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Caos: dia 23 greve de aeronautas e aeroviários

O fracasso nas negociações com as empresas aéreas fez com que aeroviários e aeronautas mantivessem a data de início da greve das duas categorias para o dia 23 de dezembro, antevéspera de Natal.

Uma reunião ocorreu nesta terça-feira (21/12) em Brasília com intermediação do Ministério Público do Trabalho.

“As empresas não fizeram nenhuma proposta diferente”, disse à Agência Brasil a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino.

Ela explicou que, como não houve fato novo na negociação, não haverá necessidade de nova assembleia da categoria.

Aeroviários (funcionários que trabalham em terra) e aeronautas (pilotos e comissários) reivindicavam 15% de aumento salarial, mas, diante das dificuldades de negociação, reduziram a proposta para 13%, segundo Selma Balbino.

As companhias aéreas, entretanto, estão dispostas apenas a repor a inflação do período, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 6,08%.

A sindicalista acusou as companhias aéreas de atribuir aos aeroviários e aeronautas a culpa pelos atrasos de voos que vêm sendo registrados há dias nos principais aeroportos brasileiros.

“Essa radicalidade deles está pautada para a sociedade achar que o motivo de atrasos e overbooking (venda de passagens em número maior que o número de assentos do avião) é por culpa nossa”.

PF aponta superfaturamento de R$ 1 bi em obras de aeroportos

A Polícia Federal apontou superfaturamento de R$ 991,8 milhões nas obras de dez aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) – Corumbá, Congonhas, Guarulhos, Brasília, Goiânia, Cuiabá, Macapá, Uberlândia, Vitória e Santos Dumont. Todas as obras foram contratadas durante o primeiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2006.

Relatório final da Operação Caixa Preta sustenta que o desvio é resultado de um esquema de fraudes em licitações arquitetado pela cúpula da estatal na administração Carlos Wilson, que presidiu a Infraero naquele período. Ex-deputado, ex-senador e ex-governador de Pernambuco (1990), Carlos Wilson foi filiado à antiga Arena, ao PMDB, ao PSDB e, por último, ao PT. Ele morreu em abril de 2009, aos 59 anos, vítima de câncer.

Os principais assessores de Wilson no comando da Infraero foram enquadrados pela PF: Josefina Valle de Oliveira Pinha, ex-advogada-geral do Senado que exerceu a função de superintendente jurídica da estatal; Adenahuer Figueira Nunes, ex-diretor financeiro, e Eleuza Lores, ex-diretora de engenharia – o indiciamento de Eleuza foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça.

O inquérito foi aberto em novembro de 2006 pela Superintendência Regional da PF em Brasília. Equipes multidisciplinares formadas por peritos criminais federais, engenheiros civis, mecânicos, elétricos, eletrônicos e cartográficos inspecionaram um a um os aeroportos. Interceptações telefônicas revelaram estreito contato entre ex-diretores da Infraero e funcionários de empreiteiras. A investigação foi conduzida pelos delegados César Leandro Hübner e Felipe Alcântara de Barros Leal. “A equipe policial identificou um enorme superfaturamento nos preços e quantidades dos serviços praticados pelas empresas contratadas em um montante aproximado de R$ 1 bilhão em valores atualizados”, assinala o texto.

À página 26 do relatório a PF estima que o valor superfaturado seria suficiente para construir 34.193 casas populares, “o que equivale a todas as moradias de uma cidade de 112.837 habitantes”. O desvio corresponde ainda ao total necessário para a construção do Terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, obra tida como fundamental para suportar o crescimento do setor aéreo e receber com conforto os turistas para a Copa 2014.

LAUDOS

Laudos periciais revelam gastos a maior. Com base no laudo 761/2009, do Instituto Nacional de Criminalística (INC), braço da Diretoria Técnico-Científica, a PF afirma que “a Norberto Odebrecht figura como responsável por um desvio do valor atualizado de R$ 163, 25 milhões dos cofres públicos”.

Na obra do Santos Dumont (RJ), diz a PF, a Odebrecht “apresentou superfaturamento no valor de R$ 17,25 milhões”. Segundo o relatório, “essa modalidade de superfaturamento se caracteriza pela cobrança em duplicidade, ou cobrança por serviço não executado”.

O laudo 781/2009 indica que a Via Engenharia “figura como responsável por desvio de R$ 40,65 milhões das obras do aeroporto de Goiânia”.

São alvos do inquérito 18 empreiteiras: Odebrecht, OAS, Carioca, Construcap, Camargo Corrêa, Galvão, Via Engenharia, Queiroz Galvão, Constran, Mendes Júnior, Serveng Civilsan, Gautama, Beter, Estacon, Financial, Enpress, Triunfo e Cima. Elas negam irregularidades (veja na página A6). As fraudes, diz a PF, tiveram apoio de altos funcionários da Infraero. “Objetivando beneficiar seleto grupo de empresários, precisava-se restringir o caráter competitivo das licitações necessárias à aplicação dos recursos federais. Para tanto, eram necessárias mudanças estruturais e normativas na Infraero.”

A PF aponta formação de cartel – conluio entre empresas para prejudicar concorrentes -, inclusão indevida de etapa de pré-qualificação, mudanças de regras durante a licitação. Os peritos constataram dois tipos de superfaturamento: por falta de qualidade e quantidade e por sobrepreço e jogo de planilha.

Aeroportos sem anunciar voos por altofalante

Acabou uma das coisas mais relaxantes e sexys dos nossos  aeroportos…

Foi proibido anúncio de voos por altofalantes. A medida é da Infraero. Objetivo é combater a poluição sonora nos aeroportos. É bom ficar ainda mais atendo para não perder o voo.
Uma novidade nos aeroportos de todo o Brasil é o silêncio absoluto. Lembra aquela voz que alertava os passageiros para a hora do embarque e do desembarque? Não tem mais. Acabou na noite desta quinta-feira (2).

Quem estiver na área do saguão do aeroporto fazendo compras, lanchando ou circulando antes do embarque é bom ficar ainda mais atendo para não perder o voo. O sistema de som da Infraero não anuncia mais os horários de chegadas e partidas dos aviões, nem faz os chamados para os embarques. A medida surpreendeu os passageiros.

“Acho que atrapalha um pouco, porque o pessoal chega ao aeroporto meio perdido e tem de ficar pedindo informação para todo mundo”, comentou um senhor.

“Na verdade, a gente já está tão habituada com isso que, no começo, a gente vai sentir um impacto”, acredita uma jovem.

A Infraero diz que cancelou o serviço de chamadas para evitar a poluição sonora nos saguões dos aeroportos, já que o número de voos aumentou bastante nos últimos anos. Agora, só quando estiver na sala de embarque o passageiro contará com a mensagem sonora dada pela empresa aérea alertando para o horário do voo.

A Infraero recomenda: quem estiver no saguão não pode descuidar da leitura dos painéis eletrônicos que informam a posição dos voos. Mas quem tiver deficiência visual?

“A empresa aérea tem essa responsabilidade de conduzir o passageiro especial ou aquele passageiro que necessite de um apoio”, afirmou o gerente regional da Infraero, Nilton Souza.

Bom Dia Brasil

Aeroporto de Guarulhos terá jornal gratuito

O Grupo Folha A1 lançará, em abril de 2009, um jornal voltado aos freqüentadores do Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. Intitulado Folha Aeroportuária, o veículo terá distribuição semanal gratuita e será composto por 25 páginas.

O conteúdo do periódico contemplará assuntos vinculados à aviação e temas de interesse público, como bem-estar e turismo. De acordo com a assessoria da Folha A1, todas as despesas do jornal serão custeadas por propaganda publicitária.

O  objetivo do jornal será entreter o leitor e os passageiros com informações de utilidade pública e temas relacionados à aviação.

O jornal será impresso em versão colorida e terá tiragem semanal de 25 mil exemplares. Cerca de oito profissionais ficarão responsáveis pelo conteúdo editorial do veículo. A previsão é de que o projeto se estenda aos Aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Viracopos, em Campinas.

Thiago Rosa/Portal IMPRENSA

Negado pedido da Azul para usar Santos Dumont

A tentativa da Azul Linhas Aéreas de driblar as restrições no Santos Dumont por vias judiciais foi frustrada. Ontem, o mandado de segurança impetrado pela companhia para iniciar voos no aeroporto central do Rio de Janeiro foi negado pela juíza Iolete Maria Fialho de Oliveira, da 16ª Vara da Justiça Federal da 1ª Região.

A Azul não informou se recorrerá da decisão, que é de primeira instância.

A empresa entrou com mandado de segurança na semana passada para operar voos entre Santos Dumont e Viracopos, em Campinas (SP). Atualmente, o aeroporto carioca está limitado a operações para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e para voos feitos com turboélices de até 50 lugares. Essas restrições, entre outras, foram impostas em março de 2005 pela portaria 187 do antigo Departamento de Aviação Civil (DAC) – substituído pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) – com o objetivo de transferir voos do Santos Dumont para o então ocioso aeroporto do Galeão.

A Anac vem trabalhando para extinguir essa portaria. No dia 22 do mês passado, organizou audiência pública sobre o tema. A agência, segundo sua assessoria de imprensa, responderá a todos os argumentos apresentados durante a reunião e estima que tomará uma decisão sobre a abertura do Santos Dumont até março.<

A agência argumenta que sua lei de criação estabelece a liberdade para que as empresas aéreas façam quaisquer rotas, desde que obedeçam limitações de segurança e de capacidade dos aeroportos. Esse argumento também foi usado pela Azul em sua ação judicial.

A Azul iniciou suas operações comerciais em dezembro e é uma das principais interessadas em voar no Santos Dumont por causa de sua localização privilegiada. O plano da companhia é servir 22 cidades a partir do local, com cerca de 90 voos diários. A empresa inclusive alterou seu plano de frota visando operar no aeroporto. Inicialmente, compraria apenas aviões do modelo 195 da Embraer, mas incluiu na encomenda jatos 190 com a justificativa de que eles se adaptam melhor às pistas do Santos Dumont, que estão entre as mais curtas do país. A Azul tem cinco aviões em operação.

O principal opositor a mudanças no Santos Dumont é o governo estadual do Rio de Janeiro, para quem a abertura do aeroporto central esvaziaria o Galeão. A TAM, líder de mercado, endossa a posição. “Porém se esta (a liberação do aeroporto) for a decisão das autoridades aeronáuticas, temos aviões preparados para isso e seremos competitivos”, diz a aérea em nota.

Roberta Campassi/Valor

Brasileiro faz check-in por cel e reserva na web

Passageiros brasileiros preferem usar auto-serviço em aeroportos como check-in por celular e reservas de vôo pela internet, segundo levantamento da Sita, empresa de TI, com 2.143 passageiros de cerca de cem empresas aéreas.

A receptividade dos passageiros em São Paulo para reservar vôo on-line foi 65%, contra 54% em Paris. O baixo nível de auto-serviço se deve também à falta de conhecimento da disponibilidade do recurso. Em Paris, o conhecimento da disponibilidade do check-in de auto-serviço é maior (98,6%), mas em São Paulo 45,4% não sabiam se check-ins de auto-serviço estavam disponíveis para seus vôos. Em SP, quase 75% não usaram check-in pela rede.

Infraero quer administrar aeroportos no Exterior

O presidente da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), Sérgio Gaudenzi (foto), afirmou que a empresa vai fazer obras no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, independentemente do governador Sérgio Cabral privatizar ou nao o aeroporto. O anúncio foi feito durante a assinatura da ordem de serviço para a realização das obras do terminal 2 do Galeão realizada nesta segunda-feira (3).

Gaudenzi, disse hoje que a infraero está interessada em operar aeroportos internacionais. A empresa aguarda definições sobre uma possível abertura de capital da empresa – que está em estudo pelo BNDES –, para dar seguimento ao plano. “O aporte de capital privado é essencial para que a empresa se torne mais ágil e eficiente, assim como aconteceu com a Petrobras”, explica.

“A Infraero é a única empresa no mundo com 67 aeroportos sob sua administração, sendo 15 deles rentáveis. A nossa meta é usar todo este know how para a administração de aeroportos no Exterior”, afirma.

Gaudenzi contou, entretanto, não ser favorável à privatização dos aeroportos brasileiros,  preferindo a abertura de capital. Gaudenzi ressaltou ainda que, de qualquer maneira, esta é uma decisão que não compete a ele.

Como alternativa à privatização, Gaudenzi sugeriu o funcionamento da Infraero de forma semelhante à Petrobras, onde o governo tem liberdade para tomar decisões, mas o capital empregado é privado.

O presidente da infraero afirmou que, caso o aeroporto venha a ser privatizado, seu cargo estaria à disposição, já que é uma nomeação do governo.

G1/PanRotas

Viracopos e Galeão serão privatizados

O governo incluiu ontem os aeroportos Tom Jobim (Galeão), no Rio, e Viracopos, em Campinas, no Plano Nacional de Desestatização. A inclusão é o primeiro passo para que eles sejam concedidos à iniciativa privada. O governo determinou ainda que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) seja designada responsável pela execução e acompanhamento do processo de desestatização dos aeroportos.

No mês passado, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que o BNDES coordena estudos para a concessão dos dois aeroportos, além dos planos para um novo aeroporto em São Paulo. A expectativa é que os estudos de privatização sejam concluídos no primeiro trimestre do próximo ano.

Valor

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