Arquivo do mês: julho 2012

Penélope Cruz é a estrela do Calendário Campari 2013

 

A Campari acaba de revelar oficialmente quem será a grande estrela da edição 2013 do famoso calendário da marca: Penelope Cruz.

Penelope Cruz é a estrela do Calendário Campari 2013 (foto: divulgação)

Penelope Cruz é a estrela do Calendário Campari 2013 (foto: divulgação)

A famosa atriz espanhola será a musa do Calendário Campari 2013 e as fotos serão feitas pelo conceituado fotógrafo do mundo da moda, o francês Kristian Schuller.

Essa é a 14ª edição do Calendário Campari, um dos mais icônicos e artísticos calendários do mundo. Super disputado, o calendário tem uma edição limitada e apenas 9.999 cópias são distribuídas em todo o mundo, destas apenas 300 unidades chegarão ao Brasil em dezembro.

Penelope Cruz, primeira atriz espanhola reconhecida com uma estatueta do Oscar, se juntará à galeria das mulheres lindas e elegantes, que já ilustraram as páginas do Calendário Campari, como Salma Hayek, Eva Mendes, Jessica Alba e Milla Jovovich, que foi a estrela do Calendário Campari 2012, que traz como tema central a profecia Maia de que em 21 de dezembro de 2012 o mundo como conhecemos hoje entrará num período transformador, e não existirá mais.

O Calendário Campari 2013 e o seu tema serão revelados em um evento disputado e com estrelas desfilando pelo tapete vermelho, que acontecerá em Milão, na Itália, durante o outono europeu.

Gruppo Campari

O Gruppo Campari é um dos principais grupos globais no setor de bebida, presente em mais de 190 países, ocupando posição de destaque nos mercados italiano e brasileiro, e uma presença forte no EUA e Europa Continental.

Fonte: X Comunicação

Mirella Miranda/ Gabryel Strauch

Detran alerta para exigência de registro e habilitação do condutor de bicicletas elétricas

Recém surgidas no mercado, as motos elétricas e bicicletas motorizadas têm suscitado muitas dúvidas e gerado problemas para os consumidores que compraram o veículo e depois descobriram que não podem circular. O Detran/RS esclarece que esses veículos, como qualquer outro veículo automotor (com motor próprio), deve ter registro no órgão de trânsito, ou seja, devem ser emplacados e licenciados. Para conduzir esse veículo, o condutor deve ser habilitado na categoria A, ou possuirAutorização para Conduzir Ciclomotor (ACC).

O tratamento, portanto, para os chamados ciclomotores, é o mesmo dado para uma motocicleta. O Detran/RS registra os ciclomotores através de seus Centros de Registro de Veículos Automotores (CRVA). No entanto, para que o registro seja possível, o fabricante deve ter pré-cadastro no sistema Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores), o veículo deve ter, além do número do chassi, o código marca-modelo homologado pelo Denatran e o Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT), o que significa que atende a todos os requisitos técnicos de segurança para circular em via pública.

É importante, portanto, que antes de comprar o veículo, o consumidor assegure que o modelo escolhido possui esse registro. Muitos desses veículos vem da China ou do Uruguai, ou mesmo são construídos artesanalmente, e não são passíveis de regularização no órgão de trânsito, explica o diretor técnico do Detran/RS, Ildo Mario Szinvelski. O cidadão pode conferir se o veículo pode ou não ser registrado consultando um CRVA. Os endereços dos CRVAs em todo Estado podem ser consultados no site www.detran.rs.gov.br, link Veículos/Locais de Atendimento Veículos-CRVAs.

Além do cadastro no Denatran, para registrar o veículo, é necessário apresentar a nota fiscal do ciclomotor, como qualquer veículo automotor.

Habilitação categoria A
Para dirigir ciclomotor, o condutor deve estar devidamente habilitado. Deve, portanto, ter mais de 18 anos. A categoria exigida é a A (motocicleta) ou a ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor). Como o processo de habilitação é o mesmo para essas duas categorias, os candidatos acabam por optar pela categoria A, que permite dirigir motocicleta também, e não somente ciclomotor.

Esse tipo de transporte não pode ser considerado brinquedo. Ele mata, fere e deixa sequelas. Não podemos relativizar a segurança e a vida das pessoas, diz Szinvelski.

O condutor de ciclomotor deve cumprir, também, todas as normas gerais de circulação e as normas referentes aos equipamentos obrigatórios e de segurança, como o capacete. Os lojistas que vendem motos elétricas ou bicicletas motorizadas sem possibilidade de regularização, afirmando que não é necessário emplacamento e habilitação, ferem o Código de Defesa do Consumidor.

Medalha de ouro é feita de prata e vale R$ 1.400

Nadadoras australianas do revezamento 4X100 m livre receberão uma bolada em dinheiro e uma passagem de avião melhor para voltar para casa – Crédito: Leon Neal/AFP

Da Reuters

Conquistar uma medalha de ouro é a aspiração de todo atleta olímpico, mas o valor real do objeto é simbólico, comparado aos bônus em dinheiro que muitos países pagam aos vencedores e ao impacto no valor de mercado dos atletas.

As medalhas de ouro nos Jogos de Londres são feitas basicamente de prata com uma fina camada de ouro e algum cobre. Elas valem cerca de R$ 1.400 (706 dólares) atualmente, de acordo com o Conselho Mundial do Ouro.

Embora nem tudo que reluza na medalha seja ouro, conquistar tal medalha rende aos atletas uma valorização extraordinária com patrocinadores, ou, para alguns medalhistas, oferecer um valor de revenda atraente.

Veja o quadro de medalhas

Peter Carlisle, diretor-gerente de Olimpíada e Esportes de Ação da consultoria esportiva Octagon, disse que o valor de mercado de uma medalha de ouro varia de esporte para esporte e país para país, mas pode se traduzir em patrocínios no valor de milhões de dólares.

Natação, atletismo e ginástica são os que atraem mais interesse de patrocinadores.

— Os atletas britânicos que conquistarem o ouro em Londres podem esperar salários de sete dígitos nos quatro anos até as Olimpíadas do Rio em 2016.

Mas, diz ele, realmente tem que ser uma medalha de ouro, não prata ou bronze, para ter esse impacto de marketing.

— A menos que o atleta seja um caso excepcional.

No curto prazo, os atletas com toque de ouro podem contar com remunerações de seus países, já que os 204 Comitês Olímpicos Nacionais têm esquemas de incentivo financeiro para medalhistas de ouro.

Atletas de Cingapura, que jamais conquistaram ouro na Olimpíada, receberão os maiores incentivos em caso de ouro — um milhão de dólares cingapurianos (R$ 1,6 milhão) para quem subir no lugar mais alto do pódio.

Os Estados Unidos pagarão R$ 50 mil (25 mil dólares) a medalhistas de ouro, enquanto os australianos receberão R$ 42 mil (20,9 mil dólares), aparecerão em um selo e viajarão para casa com uma passagem de avião melhor.

A Rússia prometeu R$ 270 mil (135 mil dólares) por ouros, e há relatos de que a Itália ofereceu R$ 260 mil (182 mil dólares).

Demitido jornalista que inventava frases de Bob Dylan

(Reuters) – Um jornalista da revista The New Yorker pediu demissão nesta segunda-feira depois de admitir que inventou frases atribuídas ao cantor e compositor Bob Dylan, publicada num livro dele.

Jonah Lehrer, escritor e jornalista especializado em ciência, disse em nota divulgada por sua editora, a Houghton Mifflin Harcourt, que mentiu semanas atrás a um jornalista da publicação eletrônica Tablet que questionou a autenticidade das declarações atribuídas a Dylan no livro “Imagine: How Creativity Works” (“Imagine: como funciona a criatividade”).

O repórter Michael Moynihan começou a investigação porque Lehrer vinha reutilizando as frases em vários blogs da New Yorker.

“As declarações em questão ou não existiram, foram erros não-intencionais de citação, ou representam combinações inadequadas de declarações previamente existentes”, disse Lehrer.

Ele também admitiu que mentiu a Moynihan quando disse que as frases haviam sido tiradas de uma entrevista gravada, que estava em um arquivo e teria sido cedida por agentes de Dylan.

“Essa foi uma mentira dita num momento de pânico. Quando o sr. Moynihan deu prosseguimento, continuei a mentir, e disse coisas que não deveria ter dito”, afirmou Lehrer.

“As mentiras acabaram agora. Entendo a gravidade da minha posição. Quero pedir desculpas a todos a quem decepcionei, especialmente aos meus editores e leitores.”

(Reportagem de Christine Kearney)

SAÚDE: depressão ou obesidade geram aposentadoria por invalidez

Quem sofre de depressão ou obesidade pode conseguir se aposentar por invalidez pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Apesar de o órgão negar frequentemente o benefício para segurados que alegam essas condições, a Justiça tem contribuído para resultados positivos. É possível entrar com processo sem custo nos juizados especiais federais – leia mais abaixo.

De acordo com os últimos dados do INSS, foi concedido benefício a sete obesos em 2010. Por outro lado, a quantidade de auxílio-doença subiu de 694 em janeiro para 957 em março de 2012. O crescente percentual de obesos é de 15,8% no Brasil, o que corresponde a mais de 30 milhões de pessoas.

O presidente da Comissão Especial de Seguridade Social e Previdência Complementar, Miguel Eduardo Britto Aragão, observa que a aposentadoria por invalidez concedida pela obesidade ou depressão são nvosos fatores a ser considerado pela Previdência Social:

— Essas doenças estão no grupo das doenças modernas.

O especialista explica que o pedido pode ser feito na Justiça depois que o INSS recusar a solicitação.

– Na aposentadoria por invalidez, na verdade, o ponto fundamental é se o cidadão tem capacidade de trabalhar ou não. O juiz vai avaliar o processo e pedir a identificação da doença, feita por um profissional especializado. Ele nomeia um perito que aponta se a doença incapacita o trabalhador.

Aragão observa que não é preciso gastar com advogado para abrir o processo. O cidadão que procura obter o benefício do INSS pode se dirigir ao Juizado Especial Federal mais próximo. Esses postos de atendimento da Justiça atuam nas causas contra a União, autarquias, fundações e empresas públicas federais.

Depressão

Os casos de aposentadoria por depressão são mais trabalhosos. Apesar de quase 2.690 pessoas conseguirem a aposentadoria ao se enquadrarem no grupo “episódios depressivos” e 2.420 pessoas por “transtorno depressivo recorrente” em 2010, muitos dos que têm auxílio-doença não conseguem  obter a aposentadoria de vez.

– O tempo do auxílio-doença para o caso é de aproximadamente dois meses. Além do rigor do médico do INSS, o segurado, prestes a perder o benefício, tem recaídas.

O advogado conta que nas ocorrências de depressão é pedido um atestado médico, em geral de um psicanalista, mostrando que o trabalhador não tem condições de continuar exercendo sua profissão. Com base no documento é que se faz uma petição mostrando à Justiça que a pessoa está invalida.

– Juridicamente, a probabilidade de concessão é bem alta.

Quem pode:

Qualquer pessoa que se sinta incapacitada de trabalhar por causa das doenças e tenha o período mínimo de contribuição ao INSS para estar na condição de segurado

Como pedir:

O cidadão faz o pedido no posto do INSS; em caso de recusa pelas alegações de depressão ou obesidade, o segurado pode procurar a Justiça

Onde mover ação:

O processo pode ser aberto nos juizados especiais federais, onde o juiz vai avaliar o pedido com base em documentos médicos

Sobrinho de Michael Jackson ganha a guarda temporária dos filhos do cantor

Foto: Mark J. Terrill / AP Photo
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TJ Jackson, sobrinho de Michael Jackson, ganhou a guarda temporádio dos filhos do cantor, Paris, Prince e Blanket. De acordo com o site “TMZ”, o pedido foi acatado pelo juiz Beckloff numa audiência de emergência nesta quarta-feira. Beckloff declarou que acha que Tito deve pedir a guarda permanente das crianças e que elas não podem deixar o estado da Califórnia sem autorização da justiça.

Ao comentar a decisão, o juiz declarou que Katherine Jackson, avó das crianças, não foi suspensa por ser uma má guardiã, mas que impedida de cumprir seus deveres como tutora por “ato intencional de terceiros”. Beckloof também relatou que entende que Tito não agiu de má fé e por isso os responsáveis pelo espólio de Michael Jackson devem deixar que ele tenha acesso aos fundos do cantor para que dê às crianças o necessário para que elas vivam em segurança e bem.

O juiz se referia ao recente incidente envolvendo o desaparecimento de Katherine, que ficou afastada dos netos por dez dias. Ela estava na companhia de membros da família no estado norte-americano do Arizona. Os filhos do astro do pop vivem atualmente em Los Angeles.

 

JOVEM GUARDA: morre o cantor Marcos Roberto

O cantor Marcos Roberto, de 71 anos morreu no sábado (21 de julho) devido a falência múltipla dos órgãos. O cantor estava internado no Hospital Municipal Antônio Giglio, na cidade de Osasco, em São Paulo.

 Seu velório foi realizado no cemitério municipal da cidade e o enterro no Cemitério Santo Antônio às 11 horas da manhã deste domingo (22). Uma funcionária do cemitério falou ao UOL e disse que alguns fãs do músico também estiveram presentes no local, além de familiares e amigos.
Marcos Roberto era cantor e compositor e fez sucesso entre as décadas de 1960 e 1980. A música “A última carta” foi seu maior sucesso, ficando meses em primeiro lugar nas rádios e vendeu mais de dois milhões de álbuns. O cantor também era um dos nomes ligados à Jovem Guarda, nos anos 60.
Atualmente Marco trabalhava como produtor de novos cantores e bandas musicais e continuava compondo músicas. Entre os prêmios recebidos pelo compositor estão o troféu Chico Viola e vários discos de platina e diamante.

Deborah Secco teria lucrado mais de 1 milhão num esquema que desviava dinheiro público

Deborah Secco trava batalha na Justiça para tentar liberar cerca de R$967 mil além de bens que estão bloqueados. A atriz está entre 87 réus numa ação de enriquecimento ilícito e improbidade administrativa, num suposto envolvimento com desvio de dinheiro público.

Segundo informações do jornal “Extra”, hoje ela só pode movimentar a conta onde é depositado o salário da TV Globo. No último dia 25, o juiz Alexandre de Carvalho Mesquita, da 3ª Vara de Fazenda Pública, enviou um ofício ao desembargador Luiz Felipe Francisco, da 8ª Câmara Civil, perguntando “se deve ou não ser deferida a liberação dos valores bloqueados nas contas dos réus”, depois que a defesa de Deborah, de seus irmãos Barbara e Ricardo, e de sua mãe Sílvia pediu a suspensão da ação. O magistrado analisa o caso. Segundo o Ministério Público, os Secco teriam lucrado mais de R$ 1 milhão no esquema. Na ocasião foram determinados a quebra do sigilo bancário, o bloqueio dos valores dos réus nos bancos, além do arresto dos bens em nome desses.

O esquema – Foi o Sindicato dos Enfermeiros que deu entrada com uma representação que questionava a contratação de profissionais pela Fundação Escola do Serviço Público (Fesp).

O jornal informa ainda que com o avanço das investigações, identificou-se um esquema de fraude na qual sete órgãos do governo estadual — como Detran e secretarias de Educação e Segurança — contratavam a Fesp para a execução de projetos vagos, que envolviam o fornecimento de mão-de-obra terceirizada. Como não tinha condições para executar tais serviços (e isso era sabido pelos órgãos), a Fesp subcontratava quatro ONGs. Nos contratos, não era especificado, porém, o objeto tampouco o quantitativo do serviço a ser prestado.
Procurada pelo EXTRA, Deborah Secco não quis se pronunciar. Seu advogado, Rodrigo Soares, também não quis comentar o processo.

Campanha do PMDB

Embora parte dos recursos tenha pago a mão-de-obra tercerizada, milhões de reais em dinheiro público foram desviados pelas ONGs para empresas fantasmas e pessoas. Ainda houve, por parte dessas empresas, emissão de cheques em favor do PMDB como financiamento da campanha da pré-candidatura de Anthony Garotinho à presidência da República.

Chefe operacional

Ricardo Tindó Ribeiro Secco, pai de Deborah, era quem representava os interesses das ONGs junto aos órgãos estaduais e era o responsável e chefe operacional do escritório do “esquema das ONGs”.

Mais de R$ 1 milhão

Em grampos autorizados pela Justiça, Ricardo é flagrado conversando com Ruy Castanheira — responsável por algumas das empresas fantasmas — solicitando notas frias em nomes das ONGs, e ordenando que valores fossem sacados na boca do caixa. Angelina Direnna, esposa de Ricado, também é acusada de envolvimento no esquema. Ricardo apropriou-se direta, ou através de seus parentes, de mais de R$ 1 milhão.

Dois cheques

Na conta pessoal de Deborah teria sido depositado dois cheques — um de R$ 77.191 e outro de R$ 81 mil. Na conta da Luz Produções, da qual a atriz figura como dona de 99% das ações, foram mais R$ 163.700. Seus irmãos Bárbara e Ricardo e sua mãe Sílvia ainda teriam recebido R$ 282.500 mil. Já o pai e a esposa, Angelina, receberam R$ 453 mil.

Defesa

No primeiro momento, a defesa alegou que eles foram usados como “laranjas” por Ricardo, pois não sabiam das contas bancárias, e não teriam participação no esquema. Depois, a afirmação era de que o dinheiro depositado era de mesadas e pensões e de um empréstimo.

Estudo: brasileiros são donos da quarta maior fortuna do mundo em paraísos fiscail

 Um estudo inédito, que, pela primeira vez, chegou a valores depositados nas chamadas contas offshore sobre as quais as autoridades tributárias dos países não têm como cobrar impostos, mostra que os super-ricos brasileiros somaram até 2010 cerca de US$ 520 bilhões (ou mais de R$ 1 trilhão) em paraísos fiscais. Trata-se da quarta maior quantia do mundo depositada nesta modalidade de conta bancária.

O documento The Price of Offshore Revisited, escrito por James Henry, ex-economista-chefe da consultoria McKinsey, e encomendado pela Tax Justice Network, cruzou dados do Banco de Compensações Internacionais, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e de governos nacionais para chegar a valores considerados pelo autor.

O relatório destaca o impacto sobre as economias dos 139 países mais desenvolvidos da movimentação de dinheiro enviado a paraísos fiscais. Henry estima que, desde os anos 1970 até 2010, os cidadãos mais ricos desses 139 países aumentaram de US$ $ 7,3 trilhões para US$ 9,3 trilhões a “riqueza offshore não registrada” para fins de tributação.

A riqueza privada offshore representa “um enorme buraco negro na economia mundial”, disse o autor do estudo. Na América Latina, chama a atenção o fato de, além do Brasil, países como o México, a Argentina e Venezuela aparecerem entre os 20 que mais enviaram recusos a paraísos fiscais.

John Christensen, diretor da Tax Justice Network, organização que combate os paraísos fiscais e que encomendou o estudo, afirmou à BBC Brasil que países exportadores de riquezas minerais seguem um padrão. Segundo ele, elites locais vêm sendo abordadas há décadas por bancos, principalmente norte-americanos, para enviarem seus recursos ao exterior. “Instituições como Bank of America, Goldman Sachs, JP Morgan e Citibank vêm oferecendo este serviço. Como o governo americano não compartilha informações tributárias, fica muito difícil para estes países chegar aos donos destas contas e taxar os recuros”, afirma.

Segundo o diretor da Tax Justice Network, além dos acionistas de empresas dos setores exportadores de minerais (mineração e petróleo), os segmentos farmacêutico, de comunicações e de transportes estão entre os que mais remetem recursos para paraísos fiscais. “As elites fazem muito barulho sobre os impostos cobrados delas, mas não gostam de pagar impostos”, observa Christensen. “No caso do Brasil, quando vejo os ricos brasileiros reclamando de impostos, só posso crer que estejam blefando. Porque eles remetem dinheiro para paraísos fiscais há muito tempo”.

Chistensen diz ainda que no caso do México, da Venezuela e Argentina, tratados bilaterais como o Nafta (tratado de livre comércio EUA-México) e a ação dos bancos americanos fizeram os valores escondidos no exterior subirem vertiginosamente desde os anos 70, embora “este seja um fenômeno de mais de meio século”. O diretor da Tax Justice Network destaca que há enormes recursos de países africanos em contas offshore.
As infomações são da “BBC Brasil”.

SAÚDE: USP cria índice brasileiro para medir a obesidade

 

Estudo inédito pretende substituir o tradicional IMC, criado no século 19

O novo cálculo, segundo a autora da pesquisa, leva em conta toda a gordura do corpo, e não apenas o peso e a altura

JULIANA COISSI/DE RIBEIRÃO PRETO

Um novo estudo da USP de Ribeirão Preto projetou um cálculo segundo o qual Diego está na faixa de pessoas com um possível perigo escondido.

São aqueles com peso normal ou leve sobrepeso, mas que podem ter chances de desenvolver doenças crônicas como diabetes e hipertensão.

O que a USP propõe é a criação de um novo IMC (índice de massa corporal). Ele pode ser o primeiro IMC brasileiro -não há registro de cálculos semelhantes no país, de acordo com a Abeso, que estuda a obesidade.

Conhecido mundialmente, o IMC é uma medida antiga, do século 19. Trata-se de um cálculo rápido para saber se alguém está muito acima ou muito abaixo do peso ideal.

Divide-se o peso da pessoa pelo quadrado da sua altura. O peso é considerado ideal quando o IMC está entre 20 e 25. Acima de 25 passa a ser sobrepeso. Mais do que 30 é considerado obesidade.

Para chegar ao resultado, além de saber o peso e a altura da pessoa, o estudo de Ribeirão recorre a um aparelho, o de impedância bioelétrica.

Ele é parecido com uma balança doméstica, mas com fios que se ligam a dois bastões. Sobre essa espécie de balança, a pessoa segura por 30 segundos as hastes.

É o tempo para que, por meio da corrente elétrica, seja calculada a chamada massa gorda, ou seja, tudo o que não é osso, órgão etc.

Segundo a nutricionista Mirele Mialich Grecco, autora do estudo, esse aparelho já pode ser encontrado em academias de ginástica, hospitais e clínicas de endocrinologistas e nutricionistas.

É o detalhe de calcular a gordura do corpo o diferencial do estudo da USP.

Pelo IMC tradicional, um indivíduo com 1,70 m e 72 kg estaria com peso dentro do esperado (IMC 24,9).

Já no IMC “brasileiro”, se o aparelho constatasse que a mesma pessoa tem 32% de quantidade de gordura em seu corpo, o índice seria de 2,02, o que já a classificaria com risco de obesidade.

PÚBLICO-ALVO

São os que parecem normais pelo IMC tradicional, as pessoas com índices de 20 a 25, o alvo da pesquisa.

Pesquisadores de outros países há anos buscam formas de aprimorar o IMC. Usam, por exemplo, a circunferência da cintura, do pescoço e do quadril.

Para projetar a fórmula do IMC brasileiro, o estudo avaliou 501 estudantes da USP. O próximo passo da pesquisa, orientada pelo docente Alceu Jordão Junior, é ampliar o número e a diversidade do grupo para se aproximar de uma amostra do povo brasileiro.

FSP

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