Arquivo do dia: junho 22, 2012

Governo vai comparar preços de hotéis do Brasil e do exterior

O Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) iniciará na primeira semana de julho uma ampla pesquisa nacional sobre preços cobrados pela rede hoteleira nacional. O trabalho levantará as tarifas em dez cidades brasileiras e vai compará-las com outras dez cidades no exterior. Serão catalogados os dados referentes às acomodações de três categorias: apartamentos mais baratos e mais caros de hotéis econômicos, de médio conforto e de alto conforto. A portaria será publicada na próxima semana no “Diário Oficial da União”.

A ideia da pesquisa surgiu a partir do problema envolvendo o setor hoteleiro carioca pouco antes do início da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Na ocasião, o governo teve que negociar com a empresa contratada pelo Itamaraty para intermediar forte redução nas tarifas dos hotéis durante o evento. Diversas delegações estrangeiras ameaçavam não participar da Rio+20 em razão dos preços considerados abusivos.

“A pesquisa poderá medir se há uma contrapartida por parte do setor”, disse ao Valor o presidente da Embratur, Flávio Dino. “O governo incluiu o ramo nas desonerações da folha de pagamento”, lembrou. E também acenou com a possibilidade de redução dos preços nas tarifas de energia do setor hoteleiro.

Londres, que sediará a Olimpíada entre 27 de julho e 12 de agosto, servirá como parâmetro para a pesquisa que medirá o comportamento das tarifas durante o megaevento. Além da capital inglesa, serão analisadas Buenos Aires (Argentina), Dubai (Emirados Árabes), Frankfurt (Alemanha), Milão (Itália), Paris (França), Nova York (EUA), Santiago (Chile), Tóquio (Japão) e Viena (Áustria).

As cidades brasileiras pesquisadas serão Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e  São Paulo.

O próximo passo será realizar uma pesquisa sobre preços de passagens aéreas. Mas ainda não há previsão para esse levantamento.

Valor

 

Presos poderão diminuir pena com horas de leitura

Normas preveem que o detento terá o prazo de 21 a 30 dias para a leitura de uma obra literária disponibilizada na biblioteca de cada presídio federal…
Os presos que se dedicarem à leitura de obra literária, clássica, científica ou filosófica poderão ter as penas, em regime fechado ou semiaberto, reduzidas. A cada publicação lida, a pena será diminuída em quatro dias. No total, a redução poderá chegar a 48 dias em um ano com a leitura de até 12 livros, de acordo com a Portaria 276 do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) publicada nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da União.

As normas preveem que o detento terá o prazo de 21 a 30 dias para a leitura de uma obra literária disponibilizada na biblioteca de cada presídio federal. Ao final, terá que elaborar uma resenha que será analisada por uma comissão de especialistas em assistência penitenciária. O participante do projeto contará com oficinas de leitura.

A comissão avaliadora também observará se as resenhas foram copiadas de trabalhos já existentes. Caso sejam consideradas plágio, o preso perderá automaticamente o direito de redução de sua pena.

Saúde: Gene do vício em nicotina pode combater tabagismo

 (Paulo de Araújo/CB/D.A Press)

As variações genéticas uma vez identificadas como as responsáveis pela inclinação de um indivíduo à dependência de nicotina também podem ser as indicadoras da eficiência do uso de medicamentos contra o tabagismo. Uma pesquisa liderada por cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis (EUA) concluiu que os mesmos genes que dificultam a cessação do fumo aumentam a probabilidade de as pessoas que fumam muito responderam à terapia de reposição de nicotina e a drogas que tentam impedir as recaídas. O objetivo é que, no futuro, seja possível prever quais pacientes são mais suscetíveis a se beneficiar de tratamentos medicamentosos para combater o vício.

Durante o estudo, foram analisados os dados de mais de 5 mil fumantes da comunidade e outros mil em tratamento clínico. Os pesquisadores focaram na relação entre a capacidade bem-sucedida de deixar de fumar e as variações genéticas associadas ao risco do fumo elevado e da dependência em nicotina. Segundo a pesquisa, os indivíduos que tinham os marcadores genéticos de alto risco, além de serem menos propensos a deixar o cigarro sem medicação, fumaram por uma média de dois anos a mais que aqueles sem essa composição genética. Entre os que estavam sob tratamento clínico, os fumantes com as variantes de alto risco se mostraram três vezes mais prováveis a responder à terapia medicamentosa, como o chiclete e os adesivos de nicotina.

Preço da gasolina tem que subir, diz presidente da Petrobras

A Petrobras ainda está em discussões com o governo a respeito do aumento do preço dos combustíveis, medida necessária para aliviar o caixa da empresa e permitir que ela cumpra seu plano de negócios, disse a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, nesta quinta-feira.

Ela disse que o percentual da alta e data do reajuste ainda estão em negociação, e que nada está definido.

Anteriormente a  equipe econômica prometeu à direção da Petrobras definir, até julho, o percentual de reajuste de combustíveis reivindicado pela estatal e quando ele entrará em vigor, estimando em 10% o aumento para a gasolina na refinaria, mesmo valor do reajuste de outubro de 2011.

“Nós não temos nenhum percentual de aumento da gasolina e nenhuma data específica para que aconteça qualquer percentual”, afirmou a jornalistas na Rio+20.

Ela, no entanto, defendeu a necessidade de um aumento. “Houve uma variação do Brent, que desceu, mas o câmbio está subindo. Então a paridade de preço está bastante defasada dos preços internacionais”, disse. Anteriormente, ela afirmou que empresa precisa de reajuste nos preços para cumprir um plano de investimentos de US$ 236,5 bilhões de 2012 a 2016.

Nesta quinta-feira, o petróleo Brent caiu ao menor patamar nos últimos 18 meses, com a piora do cenário econômico global.

A presidente da Petrobras disse na semana passada que a defasagem de preços atual é a mesma de quando o Brent era cotado a US$ 125 (o barril) e o dólar valia cerca R$ 1,70.

Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que o governo segue avaliando eventual aumento no preço dos combustíveis e seu impacto na inflação, negando que Brasília já tenha tomado uma decisão sobre o assunto.

Crise se alastra na cadeia automotiva e atinge autopeças

 

A queda nas vendas de caminhões e ônibus no primeiro quadrimestre de 2012 atingiu a indústria de autopeças vinculadas à cadeia de veículos pesados.

Enquanto montadoras como Ford, Volkswagen/Man, Mercedes-Benz, Scania e Volvo anunciam paralisações das linhas de produção, as autopeças anunciam antecipação de férias e, em alguns casos, demissões.

A Seeber Fastplast, fornecedora de componentes plásticos para veículos Mercedes, Ford e Man, já fez um corte de 180 trabalhadores, a maior parte da unidade de Diadema, na Grande São Paulo.

As demissões sacrificaram o terceiro turno, criado em 2011 para atender a forte demanda de caminhões no ano passado.

“Custa caro montar um turno e custa caro fechar um turno. Mas as perspectivas a partir de abril não eram boas. E até agosto, não vemos nenhuma perspectiva diferente. Foi difícil, mas foi a única solução”, diz Nelson da Costa, 54, gerente de Recursos Humanos da Seeber.

Agora, de 920 trabalhadores, entre próprios e terceiros, ao menos 200 operários entram em férias coletivas a partir da próxima semana. A previsão é que em julho, com os estoques das montadoras ajustados, a produção volte ao nível normal.

A MWM Internacional, empresa afiliada a norte-americana Navistar Engine Group, apelou para um acordo inusual com os sindicatos dos metalúrgicos de Canoas (RS) e São Paulo: redução de jornada com redução de salário.

O acordo promete evitar 900 demissões entre as duas unidades industriais. Em Canoas, o acordo prevê a paralisação de 12 dias ao longo de três meses, um dia para cada semana do mês. Em troca, poderá cortar 15% dos salários.

%d blogueiros gostam disto: