“Encontrar um amor”, “visitar Dubai”, “andar de trem-bala”, “trair o marido”… É para instigar respostas como essas que um painel na alameda Ribeirão Preto, região central de São Paulo, conclama as pessoas a dizer o que gostariam de fazer antes de morrer.
O projeto “Before I Die” foi criado pela artista americana Candy Chang em 2011 e já rodou cidades como Washington, Montreal, Madri e Budapeste. Em setembro ele aportou no país, na fachada do Hostel Beats, na Bela Vista.
O painel é pintado de preto e recebe uma colagem de stencil com a frase “antes de morrer eu quero….”. Ao lado fica uma caixa com giz sempre à deposição de quem quiser preencher a sentença.
“A maioria fala de família, de relacionamentos. A mais triste que eu vi era ‘fazer as pazes com o meu filho”, conta Lia Garcia, 29, que integra o coletivo Copudicafe, responsável por trazer a intervenção ao Brasil.
“Chutar o rabo do meu chefe”, “conhecer a Disney” e “gastar toda a grana” são algumas das orações que aparecem na versão brasileira da intervenção. Toda semana elas são apagadas para dar lugar a outras.
“Eu queria alguma peça de arte. Achei essa proposta, que é bastante profunda”, diz o dono do hostel, o holandês Frodo Eggens, 34, que aceitou estampar a intervenção em sua fachada. A pedido da reportagem ele escreveu o que ainda gostaria de fazer: “ir pra Groenlândia”.
O resultado do projeto será fotografado e fará parte de um livro a ser lançado em breve por Chang, com imagens das várias cidades que sediaram o “Before I Die”.
Para quem quiser declarar o que ainda quer fazer antes de morrer, o projeto fica na altura do 258 da alameda Ribeirão Preto, na fachada do Hostel Beats. É só pegar giz e escrever.
Confira mais imagens no site oficial do Before I Die
FSP/GUILHERME GENESTRETI