Arquivo do dia: maio 28, 2012

LENOVO pretende ter fábrica no Brasil

Loja da Lenovo em Pequim (Foto: Getty Images)

fabricante de computadores chinesa Lenovo está em busca de aquisições no Brasil em meio ao movimento para aumentar sua presença em grandes mercados emergentes além da China, onde já é o maior fornecedor de computadores em termos de remessas. A segunda maior fabricante de computadores do mundo, atrás apenas da Hewlett-Packard, também está avaliando um plano para construir uma base manufatureira no Brasil, para que possa produzir localmente e evitar as altas tarifas de importação, afirmou o presidente da empresa para as regiões Ásia-Pacífico e América Latina, Milko Van Duijl, em entrevista à Dow Jones.

“Nós estamos interessados em comprar ou trabalhar junto com todos os players (no Brasil), embora não tenhamos escolhido um deles quando se trata de aquisição”, disse Van Duijl. O executivo também afirmou que a companhia não pode ser competitiva no Brasil sem uma base manufatureira local. “Quando é preciso somar (os impostos) aos custos em um negócio de computadores, no qual as margens são pequenas, não há chance em vida de ter sucesso”, declarou.

Os comentários do executivo foram feitos em meio às crescentes preocupações com a desaceleração da economia da China. A Lenovo, que tem 30% do mercado de computadores chinês, tem redobrado os esforços para se expandir em outros mercados emergentes, como Brasil, Índia, Indonésia, Argentina e México, onde a demanda deverá crescer entre os consumidores que compram computadores pela primeira vez.

A Lenovo afirmou que se tornou a marca número um na Índia pela primeira vez no trimestre encerrado em março, com uma fatia de 15,8%. A companhia vê espaço para crescimento na América Latina, onde sua presença continua relativamente pequena. No Brasil, a Lenovo é o player número nove do setor, com participação de mercado de 3,6% no fim de março e seus negócios no País atualmente não são lucrativos. Van Duijl observou que o Brasil recentemente foi superado pelo Japão para se tornar o terceiro maior mercado para computadores depois de China e EUA, em termos de remessas. As informações são da Dow Jones.

EXAME

Novo Código Penal descriminaliza uso privado de drogas

A comissão de juristas responsável pelo anteprojeto do novo Código Penal definiu que a proposta descriminalizará o uso de drogas. Pelo texto aprovado na manhã desta segunda-feira (28), caberá ao Poder Executivo regulamentar a quantidade de substância que uma pessoa poderá portar e manter sem que se considere tráfico. O anteprojeto será submetido ao trâmite legislativo regular após a conclusão dos trabalhos da comissão.

A quantidade de droga deve corresponder ao consumo médio individual de cada tipo de droga pelo período de cinco dias. A regulamentação dessa quantidade específica ficará a cargo de órgão administrativo de saúde pública, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O cultivo para consumo próprio também não será criminalizado.

A presunção de consumo para uso pessoal é relativa. Isso significa que, mesmo portando quantidade de droga menor que a regulamentar, a pessoa poderá ser condenada por tráfico caso se comprove, por outros elementos, que a substância não se destinava ao seu uso pessoal. Da mesma forma, quantidade superior poderá ser considerada como para consumo próprio, caso o acusado consiga comprovar essa destinação.

Crimes mantidos

Pela proposta da comissão, continua sendo crime o uso público e ostensivo de substâncias entorpecentes, assim como nas proximidades de escolas e na presença de crianças e adolescentes.

A pena para esse crime será a mesma atualmente aplicada aos usuários de drogas: advertência sobre os riscos do consumo, prestação de serviços à comunidade e comparecimento a cursos educativos.

Também continua crime a indução, instigação ou auxílio ao uso indevido de droga, com prisão de seis meses a dois anos. O compartilhamento de droga eventual e sem objetivo de lucro, com pessoa do relacionamento do agente, também é punível, com pena entre seis meses e um ano mais multa.

A comissão ainda irá deliberar sobre as causas de redução de pena para o tráfico. O restante da estrutura dos tipos penais relacionados não sofreu alteração significativa. Na mesma sessão, a comissão também tratou debullyingstalking, “flanelinhas” e constrangimento ilegal para tratamento médico.

Brasileiros desconhecem causas do acidente vascular cerebral, diz pesquisa

O Brasil é o país com um dos índices epidemiológicos mais expressivos em número de mortes por acidente vascular cerebral (AVC) na América Latina, com mais de 129 mil casos todos os anos.

Uma das principais causas deste problema é a fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca que atinge cerca de 1,5 milhão de pessoas no País. Menos de 4% dos brasileiros, no entanto, conseguem relacionar esscondição à ocorrência de um derrame cerebral.

É o que mostra uma pesquisa realizada pela Bayer HealthCare Pharmaceuticals, com o apoio da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e que analisou sete mil participantes acima de 18 anos, em oito capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Recife, Brasília, Curitiba e Porto Alegre.

Segundo o levantamento, 72% dos entrevistados atribuem as principais causas de mortalidade no Brasil ao câncer, tabagismo ou acidentes de trânsito. Apenas 13% relacionam o AVC à principal causa de óbitos no País. Quando questionados sobre as principais causas de um derrame cerebral, a pressão alta liderou a opinião dos entrevistados, somando 33%.

A obesidade também foi apontada como causa por 26% dos entrevistados. O colesterol alto e a síndrome metabólica também foram bastante citados, com 16% e 10%, respectivamente.

“Os resultados dessa pesquisa demonstram uma necessidade urgente de maior conscientização da população brasileira sobre saúde cardiovascular e seus fatores de risco, especificamente no que diz respeito à arritmia cardíaca. Nesse contexo, a fibrilação atrial tem grande destaque”, alerta o cardiologista Jadelson Andrade, presidente da SBC.

Os AVCs causados por fibrilação atrial comprometem de forma significativa a vida e a qualidade de vida, além de representar um importante ônus da saúde pública. Esse tipo de arritmia cardíaca é um forte fator de risco independente para acidente vascular cerebral e representa cerca de um em cada cinco AVCs isquêmicos.

Os pacientes com fibrilação atrial têm cinco vezes mais probabilidade de ter um AVC, em comparação com a população em geral e, além disso, a fibrilação atrial não diagnosticada previamente é uma causa provável de muitos derrames de origem desconhecida.

Na pesquisa, 71% dos entrevistados disseram não saber o que é fibrilação atrial e apenas 16% dos entrevistados souberam relacioná-la a um tipo de arritmia cardíaca. Os pacientes que têm AVC decorrente de fibrilação atrial têm mais lesão cerebral e sequelas do que aqueles que têm AVC causado por outros motivos.

Sabe-se que o risco de acidente vascular cerebral em pacientes com fibrilação atrial aumenta com a idade e com a adição de outros fatores de risco (pressão arterial alta, acidente vascular cerebral anterior e diabetes).

Entre os fatores de risco para desenvolver a arritmia, 32% não souberam apontar nenhuma causa específica, enquanto 16% relacionam à obesidade e 15% ao sedentarismo. O estresse e o fumo também foram citados por 13% e 10%, respectivamente. Ainda 3% indicaram que a fibrilação atrial pode ocorrer após um AVC.

“Pode-se afirmar que, de modo geral, as pessoas não estão informadas sobre a arritmia cardíaca, sendo um de seus tipos mais comuns a fibrilação atrial, uma das principais causas de AVC”, diz Jadelson. Os médicos conseguem fazer o diagnóstico do problema com exames simples, como a checagem do pulso e a auscultação cardíaca. Além disso, pode-se confirmar a doença através de um eletrocardiograma de repouso.

Cinthya Leite

SAÚDE: IBGE revela que 80% das crianças consomem açúcar e gordura acima do recomendável

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que 80% das crianças de 10 a 13 anos consomem açúcar acima do nível recomendado pelos nutricionistas.

O estudo também registrou que o consumo de gordura nessa faixa etária é 89% acima dos padrões, ao passo que a ingestão de fibras é 82% abaixo do recomendável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os dados foram divulgados pelo pesquisador Edilson Nascimento Silva, do IBGE, em palestra ministrada durante o 8º Fórum Nacional de Alimentação Escolar, que terminou na última sexta-feira (25/5), em São Paulo.

Análise de nutricionistas que participam do evento mostra que os dados divulgados pelo representante do IBGE explicam o aumento verificado na obesidade da população brasileira, especialmente entre crianças e jovens.

Esse crescimento foi constatado pelo próprio IBGE através da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). O levantamento frisou que o excesso de peso entre meninos de 5 a 9 anos saltou de 10,9%, em 1974, para 34,8%, em 2009. Entre as meninas da mesma faixa etária, o sobrepeso subiu de 8,6%, em 1974, para 32% em 2009.

“Estamos assistindo a uma verdadeira epidemia de obesidade e de sobrepeso”, comenta a nutricionista Joana D´Arc Mura, coordenadora do comitê científico do 8º Fórum.

Foto diferente dos Beatles cruzando Abbey Road é leiloada por US$ 30.795

 

EFE
EFE

 

Uma fotografia que mostra os Beatles cruzando a faixa de pedestres da Abbey Road no sentido contrário ao da capa do famoso álbum de 1969 foi vendida nesta terça-feira por 19.500 libras (cerca de US$ 30.795) num leilão em Londres.

A casa especializada Bloomsbury não divulgou quem foi o comprador por “questões de confidencialidade”. Na imagem registrada pelo fotógrafo Iain Mcmillan ao lado do estúdio Abbey Road, Paul McCartney, Ringo Starr, John Lennon e George Harrison aparecem caminhando da direita para a esquerda, no sentido oposto ao do clássico álbum.

O preço estimado da foto era de cerca de nove mil libras (US$ 14.215), número superado com folga no leilão. A imagem, de 46,4 por 45,7 centímetros, também tem outras diferenças em relação ao disco. Na foto leiloada Paul usa sandálias (ao invés de andar descalço) e não aparece segurando um cigarro na mão direita.

O álbum Abbey Road, que inclui canções como Here Comes the Sun e Something, foi gravado entre fevereiro e março de 1969, num momento em que aparentemente existiam tensões entre os integrantes do quarteto de Liverpool.

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