Arquivo do dia: fevereiro 1, 2011

Estudante cria site inspirado no Wikileaks para informar jornais

Com a perseguição política e cibernética ao site Wikileaks, de Julian Assange, outros sites menor porte estão surgindo na Internet para divulgar informações sigilosas de interesse publico.
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O mais recente portal criado neste sentido é o Localeaks, desenvolvido por um estudante de jornalismo dos EUA e que oferece informações anônimas para cerca de 1,4 mil jornais americanos, entre eles o Los Angeles Times, Chicago Tribuna e Boston Globe, segundo informa o ReadWriteWeb.
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O operacional do Localeaks foi criado pelo estudante de jornalismo Matt Terenzio, da City University de Nova York. O sistema online e criptografado permite vazamentos anônimos de informação.
O usuário pode escolher o jornal para o qual a informação divulgada será enviada.
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De acordo com a agência de notícias Reuters, sites semelhantes ao Wikileaks estão surgindo na Europa e, nos EUA, o próprio The New York Times pretende criar um site com o mesmo objetivo.

Para EUA candidato a visto é dividido em “bom”, “mau” e “feio”

Deu na Folha de São Paulo hoje:

Consulado americano em São Paulo compara os que buscam autorização de trabalho a personagens de filme

Termos pejorativos usados em despacho interno de dezembro de 2005 foram revelados pelo site WikiLeaks


Candidatos a vistos temporários de trabalho nos EUA não sabem, mas o consulado americano em São Paulo usa uma classificação interna que os compara a bandoleiros e golpistas do cinema.
Num despacho interno de dezembro de 2005, revelado pelo site WikiLeaks, o ex-cônsul-geral dos EUA em São Paulo Christopher J. McMullen divide os solicitantes em “bons”, “maus” e “feios”, numa alusão ao filme “The Good, The Bad and The Ugly” (“Três Homens em Conflito”, na versão brasileira), de Sergio Leone.
O “bom”, vivido por Clint Eastwood, é um pistoleiro de modos refinados que, mesmo dando pequenos golpes, é o mais ético do grupo.
No consulado, são jovens de classe média e de boa escolaridade que tentam ir aos EUA para trabalhar em hotéis, estações de esqui e cassinos para ganhar dinheiro, melhorar o inglês e voltar.
No filme, o “mau” é desprovido de ética. Para o setor consular, são parentes ou amigos de imigrantes ilegais brasileiros em busca de emprego em lavanderias e peixarias que representam grande risco porque muitos, com o visto, não voltam ao Brasil.
E, se na ficção o “feio” é rude e tem aparência descuidada, no consulado é gente desqualificada, pobre e desesperada -nesses termos.
O consulado diz que, em vez de pagar US$ 10 mil para atravessar a fronteira pelo México, candidatos têm conseguido petições de trabalho fraudulentas por US$ 3.000.
“Invariavelmente, os candidatos pedem dinheiro emprestado ou vendem o carro para conseguir o dinheiro do visto. Com frequência, quem conseguiu o visto no ano anterior desaparece na imensa população de imigrantes ilegais brasileiros em Massachusetts”, diz o documento.

PEJORATIVO
“É uma classificação que faz sentido, é válida, mas as palavras são pejorativas. A terminologia é horrível e inadequada, é presunçoso e tem uma conotação de superioridade. Mostra uma atitude de desprezo”, diz o advogado britânico Barry Wolfe, há 24 anos no Brasil e especialista em direito de imigração.
No despacho, o consulado diz ter entrevistado 1.515 candidatos a visto de trabalho de janeiro a novembro de 2005, com índice de negação de 49% e aumento de 200% em relação ao ano anterior.
“Da próxima vez que estiver apostando em Connecticut ou subir numa cadeira de teleférico em alguma estação de esqui, sugiro que cumprimente os empregados com “bom dia” [assim, em português]”, conclui o cônsul.
A Folha e outros seis jornais do mundo têm acesso aos telegramas do WikiLeaks antes da sua divulgação no site da organização (www.wikileaks.ch).

FSP/VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO

Veja terá que indenizar desembargador gaúcho

A revista Veja terá que indenizar o desembargador José Aquino Flores de Camargo em R$ 27.174,39. Camargo, que é o primeiro vice-presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, moveu a ação pela reportagem “Previdência: mexeram no meu queijinho”, publicada em 20 de agosto de 2003.

Quando a matéria foi publicada, o desembargador (foto) era o presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris). Segundo a revista, ao falar dos “argumentos exaltados” de servidores públicos e opositores à reforma da Previdência, Camargo “chegou a comparar as mudanças nas aposentadorias e pensões às imposições de atos institucionais na ditadura. O quadro lista esse e outros exageros ditos pelos grupos de pressão anti-reforma ligados aos servidores”.

Além disso, a revista publicou uma foto de protestos em frente à Assembleia Legislativa, que usava balões de diálogo com críticas à reforma da Previdência. Para o desembargador, o uso de sua fala descontextualizada junto à foto de protesto, que “acabou em baderna e agressões ao patrimônio público – e que nada tem a ver com o ato público dos servidores, lhe causou constrangimentos junto a seus pares e à sociedade em geral”.

A juíza de Direito Nara Elena Batista, da 13ª Vara Cível de Porto Alegre, também alegou que a montagem induziu o leitor a acreditar que o desembargador era um dos líderes da manifestação.

Após recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal e ter o pedido negado, a Editora Abril interpôs Agravo de Instrumento, que será decidido pelo STF.

Espaço Vital.

Jornalista inocentado em ação movida por Casoy

O jornalista Celso Lungaretti foi inocentado de uma ação movida pelo apresentador Boris Casoy, da TV Bandeirantes. Boris acusava o blogueiro de calúnia e injúria por ter afirmado que o apresentador teve ligação com Comando de Caça aos Comunistas (CCC), o que Boris nega veementemente.

Segundo o juiz José Zoéga Coelho, houve críticas pesadas ao apresentador, mas esse fato “não basta para configurar crime contra a honra”. E completa. “Pelo exposto, entendo que a crítica, mesmo que envolvendo fatos em princípio aptos a afrontar a honra daquela pessoa assim criticada, não basta para evidenciar aqueles crimes de que trata a queixa”.

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O juiz enfatiza que o blogueiro apenas utilizou trecho da revista O Cruzeiro (reprodução ao lado), que afirmava que Boris havia pertencido ao CCC. Por outro lado, em sua defesa, o apresentador disse que a revista praticou um mal jornalismo e negou a associação ao grupo.

O advogado de Boris, Dr. Carlos Eduardo Regina, aguarda a notificação oficial da sentença para decidir se entrará com recurso contra a decisão.

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Morre o apresentador de TV Gilberto Scarpa

O apresentador Gilberto Scarpa morreu de sábado para domingo, aos 27 anos.

Desde agosto de 2010, ele comandava o programa “Brasil Bites”, revista eletrônica sobre celebridades do canal pago E! Entertainment.

Scarpa também era noivo da atriz e escritora Cibele Dorsa. Por meio do Twitter, ela comentou a notícia no domingo.

“Meu noivo se suicidou essa noite, com ele morto eu me sinto morta”, escreveu. Gilberto Scarpa morreu em São Paulo após jogar-se do 7o. andar do prédio onde residia.

O casal planejava transformar em peça de teatro um dos livros dela, ‘Homens no Bolso’, manual que pretende dar dicas para que as mulheres lidem com os homens. Bonito, divertido e namoradeiro, Gilbertinho tinha as festas em seu DNA; seu pai, o empresário Gilberto Scarpa, ficou conhecido pelas festas emblemáticas que dava todos os anos em sua casa no bairro de Beverly Hills, em Punta del Este.

Na mais comentada delas, em 96, recebeu Catherine Deneuve e Gina Lollobrigida (sob polpudo cachê), o jogador Diego Maradona e uma penca de socialites e celebridades. Correu na imprensa que o regabofe teria custado US$ 1 milhão. A exposição teve um preço caro: o magnata acabou sendo investigado pela Receita e desapareceu das colunas, hoje levando uma vida reclusa em Campinas, interior de São Paulo.

O E! Entertainment divulgou uma nota dizendo ter recebido a notícia “com muito pesar” e prestando solidariedade à família.

O enterro do corpo do apresentador ocorreu ontem, em Campinas.

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