Arquivo do dia: junho 15, 2011

Muçulmana posa para Playboy alemã

O jornal Daily Mail soltou a bomba do dia, aludindo à capa da Playboy alemã que tem na capa e recheio a modelo muçulmana de origem turca, Sila Sahin.

Sila acaba de quebrar um tabu, já que sabidamente as mulheres desta religião enfrentam forte pressão por conta do patriarcalismo da cultura de países que comulgam a seita.

Com poses sensuais e corpo à mostra, estampada na a capa de abril da revista, ela revelou que ao fazer o editorial de 12 páginas, sentiu-se como Che Guevara, explicando que o ensaio foi como uma prova de expressão de liberdade. “Essas fotos são uma resposta à repressão que sofri durante a infância. Eu queria me sentir livre”.

Conhecida na Alemanha por estrelar uma novela na televisão local, Sila impressionou seus fãs e amigos ao topar posar nua para a publicação. A família dela, porém, desaprovou sua atitude e se mostrou decepcionada com a escolha da modelo.

“Minha mãe ainda está brava comigo. Tem sido difícil lidar também com meus avós e com meus tios”, contou.

Peru livre do analfabetismo

A pouco mais de um mês de deixar o poder, o presidente do Peru, Alan García, avaliou que anteontem (13) foi um dia “decisivo e histórico” para o país. García afirmou que o Peru “está livre” do analfabetismo. “Esta é uma etapa maravilhosa na justiça social”, afirmou.

Segundo ele, nos últimos anos o número de peruanos alfabetizados chegou a 1,7 milhão, dos quais 70% são mulheres. Porém, o presidente se disse preocupado porque cerca de 550 mil novos alfabetizados estão desempregados.

De acordo com analistas políticos e econômicos, um dos principais desafios de Ollanta Humala, sucessor de García, é a falta de emprego no Peru e o elevado percentual de pobreza no país – aproximadamente 30% da população são considerados na faixa de pobreza.

No entanto, García se concentrou na conquista da redução de analfabetismo do país. O presidente afirmou que a queda para menos de 4% é uma das exigências internacionais. De acordo com ele, é uma ação de “justiça social”. “Nós somos livres, como diz o nosso hino, mas a partir de hoje estamos livres do analfabetismo, que excluiu, oprimiu e torturou milhões de peruanos ao longo de nossa história”, disse.

De acordo com os dados do governo, em 2006, a taxa de analfabetismo era 11% e agora foi reduzida para menos de 4%. O presidente agradeceu o apoio dado por “milhares de educadores” ao projeto. Os participantes dos cursos tiveram mais de 270 horas de estudo. Durante a cerimônia, na sede do governo do Peru, María Huamaní Martinez, da cidade de Apurimac, uma das mulheres alfabetizadas, disse que estava feliz pela “oportunidade de ler e escrever”. Em seguida, García levantou a bandeira com a inscrição “Peru livre de analfabetismo”.

As informações são da Presidência da República do Peru. Edição: Juliana Andrade Renata Giraldi Repórter da Agência Brasil via FolhadoFora

Quem devolver cartão do Bolsa Família terá retorno garantido se renda cair

Beneficiários que devolverem voluntariamente o cartão de adesão ao Programa Bolsa Família em razão de melhorias na renda serão recadastrados no programa caso enfrentem novos problemas financeiros, sem ter que ir para o fim da fila.

A informação foi divulgada hoje (15) pela ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello. Ao participar da 23ª reunião plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), ela explicou que muitas pessoas que recebem o benefício, quando conseguem um emprego ou alcançam um novo patamar financeiro, não devolvem o cartão por medo de ter que voltar ao final da fila caso sejam demitidas. “São famílias que têm situação de trabalho vulnerável, que têm medo de perder o emprego na sequência”, disse.

A ministra destacou ainda que o Cadastro Único, a partir de agora, passa a identificar públicos diferenciados, como populações de rua, ciganos, quilombolas e indígenas.

Direitos iguais para domésticas

Após 50 anos de debates, trabalhadoras domésticas terão finalmente o mesmo direito dos demais trabalhadores no mundo, o que obrigará o governo brasileiro a reformar a Constituição para garantir a mudança no status das domésticas. Nesta segunda-feira, 13, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) concluiu negociação para criação de uma convenção internacional para garantir direitos às trabalhadoras domésticas.

A votação do projeto vai ocorrer ainda nesta semana. Governos e sindicatos apostam na aprovação do tratado. Se for ratificado pelo Brasil, o governo terá de iniciar processo para modificar a Constituição.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, acha que a votação não trará mais surpresas e disse que a mudança constitucional vai ocorrer. No Brasil, não há necessidade de reconhecer o FGTS no caso das domésticas. O Fundo de Garantia é apenas um “benefício opcional” que o empregador pode ou não conceder. Mas, ao se equiparar o estatuto dessa classe, será obrigatório.

Lupi, que admitiu a explosão que o setor sofre no Brasil, garantiu aos sindicatos que haverá projeto de lei nesse sentido e que o governo quer ser um dos primeiros a ratificar a convenção. A principal mudança terá de ocorrer no artigo 7 da Constituição, que fala dos direitos dos trabalhadores. “Já estamos em negociação com o governo para permitir que a mudança na Constituição seja apresentada ao Congresso”, disse Rosane Silva, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT. Segundo ela, foram os países europeus que mais resistiram ao acordo. “Os europeus querem os direitos máximos para seus trabalhadores e os mínimos para os imigrantes”, acusou Rosane, que participou das negociações.

Dados do Ministério do Trabalho indicam que 15% das trabalhadoras domésticas do mundo estão no Brasil. Existem no País cerca de 7,2 milhões de trabalhadoras nessa classe. Apenas 10% têm carteira assinada. Desde 2008, o número de domésticas aumentou em quase 600 mil.

“A maioria está sem contratos formais de trabalho e submetidas a jornadas excessivas e sem proteção social”, disse Lupi. Segundo o governo, a média é de 58 horas semanais de trabalho para essa classe de trabalhadoras.

Segundo o Ministério, o salário médio de uma empregada doméstica é inferior ao salário mínimo. Os cálculos apontam que não passaria de R$ 400 por mês. “As trabalhadoras domésticas fazem parte de uma das categorias profissionais historicamente mais negligenciadas do mundo do trabalho”, disse Lupi. Segundo o IPEA, um terço dos domicílios chefiados por trabalhadoras domésticas são domicílios pobres ou extremamente pobres.

Meia década. No mundo, as trabalhadoras domésticos somam mais de 52 milhões de mulheres, mas a convenção está prestes a ser votada 50 anos depois do primeiro pedido feito à OIT.

Se no Brasil o tema é um dos mais delicados, no resto do mundo também é explosivo. Por trabalharem em casas, muitas dessas empregadas são invisíveis. “Pela primeira vez essas trabalhadoras estão sendo trazidas para a luz do dia”, afirmou William Gois, representante da Migrant Forum in Asia, entidade que se ocupa da situação de milhares de filipinas que trabalham na Europa, Estados Unidos e Japão.

“Em muitos lugares, empregadores confiscam os passaportes de suas domésticas para impedir que deixem o trabalho”, disse. “Quando pedem aumento, são ameaçadas de expulsão”, explicou. A filipina Marissa Begonia disse que foi alvo de um tratamento abusivo quando trabalhava em Hong Kong como doméstica. “Depois de 17 anos trabalhando nessa situação, hoje posso comemorar”, afirmou.

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