Arquivo do dia: novembro 26, 2010

Caseiro de Bruno receberá indenização de R$ 13 mil

Em audiência na manhã desta sexta-feira, a juíza Marina Caixeta, da 11ª Vara de Trabalho de Belo Horizonte (MG) decidiu que o caseiro Paul Helberc Gomes, ex-funcionário do goleiro Bruno Fernandes , deve receber R$ 13 mil correspondentes a horas-extras, domingos e feriados não pagos. O valor deve ser pago em 13 parcelas de R$ 1.000.

O caseiro trabalhou em um sítio em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, de setembro de 2008 a agosto do ano passado. Segundo a assessoria do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), ele pedia R$ 2 milhões de indenização e alegou ter sofrida ameaças, que não foram comprovadas.

Na audiência, onde houve acordo entre os envolvidos, estiveram presentes o próprio goleiro Bruno, sua ex-mulher, Dayanne Rodrigues de Carmo Souza, e Luiz Henrique do Carmo Souza, o Macarrão.

Morre a ativista, cantora e atriz Claudia Wonder

CLaudia Wonder Foto - Moisés Pazzianotto

Na manhã de quinta-feira 26, morreu Claudia Wonder, 55 anos. Ativista, cantora, atriz e performer, Claudia, uma mulher transexual, era conhecida como rainha do underground paulistano. Ela construiu uma carreira de cerca de 40 anos.

Conhecida por toda a comunidade LGBT, lançou o livro OLHARES DE CLAUDIA WONDER, colunista do site ARRASABI e colunista da revista A CAPA, escritora do blog FLOR NO ASFALTO, trabalhou no CRD (Centro de Referência da Diversidade) e colaboradora do Casarão Brasil, com um histórico de vida longa em nossa comunidade Claudia Wonder morreu vitima de infecção.

São Paulo acordou de luto, mas sua história continua viva em seu trabalho, o velório acontecerá na parte da tarde desta sexta em local não divulgado, porém um último adeus a essa artista deverá ser dados por seus amigos e adimiradores ainda hoje.

A artista morreu devido a uma criptococose, vulgarmente conhecida como doença de pombo, que é provocada por fungos encontrados em fezes secas daquelas aves.
Ativismo com irreverência

Amigos e companheiros de causa destacaram a irreverência como uma das grandes marcas de Cláudia.

“Ela foi uma das principais figuras do mundo trans. Uma artista ousada, que lutava pela liberdade de forma original”, disse Barry Wolfe, fundador do projeto SOS Dignidade, que atua pelos direitos de travestis e transexuais.

“A Cláudia era uma artista-militante e teve papel fundamental em São Paulo. Foi interlocutora em todas as discussões de políticas públicas para o segmento”, declarou a coordenadora do Centro de Referência da Diversidade, Irina Bacci.

Para o Coordenador de Políticas para a Diversidade Sexual na Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado, Dimitri Sales, Claudia deixa “uma grande lacuna no trabalho cotidiano de combate às intolerâncias decorrentes da discriminação homofóbica e enche de tristeza os que admiravam o seu trabalho e sua luta.”

O velório será nesta sexta-feira no Espaço da Cidadania da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, localizado no Páteo do Colégio, 184 – Térreo, a partir das 18 horas.

Padre defende que urina cura câncer e Aids

O Padre Renato Roque Barth, que está sendo acusado de curandeirismo e charlatanismo pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-MT), afirmou que não há falhas no tratamento que ele desenvolve nos centros de Biosaúde e argumentou que não aceitou a conciliação com a classe médica, já que um acordo significa admitir que o tratamento desenvolvido por ele apresenta falhas.
Nos quatro centros localizados em Mato Grosso, é oferecido tratamento à base de ervas e argila, técnica utilizada há séculos no Oriente Médio. É considerada a primeira alternativa no combate às doenças antes de se partir para a medicina convencional, recomendada apenas em casos agudos e de emergência.

Em sua defesa na ação movida pelo CRM (Conselho Regional de Medicina) do Mato Grosso, o padre Renato Roque Barth (foto) manteve a convicção de que a poção que produz à base de urina do paciente cura câncer e Aids, entre outros males. O conselho o acusa de curandeirismo.

Nesta quinta-feira (25), em audiência no Fórum Criminal de Cuiabá, o padre rejeitou um acordo com o CRM para que a ação fosse retirada da Justiça.  Ou seja, ele manterá o seu atendimento de cura.

Vilson Nery, um dos advogados de Barth, disse que, como não houve consenso, permanece o conflito: “O CRM continuará defendendo que o trabalho desenvolvido pelo padre é errado e o padre tentará provar que não pratica nenhum tipo de crime”.

O jesuíta Barth é adepto da biossaúde (ou o que ele chama de bioenergia) desde 1992, quando, como missionário, esteve na Nicarágua e lá tomou conhecimento dessa suposta forma de cura, que ele afirma ser uma “ciência” desenvolvida nos anos 70 pelo médico japonês Yoshiaki Omura radicado em Nova Iorque (EUA).

Em 1995, com o consentimento da hierarquia da igreja, ele abriu na periferia de Cuiabá um centro para atender doentes. Agora, na cidade, há dois locais de tratamento. Em todo o Mato Grosso, existem quatro unidades, que compõem a Abrasp (Associação Brasileira de Saúde Popular).

O padre disse em um vídeo no Youtube que a biossaúde já cuidou de um milhão de pessoas durante esses mais de 10 anos de implantação no Brasil.

Quem se submeter a essa medicina alternativa não poderá, paralelamente, tomar medicamento químico, incluindo vacinas, ou recorrer à quimioterapia ou à radioterapia. Também terá de suspender o consumo de carne e açúcar.

O padre usa a urinoterapia somente para determinadas doenças graves. Para as outras, há poções feitas com ervas e argila, que combatem, segundo ele, doenças tidas pela “medicina das farmácias” como incuráveis, como a diabetes. No vídeo, ele citou Jesus para afirmar que todas as doenças têm cura.

O CRM tenta impedir que o padre exerça ilegalmente a medicina há mais de cinco anos.

Baú da Felicidade procura comprador

O Baú da Felicidade Crediário pode ser a primeira empresa do grupo a ajudar Silvio Santos a cobrir o rombo estimado em R$ 2,5 bilhões no Panamericano. O grupo já procura redes de varejo.

Informações obtidas pelo Brasil Econômico revelam que o empresário contratou uma consultoria para sondar possíveis interessados na compra das 130 lojas da varejista.

Estão na mesa duas possibilidades: a primeira, preferência do grupo, é vender a totalidade das lojas.

A outra — e mais provável dada a peculiar distribuição das lojas do Baú — é uma venda fracionada, ou seja, empresas diferentes comprariam quantidade de lojas variadas.

Há quinze dias a Lojas Cem, do interior de São Paulo, foi procurada pela consultoria responsável pelas negociações. Somente nesta região, o Baú concentra 27 pontos de venda que reforçariam o poder da Lojas Cem, que tem hoje 185 lojas também no interior paulista.

No entanto, no perfil da empresa comandada pela família Dalla Vecchia parece não haver espaço para aquisições e a rede não levou as conversas adiante. A varejista anda na contramão do mercado e prioriza o crescimento orgânico, ou seja, por meio de abertura de lojas. Oficialmente a rede nega a aproximação.

Mas se a Lojas Cem não quer, tem quem queira. “Vamos entregar na semana que vem uma proposta de compra de 50 lojas do Baú”, diz Márcio Pauliki, presidente da Mercadomóveis, varejista de eletroeletrônicos com 150 unidades espalhadas por Paraná e Santa Catarina.

O Baú tem 85 lojas no estado paranaense, mas para Pauliki não há necessidade de comprar toda a rede local. “Escolhemos 50 pontos que não vão interferir nas vendas das lojas que já temos no Paraná”, diz.

A compra das lojas do Baú também pode ser estratégica para a Cybelar. A varejista tem 85 lojas no interior de São Paulo e ganharia novo impulso com os pontos de venda de Silvio Santos.

Segundo apurou o Brasil Econômico ela será uma das próximas a ser procurada pela consultoria do Baú. “Sempre vamos olhar todos os negócios, faz parte do mercado”, diz Ubirajara Pasquotto, presidente da Cybelar.

Apesar do Baú ser um negócio interessante para varejistas locais, grandes companhias como Pão de Açúcar, Magazine Luiza e Máquina de Vendas também podem entrar na briga pela rede, todas elas estiveram envolvidas em recentes negociações de aquisições e fusões e continuam demonstrando disposição para comprar.

Dívida

Apesar do interesse do mercado, uma dívida da antiga Dudony, adquirida pelo Baú em 2009, pode atrapalhar as negociações. Segundo o mercado, a empresa não teria conseguido quitar um passivo fiscal que na época da aquisição somava R$ 100 milhões.

Com este débito nas costas, a negociação pode ficar ainda mais dura para Silvio Santos. Procurado, o Baú informou que a empresa não está à venda.

Brasil Econômico

Petrobras confirma petróleo na Amazônia

A Petrobras informou nesta sexta-feira (26/11) que os primeiros dados do Teste de Longa Duração (TLD) confirmam a descoberta de uma nova reserva de óleo leve (46º API) e gás natural no Município de Tefé (AM).

Os testes no poço exploratório 1-ICB-1-AM (Igarapé Chibata nº 1) começaram em setembro.

A cidade está localizada a 630 km de Manaus e 32 km da Província Petrolífera de Urucu. A companhia já detém três campos produzindo petróleo e gás natural no Município de Coari.

O poço de 3.485 metros foi perfurado na Bacia do Solimões, bloco SOL-T-171, onde a Petrobras detém 100% de participação dos direitos de exploração e produção.

Os dados do TLD, até o momento, indicam que o poço tem a capacidade de produzir 2.500 barris de óleo por dia, o que é considerado um excelente resultado, em se tratando deste tipo de bacia no Brasil.

Além da realização do TLD, com duração prevista de um ano, o Plano de Avaliação da Descoberta (PAD), aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), prevê a aquisição de novos dados sísmicos e perfurações de poços delimitatórios.

“Estes trabalhos visam definir a extensão da acumulação, quantificar as reservas e a comprovar a economicidade da acumulação”, explica a estatal em nota.

STJ: concessionária também responde por defeitos de fabricação em carro

A  4ª turma do STJ decidiu que a ação de uma compradora de carro zero quilômetro com suposto defeito no ar-condicionado pode ser proposta apenas contra a concessionária que vendeu o veículo.

Conforme voto do relator, ministro Aldir Passarinho Junior, o TJ/RJ, que havia extinto a ação por considerar que não poderia ter sido proposta contra o revendedor, terá de julgar novamente a questão.

Após inúmeras tentativas de conserto, troca do veículo ou rescisão do contrato, a consumidora ingressou na Justiça com ação de obrigação de fazer cumulada com reparação de danos. A 42ª vara Cível da comarca da capital do Rio de Janeiro julgou o pedido parcialmente procedente. A juíza determinou a troca do veículo, com as mesmas características e em perfeitas condições de uso, inclusive com todos os acessórios instalados, no prazo de três dias, sob pena de multa e indenização por danos morais no valor de R$ 15 mil.

Na apelação, a concessionária argumentou que a troca do veículo seria decorrente de supostos vícios de fabricação, e não por qualquer tipo de serviço prestado por ela. No mérito, afirmou que o pedido seria improcedente, já que o simples fato de o carro produzir cheiro de queimado ao ser acionado o ar quente do sistema de refrigeração não quer dizer que esteja inapto ao uso. O TJ/RJ reconheceu a ilegitimidade passiva da empresa e julgou extinto o processo, sem exame do mérito.

No STJ, a consumidora sustentou que a responsabilidade da concessionária existe em razão do vício do produto, ligado ao problema de qualidade, que o torna impróprio ou inadequado ao consumo a que se destina. Afirmou ainda que a concessionária poderia ter chamado à ação o fabricante ou mesmo o ter denunciado à lide, “mas o que não pode ser aceito é a exclusão da lide da concessionária que vendou o veículo“.

O ministro Aldir Passarinho Junior afirmou que não é possível afastar a solidariedade entre os fabricantes e os fornecedores, conforme o artigo 18 do CDC (clique aqui). Mas, para o relator, é necessário apurar o nexo de casualidade entre as condutas dos supostos responsáveis e, então, se for o caso, responsabilizar apenas um deles.

Com isso, a turma deu parcial provimento ao recurso, determinando o retorno do processo ao TJ/RJ, para que seja julgado o mérito da ação após análise das provas confrontadas pelas partes.

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