Arquivo do dia: setembro 18, 2011

Deputada que se livrou da cassação fala a plenário vazio

Duas semanas depois de ter sido absolvida do processo de cassação pelo plenário da Câmara, a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) ocupou a tribuna para reclamar do atraso nos preparativos para a Copa do Mundo.

Em um plenário vazio, como habitualmente acontece às sextas-feiras, Jaqueline criticou especialmente o aeroporto do Distrito Federal.
“- O que me preocupa também é que ouvi dizer que aqui no Distrito Federal vai-se fazer um puxadinho para o recebimento dos turistas.”, disse

Para constranger Dilma em ida à ONU, funcionários se dizem submetidos a salários “em nível de pobreza nos EUA”.

Aproveitando a viagem da presidenta Dilma Rousseff a Nova York (EUA) para a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), os funcionários locais de consulados e embaixadas do Brasil ao redor do mundo enviaram uma carta à secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, reclamando das condições de trabalho nas missões brasileiras.

“Há décadas não conseguimos reajuste salarial. Aos nossos salários, que já configuram nível de pobreza nos EUA, tampouco incorrem reajustes anuais”, diz a carta.

O piso desses funcionários é de 2,2 mil dólares, apenas 10% acima do valor de 1996.

95% da população apoia Lei Maria da Penha

A Lei Maria da Penha (11.340/06), que protege a mulher vítima de violência doméstica, foi aprovada por 95,5% dos entrevistados em sondagem de opinião realizada pela Câmara dos Deputados entre 30 de junho e 11 de agosto de 2011. A lei entrou em vigor há quase cinco anos, em 22 de setembro de 2006.

A sondagem sobre a percepção da população brasileira em relação aos cinco anos de vigência da lei foi feita com 1.295 pessoas, com abrangência nacional. A pesquisa foi realizada mediante adesão do cidadão ou cidadã que ligava espontaneamente para o Disque-Câmara (0800 619 619), serviço telefônico gratuito oferecido à população. As informações são da Agência Câmara.

Dos entrevistados, 77,5% declararam conhecer o conteúdo da lei, ainda que parcialmente. “São pessoas que já podem, minimamente, invocar a lei para exercer seus direitos”, diz a consultora da pesquisa, Giovana Perlin, especialista em estudos de gênero, família e sexualidade.

“Levando-se em conta que o percentual dos que aprovam as medidas é maior do que o percentual dos que conhecem o conteúdo da lei, alguns entrevistados aprovam medidas punitivas mesmo sem conhecê-las”, complementa.

Igualdade

Giovana destaca que não houve diferenças estatísticas significativas na percepção de homens e mulheres. “Ambos mostram intolerância em relação à violência contra mulher”, afirma.

A pesquisa também mostra que 90,7% dos entrevistados acham que a punição contra agressores deveria ser mais rigorosa. “O dado mais relevante talvez seja o do anseio por justiça, pelo fim da impunidade dos agressores e pelas relações familiares pacificadas”, diz a consultora.

Para os próximos anos, a pesquisadora recomenda que sejam divulgados aspectos específicos do conteúdo da lei, por meio de campanhas educativas na mídia, especialmente nos meios públicos e institucionais. “As pessoas sabem da existência da lei, mas não sabem os detalhes do que ela diz”, explica.

Segundo a diretora-executiva do instituto feminista Patrícia Galvão, Jacira Melo, a pesquisa da Câmara revela uma mudança na percepção da população sobre a violência doméstica. “Antigamente, a sociedade brasileira tinha a percepção de que era um problema privado. Hoje a sociedade reconhece a violência doméstica como um problema social sério, que necessita de intervenção do Estado”.

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