Arquivo do mês: julho 2013

SAÚDE: 70% do sal consumido no Brasil é adicionado aos alimentos pelo consumidor

sal-alimento-rico-em-iodo[1]O brasileiro consome duas vezes mais sódio do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a maior parte disso deve-se à adição de sal de cozinha à comida pelos próprios consumidores, segundo um levantamento feito pela Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia). Apenas um quarto é proveniente de alimentos industrializados, segundo a pesquisa, que transfere para os consumidores a maior responsabilidade sobre a redução do consumo excessivo de sódio e dos seus efeitos malignos sobre a saúde.

“O grande inimigo é o sal comprado”, disse ao Estado o presidente da Abia, Edmundo Klotz. “Não nos isentamos da nossa parcela de responsabilidade, mas é uma verdade que precisa ser dita. Não somos nós que estamos envenenando as pessoas.”

O estudo foi compilado pela Abia, mas é baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – mais especificamente, da Pesquisa Anual de Serviços de 2009 e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-2009. “Inventava-se um monte de histórias sobre nós e não tínhamos uma pesquisa para rebater essas críticas. Então pegamos uma pesquisa neutra, feita pelo governo por outros motivos, e achamos as respostas que precisávamos”, afirma Klotz. “Os dados são incontestáveis e altamente confiáveis.”

 

Questionamentos. Outros especialistas discordam do cenário apresentado pela pesquisa. “Não é isso que a gente vê no dia a dia do consultório ou nas avaliações clínicas do hospital”, afirma o médico Luiz Bortolotto, diretor da Unidade de Hipertensão do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da USP. “A fonte principal costuma ser o produto industrializado, inclusive o pão francês.”

“É um parecer da indústria. Não concordo do ponto de vista médico”, avalia a nutricionista Cristiane Kovacs, responsável pelo Ambulatório de Nutrição Clínica do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. “Não é essa a realidade que vemos nas entrevistas com os pacientes. Quando você coloca tudo na ponta do lápis, o maior vilão é o alimento industrializado.”

Ela chama atenção para o fato de que o sódio, por si só, não tem sabor (é usado na indústria principalmente como um conservante), e por isso muita gente consome a substância sem saber, acreditando que o que faz mal à saúde é o sal. “O paciente reduz o sal na comida, mas acaba comendo sódio de outras maneiras”, explica Cristiane. Um erro comum, segundo ela, é trocar o sal de cozinha por temperos prontos, industrializados, que possuem alto teor de sódio. Por isso, é importante olhar o rótulo dos produtos antes de consumi-los – e não apenas dos produtos salgados. “Até adoçante tem sódio”, aponta Cristiane.

Os alimentos com maior teor da substância, segundo ela, são os prontos para consumo e com prazo de validade mais longo (que utilizam o sódio como conservante), como salsichas, nuggets, bolachas e salgadinhos. “As mães precisam pensar muito na hora de preparar a lancheira dos filhos”, alerta.

“Todo mundo tem culpa, a indústria, o governo e o consumidor”, diz a nutricionista Marcia Fideliz, presidente da Associação Brasileira de Nutrição (Asbran). “Ainda que a parcela da indústria seja menor, isso não a exime de culpa. Tem um monte de produtos no mercado com muito mais sal e sódio do que deveria, porque assim fica mais gostoso e é mais fácil de vender. Por que só lançam produtos com sal? Por que não oferecem opções mais saudáveis para o consumidor?”

Acordos de redução. Nos últimos dois anos, a indústria assinou com o Ministério da Saúde três acordos para redução de sódio em uma série de alimentos, incluindo macarrão instantâneo, pães, bolos, salgadinhos, cereais matinais, margarina, maionese, caldos e temperos preparados. Os acordos estabelecem limites máximos de sódio para cada tipo de produto, de modo que o porcentual de redução exigido varia de acordo com os teores de cada marca.

No caso dos biscoitos doces recheados, por exemplo, o teor máximo acordado (para ser atingido até 2014) é de 265 miligramas de sódio para cada 100 gramas de alimento, o que exigirá uma redução de até 55% dos teores atuais, no caso de algumas marcas, segundo informações da Abia. Nas margarinas vegetais, o corte poderá chegar a 56% até 2015, enquanto que no pão francês, a redução média chegará próximo de 10%.

As metas são estabelecidas com prazo de cumprimento de dois anos. Um quarto acordo está sendo negociado agora para redução de sódio em embutidos, laticínios e refeições prontas.

Segundo a coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patricia Jaime, os produtos selecionados são aqueles que mais contribuem para o consumo de sódio na dieta da população.

O objetivo é reduzir gradualmente os níveis de sódio dos alimentos brasileiros, até atingir os níveis mais baixos praticados no mundo. “Não dá para fazer uma redução drástica de uma vez só; tem de haver um tempo de adaptação do paladar do consumidor e das tecnologias de produção na indústria”, ressalta ela, lembrando que o sódio é um ingrediente básico de consistência, estabilidade e conservação dos alimentos.

Segundo o estudo, o brasileiro consome em média 4,46 gramas de sódio por dia (o limite recomendado pela OMS é 2 gramas), sendo que 23,8% disso é ingerido por meio de produtos industrializados ou semielaborados (como macarrão, pães, salsichas, bolachas, salgadinhos, carne ou frango temperados), 4,7% via alimentos in natura (como frutas e verduras) e 71,5%, via sal de cozinha, que é adicionado à comida na forma de tempero.

“É basicamente na sua casa que você está consumindo muito sal”, diz o endocrinologista Alfredo Halpern, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, convidado pela Abia a comentar o estudo. “O mais importante é educar o consumidor; não adianta só jogar a culpa na indústria porque isso não vai resolver o problema.”

“O vilão não é a indústria, é o estilo de vida”, diz o médico Daniel Magnoni, chefe dos serviços de Nutrologia e Nutrição Clínica do Hospital do Coração (HCor). Um dos principais problemas, segundo ele, é a tendência cada vez maior de as pessoas comerem fora de casa, em lanchonetes, padarias e restaurantes self-service. “O alimento fora de casa costuma ter mais sal, porque é mais ao gosto do brasileiro”, diz.

 

FONTE  Herton Escobar / O Estado de S. Paulo

Fazenda restringe regras de concursos culturais

Ministério proíbe concursos culturais no Facebook e atrelados a datas comemorativas, como o Dia dos Pais

 

premios-concurso-mini[1]Uma portaria do Ministério da Fazenda (422/13), em vigor desde sua publicação no dia 18 de julho, traz restrições aos concursos culturais promovidos pelas marcas no Brasil. Ela regulamenta a Lei nº 5.768, de 1971, que dispõe sobre a distribuição gratuita de prêmios mediante sorteios, vale-brindes ou concursos a título de propaganda.

O texto tem potencial para provocar mudanças de estratégias nos departamentos de marketing dos anunciantes brasileiros. Isso porque ele pretende deixar claro quais as situações que podem ser consideradas como concursos culturais, e quais são definidas como promoções comerciais. A portaria quer evitar formas mascaradas de se fazer publicidade da marca sob a forma de concursos culturais.

O texto informa diversas situações que não poderão mais ser consideradas como concursos. É importante ressaltar que essas iniciativas não estão proibidas: elas apenas deixam de ser consideradas como concursos culturais e assumem a figura jurídica de promoção comercial.

De acordo com o texto assinado pelo ministro Guido Mantega, não são mais permitidos, por exemplo, concursos culturais em redes sociais. Isso significa um golpe em estratégias como as que buscavam ampliar o número de “likes” no Facebook por meio de concursos. Ações realizadas na televisão também terão restrições, já que não serão consideradas como concursos culturais as iniciativas que exijam algum tipo de pagamento por parte do consumidor.

Também está proibida a vinculação de qualquer concurso cultural a datas comemorativas, como Dia dos Pais (a próxima data comercial), Dia das Mães, Dia das Crianças, aniversários de cidades e estados, e também a campeonatos esportivos. Sabe-se que muitas estratégias para o Dia dos Pais já previstas estão sendo revistas pelas agências.

Outras importantes mudanças que devem afetar as estratégias das marcas são proibição da divulgação do concurso em embalagens de produtos, seja do anunciante promotor ou de terceiro, e o fim das premiações que envolvam produtos ou serviços da própria marca promotora.

Confira o texto completo da portaria aqui.

Com a tipificação de promoção comercial, essas ações ficam sujeitas, como todas as outras promoções em troca de prêmios que já acontecem no Brasil, à aceitação do “pedido de autorização para a realização de distribuição gratuita de prêmios a título de propaganda”. A Caixa e o Ministério da Fazenda, por meio de sua Secretaria de Acompanhamento Econômico, são os órgãos responsáveis pela autorização aos pedidos.

As empresas ficam sujeitas ainda ao pagamento de uma taxa que incide sobre esse pedido, imposto de renda e apresentação de uma série de comprovações tributárias da empresa (companhias que não pagaram impostos, por exemplo, não podem realizar promoções).

“Muitas empresas, até mesmo por mero desconhecimento legal, estavam realizando promoção comercial sem a devida autorização, apenas chamando a ação de concurso cultural”, explica Isabela Guimarães Del Monde, sócia do escritório Patrícia Peck Pinheiro Advogados.

Mas, na prática, muitos anunciantes usavam o artifício de concurso cultural para evitar o pagamento da taxa e para não precisar esperar o tempo gasto na aprovação do pedido para executar as promoções.

As novas regras para determinar o que é um concurso cultural já estão valendo e, caso uma empresa promova irregularmente uma ação que envolva uma das situações descritas pela portaria, ela poderá ser punida em 100% do valor dos prêmios ou ficar proibida de fazer concursos por dois anos. A Caixa e o Ministério da Fazenda avaliam que podem ocorrer questionamentos judiciais, já que o texto é uma portaria, e não uma lei.

Meio&Mensagem

#ECO: Sumiço de borboletas indica queda de biodiversidade na Europa

VERDE-BORBO[1]Relatório indica intensificação da agricultura como um dos principais fatores para a diminuição das borboletas na região. Mudanças climáticas também contribuíram para sumiço de metade da população desses insetos.

Nas últimas duas décadas, a população de borboletas diminuiu 50% nas regiões de pradaria na Europa – principal habitat desses insetos no continente. Essa redução indica uma perda de biodiversidade preocupante na região, segundo o relatório da Agência Europeia do Ambiente, EEA, divulgado nesta terça-feira (23/07).

A pesquisa analisou dados de 1990 a 2011 sobre 17 espécies de borboletas em 19 países europeus. Esse tipo de inseto é um indicador importante para apontar tendências para outros insetos terrestres que, juntos, formam mais de dois terços de todas as espécies do planeta. Por isso, a agência usa as borboletas como base para medir a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas na Europa.

“Essa dramática redução de borboletas de pradaria é alarmante – em geral, esses habitats estão diminuindo. Se nós não conseguirmos mantê-los, nós poderemos perder muitas espécies no futuro”, ressaltou Hans Bruyninckx, diretor executivo da EEA. Ele chama a atenção para a importância das borboletas e outros insetos na polinização. “O que eles carregam é essencial para os ecossistemas naturais e para a agricultura.”

Das espécies analisadas, oito registram declíno, duas permaneceram estáveis e apenas a população de uma cresceu. O relatório não conseguiu observar a tendência das demais seis espécies examinadas.

AGRICULTURA

Os principais fatores para essa queda é intensificação da agricultura em regiões planas e de fácil cultivo, aponta o estudo. A prática deixa a terra estéril e prejudica a biodiversidade. Outros motivos seriam o abandono de terras em áreas montanhosas e úmidas, principalmente nas regiões sul e leste da Europa, devido à baixa produtividade. “Sem qualquer forma de administração nesses locais, a pradaria será gradualmente substituída por mato e floresta”, indica o relatório.

Além disso, a intensificação e o abandono também são responsáveis pela fragmentação e o isolamento das regiões remanescentes. Dessa maneira, as chances de sobrevivência das espécies locais e de recolonização em áreas onde elas foram extintas ficam reduzidas.Os pesquisadores apontam o uso de pesticidas como outro vilão – levados pelo vento, eles acabam matando as larvas desses insetos.

“O Indicador Europeu de Borboletas de Pradaria pode ser usado para avaliar o sucesso de políticas agrícolas”, afirma a EEA. Segundo o relatório, o financiamento sustentável de indicadores de borboletas pode contribuir para validar e reformar uma série de políticas e ajudar a atingir a meta dos governos europeus de reduzir a perda de biodiversidade até 2020.

CONTADORES DE BORBOLETAS

Estima-se que, das 436 espécies de borboletas presentes na Europa, 382 sejam encontradas em regiões de pradaria em pelo menos um país europeu. Desde de 1950, a vegetação sofre alterações devido ao uso do solo e, em alguns países, ela pode ser encontrada apenas em áreas de reserva natural atualmente.

Milhares de profissionais treinados e voluntários contribuíram para a realização do estudo: eles contaram borboletas em aproximadamente 3500 faixas de pradarias espalhadas pela Europa. Na região, o primeiro trabalho do tipo foi feito pelo Reino Unido, em 1976.

SAÚDE: Idec mapeia feiras de alimentos orgânicos e grupos de consumo responsável

alimentos_organicos_11[1]Mapa da mina – Os alimentos orgânicos são os mais recomendados para os que se preocupam com os problemas ambientais. Isso porque eles são produzidos através de métodos naturais de adubação e de controle de pragas. A fim de estimular esse tipo de alimentação, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) lançou um site em que estão disponíveis as feiras que comercializam produtos orgânicos em todo o país.

A combinação de produção em menor escala e custos maiores de produção encarecem o alimento orgânico que chega às prateleiras para o consumidor final. Outro empecilho é a questão da localidade, muitas pessoas não sabem onde comprá-lo. Ao reunir o endereço das feiras orgânicas, o site incentiva a população a consumir os alimentos que, além de terem produção baseada no respeito ao meio ambiente, são mais saudáveis.

“Basta digitar um endereço para encontrar todas as feiras especializadas e grupos de consumo responsáveis mais próximos de você, bem como informações de horários de funcionamento e tipos de produtos encontrados nesses locais”, afirma o site. O Grupo de Consumo Responsável (GCR) reúne pessoas que se organizam para comprar produtos mais saudáveis e que respeitem o meio ambiente. Através da troca de informações esses grupos promovem um ato de consumo mais sustentável.

A ideia de criar essa ferramenta surgiu após uma pesquisa realizada pelo próprio Idec, em 2012, em que 74% das pessoas afirmaram que consumiriam mais alimentos orgânicos caso fossem mais baratos. Outros 20% optariam por orgânicos se houvesse mais feiras especializadas perto da sua casa.

O Idec fez então um levantamento de quantas feiras orgânicas existem nas capitais brasileiras, e descobriu que havia pelo menos 140 feiras orgânicas distribuídas em 22 capitais brasileiras, a preços menores do que os tabelados em supermercados. A partir dessas constatações o órgão decidiu desenvolver uma plataforma que mostrasse isso de uma forma rápida e prática. O site também permite que os internautas sugiram novas feiras orgânicas ou indique um GCR.

O mapa também mostra quais são as frutas, verduras e legumes da estação em cada região. Clique e confira como funciona o mapa. (CicloVivo)

Cientistas elaboram teste de quatro perguntas para detectar depressão

 

(Foto: Jochen Schönfeld – Fotolia)

Entendendo o ser humano – Tristeza, indisposição, cansaço e pessimismo são alguns dos sintomas da depressão, doença que atinge mais de 350 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

A OMS estima que, até 2030, a doença seja a mais comum em todo o mundo. No Brasil, mais de 10% da população sofre de depressão. O país apresentou a maior taxa de incidência da doença em estudo da OMS realizado em 18 países, incluindo França, Alemanha, Colômbia, México, Índia e China.

Segundo a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, a depressão era a quinta doença de maior ocorrência no país em 2008. Apenas 37% das pessoas que sofrem da doença no Brasil recebem algum tipo de tratamento, diz a OMS.

 

Inventário de Depressão de Beck

Testes disponíveis na internet podem auxiliar a identificar a depressão, por meio de questionários com perguntas sobre condições psicológicas.

A maioria desses testes é baseada no Inventário de Depressão de Beck (BDI), um questionário com cerca de 20 perguntas relacionadas a sintomas que apareceram nas últimas duas semanas, como tristeza, pessimismo, sentimento de falha e culpa, perda de alegria e de interesse, pensamentos suicidas, irritabilidade, perturbação, fadiga, abulia e diminuição da libido.

O método BDI avalia, por meio de uma escala, o nível da depressão em pacientes a partir dos 13 anos de idade. Para cada pergunta são dadas quatro opções de resposta, que vão do “nunca” até o “sempre”. Em poucos minutos é possível obter um pequeno diagnóstico. Se o resultado revelar algum grau de depressão, é aconselhável a consulta com um médico ou psicólogo.

 

Diagnóstico em quatro perguntas

Mas a maioria dos afetados não sabe identificar os sintomas e ignora que está doente. Um novo teste desenvolvido pelo Instituto Max Planck para Pesquisas em Educação de Berlim pode auxiliar no diagnóstico e contribuir para que pacientes recebam rapidamente um tratamento adequado.

Segundo os pesquisadores, o novo teste possibilita um diagnóstico seguro de depressão com apenas quatro perguntas. “A simplicidade do teste nos permite explicá-lo de forma simples e compreensível tanto para médicos como para pacientes”, disse a coordenadora do estudo, Mirjam Jenny.

As quatro perguntas são: nesta semana, você chorou com mais frequência do que antes? Nesta semana, você se sentiu desapontado consigo mesmo ou se odiou? Nesta semana, você encarou o futuro com mais desânimo? Nesta semana, você teve a impressão de ser um fracassado?

Se todas as perguntas forem respondidas com sim, há sinais de depressão e o clínico geral deve encaminhar o paciente a um especialista. Segundo Jenny, a rapidez é um argumento importante a favor do novo teste, apesar de os testes BDI levarem menos de dez minutos. “Os médicos têm cada vez menos tempo, e principalmente em situações de emergência a rapidez é importante”, afirma Jenny.

 

Só para mulheres

O novo teste foi baseado num estudo realizado com 1.300 mulheres entre os 18 e 25 anos, o que o torna limitado na sua aplicação: ele só é indicado para mulheres, especialmente nessa faixa etária.

“Para os homens ainda precisamos desenvolver um teste específico, principalmente reformulando a pergunta sobre chorar. Devido à cultura, homens são menos propensos a chorar ou admitir que choram”, diz Jenny.

De qualquer maneira, o teste rápido não garante um diagnóstico definitivo. “Esse só pode ser dado pelo psicólogo ou psiquiatra”, diz Jenny. Mas pode auxiliar profissionais sem formação médica ou psicológica na identificação precoce da depressão, por exemplo em escolas ou instituições militares. (Deutsche Welle)

Bíblia com mais de 1500 anos é descoberta e preocupa Vaticano

Uma Bíblia de mais de 1500 anos foi descoberta na Turquia e causa preocupação ao Vaticano. Isso porque a tal bíblia contém o evangelho de Barnabé, que teria sido um dos discípulos de Cristo que viajava com o apóstolo Paulo e descreve Jesus de maneira semelhante à pregada pela religião islâmica.

Gospel-of-Barnabas

O livro teria sido descoberto no ano 2000, e foi mantido em segredo na cidade  de Antara. O livro, feito em couro tratado e escrito em um dialeto do aramaico, língua falada por Jesus, tem as páginas negras, por causa da ação do tempo. De acordo com as notícias; peritos avaliaram o livro e garantiram que o artefato é original.

Autoridades religiosas de Teerã insistem que o texto prova que Jesus nunca foi crucificado, não era o Filho de Deus, mas um profeta, e chama Paulo de “Enganador.” O livro também diz que Jesus ascendeu vivo ao céu, sem ter sido crucificado, e que Judas Iscariotes teria sido crucificado em seu lugar. Falaria ainda sobre o anúncio feito por Jesus da vinda do profeta Maomé, que fundaria o Islamismo 700 anos depois de Cristo. O texto prevê ainda a vinda do último messias islâmico, que ainda não aconteceu.

O Vaticano teria demonstrado preocupação com a descoberta do livro, e pediu às autoridades turcas que permitissem aos especialistas da Igreja Católica avaliar o livro e seu conteúdo.

Acredita-se que a igreja Católica durante o Concílio da Nicéia tenha feito a seleção dos Evangelhos que fariam parte da Bíblia, suprimindo alguns, dentre deles possivelmente o Evangelho de Barnabé. Há ainda a crença de que existiram muitos outros evangelhos, conhecidos como Evangelhos do Mar Morto.

Projeto proíbe família gay em publicidade

ImagemEstá em análise na Câmara dos Deputados um projeto de lei (5921/2001) que regulamenta a publicidade infantil e obriga que as marcas utilizem apenas modelos tradicionais de núcleo familiar. A norma foi incluída pelo deputado federal Salvador Zimbaldi (PDT/SP) em um texto substitutivo ao projeto original, apresentado há 12 anos, pelo então deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB/PR), hoje licenciado.

De acordo com o parágrafo 4º do artigo 6º do projeto, “a família é a base da sociedade e, quando exibida na propaganda comercial, institucional ou governamental, deverá observar a unidade familiar prevista no artigo 226, §3º da Constituição Federal”. Isso significa que só poderão aparecer em propagandas famílias formadas por homem e mulher. Estariam excluídas, portanto, famílias de pais solteiros, que criam seus filhos sozinhos, ou de homossexuais, formadas por dois homens ou duas mulheres.

Segundo o relatório apresentado pelo deputado Zimbaldi, “hoje, os meios de comunicação, como a televisão, rádio e a internet representam cada vez mais um relevante papel na formação, não somente de conhecimento, como também moral das crianças” e, por isso, “é necessário que haja uma legislação específica que regule a publicidade dirigida ao público infantil”.

Entre outros aspectos, o projeto trata da linguagem da publicidade para crianças, os produtos que podem ou não ser anunciados, a veiculação em mídia, a proibição do uso de animações ou canções cantadas por crianças, ou personagens com vozes infantis.

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL/RJ) se manifestou, via Twitter, na tarde desta terça-feira, 9, contrário ao projeto. Para ele, o projeto quer transformar aqueles que não têm “família de margarina” em sujeitos “sem família alguma”. “Será que esta é a forma de tornar as pessoas mais tolerantes com o próximo e menos preconceituosas? Ou será que é apenas uma forma de reforçar os preconceitos e a intolerância contra crianças sem o nome do pai ou da mãe no documento? Ou criar uma consequência futura para crianças registradas com o nome de dois pais ou de duas mães, amparada em lei?”, perguntou Wyllys, na rede social.

Segundo o projeto – que deve entrar em tramitação na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), de acordo com o Câmara dos Deputados – podem ser penalizados caso não cumpram a lei tanto o anunciante, quanto as agências de publicidade e os veículos de comunicação. A punição prevê advertência, multa de R$ 5 mil a R$ 100 mil e imposição de contrapropaganda.
Via Meio&Mensagem

TV paga perde mais de 35 mil clientes em maio, diz Anatel

Generic-remote-control-shallow-focus[1]O número de usuários de TV por assinatura no Brasil caiu 0,21% em maio deste ano, com uma redução líquida de 35.260 clientes em relação a abril, e fechou o mês com 16.934.416 assinantes. No fim de abril, eram 16.969.676 assinaturas. Os dados, que contrariam a tendência de expansão no setor nos últimos anos, foram divulgados na tarde desta quinta-feira, 04, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Sem outros detalhes, o órgão regulador informou que a queda foi influenciada principalmente pelo saldo negativo de 130,45 mil assinaturas do Grupo Sky. Na semana passada, a DirecTV – que controla o grupo – comunicou que uma investigação interna apontou que a Sky Brasil teria inflado a base de assinantes em cerca de 200 mil clientes, devido a práticas irregulares por alguns funcionários. O Estado de São Paulo, sozinho, agrega 6,463 milhões de assinaturas (mais de 38% do total).

Considerando o número médio de 3,2 pessoas por domicílio, conforme critério do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os serviços de TV por assinatura são distribuídos, atualmente, para cerca de 54,2 milhões de brasileiros e estão presentes em 27,9% das residências.

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