Arquivos da Categoria: Copa 2014

Fifa cobra entrega do Maracanã no prazo

A entrega da obra foi adiada três vezes e o novo prazo de conclusão do Maracanã é 27 de abril.

A expectativa é que sejam retiradas mais de mil cadeiras por dia

 

Representantes da Federação Internacional de Futebol (Fifa) se reuniram nesta sexta-feira (8/3), a portas fechadas, com representantes do governo do Rio de Janeiro, para discutir a entrega do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, palco da Copa das Confederações em junho.

A entrega da obra foi adiada três vezes e o novo prazo de conclusão do Maracanã é 27 de abril. A Fifa não abre mão da nova data, porque pretende ter jogos testes entre em maio e início de junho. Um deles seria um amistoso entre Brasil e Inglaterra em 2 de junho.

A menos de 100 dias para a Copa das Confederações, torneio internacional cuja final será no Maracanã, a Fifa enviou representantes para saber sobre o estágio da modernização do estádio.

Há poucos dias, operários foram flagrados de cuecas retirando água da cobertura, que ficou encharcada depois de fortes chuvas. A obra sofreu mudanças no cronograma e voltou ao normal hoje. Segundo o site oficial da Copa 2014, a reforma do Maracanã estava 79% concluída em dezembro de 2012.

A primeira fase da Copa das Confederações vai de 15 a 23 de junho com jogos no Rio de Janeiro, em Brasília, em Fortaleza, no Recife, em Belo Horizonte e em Salvador.

As semifinais serão nos dias 26 e 27 de junho em Belo Horizonte e Fortaleza e a final será disputada no Maracanã no dia 30 de junho. Hoje, apenas o Mineirão (Belo Horizonte) e o Castelão (Fortaleza) estão prontos, segundo o site oficial da Copa 2014.

 

Brasil Economico

Ronaldo se muda para Londres em fevereiro

O ex-jogador Ronaldo se mudará para Londres, no Reino Unido, no próximo mês de fevereiro. De acordo com a coluna “Retratos da Vida”, do jornal “Extra”, ele passará dois anos na cidade para um projeto profissional sigiloso.

Desde que deixou os campos, o Fenômeno se dedica ao marketing esportivo e, com sócios, comanda sua própria agência de comunicação.

Recentemente, o ex-atleta anunciou o fim do seu namoro com Bia Antony. Especula-se que seu novo affair seja a DJ Paula Morais, que é prima da atriz Cleo Pires. Só não se sabe, ainda, se a jovem embarca com Ronaldo para a terra da Rainha.

Diário Oficial traz vetos de Dilma à Lei Geral da Copa

 

O texto da Lei Geral da Copa está publicado na edição de hoje (6) do Diário Oficial da União. A norma estabelece as regras para os jogos do Mundial de 2014 no país. A presidenta Dilma Rousseff vetou seis pontos, mas manteve um dos aspectos mais polêmicos: a venda de ingressos pela metade do preço para estudantes, pessoas com mais de 60 anos e beneficiários de programas sociais de transferência de renda, entre eles, o Bolsa Família.

No texto, não há referências sobre a liberação ou proibição da venda de bebidas em estádios durante a Copa do Mundo de 2014. No mês passado, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, informou que a decisão sobre a comercialização de bebidas alcoólicas nos estádios ficará a cargo dos nove estados onde ocorrerão os jogos.

A norma estabelece as regras oriundas do acordo feito pelo governo brasileiro e a Federação Internacional de Futebol (Fifa). No capítulo cinco, o texto assegura que 50 mil ingressos serão colocados à disposição para a venda de bilhetes a preços de meia-entrada. Os bilhetes serão personalizados com a identificação do comprador e classificados em quatro categorias – de 1 a 4.

Indígenas e os que contribuírem com a campanha do desarmamento também poderão obter descontos, mas o percentual ainda será definido pelas autoridades. No texto da lei, há ainda a regulação da propaganda e a exploração das imagens e sons referentes aos jogos.

O Instituto Nacional de Propaganda Industrial (Inpi) será o órgão federal responsável pelo controle e cadastramento do material de marketing sobre os jogos. O Inpi atuará em parceria com a Fifa, de acordo com a legislação. Porém, o uso indevido de símbolos será criminalizado.

Os jogadores das copas do Mundo de 1958, 1962 e 1970 receberão benefícios, de acordo com o texto. Eles ganharão dinheiro e auxílio especial mensal, no caso dos que estão em dificuldades financeiras. Segundo o texto, o auxílio poderá ser pago à mulher do jogador e aos filhos menores de 21 anos.

Os vetos da presidenta se referem ao pagamento de outros benefícios a atletas mais velhos, à venda de ingressos, ao serviço voluntário em atividades que ameacem a segurança.

Há, também, a ordem para que os sistemas de ensino ajustem os calendários escolares de tal forma que os estudantes possam acompanhar os jogos. A ordem vale para os ensinos público e privado.

Na parte final do texto, a legislação determina prisão até três anos para os que burlarem a lei no que se refere ao uso da imagem da Copa do Mundo de 2014. Todos os produtos comercializados sobre o evento devem ter autorização da Fifa, reitera o texto em vários artigos.

Em maio, o texto da Lei Geral da Copa foi aprovado pelo Congresso Nacional sob controvérsias e uma série de divergência envolvendo, inclusive, a Fifa. Os temas mais polêmicos se referiam à venda de bebidas alcoólicas e à meia-entrada para estudantes e idosos.

Agência Brasil/Renata Giraldi

Copa de 2014 terá o tatu bola como mascote

Copa de 2014 terá um tatu como mascote

A Fifa bateu o martelo: o mascote da Copa 2014 será um tatu – um pouco diferente do normal, com traços de desenho animado japonês, mas um tatu.

Terá a cor azul e vestirá um short verde e uma camisa branca. Nas animações que estão sendo feitas neste momento, o tatu vira uma bola de futebol.

Por que um tatu?

A explicação: mora no Cerrado, corre risco de extinção e o fato de virar uma bola. O novo mascote será apresentado ao distinto público em outubro.

Em seguida, a Fifa começa uma campanha no Brasil para escolher, com votação pela internet e SMS, o nome do tatu.

Por Lauro Jardim/Radar

Estádios da Copa vão demorar até 198 anos para pagar custo

Valor Econômico – Rodrigo Pedroso | De São Paulo

 

As arenas esportivas que estão sendo construídas para a Copa do Mundo de futebol de 2014 nas 12 cidades-sede demorarão de 11 a 198 anos para se pagar, levando em conta o nível atual de rentabilidade dos estádios nos Estados em que serão erguidos, mostra estudo feito pela BSB – Brunoro Sport Business.

Também segundo a análise, os 12 estádios que foram escolhidos para os jogos da Copa custarão mais e terão receita menor depois da competição que aqueles construídos para as últimas duas edições da Eurocopa. Os piores prazos estão em Cuiabá, Natal, Brasília e Manaus e variam de 130 a 198 anos.

O estudo da BSB, uma empresa de consultoria esportiva, prevê dois cenários econômicos para as arenas da Copa após os jogos. O primeiro leva em conta o nível atual de renda do futebol no Estado em que elas estão sendo construídas. O segundo, mais otimista, prevê aumento do faturamento com a venda especial de camarotes, publicidade, shows, “naming rights” (venda do nome do estádio) e locação para outros eventos. No cenário otimista, os prazos para pagar o investimento variam de cinco a 45 anos.

No cenário mais pessimista (que considera o padrão atual de uso), a arena com a pior rentabilidade é a de Manaus. A previsão é que o seu faturamento anual depois do torneio fique em torno de R$ 2,51 milhões. Com o custo – até agosto – estimado em R$ 499,5 milhões, a arena esportiva demoraria 198 anos para se pagar. Contando com um aumento em diferentes frentes, a receita subiria para R$ 11 milhões anuais, com a obra se pagando em 45 anos. Nesse cenário, o Beira Rio, de Porto Alegre, se paga em 10,9 anos.

Para estimar o faturamento bruto nos dois cálculos, o estudo não levou em conta gastos com impostos, amortização de investimentos e manutenção. A receita com ingressos também ignorou a parte que cabe ao time mandante, por haver muita diferença por região.

– Veja aqui galeria de fotos dos estádios da Copa

– Estádios terão de buscar fontes de receita após torneio

 

O estádio Mané Garrincha, em Brasília – orçado em R$ 671 milhões -, não está na lista dos mais caros, mas só deve se pagar no próximo século. A estimativa pessimista é que o faturamento alcance o investimento em 167 anos, tempo pouco maior que os 155 anos do Estádio das Dunas, em Natal. Ao custo de R$ 400 milhões, a arena tem receita prevista em R$ 2,57 milhões anuais.

Mais rápida no retorno do investimento de R$ 342 milhões necessários à sua construção, a Arena Pantanal, em Cuiabá, vai equalizar o gasto em 130 anos, mantido o padrão atual do futebol de Mato Grosso, onde o Luverdense, time do Estado melhor colocado no cenário nacional, disputou a Série C neste ano. O clube da capital, o Cuiabá Esporte Clube, competiu na Série D e subiu este ano para a Série C.

De acordo com Marcelo Doria, presidente da BSB, o estudo mostra que o país precisa aproveitar melhor a estrutura que está criando. “Algumas arenas estão com o tempo de retorno muito longo. Precisamos repensar como tirar mais receitas, pois não vai ser bom para o esporte, como negócio, deixar esses lugares como ‘elefantes brancos’. Todo mundo fala do tamanho do investimento, mas seria mais saudável olhar para a eficácia dele”, afirmou para depois dar um exemplo de como uma arena multiuso é usada nos Estados Unidos. “O Staples Center, do Los Angeles Lakers, tem 70% da receita vinda de shows. No Brasil o esporte ainda não é tratado como entretenimento do jeito que fazem lá fora. É tudo muito concentrado na renda de bilheteria que vem do futebol”, diz.

Nos Estados mais rentáveis, onde estão os times com maior torcida e, consequentemente, maior oportunidade de um faturamento mais encorpado, nenhum estádio se paga em menos de uma década no cenário otimista, de acordo com o estudo. Os três maiores, Maracanã, Itaquerão e Mineirão, estão com previsão de retorno do investimento em 19, 22 e 18 anos, respectivamente. A Fonte Nova, em Salvador, com custo no nível dessas outras arenas (R$ 835 milhões) deve demorar 43 anos.

Na comparação com a construção e reforma de estádios utilizados para torneios na Europa, o prazo de retorno de investimentos nas principais arenas brasileiras é maior mesmo no cenário otimista. O Estádio do Dragão, do Porto, de Portugal, custou € 115 milhões (R$ 424 milhões) para servir à Eurocopa de 2004, quando o país sediou o torneio. O retorno do investimento veio sete anos depois. O Maracanã, estádio com melhor previsão de faturamento (R$ 110 milhões anuais), vai gerar os R$ 931 milhões previstos em sua reforma em 8,5 anos. O custo dos estádios brasileiros está dentro das previsões feitas até agosto deste ano.

A arena de Itaquera, em São Paulo, que conta com a segunda maior previsão de receita, está longe do retorno previsto para o estádio do Borussia Dortmund, da Alemanha, usado na Copa do Mundo de 2006. Enquanto os alemães demoraram quatro anos para reaver os R$ 550 milhões na reforma do estádio, a arena paulistana deve render os R$ 820 milhões orçados para sua construção em mais de nove anos.

A intenção do trabalho, diz Doria, é chamar atenção para a necessidade de mudanças nas atuais bases em que se gera renda com estádios no país. “Shows, locações, aluguéis de espaços, camarotes. Tudo isso tem que ser pensado para haver mais transferência de valor para essas arenas”, disse.

O estudo ainda ressalta o alto custo dos estádios brasileiros para a Copa. As 12 arenas, somadas, estão orçadas em RS 6,71 bilhões. O gasto é 32% maior do que foi dispendido pela África do Sul na última edição do torneio, e 46% maior do que o gasto pela Alemanha em 2006. O montante, no entanto, pode aumentar. Estimativas do próprio governo apontam que os gastos devem chegar a R$ 7 bilhões.

Fifa fará seminário em Porto Alegre

Na sexta-feira, a FIFA anunciou os hotéis credenciados a receber torcedores – são 91 estabelecimentos no Estado.

Na semana, de 14 a 16, Porto Alegre será sede do seminário da Fifa “Ticketing and Hospitality”, sobre comercialização de ingressos e hospitalidade. Realizado no Hotel Sheraton, é o primeiro encontro setorial da entidade e será restrito a parceiros comerciais da Fifa. O seminário vem sendo preparado desde junho, quando o diretor de marketing da Fifa no Brasil, o norte-americano Jay Neuhaus, esteve em Porto Alegre para reuniões com o prefeito José Fortunati e o secretário extraordinário da Copa 2014, João Bosco Vaz. No final de outubro, Neuhaus também liderou na Capital a vistoria da Fifa em espaços para abrigar a Fan Fest.

Na terça-feira, 15, às 18h30, Fortunati e Bosco participam do jantar de boas-vindas à delegação da Fifa e aos parceiros comerciais. O governador Tarso Genro também deve integrar o encontro. Já no dia 16, quarta-feira, o governo do Estado irá oferecer um churrasco no Galpão Crioulo, no Palácio Piratini.

A Fifa conta com três fontes de arrecadação básica com a Copa do Mundo: ingressos para os jogos, publicidade, direitos de transmissão. A publicidade, que se refere aos parceiros comerciais está dividida em três classes por ordem decrescente de valores. No alto estão os sócios, seis, que colocam placas no estádio: Adidas, Coca-Cola, Emirates, Hyundai, Sony e Visa. Os patrocinadores estão no meio dessa escala e são oito, Budweiser, Castrol, McDonalds, Continental, Yingli, Johnson & Johnson e as brasileiras Seara e Oi. No final vêm os apoiadores locais, com três das seis cotas vendidas até aqui: Itaú, Nescau e Liberty Seguros.

ColetivaNet

Obras da copa usarão dinheiro do FGTS

Contrabando na MP para dar uma mãozinha à Copa

Passou na Câmara e seguiu para o Senado uma Medida Provisória que libera o uso do dinheiro do FGTS para financiar as obras dos estádios da Copa 2014. Originalmente, a MP não previa essa nova utilização do FGTS. Renato Molling (PP-RS), no entanto, achou por bem enfiar um contrabando no texto original que tratava de impostos para empresas exportadoras.

Entenda a manobra

Para permitir o uso do dinheiro do FGTS na Copa, o relator da MP 540, deputado Renato Molling (PP-RS) propõe a alteração da Lei 11.491/2007, que criou o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS). O fundo, que quando criado somava R$ 5 bilhões, permite investimentos apenas em empreendimentos dos setores de energia, rodovia, ferrovia, hidrovia, porto e saneamento. Agora, o governo quer aplicar recursos, até 2014, até na construção de estádios, hotéis e outras obras da Copa e das Olímpiadas.

 

Para isso, o relator incluiu no parágrafo 4° do artigo 49 de seu Projeto de Lei de Conversão (PLV) o seguinte trecho:

“Art. 49. O art. 1º da Lei nº 11.491, de 20 de junho de 2007, passa a vigorar acrescido do seguinte § 4º:
“Art.1°……………………………………………………………………….
…………………………………………………………………………………
§ 4º Até 30 de junho de 2014 fica excepcionalmente autorizada a aplicação de recursos do FI-FGTS em projetos associados à Copa do Mundo e às Olimpíadas de 2016 nas cidades-sedes desses eventos, assim considerados os projetos de infraestrutura aeroportuária, de operações urbanas consorciadas, de transporte e mobilidade urbana, de arenas, de centros esportivos e de treinamento, bem como de empreendimentos hoteleiros e comerciais que, direta ou indiretamente, sejam necessários para garantir a realização dos referidos mega eventos em consonância com os requisitos de conforto e segurança estabelecidos pelas autoridades competentes.”

Lauro Jardim/Radar on Line

Em livro embargado pela Justiça, Aldo Rebelo faz acusações a presidente da CBF

O novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, cuja principal incumbência será desatar os nós existentes para a realização da Copa do Mundo de 2014, juntou sua paixão pelo Palmeiras e sua crença comunista para retratar no livro “Palmeiras x Corinthians – O Jogo Vermelho” os bastidores do amistoso entre os rivais, disputado em 1945 e cuja renda foi revertida para a campanha eleitoral do Partido Comunista do Brasil.

Mas a bibliografia de Aldo Rebelo conta com outra passagem ainda mais reveladora de seu conhecimento dos bastidores do esporte: “CBF/ Nike”, livro publicado em 2001 em parceria com o hoje secretário de Habitação de São Paulo, Silvio Torres (PSDB). Nele, Aldo foi fundo na investigação de irregularidades na entidade máxima do futebol, alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) por ele presidida. As informações são do jornal Valor Econômico

Embargado pela Justiça, o livro tem como foco a atuação de Ricardo Teixeira à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O dirigente é retratado como alguém que usa do prestígio da CBF para criar uma rede de influência no Congresso, com direito a doações polpudas a parlamentares em campanha e imerso em acusações de corrupção – das quais se defenderia, segundo o texto, contratando advogados pagos pela entidade. A Nike é retratada como uma empresa cuja influência adentra o campo e interfere na escalação da seleção de futebol.

A CPI do Futebol fora iniciada por iniciativa de Aldo, que no início de 1999 começou a recolher assinaturas para sua instalação. Desde o início, a pressão contrária por parte da chamada “bancada da bola”, composta por deputados ligados a dirigentes e clubes, foi imensa para que a CPI não alcançasse resultados efetivos. Seus representantes fizeram circular na imprensa que rejeitariam o relatório de Silvio Torres antes mesmo que ele estivesse pronto. Produziram até um relatório alternativo, desprovido de pedidos de indiciamento. Vendo os trabalhos correrem sério risco, Aldo e Torres decidiram encerrar a CPI sem que um relatório fosse votado.

Via Blog da Helena e Valor Econômico

Dilma vai afastar o Ministro dos Esportes

Dilma Rousseff, está tão preocupada com a crise do Ministério do Esporte que convocou uma reunião de emergência logo que chegou de Angola. Segundo o Estado de S. Paulo, ela já está certa de que o desgaste político de Orlando Silva é irreversível, e decidiu tirá-lo do comando da pasta. Mas a tendência é que o PC do B mantenha o controle do ministério.

A presidente Dilma Rousseff vai decidir sobre o futuro do ministro do Esporte depois de uma reunião com ele nesta sexta-feira para discutir as acusações de corrupção, disse uma fonte do governo.

“Ela quer se reunir com ele pessoalmente antes de tomar uma decisão”, disse a fonte, que está bem informada sobre o assunto, mas não está autorizada a discuti-la publicamente.

Orlando Silva é acusado de coordenar um esquema de desvio de recursos que seriam destinados a convênios com organizações não-governamentais firmados pela pasta no âmbito do programa Segundo Tempo. Esse desvio supostamente beneficiaria o ministro e seu partido, o PCdoB.

O escândalo ameaça atrapalhar os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.

De acordo com a matéria do Estadão, Dilma ouviu os relatos do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre o andamento das investigações contra Orlando no Ministério Público e na Polícia Federal.

A pedido de Orlando, a Advocacia Geral da União entrou com uma queixa-crime contra o policial militar João Dias Ferreira e o motorista Célio Soares Pereira, que o acusam de desvio de recursos no programa Segundo Tempo.

“Nós temos de ter muita seriedade nessa hora porque não apareceu nenhuma prova contra o Orlando”, falou o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, pouco antes de entrar na reunião emergencial com Dilma.

A saída de Orlando, porém, é considerada questão de tempo pelo Palácio do Planalto. Ainda segundo o Estadão, auxiliares de Dilma suspeitam de ações da Fifa e da CBF para desgastar o ministro.

COPA: teleférico de R$ 6 mi sob suspeita de troca de favores

 

Terá início nas próximas semanas, no Mato Grosso, uma das mais inusitadas obras voltadas para a Copa do Mundo de 2014: um teleférico no município de Chapada dos Guimarães, a 67 quilômetros de Cuiabá.

O equipamento, dois cabos de aço que se estenderão por 1.500 metros, por onde correrão 30 bondes com capacidade para duas pessoas cada, tem custo previsto de R$ 6 milhões, e será custeado pela Agecopa (Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal). O passeio será do mirante da região da pousada Penhasco à serra do Atimã, na Chapada dos Guimarães. O objetivo da obra seria incrementar o turismo no Estado aproveitando os visitantes que estarão no país em 2014.

O TELEFÉRICO

  • DIVULGAÇÃOSerão dois cabos de aço que se estenderão por 1.500 metros, por onde correrão 30 bondes, com capacidade para duas pessoas cada um

O governo de Mato Grosso deu início à construção do equipamento turístico em 2009, ano em que foi feita a licitação que definiu quem montaria o teleférico: a empresa gaúcha Zuchetto Máquinas e Equipamentos. O teleférico cruzaria a propriedade privada do advogado Antonio Checchin Júnior, que entrou em acordo com o governo estadual para que a obra pudesse ser executada. Os documentos oficiais dão conta de que foi feita uma doação por parte do advogado ao Estado do Mato Grosso.

Naquele ano, o teleférico era encampado pela Sedtur-MT (Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo), que seria responsável pelo seu pagamento. O secretário da pasta e defensor da ideia do teleférico era Yuri Bastos Jorge. Já o doador do terreno, que imediatamente após sua doação passou a construir um restaurante ao lado do local onde o teleférico seria montado, havia sido doador da campanha de Bastos a deputado estadual, em 2002. Foram R$ 25 mil, a maior doação de pessoa física à campanha do secretário.

O Ministério Público Estadual foi à Justiça e conseguiu embargar temporariamente a obra, por irregularidade na documentação ambiental e por suspeita de que se “pretendia construir obras em aparente conluio com o requerido (Checchin Júnior)” . Yuri Bastos, então, chegou a processar o promotor público, alegando ser vítima de calúnia e difamação. O processo foi arquivado e o autor ainda foi condenado a pagar despesas processuais e honorárias de advogados do Ministério Público, avaliadas em R$ 5.000.

Em abril deste ano, o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) e a licença de instalação foram finalmente aprovados. A licença de aprovação era o passo que faltava para que o projeto pudesse sair do papel. O problema é que a Sedtur não possuía, naquele momento, recursos em caixa para tocar a obra.

Mas outra área do governo, a Agecopa, estava, sim, em condições de suportar o empreendimento, como defendeu seu diretor de Assuntos Estratégicos, Yuri Bastos Jorge, ex-secretário de Turismo do Estado e também ex-assessor especial de Luiz Antônio Pagot, ex-diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes), que deixou o cargo no dia 25 de julho, em uma crise de corrupção que derrubou dezenas de funcionários no ministério dos Transportes entre julho e agosto.

Assim, ainda em abril, o teleférico da Chapada foi transferido para a Agecopa, que anunciou que o início das obras não tarda além do fim do mês que vem. Agora, vai.

UOL Esportes

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