Ainda sem garantias financeiras e sem ter saído do papel, o futuro estádio do Corinthians foi anunciado nesta segunda-feira (8/11) pelo governo de São Paulo e pelo comitê organizador do Mundial como o escolhido para receber a abertura da Copa no Brasil.
“A nossa vontade e a nossa certeza absoluta é que a abertura da Copa do Mundo será em São Paulo”, afirmou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do comitê organizador, Ricardo Teixeira, após reunião com o governador paulista, Alberto Goldman, e o prefeito da capital, Gilberto Kassab.
O projeto do estádio do Corinthians com capacidade ampliada de 48 mil para ao menos 65 mil lugares, a ser construído no bairro de Itaquera, agora será encaminhado para o comitê organizador da Copa, que analisará a proposta entre sete a 10 dias. A Fifa exige capacidade mínima de 65 mil lugares para o jogo de abertura do Mundial.
Apesar da declaração anunciando a abertura da Copa na arena corintiana, o próprio Teixeira afirmou em nota posteriormente que o local ainda precisa da aprovação da Fifa “para ser o estádio utilizado no jogo de abertura da competição, como sempre desejou o comitê organizador e a própria Fifa”.
Em comunicado, o Corinthians informou que um pré-projeto do estádio com capacidade para 65 mil pessoas já está sendo analisado pelos “órgãos competentes locais e nacionais”, e que somente após essa revisão “ele poderá ser definitivamente detalhado; e seus custos, e necessidades de financiamento, equacionados”.
Ampliação do estádio
O estádio paulista para o Mundial era uma das maiores preocupações dos organizadores. O Morumbi, primeira escolha paulista, foi descartado pela Fifa depois que o São Paulo Futebol Clube, proprietário do estádio, não apresentou as garantias financeiras para as reformas necessárias para a Copa.
No final de agosto, após reunião entre autoridades paulistas e Teixeira, foi definido que o futuro estádio do Corinthians seria a sede dos jogos na maior cidade do país, porém somente nesta segunda-feira o governo de São Paulo oficializou essa escolha e enviará ao comitê organizador os detalhes do projeto.
O projeto inicial do Corinthians era para um estádio de 48 mil lugares ao custo de R$ 335 milhões a serem bancados pela construtora Odebrecht, que realizaria a obra em troca do direito de explorar o nome da arena.
O valor necessário para a ampliação do projeto ainda não foi definido, e os dirigentes do clube têm afirmado que não vão bancar o montante que será acrescido ao projeto.
O governador Goldman garantiu que dois terços das garantias financeiras já estão viabilizadas.
“O restante acreditamos que juntos encontraremos a saída para isso. O fato é que tudo que era preciso para chegar a esse ponto foi resolvido”, disse Goldman, que voltou a descartar o uso de recursos públicos na obra.
Teixeira também não demonstrou preocupação a respeito das garantias financeiras. “O comitê irá trabalhar com os arquitetos do Corinthians para algumas eventuais alterações, e depois virão as garantias financeiras”, afirmou o dirigente numa rápida entrevista no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo.
No projeto inicial do clube paulista, a Odebrecht seria a responsável por apresentar as garantias ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para a liberação de um empréstimo. O BNDES dispõe de uma linha de crédito de até R$ 400 milhões para cada um dos 12 estádios que serão utilizados no Mundial.
A previsão do início das obras é para março do próximo ano e sua conclusão deverá ocorrer no último trimestre de 2013, “sempre sujeito à velocidade de aprovação do projeto”, disse o Corinthians em nota. Com isso, o estádio ficaria fora da Copa das Confederações, em meados de 2013.
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