Arquivo do dia: março 3, 2012

Nestlé elimina artificiais de todos seus doces

O braço da Nestlé no Reino Unido anunciou ter removido totalmente cores, sabores e conservantes artificiais de seus doces, entre os quais barras de chocolate e balas.

Em comunicado, a empresa anunciou que promoverá a mesma mudança em países europeus e no Canadá, mas não menciona o Brasil.

Segundo jornais britânicos, a Nestlé seria a primeira grande empresa de produtos alimentícios a retirar todos os componentes artificiais de toda sua linha de doces.

Nestlé elimina ingredientes artificiais de seus doces no Reino Unido; empresa fará o mesmo no Canada e países europeus
Nestlé elimina ingredientes artificiais de seus doces no Reino Unido; empresa fará o mesmo no Canada e países europeus

A companhia, que produz marcas populares no Brasil como Nescau, Chokito e Tostines, eliminou mais de 80 ingredientes não naturais das receitas de 79 produtos vendidos no Reino Unido.

Os químicos foram substituídos por alternativas naturais vindas de concentrados de frutas, legumes e plantas comestíveis, como cenoura, hibisco, cártamo, rabanete e limão.

A barra de chocolate Crunch foi o último dos itens da companhia a ter a fórmula modificada. Há seis anos a empresa vem promovendo as mudanças.

A Food Standards Agency, que cuida da qualidade dos alimentos no país, havia recomendado a fabricantes de alimentos para que eliminassem ingredientes químicos.

Um estudo da ONG britânica Grupo de Apoio a Crianças Hiperativas mostra que de um total de 357 crianças hiperativas examinadas 87% apresentaram agravamento do seu quadro devido a colorantes artificiais na comida, enquanto 72% reagiram a conservantes.

De acordo com comunicado da Nestlé, as mudanças foram feitas em resposta a pesquisa da empresa Health Focus International, que mostra que 74% dos consumidores buscam produtos naturais nas prateleiras de supermercados.

A Health Focus International tem entre seus clientes grandes empresas do ramo de alimentação, incluindo a própria Nestlé.

BBC

Hospitais-escolas proíbem amostras grátis

CLÁUDIA COLLUCCI/FSP

Hospitais universitários estão restringindo o acesso de propagandistas de laboratórios nas áreas assistenciais (ambulatórios e unidades de internação) e proibindo que médicos aceitem amostras grátis de remédios.

No Hospital de Clínicas de Porto Alegre, vinculado à UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), a regra passou a valer anteontem. Em outros hospitais, como o HC de São Paulo, as restrições vigoram desde 2011.

 

Editoria de arte/Folhapress

Além de tentar frear conflitos de interesses entre os profissionais da saúde e os da indústria farmacêutica, as medidas visam à segurança do paciente, segundo as instituições. São recomendadas, inclusive, por certificadoras internacionais, como a Joint Commission.

“Hospitais-escolas são referências de assistência. Essas normas são muito bem-vindas. No passado, até propaganda da indústria em aventais [dos médicos] era permitida”, afirma o médico Reinaldo Ayer de Oliveira, professor de bioética da USP e diretor da Sociedade Brasileira de Bioética.

Segundo o médico Luiz Garcez Leme, coordenador de ética em pesquisa do HC, o hospital procura caminhar numa “direção saudável” com a indústria.

“As informações sobre novos medicamentos e novas tecnologias são importantes para a atualização médica, mas precisamos ficar atentos com propagandas maliciosas e informações enviesadas.”

No HC de São Paulo, os propagandistas têm acesso aos médicos em locais e datas pré-determinados. No HC de Porto Alegre, o médico pode agendar a visita, desde que longe dos pacientes e de seus acompanhantes.

Segundo Helena Barreto dos Santos, assessora de operações assistenciais do hospital gaúcho, as amostras grátis foram banidas por uma questão de segurança.

“Já encontramos medicamentos vencidos em armários de alguns ambulatórios. E a farmácia do hospital nem sabia da existência deles”, afirma a assessora.

Estudos apontam que as amostras grátis também não beneficiam o paciente. Ou porque ele não consegue comprá-las depois (muitas drogas novas não são distribuídas no SUS) ou porque o tratamento recebido não é, necessariamente, melhor do que aquele que não dispõe de amostras grátis.

ESCOLAS MÉDICAS

A discussão sobre conflitos de interesses também tem crescido nas faculdades de medicina, segundo Jadete Barbosa Lampert, da Abem (Associação Brasileira de Escolas Médicas). “Estamos preocupados com isso porque o assédio [da indústria] começa desde muito cedo.”

É comum os laboratórios distribuírem brindes aos estudantes e financiarem eventos esportivos, por exemplo. Mas ainda não há regras claras que restrinjam esse contato. “Há muitas forças de interesse”, diz Lampert.

Ela afirma que a Abem não aceita publicidade de laboratórios ou da indústria de equipamentos hospitalares na revista que edita sobre educação médica.

“Nosso foco é na formação do profissional. Essas informações precisam ser isentas. Não pode haver assédio.”


Petrobras anuncia segunda (5) 11 mil vagas em cursos gratuitos

Petrobras anuncia na segunda (5) 11 mil vagas em cursos gratuitos Petrobras é a terceira maior empresa de energia do mundo (Foto: Agência Brasil/Arquivo)

São Paulo – A presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster, anuncia na segunda-feira (5) o novo processo seletivo para os cursos gratuitos dentro do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) e o detalhamento para a participação. São 11 mil vagas. As inscrições devem ser feitas entre quarta-feira (7) e 12 de abril.

Os cursos serão ministrados em 14 estados. Segundo a empresa, 60% das vagas são destinadas a níveis básicos de estudo.

O objetivo dos cursos oferecidos pela Petrobras é qualificar mão de obra nacional para suprir a demanda por trabalhadores nos setores de petróleo e gás, que devem absorver um número cada vez maior de profissionais nos próximos anos por conta da exploração dos poços de petróleo e gás.

O programa foi criado em 2003. Desde então, o governo federal desenvolve uma política de conteúdo local para ampliar a participação da indústria nacional no fornecimento de bens e serviços e para fazer frente aos investimentos do setor em geração de emprego e renda para o país.

Daí a necessidade de qualificar profissionais para atender as demandas geradas pelos empreendimentos previstos, tanto na fase de construção civil, como nas fases de construção e montagem, engenharia e manutenção da operação.

Portugal sugere alterações no acordo ortográfico

No primeiro ano em que o acordo ortográfico da língua portuguesa começa a ser aplicado em Portugal, o secretário de Estado da Cultura do país, o escritor Francisco José Viegas, quer mudanças. Para as modificações, seria preciso reunir representantes dos oito países de língua portuguesa.

Só neste ano os alunos portugueses começaram a aprender a nova ortografia e apenas em janeiro os serviços públicos passaram a ter de usar o acordo nas as comunicações escritas.

A questão foi levantada por Viegas numa entrevista televisiva. Ao Estado, Viegas disse que o problema é o caso da ortografia dupla que passou a existir.

Aplicando a regra de que as consoantes não pronunciadas devem ser eliminadas, se por um lado em vez de “acto” os portugueses passaram a escrever “ato” ou “Egipto” virou “Egito”, surgiram novas divergências entre os dois lados do Atlântico: com a nova ortografia, em Portugal “espectador” passou a ser “espetador”, “recepção” ganhou a forma “receção” e “cacto” se tornou “cato”. Também foram mantidas diferenças em acentos, como em “Antônio” e “António” e “gênero” e “género”.

“Não mencionei a necessidade de alterar o acordo ortográfico. Mencionei incorporar pequenas alterações pontuais, que têm a ver com aquilo que o próprio acordo dispõe, sobre o que é pronúncia culta, pronúncia corrente e a sua correspondente ortografia”, explicou Viegas.

Viegas, formado em linguística, não quis indicar quais as mudanças no acordo seriam necessárias. “Isso não depende do poder político, mas dos especialistas e acadêmicos. Não pode ser o poder político a alterar, são as academias (Brasileira de Letras e das Ciências, de Portugal) que têm de fazer esse trabalho.”

Na entrevista, ele afirmou que a possibilidade de alterar o acordo estava prevista. “Temos um quadro que nos impõe que até 2015 o acordo esteja completamente implementado. Até dezembro de 2012 podem ser feitas algumas sugestões de alterações. Aquilo que eu fiz foi simplesmente abrir uma porta.”

Viegas diz ser a favor do acordo. “A partir de 1.º de janeiro de 2010, eu tinha uma coluna diária no Correio da Manhã que era escrita segundo o acordo ortográfico. Eu fui o primeiro colunista a ter uma coluna diária seguindo o acordo.”

A polêmica atual a respeito do acordo começou depois que o poeta Vasco Graça Moura assumiu o cargo de diretor de uma das mais importantes instituições culturais do país, o Centro Cultural de Belém, em fevereiro. Sua primeira medida foi uma norma suspendendo a aplicação do acordo ortográfico nos serviços sob sua tutela.

Na sequência, surgiu uma petição na internet para que o Parlamento vote o fim do acordo. E o professor Ivo Barroso, da Faculdade de Direito de Lisboa, entrou com um processo pedindo a inconstitucionalidade do acordo ortográfico.

Estranheza. O romancista e presidente da Comissão de Língua Portuguesa do Ministério da Educação (Colip-MEC), Godofredo de Oliveira Neto, encarou com estranheza as declarações de Viegas. “O acordo já foi discutido nas instâncias acadêmicas e políticas competentes. Não faz sentido discutir tudo de novo.” Ele recorda que o Brasil também poderia ter críticas a aspectos pontuais do acordo – como a abolição do trema -, mas decidiu ceder para garantir a adoção da proposta.

Jair Rattner O Estado de S. Paulo / Colaborou Alexandre Gonçalves

Jornalista vai chefiar a Federação Alemã e Futebol

Após sete anos e meio no cargo, Theo Zwanziger passa a liderança da federação Alemã de Futebol ao jornalista Wolfgang Niersbach. Ele já ocupou diversos cargos dentro da Federação Alemã de Futebol (DFB) e, desde 1987, passou pelos postos de porta-voz, vice-presidente do comitê de organização da Copa do Mundo de 2006 na Alemanha e, mais recentemente, secretário-geral da entidade.

A partir desta sexta-feira (2/3), o jornalista, de 61 anos, passa a ser oficialmente o sucessor de Theo Zwanziger. “A DFB certamente não precisa de uma revolução”, afirmou Niersbach, rebatendo as expectativas de que venham a ser realizadas grandes alterações na estrutura da organização. “Estamos em uma ótima situação, economicamente independentes”.

Antes da eleição, Niersbach apresentou o seu programa aos delegados, no qual desejou fortalecer a união no futebol, alinhar a federação num caminho virado para o futuro e fortalecer a principal área de negócio, e ser capaz de continuar a exercer a componente de responsabilidade social da federação de uma forma eficaz e credível.

O novo presidente da DFB enfatizou a cooperação entre futebol profissional e “raízes” do futebol, como base para o desenvolvimento sustentável da modalidade. “A selecção nacional é o melhor exemplo para todos nós de como o futebol profissional e amador se complementam e podem beneficiar um do outro”, disse. “E através do seu comportamento, mostram-nos como a integração patente e camaradagem tolerante podem ser. Desejo que este exemplo possa funcionar como modelo para todo o futebol.”

Também mencionou que a expansão do desenvolvimento jovem, uma federação inovadora e orientada para os jovens, e o compromisso contra qualquer forma de racismo, discriminação, corrupção e violência também fazem parte dos seus objectivos.

Na assembleia, Zwanziger, um administrador do futebol bastante respeitado, que serviu o Comité Executivo da UEFA desde 2009, recebeu a Großen Verdienstkreuz des Verdienstordens der Bundesrepublik Deutschland (Grande Cruz da Ordem de Mérito da República Federal da Alemanha) da parte do ministro alemão do Interior, Hans-Peter Friedrich. O ministro elogiou Zwanziger por estabelecer importantes prioridades sociais durante o seu mandato. “Mostrou que a DFB não é apenas uma federação de futebol, mas também uma componente forte da sociedade.”

UEFA

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