Arquivo do dia: novembro 13, 2012

Orelhões passarão a oferecer acesso à internet

Até o fim do ano, Oi pretende instalar 30 aparelhos com Wi-Fi nas principais capitais brasileiras

Orelhões passarão a oferecer acesso à internet  Arte/Zero Hora

Foto: Arte / Zero Hora

Tradicionais ícones urbanos em idos tempos, os telefones públicos estão sendo adequados à nova era das comunicações. Acompanhando um caminho já iniciado em outros países — em Nova York (EUA), o serviço começou a ser testado neste ano —, os orelhões brasileiros, aos poucos, deixarão de ser simples terminais telefônicos, passando a operar como espécies de lan houses a céu aberto, oferecendo acesso à internet sem fio em um raio de até 70 metros.

Responsável por mais de 700 mil telefones públicos em cerca de 4 mil municípios (equivale a cerca de 75% dos equipamentos em operação no Brasil), a Oi começou a testar o orelhão com Wi-Fi em outubro, em Florianópolis.

No período de testes, para acessar à rede, usuários de quaisquer equipamentos compatíveis com a tecnologia Wi-Fi só precisam realizar um cadastro. Segundo a Oi, diariamente são realizados cerca de 130 acessos por meio do equipamento, no Largo da Catedral, no centro da capital catarinense.

Até o fim do ano, a companhia pretende instalar pelo menos 30 aparelhos com Wi-Fi, nas principais capitais brasileiras. Conforme o gerente de Terminais de Utilidade Pública (TUPs) da Oi, João Paulo Grunert Serra, a rede contará com cerca de mil novos equipamentos até o fim de 2013.

Equipamentos atuais são cada vez menos usados

Recentemente, os orelhões foram alvo de polêmica, após a instalação de 16 equipamentos em um matagal e em um cemitério, em Passa Sete, no Vale do Rio Pardo.

Os aparelhos foram afixados pela Oi, atendendo à norma da Agência Nacional de Telecomunicações, que exige mínimo de quatro aparelhos para cada mil habitantes. O fato chamou a atenção para os orelhões, deixados de lado por parte da população.

Segundo a Oi, em 2010, menos de 4% da população usava os orelhões diariamente, e a utilização vem caindo 50% ao ano, em média.

Hoje, 40% dos aparelhos registram tempo médio de um minuto em ligações por dia. Assim, os novos orelhões surgem como parte de um plano para revitalização de uma estrutura outrora essencial, mas em acelerado desuso devido à popularização da telefonia móvel.

Antônio Carlos Valente, presidente da Vivo, que também está testando orelhões com Wi-Fi, diz que as experiências com esse equipamento em outros países ainda não são suficientes para garantir que esse seja o futuro dos aparelhos.

— Mas é uma iniciativa válida — comenta.

Já o consultor em telecomunicações Eduardo Tude, presidente da Teleco, mostra-se mais otimista:

— Se os orelhões com internet criarem um apelo de uso à população, podem ser a nova tendência para o futuro.

ZERO HORA

PORTUGUÊS: mudança ortográfica entra em vigor no ano que vem

Da Coluna de Sonia Racy:

Evanildo Bechara aos 84 anos é imortal. Desde 2000, ocupa a cadeira de número 33 da Academia Brasileira de Letras.

Hoje autoridade máxima no Brasil quando o assunto é o novo acordo ortográfico, ele – que é autor da Moderna Gramática Brasileira – se prepara para celebrar o fim do trema: “Tiramos um peso dos ombros de quem escreve. Longe de ser um prejuízo, é um lucro”.

A partir de 1º de janeiro de 2013, além do trema, também se vão o acento agudo de “ideia” e o circunflexo de “voo” e “enjoo”. O alfabeto passará a ter 26 letras, ao incorporar “k”, “w” e “y”.

A data marca a entrada definitiva no Brasil da nova ortografia da Língua Portuguesa – cujas normas foram organizadas pela ABL na quinta edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.

As regras não são novas. Estão em vigor desde janeiro de 2009, quando o Brasil e os demais membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa – Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste – concordaram em uniformizar a grafia das palavras.

Os brasileiros tiveram quatro anos para se adequar. Durante esse período, tanto a grafia anterior como a nova foram aceitas oficialmente. Mas, a partir de ano que vem, concursos e provas escolares passam a cobrar o uso correto da nova ortografia. Documentos e publicações também deverão circular adaptados às novas regras.

O Brasil, diz Bechara, está preparado para receber as novas regras em definitivo. “Para o grande público, a ortografia está ligada à memória visual. Escrevemos as palavras como as vemos escritas. Hoje, vamos ao aeroporto e já vemos a palavra voo sem aquele acento circunflexo que se usava.”

Ainda há, no entanto, muitos desencontros. Às vésperas de o acordo entrar em vigor, a senadora Ana Amélia propôs que o Brasil avance mais devagar na sua implantação. Ela é autora de um projeto que estende por mais seis anos, até o fim de 2019, o período de adaptação das novas regras. Como a proposta ainda está parada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Casa e não há tempo hábil para a tramitação, a senadora pediu audiência com Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Casa Civil, para tratar do assunto. O pedido ainda está sem resposta.

Em Portugal, que tem até dezembro de 2014 para concluir o processo de implantação da nova grafia, a resistência ao acordo é ainda maior. A polêmica se intensificou depois que o poeta Vasco Graça Moura, ao assumir o cargo de diretor do Centro Cultural de Belém – uma das mais importantes instituições culturais do país –, determinou que fosse suspensa a aplicação das novas regras nos serviços sob sua tutela. Circula também na internet uma petição para que o parlamento português vote o fim do acordo. “É claro que sabemos que toda mudança de hábito traz certa ojeriza a quem é obrigado a mudar, mas vale a pena o sacrifício. Uma língua que tem uma só ortografia circula no mundo com mais facilidade”, garante Bechara.

O que muda, essencialmente, a partir do ano que vem?

Mudam poucas coisas e, nessas mudanças, o Brasil teve de ceder muito mais do que Portugal. Dos seus hábitos de escrita, os portugueses só foram obrigados a abandonar a consoante não articulada, aquela que se escreve, mas não se pronuncia. No novo sistema, o que não se pronuncia não se escreve. Mas muitos dizem que as palavras mudaram mais em Portugal. Quando pegamos em números, as mudanças para os brasileiros, de fato, são quase insignificantes: a norma escrita teve 0,43% de suas palavras mudadas. Em Portugal, 1,42%. Por quê? Porque Portugal usa e abusa das consoantes que se escrevem, mas não se pronunciam.

Via Sonia Racy/Estadão

Lojas Colombo: maior varejista dosul do país vende 65 lojas

Após anos de especulações sobre quem levaria a Lojas Colombo, maior rede de varejo do Sul do país, um desfecho parcial foi concluído: a venda de 65 lojas de São Paulo e Sul de Minas Gerais para Cybelar.

 

O valor da operação não foi informado. A Colombo informou que vai focar as vendas nas 260 lojas espalhadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, Estados onde afirma ter a liderança de mercado. A companhia também espera aumentar investimentos em 2013, sobretudo em canais de vendas. O presidente da Cybelar, Ubirajara Pasquotto, afirmou após a assinatura do contrato, que todas as lojas compradas serão mantidas e os funcionários da Colombo serão absorvidos. O negócio ainda depende de aprovação pelo Cade.

A propósito, o vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), Eduardo Terra, explicou ao Jornal do Comércio que a Cybelar buscava maneiras de crescer. Já do ponto de vista da Colombo, ele crê que a empresa, durante o processo de expansão, enfrentou dificuldades por desconhecer os mercados dos locais em que estava se instalando. “Se analisar a rede de lojas da Colombo, os estabelecimentos envolvidos na transação não tinham ! os mesmos resultados dos do Sul”, afirma o dirigente. Mas esta operação não foi a primeira alienação de ativos da Colombo. No ano passado, a Bellenzier Pneus adquiriu as sete lojas de pneus da rede.

Fonte: Affonso Ritter

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