Arquivo do dia: dezembro 3, 2012

Japão e a nova rota do Ártico

 

Em viagem pioneira, o petroleiro Ob River transporta gás natural da Noruega pelo Oceano Ártico até o Japão, quando chega na terça-feira. O aquecimento global tornou possível a utilização da rota, que reduz em três semanas o percurso usual pelo Mar Mediterrâneo.


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A Gazprom, uma grande fornecedora de gás para a Europa, já vende uma parte do seu gás para a Ásia. A empresa está tentando aumentar suas vendas lá.

A Gazprom fretou o navio-tanque de GNL Ob River da companhia grega Dynagas. Seu casco foi reforçado para a jornada pelas águas geladas da Rota do Mar do Norte, segundo um executivo da Gazprom. O navio tem chegada prevista amanhã em Tobata, no sul do Japão, disseram o executivo e outros funcionários da Gazprom.

O GNL foi enviado no começo de novembro de uma planta que a petrolífera norueguesa Statoil ASA tem em Melkoya, Hammerfest, no norte da Noruega, informou a Statoil. A companhia não quis dar mais detalhes porque não é a dona do carregamento.

Ainda não está claro se esse percurso de um mês, navegável em apenas alguns meses do ano, se mostrará economicamente viável no longo prazo. Só um punhado de navios de transporte de GNL próprios para gelo foi construído até agora.

Além disso, os vendedores de gás têm pela frente uma concorrência acirrada, inclusive da América do Norte, depois que terminais de exportação forem construídos no Oeste do Canadá, possibilitando a remessa de gás através do Pacífico.

O gás de baixo custo da América do Norte já está substituindo o carvão usado por empresas de energia nos EUA e Canadá. Esse carvão está sendo agora despachado para a Europa e, por sua vez, tomando o lugar do oneroso gás natural, a maioria do qual geralmente vem da Rússia e da Noruega.

Preços mais baixos do gás na Europa têm ramificações para o plano da Rússia de vender gás para a China através de um gasoduto. A Rússia defendeu um preço que seguisse os níveis europeus, algo que a China rejeitou. Mas o preço do gás europeu está em queda e isso pode facilitar o negócio.

APOSENTADORIA: Governo quer reduzir benefícios por invalidez

Meta é cortar 40% dessas aposentadorias até 2019 e economizar R$ 25 bilhões/ano

080905_disability_crutches[1]Está sendo elaborado um plano de reabilitação dos segurados, tanto do ponto de vista médico quanto profissional, que permita a reinserção deles no mercado de trabalho

Dados do Ministério da Previdência mostram que o gasto com trabalhadores afastados definitivamente do serviço em função de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais subiu de R$ 8,2 bilhões para R$ 34,8 bilhões entre 2002 e 2011. E as despesas

com auxílio-doença aumentaram de R$ 5,4 bilhões para R$ 18,1 bilhões no mesmo período. O governo estuda criar uma meta de corte de 40% na quantidade de benefícios até 2019. Para alcançar o objetivo, está elaborando um plano de reabilitação dos segurados. Um grupo de trabalho formado pelos ministérios da Previdência, Saúde, Planejamento e Trabalho tem até 10 de janeiro para concluir o projeto, que será apresentado à presidente Dilma.

 

(O GLOBO)

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