Arquivo do dia: outubro 2, 2012

Empresário denunciou jovem brasileiro golpista internacional

Foi uma empresa de turismo brasileira quem entregou à polícia o golpista viajante. O esquema que durou dois anos era tão perfeito que só uma coincidência associada a uma pequena falha no sistema levou à prisão Douglas Augusto de Lima Santos, 21. E apesar das voltas que deu ao mundo usando seriais roubados de cartões de crédito de multinacionais, levou uma volta do destino: a vítima do golpe da semana passada era um empresário paulistano.

‘Doutor, não tinha por que dar errado’, confessou Douglas ao delegado Ailton Rodrigues, da 5ª DP de Brasília, após detido em flagrante num hotel de luxo da capital. Mas deu. Hacker de primeira linha, estudante de Tecnologia da Informação numa universidade dos Estados Unidos, onde morava, Douglas descobriu como usar a internet para roubar números sequenciais de cartões de crédito das multinacionais, utilizados para pagamentos de despesas com viagens de seus executivos.

O jovem tinha acesso apenas aos seriais, que se iniciam sempre com 37 para este tipo de cartão. Não sabia, portanto, de qual empresa roubava, apenas a certeza de que eram americanas ou europeias. Mas justo no Brasil, o sequencial que obteve foi extraído automaticamente no sistema de uma empresa multinacional… brasileira, com sede em São Paulo. Trata-se de uma grande operadora de turismo que não deu autorização para ser identificada.

Desconfiado com os altos gastos do rapaz playboy e solitário, o gerente do hotel de Brasília foi conferir a procedência do ‘funcionário’. Nestes casos, Douglas usava um serviço de siga-me, direto para o seu computador, dos números de telefones das multinacionais cadastrados nos sites das operadoras. Desta vez, porém, o sequencial do cartão não emitiu o telefone da empresa. Douglas arriscou permanecer com o número, que fora repassado por um dos comparsas direto de Nova York.

Após contato com a operadora do cartão, o gerente do hotel ligou para a empresa com sede na capital paulista. O dono confirmou que o cartão era seu, negou que Douglas fosse funcionário e confirmou o golpe, explica o delegado. De posse da carta enviada pela empresa de turismo, Douglas foi preso em flagrante, e desde então veio à tona o sofisticado esquema, e grandes revelações.

No depoimento que prestou ao delegado em Brasília, Douglas também confessou que fretava jatinhos entre São Paulo e Rio, para passear com amigos e namoradas. E para o exterior, só viajava de primeira classe. Sua passagem de Brasília para Nova York, no voo que pegaria amanhã, custou R$ 17 mil.

Risco da operação abafa

A Interpol já entrou no caso. Agentes representantes do escritório no Brasil passaram pela 5ª DP, onde foi registrado o B.O., para saber detalhes e acionar o FBI. A polícia americana também vai investigar a quadrilha de Douglas nos EUA. O jovem brasileiro tem uma foto com um cartão de congratulações assinado por ninguém menos que o presidente Barack Obama. Honraria concedida a poucos, como os que participam de eventos com o presidente, há suspeita de que Douglas pode ter usado um dos cartões para entrar num jantar de arrecadação de campanha à reeleição do americano.

No entanto as investigações podem brecar numa barreira imposta pelas próprias vítimas, as empresas internacionais dos cartões de crédito lesadas. A investigação nos EUA e Europa, onde Douglas cometeu golpes, só pode se iniciar se as operadoras registrarem queixa do golpe financeiro, porque o brasileiro não tem vítimas com as quais teve contato. Todas as despesas foram pagas pelos cartões.

Logo, a Interpol deve ser provocada, do contrário Douglas responderá apenas pelo crime em território nacional, e sua quadrilha – com outros jovens hackers americanos – pode sair ilesa. Uma fonte especialista em crimes financeiros procurada pela reportagem diz que há esse risco, porque as operadoras podem optar por bancar o prejuízo para os clientes e evitar o caso policial. Desta forma, não mancham a imagem das empresas no mercado e revelam a vulnerabilidade dos seus sistemas, o que traria para elas exposição desnecessária e prejuízos financeiros maiores.

Fonte:Leandro Mazzini/colunaesplanada

Já é possível “limpar o nome” no Serasa pela Internet

 A partir desta segunda-feira, inadimplentes poderão renegociar suas dívidas e “limpar o nome” pela internet gratuitamente. O serviço “Limpa Nome”, oferecido pela consultoria de crédito Serasa Experian , colocará o devedor em contato com a empresa credora, que poderá oferecer descontos na dívida, condições de pagamento diferenciadas e até emitir boleto de pagamento, tudo no ambiente online.
Os consumidores inadimplentes que tiverem a possibilidade de resolver suas pendências via internet receberão uma carta com um aviso de negativação, contendo uma senha. Com essa senha e o número do CPF, o devedor poderá entrar no site da Serasa Experian, na sessão dedicada aos consumidores, e poderá acessar sua dívida e as condições oferecidas pela empresa credora para a renegociação.
As empresas oferecem opções, e fica a cargo do devedor decidir se aceita alguma delas ou não. Se aceitar a proposta do credor, o consumidor só precisa imprimir o boleto e pagar diretamente à empresa. Caso contrário, pode entrar em contato com o credor e renegociar, por meio dos canais de relacionamento disponíveis no site.
Quatro empresas, entre grandes varejistas e bancos, já oferecem condições diferenciadas de negociação por meio do “Limpa Nome”. De acordo com a Serasa, um dos maiores entraves à renegociação de dívidas e recuperação do crédito na praça é justamente a dificuldade de comunicação com a empresa credora, no que os “Feirões Limpa Nome” se revelaram ferramentas importantes.
Fonte: Exame

Professor no Brasil ganha menos que a metade do salário dos docentes dos países da OCDE

 

Um professor brasileiro do fundamental 2 (6º a 9º anos) ganhou, em média, US$ 16,3 mil por ano em 2009. Enquanto isso, na média, um profissional com formação e tempo de experiência equivalentes recebeu US$ 41,7 mil nos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Se for levada em consideração a situação do professor da rede pública, a comparação fica ainda pior. A média anual é U$ 15,4 mil. Os salários dos docentes brasileiros foram calculados, com base nos dados da Pnad (Pesquisa Nacional Amostra de Domicílios) 2010 pela Metas – Avaliação e Proposição de Políticas Sociais a pedido do UOL. Já os dados da OCDE foram divulgados no começo de setembro no relatório anual Education at a Glance (“Olhar sobre a Educação” em tradução livre).
Salário é o principal [fator de atração para carreira docente]”, afirma o pesquisador Rubens Barbosa de Camargo, da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo). E os estudos – além da experiência prática  – confirmam e reafirmam a importância do professor na qualidade da educação.
“Há muitos licenciados [profissionais com licenciatura que podem dar aulas] que deixam a profissão. Melhorando o salário, não só atrai a juventude como pode trazer de volta esses professores”, diz Camargo.
Para a economista Fabiana de Felício, da consultoria Metas – Avaliação e Proposição de Políticas Sociais, a questão que se coloca é: como selecionar bons professores se a profissão não é valorizada. “É uma atividade desgastante e [dar aula é] um compromisso inadiável. Tem de pagar um salário compatível [para que valha a pena ser professor]” , diz Fabiana.
Diferença com outros profissionais
Pelos cálculos da consultoria Metas, o salário médio de um professor da rede pública com curso superior e com, pelo menos, 15 anos de experiência (US$ 15,4 mil) não chega a metade (48,5%) da remuneração dos demais profissionais (US$ 31,7 mil) no Brasil.
No caso dos profissionais do fundamental de modo geral a diferença é um pouco menor. O salário anual médio de um professor da rede pública (US$ 13,1 mil) é 54,7% do médio das demais profissões (US$ 24,4 mil) com a mesma formação e o mesmo tempo de serviço.
Os números são ruins, mas já foram ainda piores. “Com a introdução do Fundef [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério] que depois virou o Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação], o professor deixou de ter salários acintosos”, diz Camargo.
Essa desproporção é comum mesmo nos países ricos da OCDE. Na média, os países da OCDE pagam a seus professores 85% do valor com que remuneram os demais profissionais da etapa equivalente ao fundamental 2.
Na Finlândia, país tido como exemplo pela qualidade da educação, um professor secundário com 15 anos de experiência tem salário praticamente equivalente ao restante da força de trabalho (98%). Dos 30 países com dados disponíveis, apenas quatro têm proporções na casa dos 50%. São eles: Islândia (50%), República Tcheca (53%), Estônia (57%) e Hungria (58%).
Em comparação com os países da OCDE, o Brasil está entre aqueles com menor investimento anual por aluno do grupo, sendo o terceiro que menos investe por aluno no pré-primário (US$ 1,696) e no secundário (US$ 2,235) e o quarto colocado no primário (US$ 2,405).
PNE
Uma das 20 metas do documento original do PNE (Plano Nacional de Educação), elaborado no final de 2010, diz respeito à remuneração dos professores. Segundo o documento a 17ª meta das 20 propostas é “valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente”.
O PNE, que deveria estar em vigor no período de 2011 a 2020, ainda se encontra na Câmara dos Deputados. A disputa que mais tem causado o atraso de sua aprovação é o percentual de investimento em educação. Movimentos em defesa da educação apontam para 10% do PIB (Produto Interno Bruto).
No último capítulo dessa novela, a meta de investimento em educação subiu de 7,5% para 8% do PIB e criou a possibilidade de elevar esse percentual a 10%, caso metade dos recursos do pré-sal, a serem investidos na área, representem 2% do total.
Segundo um relatório elaborado pela Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp), o salário dos professores abocanham um valor equivalente a 1,5% do PIB nos dias de hoje. “Com 2% do PIB seria possível alcançar a média dos outros trabalhadores”, avalia Rubens Barbosa de Camargo. Segundo ele, a valorização do magistério passa ainda por melhoria nas condições de trabalho, como infraestrutura de qualidade e diminuição do número de alunos por sala.
Fonte: UOL

MODISMO: estudante vai parar no hospital por “tomar vinho” pelo ânus

 

Um jovem universitário foi parar no hospital no sábado passado devido ao excesso de bebida em uma festa em uma fraternidade acadêmica na Universidade do Tennessee (EUA). O nível de álcool no sangue de Alexander P. Broughton, 20 anos, estava acima de 0,40, potencialmente fatal, afirma a imprensa local.

Segundo o site Knox News, o estudante ficou bêbado por uma prática chamada de butt chugging, na qual vinho é inserido por uma mangueira no reto, o que faz com que o álcool seja absorvido mais rapidamente e de maneira mais perigosa. No início do sábado, oficiais encontraram vários homens jovens na fraternidade Pi Kappa Alpha e várias embalagens de vinho vazias e parcialmente vazias. Broughton, afirma a polícia, parecia “extremamente intoxicado e mostrava sinais de possível ataque físico e sexual”.

Conforme o site do jornal da universidade, The Daily Beacon, um relatório preliminar da instituição indica que uma testemunha admitiu que a condição do estudante foi causada pelo butt chugging. Na segunda-feira, a fraternidade foi suspensa por 30 dias e ainda vai ser discutido o status permanente do grupo de estudantes.

A imprensa local afirma que a universidade investiga o caso com auxílio da polícia. Não há acusações criminais contra os estudantes. De acordo com o The Commercial Appeal, de Memphis (Tennessee), o estudante recebeu alta do hospital no domingo.

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