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UNIVERSIDADE: Bolsista pode ter dívida anistiada

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Brasileiros que fazem pós-graduação em outros países com bolsas do governo federal poderão permanecer no exterior após a titulação, sem ter a obrigação de devolver o dinheiro investido à União, caso uma comissão de especialistas entenda que eles estão vinculados a pesquisas “técnico-científicas de relevância para o País ou para a humanidade”.

A legislação brasileira determina que, terminado o prazo da bolsa de estudos no exterior, o beneficiado volte para o Brasil dentro de 90 dias. Aqui, ele deverá permanecer pelo mesmo período de anos de duração da bolsa para assegurar que o investimento traga retorno ao País. A ideia é que o ex-bolsista continue as pesquisas aqui, aplicando o conhecimento adquirido fora do Brasil.

A portaria que regulamenta a desoneração dos ex-bolsistas que justificarem o motivo do não retorno ao País foi publicada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no Diário Oficial da União no final de setembro e já está em vigor. Ainda não há dados sobre bolsistas que poderiam se beneficiar da medida.

“A ideia não é facilitar a permanência do bolsista no exterior. É criar mecanismos mais afinados para entender e avaliar por que esse estudante não voltou”, diz Denise de Menezes Neddermeyer, diretora de relações internacionais da Capes. “Até então, quando recebíamos um pedido de permanência, automaticamente dizíamos não. Agora, vamos examinar com cuidado.”

Não retorno

Nos últimos dez anos, 19.758 brasileiros foram fazer pós-graduação no exterior com bolsas da Capes. Desses, 380 não retornaram para o País dentro do prazo exigido – o que representa quase 2% do total.

Os pedidos de ex-bolsistas para permanecerem no exterior vão para uma auditoria interna na Capes. Os processos encerrados na coordenação são enviados à Controladoria-Geral da União (CGU) e depois ao Tribunal de Contas da União (TCU), que inicia outro processo de investigação das contas.

Segundo Denise, atualmente há 52 processos em fase de apuração relativos a bolsistas que não cumpriram o termo de compromisso assumido com a Capes. Desses, 6 estão em fase de cobrança judicial e, nesses casos, o valor da dívida é R$ 1,3 milhões.

Não existe um cálculo exato do valor que esses ex-bolsistas devem à União – é necessário consultar cada processo no TCU individualmente -, mas estima-se que cada dívida gire em torno de R$ 400 mil (considerando juros e correções). “Essa dívida é com o erário, com a sociedade, com a União. São cidadãos que devem ao Estado”, diz Denise.

Ainda assim, para Denise, o número de bolsistas que não retorna é pequeno em comparação com o de bolsas concedidas. “Não é comum os bolsistas ficarem no exterior. A taxa de permanência é baixíssima. Eles voltam, especialmente agora que o mercado brasileiro está aquecido.”

Para Helena Nader, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o texto da portaria da Capes é confuso e pode abrir margem para que muitos ex-bolsistas não retornem ao País, já que toda pesquisa financiada com dinheiro público é relevante.

“A solução para o problema não é abrir a porta. Pesquisa que não é relevante não é financiada. Como avaliar o que é relevante? Do jeito que a portaria está escrita, abre um precedente para os milhares de bolsistas que viajam todo ano não voltarem”, avalia.

Para Helena, a Capes deveria analisar cada caso individualmente, sem ter uma portaria. “Não dá para legislar em cima da exceção”, diz. Para ela, nem o fato de a pesquisa ser relevante justificaria o não retorno ao País. “Ele tem de voltar. Se não quiser, tem de devolver o dinheiro para a União.”

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

EDUCAÇÃO: Fundo agora quer ensino de qualidade

Os fundos de private equity, que nos últimos dez anos investiram pesadamente em instituições de ensino no país, estão mudando de estratégia. Depois de ganhar escala, planejam melhorar a qualidade dos cursos para atrair e reter alunos.

São dez fundos que compraram participações em 14 grupos de ensino superior, básico e de idiomas. Antes desse processo começar, em 1996, o valor médio das mensalidades cobradas pelas faculdades era de R$ 950. Desde então, caiu 43% em termos reais, para R$ 538, utilizando-se o IPCA como deflator.

Executivos de sete desses fundos, ouvidos pelo Valor, falaram da importância de melhorar a qualidade do ensino para expandir os negócios. No setor, os fundos costumam ser olhados com certa desconfiança e receio de que vão mercantilizar a educação. “As pessoas custam a acreditar que os financistas olham para a questão da qualidade”, diz Eduardo Alcalay, sócio do GP e maior acionista da Estácio.

Valor

ULBRA desenvolve carro que faz 60 km/l de combustível

Um projeto do curso de Engenharia Mecânica Automotiva da ULBRA está desenvolvendo um veículo capaz de percorrer 60 quilômetros consumindo apenas um litro de combustível no percurso. A iniciativa pode modificar a maneira que os veículos atuais são produzidos, além de possibilitar que novos consumidores acessem esta fatia de mercado, embora os criadores não tenham a intenção de produzir o carro em escala industrial.


O desafio, que é comandado pelo responsável pelo Grupo de Tecnologia Automotiva (GTA), e vinculado ao curso de Engenharia Mecânica Automotiva e a Pós-graduação em Engenharia da Universidade, Luiz Carlos Gertz, está em fase de elaboração, com um protótipo já construído. Este protótipo foi batizado de Gogo. A equipe não é novata na empreitada de desenvolver veículos automotores, tanto que em um passado recente criou, com sucesso, o Camelo e o Avus.


Pa
ra iniciar o projeto de construção do Gogo, assim como nos outros protótipos, o corpo docente apresenta uma proposta na disciplina de Protótipos e os acadêmicos determinam, durante um semestre, como será o veículo. “Os alunos decidem em conjunto na própria sala de aula todas as características, desde a localização do motor, as soluções para o câmbio, a velocidade máxima e outros aspectos. Entretanto, durante cada uma das etapas existe a orientação dos professores”, enfatizou Gertz. Desta forma, o carro acaba se tornando a principal ferramenta para preparar o acadêmico para a atividade profissional. “Buscamos iniciar o processo criativo dos alunos, incentivando o desenvolvimento de protótipos, fazendo com que pensem em todos os aspectos na construção de um veículo. E claro, buscamos também provar que é possível fazer um carro muito econômico utilizando a tecnologia disponível atualmente”, destacou o docente.


A mecânica do protótipo Gogo é basicamente a mesma de um Corsa 1000, porém com redução significativa da massa do veículo. Como o carro ainda não está pronto, é estimado que seu peso gire em torno de 600 kg. A diminuição da massa acarreta em redução de consumo por causa da diminuição de resistência a rolagem. “Outra modificação considerável ocorre na forma, tornando o coeficiente de arrasto aerodinâmico gerado muito inferior ao original. Houve ainda redução na área frontal do carro, fazendo com que ele disponha de apenas dois lugares. Um ocupante fica na frente e o outro atrás. Nosso veículo tem apenas duas grandes diferenças em relação a um carro original: a forma da carroceria e o peso. Toda mecânica restante corresponde a de um carro 1000, sem alteração nenhuma”, afirmou Gertz.


Em construção, o Gogo utiliza do Corsa o sistema motopropulsor, bancos, eixo traseiro, suspensão, uma parte do painel e pedais. O chassis do protótipo, construído no laboratório da Universidade, foi feito em tubos de aço, que proporciona boa rigidez, associada à pequena massa. A parte externa será feita em fibra de vidro.


O veículo será extremamente ecológico, pois vai emitir menos gases poluentes no comparativo com os automóveis atuais, devido à característica de consumir uma pequena quantidade de combustível, já que a proposta é fazê-lo percorrer 60 quilômetros com apenas um litro. Especificamente sobre esse assunto, o professor do curso de Engenharia Ambiental da ULBRA, Emerson Prochnow, entende que o grande diferencial está no consumo. “Este veículo percorrendo 60 quilômetros com um litro de combustível, irá emitir seis vezes menos gases poluentes no comparativo a um carro que percorra a mesma distância consumindo 10 litros”, enfatizou Emerson.

Outros informações sobre os cursos de Engenharia da Universidade podem ser obtidas através do e-mailengmecancia.canoas@ulbra.br ou pelo fone (51) 3462.9505.

STJ autoriza juros na prestação da casa própria até as chaves

Depois de quase 15 anos de discussão judicial, as construtoras foram liberadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para cobrar dos clientes juros em parcelas de imóveis comprados na planta e até a entrega das chaves. Por seis votos a três, os ministros da 2- Seção decidiram que a cobrança de “juros no pé”, no jargão do mercado imobiliário, é legal e pode ser feita, além da correção pelo Índice Nacional da Construção Civil (INCC).
A decisão pode demorar a ter efeitos práticos, porque diversas construtoras haviam firmado Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) com o Ministério Público (MP) para suspender a cobrança. Para a diretora jurídica da Brookfield Incorporações, Denise Goulart, a decisão é importante porque vai fundamentar a revisão dos TACs.

CAIXA lança financiamento para móveis e eletrodomésticos aos clientes do Minha Casa Minha Vida

A Caixa Econômica Federal lançou no dia 23 de abril (segunda-feira), o CRED MÓVEIS CAIXA, uma nova linha de financiamento para a compra de móveis e eletrodomésticos da linha branca, destinado aos participantes do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV). Para esta nova linha serão disponibilizados um total de R$ 2 bilhões e as operações poderão ser contratadas a partir de 04 de maio.

“Esta iniciativa possibilitará que milhares de famílias do PMCMV, possam ter uma excelente alternativa de financiamento para mobiliar sua casa, pagando prestações com juros baixos e que realmente caibam no orçamento familiar”, afirmou o presidente da CAIXA, Jorge Hereda.

Resultado de uma parceria entre a CAIXA e a Associação Brasileira das Indústrias de Móveis (Abimóvel), esta linha de crédito beneficiará imediatamente cerca de 700 mil famílias, podendo chegar a mais de três milhões de famílias, considerando todas aquelas que serão contempladas pelo PMCMV, Fases I e II, até 2014.

Nesta modalidade, a CAIXA irá oferecer prazos e taxas de juros em condições especiais, sendo uma alternativa de financiamento diferenciada em relação às operações disponíveis no mercado. No CRED MÓVEIS CAIXA as taxas variam de 1% a 2% a.m., com prazo máximo alongado para 48 meses. As taxas de juros serão definidas de acordo com a renda familiar dos interessados, conforme as faixas de renda do PMCMV.

A nova linha de crédito poderá também promover um aumento da demanda de financiamentos para o setor. Para o presidente da Abimóvel, José Luiz Diaz Fernandez, “os diferenciais oferecidos pela CAIXA possibilitarão que várias famílias possam complementar a realização do sonho da casa própria, com o conforto de poder adquirir móveis novos para o seu lar”.

Simulação -Para uma simulação de financiamento de R$ 4 mil em 48 prestações fixas, na taxa de 1% a.m., o cliente irá pagar na CAIXA cerca de R$ 100 de prestação, totalizando R$ 4.800. Comparativamente, caso o cliente contratasse o mesmo financiamento, nas condições médias disponíveis no mercado, com taxa de juros de 6% a.m. e prazo de 24 meses, teria que pagar uma prestação de cerca de R$ 300, chegando ao valor final de R$ 7.200. Portanto, a economia com o CRED MÓVEIS CAIXA é de R$ 2.400.

Verba pública financia neto de Fittipaldi, nos EUA

Está no Blog do José Cruz no UOL:

Além de financiar a escola de pilotos do comentarista Galvão Bueno, como se divulgou há poucos dias, a Lei de Incentivo ao Esporte tem outro famoso na lista dos beneficiados por  dinheiro público no automobilismo de competição: Emerson Fittipaldi.

Em setembro do ano passado, o Ministério do Esporte aprovou projeto de R$ 1 milhão para o “Programa de Formação do Piloto Pietro Fittipaldi, na Fórmula Nascar”. Dinheiro da Lei de Incentivo ao Esporte que já foi captado.

Pietro, de 15 anos, é neto de Emerson, nasceu e mora nos Estados Unidos, onde disputa a categoria de automobilismo.

Barbaridades

R$ 10,5 milhões: é valor total para projetos gerais de automobilismo aprovados pelo Ministério do Esporte, entre 2011 e 2012.

Só a Associação das Equipes e Pilotos de automobilismo Amador vai levar R$ 3,6 milhões. Outros R$ 2,1 milhões vão para o Campeonato Sul-Americano de Fórmula 3.

Repito, a lei permite, mas faltam critérios do Ministério do Esporte para limitar projetos como esses, pois quem é profissional de automobilismo têm alto poder aquisitivo.

Desperdícios

Claro que automobilismo merece apoios, mas que venham da iniciativa privada! Diante dos gravíssimos problemas de estrutura para a prática esportiva em comunidades carentes, aplicar dinheiro público na formação de  pilotos é um deboche.

Lembro que apenas 53% das escolas públicas brasileiras têm uma quadra “decente” para a prática esportiva da garotada.

Esse contraste demonstra a total ausência de políticas públicas e definições de prioridades do governo para o esporte, como já denunciou o Tribunal de Contas da União. Denúncias, apenas isso…

Farra

Não podemos esquecer que a Lei de Incentivo ao Esporte usa recursos do Imposto de Renda. O governo abre mão de R$ 300 milhões anuais para aplicar em projetos que contribuam, de fato, para o fortalecimento e desenvolvimento do esporte.

No entanto, num país com limitações de verbas para as áreas da educação e da saúde, principalmente, o dinheiro público que falta aos hospitais, por exemplo, destina-se à elite, aos que usam nomes consagrados para captar com facilidade verba pública do imposto de renda.

Agressão

Há seis anos o Ministério do Esporte fecha os olhos a essa falta de planejamento, metas e prioridades para o uso do bem público, com total omissão do Conselho Nacional de Esporte.

Assim, o Conselho afronta as políticas econômicas do Ministério do Planejamento, da Receita Federal, do próprio Palácio do Planalto, que alertam para a necessidade de fixar prioridades nos gastos públicos. E a nossa prioridade no esporte não é o automobilismo de competição.

A Lei de Incentivo precisa urgentemente de uma revisão de critérios. Enquanto isso, continuaremos jogando dinheiro pela janela do desperdício.

Proponente: Instituto Emerson Fittipaldi -02.339.999/0001-23
Título do Projeto: Programa de Formação do Piloto Pietro Fittipaldi na NASCAR
Nº SLIE: 1101751-15 UF: SP
Nº do Processo: 58701.000154/2011-45 Estimativa Público: 2160001
Valor Aprovado para Captação (R$): 1.001.203,00 Prazo para Captação:

Governo amplia Bolsa Atleta para esportistas consagrados

O Bolsa Atleta, programa do governo federal de patrocínio individual a esportistas, vai ser agora estendido a atletas consagrados, mesmo que já recebam patrocínio. Durante cerimônia na manhã de hoje (12) no Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, destacou que o programa vai destinar R$ 60 milhões para atender 4.243 atletas este ano, de 53 modalidades que compõem os programas dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos. No ano passado, esse valor foi de R$ 44 milhões.

Com isso, nomes como Maurren Maggi e Fabiana Murer (atletismo), Diego e Daniele Hypólito (ginastas), Tiago Camilo (judô) e Robert Scheidt (iatismo) passam a ser apoiados pelo programa. Antes, a maioria desses atletas não se candidatava à bolsa porque a lei não permitia o benefício para atletas que já contassem com patrocínio individual. Para os atletas olímpicos e paraolímpicos, o valor mensal do Bolsa Atleta é R$ 3,1 mil.

Além dessa alteração, o programa corrigiu o valor anual da bolsa e criou duas novas categorias: Atleta de Pódio, programa que está em fase de regulamentação e que pretende contemplar atletas de elite que tenham condições de disputar títulos e finais, e Atleta de Base, programa que vai beneficiar atletas iniciantes. Para os atletas das categorias de base e estudantil, o valor mensal da bolsa é R$ 370.

O programa Bolsa-Atleta contempla, neste ano, 4.243 atletas de 53 modalidades que compõem os programas dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos. O número representa um aumento de 33,3% em relação aos 3.182 apoiados em 2011.

O número de mulheres contempladas cresceu: são 1.744 agraciadas, 29,2% a mais que as 1.349 do ano passado. O número de atletas paralímpicos é de 1.184. Há atletas de 26 unidades da federação – apenas o Acre não possui bolsistas -, divididos em cinco categorias: Estudantil, de Base, Nacional, Internacional e Olímpica/Paralímpica.

A edição 2012 também marca um novo momento do programa, que passa a apoiar atletas consagrados no cenário esportivo, independentemente de já receberem patrocínio ou salário. A Lei 12.395, de março de 2011, permite que esses atletas recebam o beneficio, e ainda, promoveu outras mudanças no programa, como a correção anual do valor da bolsa e a criação de duas novas categorias: Atleta de Base e Atleta Pódio.

A bolsa também ajuda atletas que estão despontando em esportes que não são muito conhecidos no país, como é o caso de Felipe Wu. “Sou do tiro esportivo, que é muito pouco visado e não tem patrocínio. Então, o Bolsa Atleta foi fundamental para eu chegar num nível melhor que estou hoje e também para comprar equipamento”, disse.

Para o judoca Tiago Camilo, medalhista olímpico e atleta que conta com patrocínios, a bolsa é importante principalmente para os atletas que não têm clubes ou apoio. “Quando comecei a minha carreira, contava com o apoio dos meus pais, o chamado ‘paitrocínio’”, brincou.

“É a primeira vez que vou ser contemplado. Antes não podia atleta patrocinado e por isso eu não tinha feito minha inscrição no programa. Mas isso [a bolsa] vai complementar minha estrutura de trabalho e de treino, possibilitando melhor preparação”, disse Camilo. Segundo ele, o governo federal precisa ter uma política pública muito forte para fomentar e difundir o esporte no Brasil. “O resultado é consequência do investimento. Quanto maior for o investimento dos clubes e dessa massa de investidores, maior é o resultado [do atleta]”, acrescentou.

Durante a entrevista coletiva, o ministro também anunciou a criação do Bolsa Técnico, que vai permitir apoio à equipe que auxilia os atletas tais como nutricionistas, psicólogos e técnicos, entre outros. “Havia atletas que chegaram a disputar e conquistar medalhas olímpicas que não tinham assistência psicológica e cuja mãe era sua própria nutricionista. É claro que não pode existir melhor nutricionista do que nossa mãe, mas em determinado nível de exigência é preciso que se agregue conhecimento técnico”, disse o ministro Aldo Rebelo.

O programa Bolsa Atleta existe desde 2005 e atende esportistas que tenham obtido bons resultados, independentemente de sua condição financeira. “Temos um critério absolutamente técnico: é o resultado esportivo que permite ao atleta receber a bolsa”, explicou Leyser.

Do total de atletas que serão apoiados pelo Bolsa Atleta este ano, 1.744 são mulheres e 1.184 são atletas paraolímpicos. Segundo o ministério, há atletas de todas as unidades da federação, com exceção do Acre.

A lista completa dos atletas contemplados pelo programa foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (12) e pode ser conferida no site do Ministério do Esporte.

Estádios da Copa vão demorar até 198 anos para pagar custo

Valor Econômico – Rodrigo Pedroso | De São Paulo

 

As arenas esportivas que estão sendo construídas para a Copa do Mundo de futebol de 2014 nas 12 cidades-sede demorarão de 11 a 198 anos para se pagar, levando em conta o nível atual de rentabilidade dos estádios nos Estados em que serão erguidos, mostra estudo feito pela BSB – Brunoro Sport Business.

Também segundo a análise, os 12 estádios que foram escolhidos para os jogos da Copa custarão mais e terão receita menor depois da competição que aqueles construídos para as últimas duas edições da Eurocopa. Os piores prazos estão em Cuiabá, Natal, Brasília e Manaus e variam de 130 a 198 anos.

O estudo da BSB, uma empresa de consultoria esportiva, prevê dois cenários econômicos para as arenas da Copa após os jogos. O primeiro leva em conta o nível atual de renda do futebol no Estado em que elas estão sendo construídas. O segundo, mais otimista, prevê aumento do faturamento com a venda especial de camarotes, publicidade, shows, “naming rights” (venda do nome do estádio) e locação para outros eventos. No cenário otimista, os prazos para pagar o investimento variam de cinco a 45 anos.

No cenário mais pessimista (que considera o padrão atual de uso), a arena com a pior rentabilidade é a de Manaus. A previsão é que o seu faturamento anual depois do torneio fique em torno de R$ 2,51 milhões. Com o custo – até agosto – estimado em R$ 499,5 milhões, a arena esportiva demoraria 198 anos para se pagar. Contando com um aumento em diferentes frentes, a receita subiria para R$ 11 milhões anuais, com a obra se pagando em 45 anos. Nesse cenário, o Beira Rio, de Porto Alegre, se paga em 10,9 anos.

Para estimar o faturamento bruto nos dois cálculos, o estudo não levou em conta gastos com impostos, amortização de investimentos e manutenção. A receita com ingressos também ignorou a parte que cabe ao time mandante, por haver muita diferença por região.

– Veja aqui galeria de fotos dos estádios da Copa

– Estádios terão de buscar fontes de receita após torneio

 

O estádio Mané Garrincha, em Brasília – orçado em R$ 671 milhões -, não está na lista dos mais caros, mas só deve se pagar no próximo século. A estimativa pessimista é que o faturamento alcance o investimento em 167 anos, tempo pouco maior que os 155 anos do Estádio das Dunas, em Natal. Ao custo de R$ 400 milhões, a arena tem receita prevista em R$ 2,57 milhões anuais.

Mais rápida no retorno do investimento de R$ 342 milhões necessários à sua construção, a Arena Pantanal, em Cuiabá, vai equalizar o gasto em 130 anos, mantido o padrão atual do futebol de Mato Grosso, onde o Luverdense, time do Estado melhor colocado no cenário nacional, disputou a Série C neste ano. O clube da capital, o Cuiabá Esporte Clube, competiu na Série D e subiu este ano para a Série C.

De acordo com Marcelo Doria, presidente da BSB, o estudo mostra que o país precisa aproveitar melhor a estrutura que está criando. “Algumas arenas estão com o tempo de retorno muito longo. Precisamos repensar como tirar mais receitas, pois não vai ser bom para o esporte, como negócio, deixar esses lugares como ‘elefantes brancos’. Todo mundo fala do tamanho do investimento, mas seria mais saudável olhar para a eficácia dele”, afirmou para depois dar um exemplo de como uma arena multiuso é usada nos Estados Unidos. “O Staples Center, do Los Angeles Lakers, tem 70% da receita vinda de shows. No Brasil o esporte ainda não é tratado como entretenimento do jeito que fazem lá fora. É tudo muito concentrado na renda de bilheteria que vem do futebol”, diz.

Nos Estados mais rentáveis, onde estão os times com maior torcida e, consequentemente, maior oportunidade de um faturamento mais encorpado, nenhum estádio se paga em menos de uma década no cenário otimista, de acordo com o estudo. Os três maiores, Maracanã, Itaquerão e Mineirão, estão com previsão de retorno do investimento em 19, 22 e 18 anos, respectivamente. A Fonte Nova, em Salvador, com custo no nível dessas outras arenas (R$ 835 milhões) deve demorar 43 anos.

Na comparação com a construção e reforma de estádios utilizados para torneios na Europa, o prazo de retorno de investimentos nas principais arenas brasileiras é maior mesmo no cenário otimista. O Estádio do Dragão, do Porto, de Portugal, custou € 115 milhões (R$ 424 milhões) para servir à Eurocopa de 2004, quando o país sediou o torneio. O retorno do investimento veio sete anos depois. O Maracanã, estádio com melhor previsão de faturamento (R$ 110 milhões anuais), vai gerar os R$ 931 milhões previstos em sua reforma em 8,5 anos. O custo dos estádios brasileiros está dentro das previsões feitas até agosto deste ano.

A arena de Itaquera, em São Paulo, que conta com a segunda maior previsão de receita, está longe do retorno previsto para o estádio do Borussia Dortmund, da Alemanha, usado na Copa do Mundo de 2006. Enquanto os alemães demoraram quatro anos para reaver os R$ 550 milhões na reforma do estádio, a arena paulistana deve render os R$ 820 milhões orçados para sua construção em mais de nove anos.

A intenção do trabalho, diz Doria, é chamar atenção para a necessidade de mudanças nas atuais bases em que se gera renda com estádios no país. “Shows, locações, aluguéis de espaços, camarotes. Tudo isso tem que ser pensado para haver mais transferência de valor para essas arenas”, disse.

O estudo ainda ressalta o alto custo dos estádios brasileiros para a Copa. As 12 arenas, somadas, estão orçadas em RS 6,71 bilhões. O gasto é 32% maior do que foi dispendido pela África do Sul na última edição do torneio, e 46% maior do que o gasto pela Alemanha em 2006. O montante, no entanto, pode aumentar. Estimativas do próprio governo apontam que os gastos devem chegar a R$ 7 bilhões.

BB: 1 bilhão no crédito educativo

MARIA CRISTINA FRIAS /FSP
O Banco do Brasil, que oferece crédito educativo pelo Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) há pouco mais de um ano, atingiu R$ 1 bilhão em volume de operações.
São mais de 25 mil alunos de graduação que financiam estudos em instituições não gratuitas pelo banco.
“O volume de desembolso, R$ 1 bilhão do total de R$ 1,8 bilhão destinado pelo governo federal, mostra o avanço do Banco do Brasil nesse segmento”, diz o vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, Paulo Rogério Caffarelli.

“O banco quer se tornar o principal operador do programa do MEC [Ministério da Educação]”, afirma ele.
A participação do BB saltou de aproximadamente 4% do total de contratos do Fies em 2010 para 21% do valor financiado no início deste mês. A Caixa Econômica Federal tem 79% do estoque, incluindo financiamento anterior à entrada do BB no segmento.
“Apostamos na parceria com as universidades para incrementar as contratações. Elas nos ajudam também na adimplência porque continuam em contato com os alunos mesmo depois de formados.”
Pelo Fies, o universitário só começa a pagar 18 meses depois de se formar.
O estudante pode financiar de 50% a 100% do valor, com prazo de três vezes o período financiado mais 12 meses para quitar o empréstimo, a juros de 3,4% ao ano.
” Nossa intenção é atingir 100 mil carteiras por ano”, diz. “Queremos ser o maior banco dos jovens no país.”
Os recursos do Fies vêm de 30% da receita líquida das loterias mais o valor de prêmios não pagos, segundo o executivo. O BB tem cerca de 1,2 milhão de contas universitárias.

NÚMEROS DO BB NO FIES
R$ 1 bilhão
é o volume total das operações do Banco do Brasil

3,4%
é valor anual dos juros pagos pelos estudantes

18 meses
é o tempo que o estudante pode esperar para começar apagar o financiamento após a conclusão do curso

25 mil
alunos já receberam empréstimos do banco para financiar seu curso superior

21%
é a participação do banco no segmento, enquanto

79%
é a da Caixa (estoque total de crédito educativo)

Empresas investem em energia alternativa e aguardam por leilões

A implantação da energia eólica na matriz energética brasileira tem sido um sucesso desde sua adoção. Agora a expectativa é de que a energia solar também seja uma alternativa viável ao país. A empresa Rio Alto Energia é uma das que estão investindo nesta fonte renovável de energia.

Nesta ocasião, a energia eólica foi negociada por menos de R$ 100 o MWh. Na Espanha, por exemplo, o valor da energia solar é de aproximadamente R$ 686 o MWh.

Segundo Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética, o projeto não está em execução porque não existe ainda, previsão legal para a participação deste tipo de energia em leilões. E acrescenta que “é questão de tempo para a solar participar dos leilões. Falta massa crítica, projetos suficientes para um leilão”.

O projeto desenvolvido pelos empresários Rafael Brandão, Sergio Reinas e Edmond Farhat prevê a instalação de uma usina termo solar com capacidade para gerar 50 megawatts, no sertão da Paraíba. Com parceria firmada com o Banco Paulista, estima-se que o investimento para o empreendimento seja de R$ 350 milhões.

Em entrevista ao Valor Econômico, Reinas afirmou: “Teríamos tido condições de competir no último leilão. Já temos licença de instalação emitida, negociações com fornecedores como a Siemens caminhando e também de financiamento com o Banco do Nordeste.”

De acordo com os empresários o Brasil oferece um preço mais competitivo que a Europa pelo custo da terra. Para a produção solar em larga escala é necessário contar com grandes áreas. Corema, um dos projetos da empresa usa 60 hectares. Em 12 horas de funcionamento, tendo como fonte a energia direta do sol e a biomassa, a usina é capaz de operar com 60% de sua capacidade.

O objetivo é criar um tipo de estufa, onde as turbinas solares ficam dispostas a dois metros acima do solo possibilitando deste modo, a plantação na área. De acordo com os desenvolvedores do projeto esse modelo é comum nos Estados Unidos.

A tecnologia a ser utilizada, de polímero flexível, para substituir o espelho destas unidades termo solares será norte-americana. O projeto está em fase avançada, e a empresa tem ainda 250 MW em outros projetos a serem desenvolvidos.

Informações do Valor Econômico

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