrentou uma semana de “fortes emoções e muito estresse”, com o julgamento, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de processo no qual era acusado de infidelidade partidária. Clodovil deixou o PTC e ingressou no PR. Ele foi absolvido da acusação e teve o mandato mantido pelo TSE.

Quando a empregada chegou ao apartamento, por volta 6h desta segunda-feira, Clodovil estava passando mal. Ele foi levado para o hospital por ambulância do posto médico da Câmara dos Deputados.

De acordo com informações de sua assessoria de imprensa, ele teria caído da cama e batido com a cabeça no chão. Clodovil teve hemorragia no lado esquerdo do cérebro e  os médicos avaliaram que não se trata de caso para cirurgia e fazem a retirada de coágulos por meio de um catéter.

Clodovil foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) de “leve intensidade” em junho de 2007.

Ele ficou sete dias internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Em maio do mesmo ano, ele passou por um cateterismo na Clínica Santé. O parlamentar ficou internado com suspeita de dengue na mesma clínica, em março.

AE

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