Cerveja: litrão da Skol e da Bohemia estão proibidos


Por determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), uma cervejaria deve suspender a venda de cerveja em garrafas de 630 mililitros (ml), adotadas por duas marca, uma no Rio de Janeiro, e outra no Rio Grande do Sul.

Segundo termo de compromisso assinado pela cervejaria, o prazo para encerrar as vendas de cerveja nesse tipo de vasilhame é de 60 dias no Rio Grande do Sul e de 270 dias no Rio de Janeiro. A empresa também está proibida de usar garrafas de 630 ml em outros estados.

A questão se arrastava desde 2008, quando a cervejaria anunciou o lançamento da garrafa de 630 ml no mercado brasileiro.

A Companhia de Bebidas das Américas (AmBev) assinou este acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) se comprometendo a interromper a venda das garrafas de 630 mililitros da marca Skol no Rio de Janeiro e da marca Bohemia no Rio Grande do Sul.

A medida foi tomada, pois um conjunto de cervejarias — Cervejaria Kaiser (do Grupo Heineken), Cervejaria Imperial, Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras) e Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) — entrou com a reclamação na Secretaria de Direito Econômico (SDE) em 2008, alegando que a garrafa está fora do padrão de 600 ml, o que impede a reutilização do vasilhame por outras empresas. A Kaiser foi representada pela Advocacia José Del Chiaro.

A ação destaca que as garrafas de 630 ml colocam em risco o sistema de compartilhamento de vasilhames retornáveis vigente no Brasil há muitos anos, cujas características fomentam a concorrência, ao permitir que o consumidor e os varejistas possam escolher livremente entre as marcas de cerveja, já que podem trocar seus vasilhames por quaisquer outros sem nenhum custo.

Uma medida preventiva aplicada pela SDE, exceto nos estados em que já haviam sido lançadas e às marcas que a utilizavam. Por isso, as garrafas de 630 ml só eram comercializadas no Rio de Janeiro (com a marca Skol) e no Rio Grande do Sul (com a marca Bohemia). Agora, a proibição vale para todo o país.

De acordo com o termo assinado pela Ambev, as vendas das garrafas de 630 ml devem ser encerradas em 270 dias no Rio, e em 60 dias no Sul. A comercialização deste vasilhame foi vetada no ano passado pelo Cade em todos os estados, menos no Rio e no Sul. O descumprimento do termo pode gerar multas diárias de R$ 50 mil a R$ 200 mil à AmBev, além de reabertura do processo administrativo, dependendo do período de fabricação e volume de garrafas fora do padrão.

Litrão
O advogado Ademir A. Pereira Júnior, sócio da Advocacia José Del Chiaro, informou que a Ambev enfrenta outra discussão sobre o compartilhamento de garrafas retornáveis: o “Litrão”. O vasilhame está sendo questionado perante o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, faltando a análise do pedido de medida preventiva formulado à SDE.

Segundo o advogado, o “Litrão” dificulta a concorrência no segmento de garrafas de um litro. Nesse caso, a Kaiser e a Abrabe não pretendem a proibição da comercialização da garrafa de 1 litro (que constitui mais uma opção de escolha aos consumidores), mas apenas que seja retirada a inscrição Ambev das garrafas, permitindo seu compartilhamento e, por consequência, formação de um mercado competitivo.

Consultor Juridico

 

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Comentários

  • Darquilane Alves Dos 4  On maio 2, 2016 at pm:00 pm

    Sou de BH cm faço pr comprar o litrao da Bohemia

  • reginaldo  On novembro 29, 2012 at pm:52 pm

    quero saber por que vendem 1000 ml de cerveja pelo valor de 600 ml. a diferença ta onde, na qualidade ou tão fazendo ação de graça.

  • junior  On dezembro 22, 2011 at pm:10 pm

    acho corretissimo a padronização unica do vasilhame do litrão de cerveja. Cabe a Ambev ter o bom senso é mais lucrativo e mais ecológicamente correto alem de facilitar a opção do consumidor de escolher a cerveja que deseja consumir.

  • MUSTTAFFA  On julho 16, 2011 at am:30 am

    Parei de ler no “descente” Seria uma cerveja que desce?

    DECENTE

  • Ricardo  On junho 22, 2011 at pm:20 pm

    Está corretissimo as empresas entrarem com uma ação já que as garrafas devem ser utilizadas por todas as cervejarias. Contribuindo assim para os distribuidores, adegas, consumidor final. Uma vez que o Vasilhame é de fato um padrão no qual todos podem utilizar não só a ambev mas todas as cervejarias ganham com isso, Inclusive o meio ambiente e o Consumidor.
    Garrafas de cerveja devem conter o nome apenas Cerveja e não da empresa pois assim se torna muito mais díficil a troca do vasilhames. Pois o dono da adega e do bar não tem tempo para ficar separando garrafas. Então elas sendo padronizadas de forma comum, todos se beneficiam.
    E esse detalhe não se dá só pela concorrência mas também, pelo bom senso uma vez que o litro pode ser reutilizado por outras empresas, contribuindo assim para o meio ambiente. Quanto mais empresas / pessoas utilizarem um tipo de frasco retornável, menos matéria prima será extraida da natureza.
    Cabe a Ambev ter o bom senso e começar a utilizar garrafas padronizadas “cerveja”, Além disso é mais lucrativo e mais ecológicamente correto para empresa comprar uma garrafa usada retornável, do que mandar fazer uma nova.

  • leandro  On fevereiro 4, 2011 at pm:09 pm

    Todos os concorrentes da Ambev não gostam de ver a empresa crescendo cada vez mais, por isso ficam recorrendo em ações contra ela, porque não inventam uma cerveja descente e que todos os brasileiros gostam e deixam a Ambev em Paz…

  • leandro  On fevereiro 4, 2011 at pm:09 pm

    Todos os concorrentes da Ambev não gostam de ver a empresa crescendo cada vez mais, por isso ficam recorrendo em ações contra ela, porque não inventam uma cerveja descente e q

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