O jornal New York Times postou uma matéria surpreendente agora a noite na sua versão online dizendo que os promotores do caso Strauss-Kahn estariam para apresentar nesta sexta-feira uma mudança de posição, admitindo que a camareira teria mentido em vários momentos das investigações.
Era de se esperar que os advogados de defesa dele fossem atacar a credibilidade da acusadora – uma imigrante da Guiné Bissau – mas o estranho é que os promotores é que estariam para admitir que há várias contradições e inconsistências no caso. Haveria segundo o jornal inclusive uma conversa telefonica gravada dela em que ela conversa as vantagens financeiras que teria com o caso. Do outro lado da linha estaria um acusado de tráfico de drogas.
Seja como for, dificilmente DSK recupera o que perdeu. O cargo de diretor gerente do FMI já está ocupado. Restaria a ele, se fosse inocentado, a tentativa de voltar à política francesa. Apesar de haver mais gente na França disposta a acreditar que ele foi vitima de conspiração, desde o início, a reconstrução da carreira política seria bem mais difícil. Ele liderava as pesquisas eleitorais na França quando a acusação de ataque sexual foi feita.