Arquivo do mês: abril 2011

Rainha Elizabeth II não irá a festa de casamento do príncipe William

O palácio de Buckingham informou que  a rainha Elizabeth II não assistirá a festa de casamento do  neto, logo após a cerimônia do enlace entre Jate e o príncipe William.

Com isso ela e o marido, o duque de Edimburgo, não irão ouvir o discurso de seu neto e do irmão de William, Harry, que também é uma testemunha do casamento, assim como a fala do pai Kate Middleton Michael.

Após a cerimônia na Abadia de Westminster, Elizabeth II dará uma recepção para 600 convidados, mas depois vai com o marido para um fim de semana “privado” para evitar as câmeras.

Falsa Psicólaga cobrava caro para tratamento de autistas

A Polícia Civil prendeu na tarde de quarta-feira (27) Beatriz da Silva Cunha uma falsa psicóloga, supostamente especializada em tratar crianças com autismo.

A mulher foi presa em Botafogo, na Zona Sul do Rio, onde funcionava um centro de tratamento especializado fundado por ela. Segundo a delegada Patrícia de Paiva Aguiar, da Delegacia do Consumidor (Decon), a mulher não possui graduação em curso superior, nem especialização em psicologia.

Matéria do Jornal da Globo

A investigação da polícia começou após uma denúncia feita na Decon por uma delegada de polícia. O filho dela estava sendo acompanhado pela mulher, mas a mãe não percebia evolução no tratamento. Solicitada, a suspeita apresentou um falso registro da profissão para a mãe do paciente, informou a polícia.

Parte da investigação feita pela Decon inclui um vídeo em que a falsa psicóloga explica que, mesmo sem conhecer uma criança que receberia atendimento, o tratamento teria que ser feito por três horas todos os dias da semana.

De acordo com a polícia, ela cobrava, em média, R$ 90 por hora. Mas a delegada que fez a denúncia afirmou na Decon que gastou cerca de R$ 40 mil por oito meses de tratamento do filho, segundo Patrícia.

A polícia informou que na delegacia, a falsa psicóloga disse informalmente só ter cursado dois períodos da faculdade de psicologia. Mas ela ainda vai prestar depoimento. A suspeita será indiciada por estelionato, propaganda enganosa e exercício ilegal da profissão.

Filha de Vinicius de Moraes, Luciana comete suicídio

O corpo de Luciana foi encontrado pelos empregadosda casa onde ela morava com cortes nos pulsos em frente ao prédio  na Rua Visconde de Albuquerque. A Polícia Militar confirmou a hipótese de suicídio. Bombeiros ainda foram chamados para prestar socorro, mas a filha dodo compositor já estava morta.

O irmão da companheira de Luciana, Carlos Alberto de Oliveira, contou que ela estava muito deprimida e passava por tratamento psicológico. Há pouco tempo, ela precisou vender um imóvel que tinha na Gávea, na Zona Sul, por causa de dificuldades financeiras. Ela trabalhava gerenciando direitos autorais, inclusive das músicas do pai.

Luciana foi fruto do terceiro casamento de Vinicius de Moraes, com Lila Bôscoli, bisneta da compositora Chiquinha Gonzaga.

A morte de Neulsinha Brizola, filha do ex governador

A mais famosa filha do ex-governador do Rio Leonel Brizola, Neusinha, morreu nesta quarta-feira. A informação foi divulgada pelo deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ), em seu blog. Ex-cantora, Neusa Maria Goulart Brizola tinha 56 anos e, segundo o blog, estava internada desde o último domingo na Clínica São Vicente, no Rio, com complicações pulmonares decorrentes de uma hepatite.

Cantora do hit “Mintchura”, sucesso no início dos anos 80, a filha de Brizola chegou a ser indiciada por tráfico de drogas  em 1990. Ela e mais quatro pessoas teriam vendido 1,8 quilo de cocaína para um holandês que embarcaria para Amsterdã. Neusinha morou na Holanda por seis anos, até 1991. Este foi apenas um dos escândalos em que se envolveu, desde o o primeiro mandato de Brizola no governo do Rio, entre 1983 e 1987. Um deles foi um posar para um ensaio para a revista Playboy. A publicação foi suspensa por Brizola. Em agosto de 1993, quase parou na delegacia depois de brigar com a sua empregada, Rose Alves, por causa de um cachorro.

Desgostosa com os rumos tomados pelo partido fundado por seu pai, Neusinha Brizola se desfiliou do PDT em 2007 e filiou-se ao PV. Em 2008, lançou-se como produtora cultural. Na mesma época, submeteu-se a uma plástica rejuvenescedora no rosto e colocou megahair para estender os cabelos quase até a cintura.

Leonel Brizola

“As pessoas pensam que nossa relação era ruim, mas ele foi um ótimo pai, muito amoroso. Sofri muito no exílio; não podíamos pisar no Brasil. Quando voltei, escancarei. Foi um grito de liberdade, um porre de democracia.”

Neusinha tinha dois filhos, Paulo César e Layla; e dois netos, Túlio e Breno. Segundo Brizola Neto, sobrinho dela, a ex-cantora será sepultada em São Borja, no Rio Grande do Sul, onde foram enterrados seus pais.

O Globo

Eric Clapton em Porto Alegre, RJ e SP

A previsão da vinda de Eric Clapton ao Brasil em outubro foi confirmada nesta quarta-feira (27), segundo informa a colunista Mônica Bergamo no jornal Folha de São Paulo.

Os shows estão marcados para o dia 6 daquele mês em Porto Alegre (estacionamento da  Fiergs), dia 9 no Rio de Janeiro (HSBC Arena) e dia 12 em São Paulo (estádio do Morumbi).

Ainda não há informações sobre preço ou início das vendas de ingressos. A informação de que o guitarrista viria ao país foi divulgada no início deste mês, quando o diretor da produtora de shows Time For Fun (T4F) na Argentina, Fernando Moya, sinalizou ao jornal argentino “El Cronista”.

Além de Eric Clapton, a previsão é de que o Pearl Jam desembarque no Brasil em setembro, segundo a entrevista de Moya. Não se sabe se a banda de Eddie Vedder virá com show solo ou como atração de algum festival –no mesmo mês haverá a edição brasileira do Rock In Rio 2011. O Aerosmith, que esteve por aqui em 2010, também está cotado para voltar em novembro.

De acordo com a entrevista de Moya ao jornal argentino, a filial brasileira da T4F já teria pago, em 2010, cerca de 900 mil dólares referentes aos três shows, que virão em turnê pela América do Sul, passando por Brasil, Chile e Argentina.

Morre a cantora punk Poly Styrene

A cantora Poly Styrene, ex-vocalista da banda punk X-Ray Spex, morreu na noite desta segunda-feira, em Londres, de câncer.

A informação é do site Gawker. Seus assessores divulgaram a notícia via Twitter. “Confirmamos que a bela Poly Styrene, que foi uma verdadeira guerreira, venceu a batalha nesta segunda para ir a lugares mais elevados”.

Em entrevista à BBC no mês passado sobre seu último álbum solo, a cantora disse que seria lembrada por Oh Bondage Up Yours. “Gostaria de ser lembrada por algo mais espiritual”, disse na ocasião.

Styrene, cujo nome verdadeiro era Marianne Elliot-Said, foi pioneira na cena punk. Ela formou o X-ray Spex em 1976 depois de assistir a um show dos Sex Pistols e lançou o sucesso “Oh bondage up yours”. O álbum de estreia do grupo, “Germ free adolescents”, saiu em 1978.

Morre o cantor nativista Rui Biriva

O cantor e compositor Rui Biriva, morreu às 22h45min desta segunda-feira. A informação foi divulgada pela assessoria de comunicação do Hospital Conceição, onde Biriva estava internado desde 14 de abril para o tratamento de um tumor no intestino grosso.

Rui Biriva tinha 52 anos e era o caçula dos três filhos de Adalíbio e Malvina Leonhart, um casal de pequenos agricultores do distrito de Esquina Eldorado, em Horizontina. Depois de cursar Direito no Paraná, sem concluir o curso, o cantor deu início a uma carreira bem-sucedida como intérprete em festivais nativistas. O próprio apelido “Biriva” foi ganho depois de o jovem Rui vencer o festival Seara da Canção Gaúcha, em Carazinho, em 1982, com a canção Birivas, de Airton Pimentel. “Biriva” é uma designação para os tropeiros de gado das comunidades de cima da Serra. Rui voltaria a vencer o mesmo festival em 1984, com a música Santa Helena da Serra, parceria com José Luiz Vilela e até hoje uma de suas composições mais queridas pelo público.

Depois de gravar o primeiro LP em 1987, Cantar (Continental), Rui rapidamente tornou-se um dos nomes-chave de sua geração. Ficou famoso não apenas pelo sucesso popular de canções animadas e festivas como Tchê Loco, Festança, Pé na Estrada, Tonto de Saudade e Castelhana (esta última, parceria com Elton Saldanha), mas pela simpatia e espontaneidade cheia de humor que levava para suas músicas e para suas performances de palco.

Seu disco mais recente, Pedindo Cancha (2009), um CD que o próprio artista identificava como especial em sua trajetória _ uma espécie de “álbum conceitual” temático sobre a Cancha Reta, um dos esportes campeiros mais antigos do Estado. Rui deixa mulher e um filho.

Ex Menudo Robby Rosa está com câncer

O ex-Menudo Robby Draco Rosa, 41 anos, enfrenta uma grande batalha em sua vida. Mas, desta vez, não tem nada ver com o mundo musical.

Para tristeza dos milhares de fãs da boyband das décadas de 80 e 90, o cantor foi diagnosticado com câncer no abdômen. O artista está internado na clínica Burzynski Clinic,em Houston, no Texas (EUA).

Seu agente Angelo Medina, através de um comunicado à imprensa, foi quem noticiou a doença de Robby.

“Nesse dia eu tenho que informar uma das notícias mais difíceis que eu já dei na minha carreira de mais de 30 anos. Durante vários meses, Draco teve várias doenças e problemas de saúde. Depois de visitar vários especialistas nos Estados Unidos, foi diagnosticado um tumor cancerígeno no abdômen, perto do fígado. Neste momento, ele está em tratamento especializado na clínica Burzynski Clinic, em Houston, no Texas”, disse o agente.

Medina disse que Robby, que é casado há 21 anos e tem dois
filhos – um de 15 e outro de 8 anos – está muito otimista quanto à sua recuperação:“Ele é muito lutador e otimista. Ele é um homem muito sensível e o vi como um guerreiro”,.

O cantor ainda recebe a energia positiva de um de seus ex-companheiros de Menudo, Ricky Martin. Através do twitter, o intérprete de Copa de La Vida” escreveu: “@dracorosa Você é um guerreiro, irmão! Força”, disse.

Menudo foi uma boyband latina de Porto Rico, criada em 1977 pelo produtor Edgardo Díaz. Na década de 1980 passaram pelo grupo Xavier Serbia, Miguel Cancel, Rene Farrait, Carlos Melendez, Johnny Lozada, Charlie Massó, Ray Reyes, Roy Rosello, Robby Draco Rosa e Ricky Martin, alcançando muita projeção. O primeiro país da América Latina em que ficaram famosos foi a Venezuela e depois outros países latino-americanos como México, Argentina, Colômbia, Chile, Uruguai e Brasil.

No Brasil, os rapazes e suas coreografias sensuais, encantaram adolescentes e formaram milhares de fãs-clubes. Na década de 80, o Menudo era o grupo musical de maior visibilidade na mídia brasileira. Uma verdadeira febre! Nesta época, os garotos de Porto Rico só podiam fazer shows nos maiores estádios de futebol do Brasil, devido ao tamanho do público.

Nesta fase, o Menudo atingiu seu apogeu na América Latina e seus componentes eram os jovens Robby Rosa, Charlie Massó, Roy Rosselo, Ray Reyes e o ainda famoso Ricky Martin, este na época um pré-adolescente. E cada um dos meninos tinha seu próprio fã clube, para as quais eles cantavam músicas em espanhol, inglês ou português, como If you’re not here e Não Se Reprima, com suas danças características.

Mas o sucesso foi diminuindo após as substituições de alguns componentes, que iam se tornando adultos. O fim ocorreu gradativamente nos anos 90.

Robby Rosa e Ricky Martin foram alguns que seguiram carreira solo de sucesso. Robby inclusive produziu nos últimos anos alguns discos de Rick Martin

Artigo: A política e a bebida

O repórter Jorge Bastos Moreno escreveu ontem (24), em ‘O Globo’, a mais deliciosa matéria desse final de semana.

O hábito dos políticos com a bebida.Eis o seu texto:
“Se a Lei Seca estivesse em vigência há 30 anos, o senador Aécio Neves, flagrado semana passada numa blitz no Rio, não estaria sozinho, mas numa galeria de ilustres homens públicos que prestaram relevantes serviços ao país. Pela carteira de habilitação vencida e, principalmente, pela recusa do teste do bafômetro – reação confessa de ingestão de bebidas.

Homens públicos que sempre fizeram da política sua única atividade profissional geralmente são muitos desorganizados e delegam a terceiros a atualização de seus documentos. E a habilitação nunca esteve entre suas prioridades, até porque quase nunca dirigem.

Mas o quesito que chama mais a atenção da opinião pública, o de ter ingerido álcool, é, paradoxalmente, a coisa mais comuns entre os políticos. Beber é da atividade. Se não, como atravessar noites debatendo com aliados e adversários e, também, em casa, aliviar o estresse do dia a dia.
Aliás, uma das máximas da política é não confiar em quem não bebe. Não conheci um bom político que não bebesse. E bem. Entre eles, vários ex-presidentes, ex-governadores e ex-chefes do Poder Legislativo.

Se todo mundo bebe, por que somente o ex-presidente Lula carregou a fama? Por preconceito a um operário que chegou à Presidência da República? Claro que não. Seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, como veremos adiante, também era bom de copo, assim como seus antecessores.

A fama de Lula só ultrapassou o círculo fechado da política porque o petista nunca cometeu a hipocrisia de esconder de ninguém que bebia. Então, Lula não foi profissional na arte de beber? Hipocritamente falando, não. Nem ele nem Aécio Neves. Por isso sempre foram os mais visados.

Como temente a Deus e partidário da tese de que “aqui se faz, aqui se paga”, tenho uma convicção mais mística sobre as razões de Lula ter pagado um preço por um hábito que é, na verdade, praticado pela maioria dos políticos e pelo próprio povo brasileiro (ainda semana passada, pesquisas revelaram que a população está bebendo mais).

É forte o que vou dizer agora, mas me baseio nos fatos, naquilo que Ulysses Guimarães dizia: “Sua Excelência, o fato”. Contra fatos, não há argumentos: Lula, estranhamente, sempre foi preconceituoso com a bebida, por mais que gostasse dela. Amigos mais íntimos atribuem isso a traumas sofridos na infância.

Quando se afastou do governo Itamar Franco, entre outras alegações, Lula dizia que o presidente preterira a indicação do renomado jurista Raymundo Faoro pela “daquele pinguço do Maurício Corrêa”, que, por uma dessas peças da vida, veio a presidir o Supremo Tribunal Federal na gestão do petista. Corrêa, como presidente do STF, infernizou a vida de Lula, lembram?

Outra prova do preconceito de Lula contra a bebida ocorreu na campanha de 1998, contra Fernando Henrique. Em vários comícios, inclusive um na Praça da Sé, em São Paulo, Lula tentava desqualificar o prestígio internacional do adversário dizendo que seus maiores amigos eram “um maníaco sexual ( Bill Clinton ) e um cachaceiro ( Boris Yeltsin)”. Bem, quando o “NYT” fez o mesmo com ele, Lula quis expulsar o correspondente do jornal.

Mas as famas de Lula e de Aécio são totalmente injustas se olharmos para a famosa galeria dos bons de copo, que, entre tantos ilustres, inclui o próprio FH, Ulysses, Tancredo Neves, Itamar, Severo Gomes, Sepúlveda Pertence, Nelson Jobim, José Eduardo Dutra, Jarbas Vasconcelos, Sérgio Cabral, Miguel Arraes, Marcello Alencar, Hélio Garcia, Marcelo Déda, Jaques Wagner, e vou parar por aqui para não ser injusto com os que não estão nessa seleta relação. Escolhi, propositadamente, os mais corretos, até para deixar claro que beber não é crime. Crime é roubar. E, geralmente, o político corrupto não perde a sobriedade para não perder uma jogada. Eles quase não bebem. Daí a desconfiança na política contra os abstêmios.

Fernando Henrique sempre foi um bebedor sofisticado, discreto. Poucas vezes foi flagrado “mais alegre”, a não ser em duas ocasiões que, até a publicação desta matéria, permaneciam no círculo restrito da política. Uma vez, como senador, em Porto de Galinhas (PE), com os falecidos Ulysses Guimarães e Carlos Wilson. Os três tentavam dominar um “bugre”. Até hoje, não se sabe quem estava mais bêbado.

Em outro episódio, também no litoral nordestino, FH, na Praia do Francês (AL), chegou a ficar quase nu num mergulho. Foi fotografado pelas costas com a bunda de fora. A autora da foto, procurada agora por mim para ilustrar este texto, disse que a vítima sempre soube da existência da foto, mas nunca se preocupou com ela, nem nas campanhas eleitorais, pois sabia que estava entre amigos. Além do mais, a própria imagem deixava claro ter sido acidente banal e não uma exibição. Eu queria ter essa autoconfiança do FH.

Já Ulysses era bebedor profissional, tão profissional que era difícil percebê-lo bêbado. Já tinha a vantagem de falar normalmente com a língua enrolada e de não ter sentido de direção: só, não conseguia chegar nem a sua casa – o que era comprometedor para quem bebia, no seu caso era característica bem conhecida. Dos políticos que conheci, Ulysses talvez fosse o que melhor sabia beber bem e sofisticadamente, e, repito, embriagar-se sem parecer bêbado. Poderia contar aqui algumas histórias de Ulysses. Mas é absolutamente desnecessário. Ou vocês acham que um homem que criou a “turma do poire” – aguardente de pera mais forte que a nossa cachaça, que derruba o freguês só pelo perfume embriagador – precisa de mais histórias? Integrante daquele clube que mandava no país na época, Ibsen Pinheiro certa vez revelou: “Boa, só a turma, o poire é muito ruim.” Que blasfêmia! Não havia um chefe político dos locais mais distantes do país que não recebesse Ulysses com uma garrafa de poire.

Tancredo Neves não ficava para trás. Sua preferência eram os vinhos. Certa vez – e esta história foi espalhada por Ulysses – numa bebedeira na casa de uma amiga em Brasília, às vésperas da Semana Santa, Tancredo subiu na mesa e, solenemente, fez um convite geral:
– Minha São João del Rey é paradoxalmente a cidade mais profana e religiosa do Brasil: tem o melhor carnaval e a melhor Semana Santa! Por isso, convido a todos para irem comigo.
No dia seguinte, a pedido de Tancredo, Ulysses telefonou aos convidados alegando que o colega pegara gripe forte e voltaria ao Rio, onde morava. A propósito: Tancredo, como deputado, senador e governador de Minas Gerais, sempre morou no Rio. Deve ser coisa de DNA”.

Encontrada proteína da geléia real que transforma abelha em rainha

A Ciência, que já sabia que o alimento estava ligado à diferenciação entre as abelhas, só agora isolou a proteína e compreendeu como se dá o processo

Abelha no jardim do palácio presidencial de Nova Déli, ÍndiaAbelha operária (foto) produz a geléia real que alimenta as larvas que se transformam em rainha (Gurinder Osan/AP)

A proteína 57-kDa encontrada na geléia real – secreção produzida pelas abelhas operárias e que serve de alimento ao inseto em sua fase larval – é o ingrediente ativo que culmina na transformação de uma larva de abelha em rainha, segundo um estudo publicado na última edição da revista “Nature”.

Uma larva de abelha fêmea (Apis mellifera) pode se transformar tanto em uma operária estéril quanto em uma rainha – que é fértil e possui um corpo mais longo, além de uma evolução mais rápida e vida muito mais longa. A rainha põe ovos fecundados que dão origem às operárias, enquanto os não fecundados transformam-se nas abelhas macho, os zangões.

O nutriente existente na geléia real responsável pela diferenciação entre as abelhas operárias e a rainha é a proteína 57-kDa, já identificada. Os cientistas já sabiam que o dimorfismo das abelhas fêmea baseia-se no consumo de geléia real e que não depende de diferenças genéticas. Entretanto, o ingrediente ativo e o mecanismo que guia o desenvolvimento das abelhas rainha não eram muito conhecidos.

No Japão, o grupo dirigido por Masaki Kamakura, cientista da Universidade de Toyama, mapeou, por meio de experimentos com moscas-das-frutas (Drosophila melanogaster), como a 57-kDa ativa outra proteína, a p70 S6, aumentando assim a atividade da MAP quinase – grupo de substâncias que, respondendo a estímulos externos, faz com que proteínas desencadeiem processos celulares.

Os estudiosos acreditam que a p70 S6 é responsável pelo aumento do tamanho do corpo da abelha rainha, enquanto a MAP quinase causa a aceleração em seu desenvolvimento.

Estes processos – mediados pelo Receptor do Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR, na sigla em inglês) – produziram nas moscas-das-frutas fenotipos similares aos das abelhas rainha.

(com agência EFE)

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