A cantora Almira Castilho morreu, aos 87 anos, na madrugada deste sábado enquanto dormia, em Recife. Há dois anos ela sofria de mal de Alzheimer, e tinha acompanhamento médico em casa. A cantora foi casada com Jackson do Pandeiro por 12 anos, entre 1955 e 1967, e compôs com ele ao menos 30 canções.
Almira também era parceira de palco do ex-marido, com quem emplacou sucessos nas décadas de 50 e 60 como “A mulher de Aníbal” e “Forró em Limoeiro”. Além disso ela atuou como atriz de rádio e chegou a participar de oito filmes entre 1958 e 1962.Veja abaixo:
A História:
Quando, em 1954, Almira Castilho, aceitou um convite para participar do coro de Sebastiana, que seria cantada por Jackson do Pandeiro, não imaginou o quanto aquilo iria afetar sua vida. Nascida em Olinda, ex-professora, ela na época iniciaria uma promissora carreira na Rádio Jornal do Commercio como rumbeira e radioatriz.
Morena bonita, alta, corpo violão, olhos claros, descendente de espanhóis, dificilmente se poderia pensar que ela se enamorasse de Jackson do Pandeiro, um paraibano, baixinho, de físico mirrado, feio por qualquer padrão de beleza a que fosse comparado. E mais: nem era ainda famoso, estava contratado pela radio como simples pandeirista.Porém, assim como era exímio intérprete de frevos, cocos, xotes e o que mais viesse, o paraibano era também bom de papo e, logo, ele e Almira Castilho não apenas namoravam como começaram uma das mais famosas duplas da música brasileira.
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O cantor Silvério Pessoa lamentou a morte da amiga, que classificou como uma pessoa muito criativa e dedicada à música.
“Ela estava sempre compondo alguma coisa. Era muito alegre e gostava muito de cantar. A gente acaba de perder o último laço vivo com a história de Jackson do Pandeiro.
O enterro da cantora será na capital pernambucana, neste domingo, às 10h.