Arquivo do dia: junho 29, 2012

Bicicletas de bambu na rede pública de São Paulo

 

A partir deste mês, 4.600 alunos da rede pública de São Paulo, com idades entre 12 e 14 anos, vão começar a ir para a aula de bicicleta. Os veículos serão distribuídos pela Secretaria Municipal de Educação, que também irá treinar os estudantes para pedalar com segurança. A iniciativa faz parte do projeto Escolas de Bicicleta, que chama a atenção pela vanguarda, mas também pela matéria-prima das bikes: o bambu.
rede pública de São paulo
As chamadas bambucicletas são uma criação do designer carioca Flávio Deslandes, 39 anos, radicado há 12 na Dinamarca. Formado em Desenho Industrial pela PUC-Rio, ele começou a pesquisar em 1994 a fabricação de equipamentos à base de bambu, como andadores para portadores de necessidades especiais. Sua motivação sempre foi associar design moderno com materiais naturais. “Desde o começo, percebi que o bambu — uma estrutura feita em forma de tubo pela natureza — tinha um potencial tremendo.” O material é 17% mais resistente que o aço quando forçado no sentido longitudinal (como nos quadros de bike) e tem a leveza do alumínio (sem os danos ambientais causados por sua fabricação). Por ser flexível, resiste a trepidações e dura mais. “Santos Dumont usou bambu na construção dos primeiros modelos de seus aviões. Então pensei: vou conseguir fazer uma bicicleta.”

O primeiro protótipo foi apresentado como projeto final de graduação em 1999 e patenteado em 2005. As peças são coladas entre si usando uma resina vegetal. Além da eficiência aerodinâmica, o designer vê outras vantagens no material. A primeira é ambiental: além de abundante, não requer fertilizantes no cultivo e ainda emite oxigênio enquanto cresce. A segunda é social, já que o bambu emprega mais de dois bilhões de pessoas ao redor do mundo.

Deslandes veio especialmente ao Brasil para treinar 15 pessoas das comunidades beneficiadas pelo Escolas de Bicicleta para fabricar os quadros das quase 5 mil bikes do projeto. Para o designer, a adoção das bambucicletas abre caminho para tornar a metrópole mais amigável. “Hoje, o grande obstáculo para o uso de bicicletas nas cidades brasileiras é a agressividade do trânsito”, afirma. “Um programa como esse prepara os motoristas para a convivência com ciclistas e forma as crianças, futuras motoristas, para um trânsito mais humano.”

Galileu

Descoberto roteiro inédito de Charlie Chaplin sobre a vida do bailarino Nijisnsky

Vaslav Nijinsky visita Charles Chaplin

A Cinemateca de Bolonha, na Itália, acaba de encontrar um manuscrito inédito de Charles Chaplin (1889-1977) no qual o gênio britânico apresenta um filme baseado na vida do bailarino russo Vaslav Nijinsky (1890-1950), que ele conheceu em Los Angeles, em 1917.

A alegria dos pesquisadores — que procuravam informações sobre “As luzes da cidade”, por conta do seu aniversário de 60 anos — se transformou em nostalgia quando eles notaram que Chaplin havia terminado o argumento para outra grande obra… que ele nunca chegou a filmar.

Ao longo de quatro páginas, amareladas pelo tempo, Chaplin esboça a história.
“O tema principal dessa obra é o fato de que uma carreira não envolve a realização dos desejos do homem, apenas um caminho que conduz ao seu destino”.
Logo, Chaplin traça as características principais do protagonista, que pretende chamar de Naginsky, e seria acompanhada de uma esposa, um velho amigo e um antigo colega de profissão. A íntegra do manuscrito pode ser lida nesse link (em inglês).

“Naginsky”, diz o manuscrito, “o grande gênio do balé russo, era um homem simples, tímido e com dificuldades para se expressar, de origens humildes. Era filho de um sapateiro, pobre, que não pôde dar-lhe a educação que desejava. Com isso, Naginsky se tornou uma pessoa tímida e com dificuldades para se expressar, pois tinha consciência de sua gramática e do som pouco musical de sua voz…”.

A descoberta da Cinemateca de Bolonha surge após uma década de pesquisas nos arquivos e anotações do artista. Todas as informações serão reveladas nesta sexta-feira, mas o jornal La Repubblica adiantou em seu site alguns detalhes, além de quatro fotografias inéditas do cineasta ao lado de Buster Keaton.

Chaplin e Nijinsky se conheceram em 1917, quando o bailarino visitou os estúdios do cineasta em Los Angeles durante as gravações de “Rua da Paz”. De origem polonesa, Nijinsky era também coreógrafo e famoso por ser um dos poucos em sua época que conseguia usar sapatilhas de ponta.

OGLOBO

FOTOS: CAPAS DE ÁLBUNS INSPIRAM FOTOGRAFIA

Essa é uma mania antiga que vem ganhando adeptos! Audiófilos do mundo todo tiram fotos com capas de álbuns famosos, dando a ilusão de que cenário e artista estão no mesmo lugar. As montagens são muito bem feitas, e o mais legal é que parte delas traz artistas brasileiros, como Cartola e Raul Seixas.

Veja as imagens!

Arquivo - Sleeveface

Arquivo - Sleeveface

Arquivo - Sleeveface

Arquivo - Sleeveface
Arquivo - Sleeveface

Arquivo - Sleeveface

As imagens estão publicadas no site Sleeveface.com, que traz uma série de montagens com a mesma inspiração. Quem curtiu e quiser se aventurar, pode participar. É só acessar o site!

Beleza: cremes clareadores de pele são reprovados

A ProTeste, entidade de defesa do consumidor, testou a eficácia de seis marcas de cremes clareadores que não precisam de receita médica para compra. Três produtos não atingiram o resultado esperado: Vitactive Clareador Gel, de O Boticário; Revitalift Clareador Fluido, da L’Oreal; e Avon Care Aclara Creme, da Avon.

O estudo avaliou o tolerância da pele, a qualidade dos cosméticos e a eficácia no clareamento e na redução de manchas.

Os resultados do teste foram considerados satisfatórios somente para três marcas: Klassis, Eurecin e Clariderm. Esses produtos conseguiram um clareamento das manchas entre 5% e 6%.

Nenhum dos cosméticos promete eliminar as manchas, mas sim clareá-las. Eles utilizam princípios ativos como a vitamina C e o ácido glicólico. Os rótulos não informam para que tipo de pele e de mancha são mais eficientes

Segundo a ProTeste, o Klassis foi o único creme que, além de clarear as manchas, também reduziu seu tamanho, deixando a pele mais homogênea. O Clariderm cumpre com o que se propõe e tem preço mais acessível.

Na análise do rótulo, apenas o Vitactive indicou que é preciso um mês de utilização para verificar a eficácia do produto. Os demais cremes não trazem essa informação, deixando o consumidor desorientado quanto ao tempo de uso.

O creme Revitalift, da L’Oréal, também se propõe a combater rugas e dar mais firmeza à pele, mas o órgão avaliou somente a proposta de clarear manchas. Nesse quesito o produto se saiu mal. Sua compra não é recomendada, assim como a do Vitactive, de O Boticário.

Para avaliar as marcas mais comercializadas, a ProTeste pediu que voluntárias com manchas de sol, gravidez e hormonais usassem os produtos durante 28 dias. O estudo mediu a variação da tonalidade da mancha nas duas áreas estudadas (com manchas e sem manchas).

Após 28 dias de aplicação diária do produto, as marcas que apresentaram melhor resultado, deixando as áreas manchadas mais brilhantes e homogêneas, foram Klassis, Eucerim e Clariderm. Os produtos Aclara, Vit Active e Revitalift não apresentaram qualquer evolução nesse quesito.

Também foi medida a variação da tonalidade da mancha nas duas áreas estudadas: com manchas e sem manchas. As únicas marcas que proporcionaram um clareamento significativo foram Clariderm, Klassis e Eurecin.
Os produtos Revitalift e Vitactive proporcionaram uma leve melhora em algumas voluntárias, mas esse resultado não foi estatisticamente significativo, de acordo com a associação. Por isso, foram avaliados como “ruins” nesse item.
As manchas causadas pelo sol são resultado de anos de exposição a raios solares sem proteção. Em geral, elas começam a aparecer depois dos 25 anos, quando o acúmulo de radiação recebida sem proteção durante a infância e a adolescência começa a emergir.

SAIBA COMO EVITAR MANCHAS

Veja alguns cuidados para evitar novas manchas na pele

– quem depila o buço deve evitar exposição ao sol por, no mínimo, três dias após a depilação. Mesmo que invisível, pode ocorrer uma reação inflamatória no local, que predispõe à formação de manchas;
– caso haja exposição ao sol, deve-se usar protetor com, no mínimo, FPS (fator de proteção solar) 30, com reaplicação a cada hora;<

– não esquecer de usar chapéu de abas largas que fazem sombra até o pescoço e os ombros;
assim como na praia, durante o dia a dia, não deixar de proteger também o colo, região sensível que com o tempo e o excesso de sol pode apresentar áreas de envelhecimento, sardas e manchas;

– evitar o sol no período entre 10h e 15h.

Justiça nega acesso à internet a Fernandinho Beira-Mar

 Gestão financeira

O TRF da 3ª região negou acesso à internet ao traficante Fernandinho Beira-Mar, preso em Campo Grande/MS. Por unanimidade, o tribunal reiterou a negativa de acesso à rede mundial de computadores ao réu preso em instituição prisional de segurança máxima. A decisão atendeu a parecer do MPF, que alegou que o acesso dos presos de alta periculosidade à internet é completamente inviável.

Beira-Mar pedia que, durante 2 anos, pudesse utilizar a internet para realizar curso superior à distância de gestão financeira da Universidade Católica Dom Bosco. Os advogados do traficante alegavam que o preso tem direito ao ensino dentro da penitenciária e que a educação contribui para a ressocialização do condenado.

O pedido havia sido indeferido pela 5ª vara Federal de Campo Grande, mas os advogados recorreram da decisão. Em resposta, o diretor da penitenciária explicou que ela conta com computadores ainda não instalados sendo “impossível proporcionar ao preso acesso à educação e ao mesmo tempo manter a rígida segurança, inerente ao sistema penitenciário federal”.

Em seu parecer, a PRR – Procuradoria Regional da República da 3ª região a alta periculosidade dos detentos como fator de impedimento do acesso. A PRR ponderou ainda que seria necessário contratar um profissional de informática e que a medida teria que ser válida a todos os detentos. A Procuradoria destacou que o acesso à internet permitiria que o preso se comunicasse livremente com qualquer pessoa, possibilitando que continue a comandar a organização criminosa e determinar o cometimento de toda sorte de delitos.

A PRR da 3ª região sugeriu que os advogados do traficante solicitem à instituição de ensino que encaminhasse as aulas, bem como eventuais exercícios e materiais de estudos, por meio de gravação, “de forma que não haja necessidade de acesso à internet”.

  • Processo: 0024837-51.2010.4.03.0000

CENSO: cerca de 30% da população brasileira tem deficiência

O Censo 2010 divulgado nesta sexta-feira (29) pelo IBGE aponta que 45 6 milhões de pessoas declararam ter ao menos um tipo de deficiência, o que corresponde a 23,9% da população brasileira. A maior parte delas vive em áreas urbanas – 38.473.702, ante 7.132.347 nas áreas rurais. E mostra ainda que são muitas as desigualdades em relação aos sem deficiência. A deficiência visual foi a mais apontada, atinge 18,8% da população. Em seguida vêm as deficiências motora (7%), auditiva (5,1%) e mental ou intelectual (1,4%).

A taxa de alfabetização de pessoas de 15 anos ou mais entre as que têm deficiência é de 81,7% – mais baixa do que a observada na população total na mesma faixa etária, que é de 90,6%. A Região Nordeste tem a menor taxa de alfabetização entre os que declararam alguma deficiência – 69,7%. E também a maior diferença em comparação com a taxa da população total (81,4%).

O Censo 2010 mostra ainda que há diferença significativa no nível de escolaridade entre pessoas com deficiência e a população geral – 61,1% da população com 15 anos ou mais com deficiência não têm instrução ou tem apenas o fundamental incompleto. Esse porcentual cai 38,2% para as pessoas sem deficiência.

No mercado de trabalho também há diferenças importantes. Dos 44 milhões de deficientes que estão em idade ativa, 53,8% estão desocupados ou fora do mercado de trabalho. A população ocupada com pelo menos uma das deficiências investigadas representava 23 6% (20,3 milhões) do total de ocupados (86,3 milhões) – 40,2% tinham a carteira de trabalho assinada; na população geral, esse índice é de 49,2%.

O porcentual de trabalhadores com deficiência que trabalha por conta própria (27,4%) e sem carteira assinada (22,5%) também é maior do que o registrado no total da população, de 20,8% e 20 6%, respectivamente.

Fonte: Agência Estado

%d blogueiros gostam disto: