Hospital em SP testa “superpílula” capaz de reduzir em 60% risco de derrame


A polipílula testada deverá prevenir problemas de risco cardiovascular moderado, reduzir a pressão arterial e controlar o colesterol

Pesquisadores do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, terminaram os
testes da fase inicial de um estudo que pretende compactar em uma única pílula
quatro medicamentos que previnem doenças cardiovasculares – consideradas a
principal causa de mortes no Brasil e no mundo. A pesquisa está sendo feita em
sete países e, no Brasil, é coordenada pelo Hcor. O estudo constatou que o novo
medicamento reduz em 60% o risco de derrame ou infarto. Em quatro meses, começa
a fase de testes em 22 hospitais do país.

A polipílula testada deverá prevenir problemas de risco cardiovascular
moderado, reduzir a pressão arterial e controlar o colesterol. Ela combina em um
único comprimido os compostos da Aspirina (que previne entupimento dos vasos
sanguíneos do coração), a Sinvastatina (controlador de colesterol) e de dois
medicamentos para controle da pressão arterial: Lisinopril e
Hidroclotiazida.

“Nesta primeira fase, com início em 2006, feita em sete países, 400 pacientes
com risco médio de infarto ou derrame tomaram uma pílula por dia por quase cinco
meses. Em todos esses países se viu uma redução de 60% no risco de a pessoa
sofrer um derrame ou infarto no futuro, além da redução na pressão arterial e no
colesterol”, explica o coordenador da pesquisa no Brasil, o médico Otávio
Berwanger.

De acordo com os pesquisadores, as vantagens desta polipílula para pacientes
predispostos a problemas cardiológicos são a facilidade de manter o tratamento,
já que é necessária uma única dose por dia, e custo inferior no valor dos quatro
medicamentos somados.

No segundo semestre, a segunda fase da pesquisa começará a ser feita com
pacientes em estados mais graves, que já tiveram acidente vascular cerebral
(AVC) e infarto. No Brasil, o estudo será coordenado pelo HCor em parceria com o
Ministério da Saúde e irá envolver duas mil pessoas, em 22 hospitais do
país.

Durante um ano e meio, oito mil pessoas em quatro estudos diferentes que já
tiveram infarto ou derrame vão tomar o medicamento. “Só depois dessa nova
pesquisa é que vai ser definida a eficácia da pílula em larga escala”, explica
Berwanger.

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