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Abadia e Beira-Mar planejavam seqüestro de filho de Lula

A Polícia Federal descobriu indícios de que a organização chefiada pelos traficantes Juan Carlos Ramirez Abadia, chefe do Cartel de Bogotá, e Fernandinho Beira-Mar, planejou, de dentro do presídio federal de Campo Grande, seqüestrar um dos filhos do presidente Lula para exigir como resgate a libertação deles e de outros integrantes da quadrilha. No plano, os criminosos também pretendiam capturar pelo menos cinco altas autoridades do Executivo e do Judiciário.

A trama foi frustrada com a prisão, na segunda-feira, de quatro integrantes da organização acusados de articular o seqüestro. Entre os detidos na chamada Operação X, da Diretoria de Inteligência da PF, estão o advogado Vladimir Búlgaro e Ivana Pereira de Sá, ex-mulher de Beira-Mar. Segundo a polícia, os dois intermediavam as negociações entre Beira-Mar, Abadia e os outros integrantes da organização que estão fora da cadeia. Pelas informações do Serviço de Inteligência do Sistema Penitenciário Federal, as ordens de Beira-Mar e Abadia eram recebidas e repassadas nas visitas que Búlguro e Ivana faziam ao presídio.

O plano foi descoberto pelo Serviço de Inteligência do Sistema Penitenciário no início do ano, quando um grupo de criminosos fez um ataque surpresa às instalações do presídio de Campo Grande. A partir daquele momento, a PF foi chamada para aprofundar as investigações, que resultaram na Operação X.

Jailton de Carvalho – O Globo

Beira-Mar e Abadía formaram quadrilha contra juízes

A convivência dos reis do narcotráfico do Brasil, Fernandinho Beira-Mar, e da Colômbia, Juan Carlos Ramirez Abadía, compartilhando advogados, carcereiros e visitas sob o mesmo teto no presídio federal de Campo Grande, onde estão presos, acabou produzindo resultados nefastos. Os dois se uniram em um plano para aterrorizar juízes que atuam nos seus processos e autoridades que têm o poder de atrapalhar seus negócios milionários fora da prisão.

Para isso, os dois usaram os advogados e familiares de grupos criminosos diversos, cujos chefes estão no mesmo presídio, para ameaçar essas autoridades. O plano foi descoberto pela inteligência da Polícia Federal, que desencadeou nesta segunda-feira, 4, a Operação X e prendeu oito pessoas. Uma delas é o advogado Vladimir Búlgaro, defensor de José Reinaldo Girotti, um dos maiores financiadores de grupos criminosos do País, entre os quais o Primeiro Comando da Capital (PCC), que também está preso em Campo Grande.

O outro detento que cedeu laranjas para os dois megatraficantes é João Paulo Barbosa, especializado em assalto a bancos e também ligado ao PCC. Na operação, foram presos Leonice de Oliveira e Leandro dos Santos, familiares de Barbosa, como cúmplices do esquema. Ivana Pereira de Sá foi presa quando visitava o ex-marido, Beira-Mar, no presídio.

Os oito foram levados para a carceragem da PF em Campo Grande e a justiça decidirá onde cada um ficará. É possível que Abadía, que aguarda o julgamento de pedido de extradição feito pelo governo dos Estados Unidos, seja mandado para presídio diferente do de Beira-Mar.

Com capacidade para 208 presos, em celas individuais de segurança máxima, a Penitenciária Federal de Campo Grande é considerada uma fortaleza imune a rebeliões, fugas e ações criminosas. Os banhos de sol são individuais e praticamente não há contato físico entre detentos.

Beira-Mar e Abadía, porém, tiveram a idéia criativa de compartilhar advogados e familiares de outros presos. Contaram, para isso, com a assessoria de Girotti, também conhecido como Alemão, e do advogado Búlgaro. Alemão, foragido da Justiça há mais de cinco anos, era o primeiro da lista de procurados pela PF.

Segundo a inteligência da PF, Alemão é exímio planejador de assaltos a bancos. Ele é suspeito de arquitetar os principais assaltos a bancos ocorridos no país nos últimos anos, inclusive o do Banco Central de Fortaleza, de onde foram levados R$ 164,7 milhões em 2005.

Dependendo da ação, conforme a PF, Alemão formava um grupo e recrutava os “soldados do crime”. Uma das marcas de suas ações consistia em seqüestrar familiares de gerentes de bancos e empresas de segurança bancária antes dos roubos. Os nomes das autoridades ameaçadas e dados do esquema foram mantidos em sigilo por ordem judicial, por razões de segurança.

Vannildo Mendes – O Estado de S.Paulo

Carros de traficante rendem R$ 265,5 mil

Os cinco carros de alto padrão que pertenciam ao megatraficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia renderam ao todo R$ 265,5 mil em leilão realizado em São Paulo na tarde desta sexta-feira (9). O valor arrecadado será revertido à União. A operação durou uma hora e foi encerrada às 15h15.

O carro vendido pelo menor lance foi uma Mercedes C280 preta, de 1995. Avaliada em R$ 30 mil, ela saiu por R$ 25,5 mil. O mais caro foi o Toyota Hillux CD, de 2005/2006. Vendido por R$ 90 mil, ele foi avaliado em R$ 100 mil.

O Ford Fusion, com valor estimado em 75 mil, saiu por R$ 63 mil. Pela caminhonete Nissan Frontier, avaliada em R$ 60 mil, o lance final foi de R$ 48 mil. A caminhonete Mitsubishi L200, arrematada por R$ 39 mil, tinha valor estimado em R$ 43,1 mil. Mas o pior resultado foi o da Nissan Frontier, cujo preço ficou em 80% da avaliação. O Toyota Hillux rendeu 90%.

Promovido pelo Ministério da Justiça e realizado pelo INQJ, este foi o segundo leilão de veículos do criminoso, preso no Presídio Federal de Campo Grande. 

Em 1º de abril, a Justiça Federal em São Paulo condenou Abadia a 30 anos de prisão. O chefe de cartel de drogas foi considerado culpado por quatro crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e uso de documentos falsos. O colombiano foi preso em agosto do ano passado, em São Paulo. Ele tem uma fortuna estimada em R$ 3,4 bilhões.
IG
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