
Lançado no dia 1 de Julho de 1979, a Walkman só no primeiro mês vendeu cerca de 3 mil exemplares, mas nos últimos 30 anos chegou aos 200 milhões de aparelhos vendidos de acordo com a TecnoMagazine.
Nos anos 80 foi imagem de marca da cultura pop, uma aquisição obrigatória para os mais jovens, como escreve o jornal, chega agora ao fim, destronado em definitivo pelo iPod e pelo iTunes. Esta não é a primeira vez que a Walkman foi abalada, pois a primeiro deu-se com o lançamento da Discman, o primeiro reprodutor de discos que faria com que as cassetes passassem à história.
Chega-se assim ao fim o velho cassete de dimensões reduzidas que causou furor em todo o mundo.
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Louis Vuitton compra 14,2% da Hermès
A Louis Vuitton ( LVMH Moet Hennessy ), grupo francês de produtos de luxo, disse neste sábado, 23, que comprou 15.016.000 ações da Hermès International, que representam uma fatia de 14,2% do capital acionário da companhia.
A LVMH disse que “apoia totalmente a estratégia” que a Hermès tem implementado e que não tem a intenção de fazer uma oferta de compra, de adquirir o controle da Hermès e nem de tentar uma representação no conselho.
Seu objetivo é tornar-se uma acionista de longo prazo da Hermès e “contribuir para a preservação da família e atributos franceses que estão no coração do sucesso global” da companhia.
As informações são da Dow Jones.
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Gado será restrito na Amazonia
A agenda verde, que ganhou espaço nesta segunda fase da disputa eleitoral com os dois candidatos à Presidência tentando conquistar os votos dos eleitores de Marina Silva (PV), cresce em importância também no governo.
Um documento que contou com a participação de 14 ministérios traça um plano para controlar a expansão da fronteira agropecuária na Amazônia, principal causa do desmatamento.
Depois do segundo turno, deve ser editado um decreto definindo o macrozoneamento EcológicoEconômico da Amazônia Legal, que foi dividida em dez áreas estratégicas com um plano para cada uma. As atividades que essas áreas poderão explorar — agropecuária, mineração, turismo, entre outras — estão definidas no documento.
Por outro lado, o Ministério do Meio Ambiente, coordenador do plano, teve que ceder em alguns pontos, e agora recomenda o asfaltamento da BR-319, estrada que corta a porção mais preservada da floresta e liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM). A rodovia é alvo de polêmicas no governo.
— Sou radicalmente contra a BR-319, porque tem uma hidrovia ali. Por outro lado, é fácil falar daqui. Vai viver lá.
Quando você vai lá e vê a demanda do povo, aí você acha bastante razoável ter um carro que te permita uma mobilidade até Manaus — admitiu a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esclarecendo que a obra só será feita depois de cumpridas as condicionantes ambientais impostas pelo Ibama durante o processo de licenciamento
Vocação econômica de cada região será valorizada Pelo decreto do zoneamento, as dez regiões em que está sendo dividida a Amazônia Legal seguirão suas vocações. O agronegócio terá de ficar restrito agora à parte sul da floresta, onde o desmatamento já é consolidado.
Para conter o avanço do gado, principalmente rumo a áreas mais preservadas, o governo vai lançar uma portaria do Conselho Monetário Nacional acabando com a concessão de crédito rural para as unidades territoriais que se localizam no estado do Amazonas, na região de fronteira do Acre com a Bolívia e o Peru, na parte oeste de Roraima e do Amapá, em uma pequena parte de Mato Grosso (que faz divisa com Rondônia), e na porção centro-oeste do Pará.
— Em nenhum momento estamos dizendo que na Amazônia não pode ter pecuária, que é o maior vetor de desmatamento hoje. O que estamos dizendo é que vai ter pecuária em algumas regiões, mas só que você vai ter que mudar completamente a maneira de desenvolver a pecuária nessas regiões. Em outras áreas, não terá pecuária. E não adianta forçar uma vocação que não existe. Assim, você diz que é possível avançar, tirando esses estigmas, mitos, de que não pode isso, não pode aquilo — afirmou a ministra.
No novo mapa traçado para a Amazônia pelo governo, há um trecho, na região central, que funcionará como escudo, separando as áreas consolidadas ao sul (onde se concentra a maior parte dos cerca de 15% de desmatamento que a floresta já sofreu) do norte, ainda bastante preservado. Nessa zona, a estratégia é fortalecer as unidades de conservação existentes e criar condições para que o extrativismo florestal seja mais rentável.
O texto fala em aumentar o aproveitamento sustentável da madeira e alavancar a medicina tradicional. Pequenas unidades industriais com produtos da floresta estão previstas, bem como turismo ambiental. O macrozoneamento vai servir para orientar políticas públicas. O governo diz que se formou “um cinturão madeira-boi que circunda e ameaça a floresta”.
Entre os pedaços da Amazônia mapeados, a porção mais extensa é chamada de “Defesa do coração florestal com base em atividades produtivas”. Ali, a ideia é agregar valor a iniciativas florestais, hoje amadoras, e criar uma certificação de origem para produtos naturais. O governo quer que produtos extrativistas ganhem valor agregado e estuda regime tributário diferenciado para mercadorias da floresta.
Em outras áreas, como o centrooeste do Mato Grosso e o leste de Roraima, serão incentivadas a pesca e a aquicultura. A ideia é que a pesca amazônica passe da produção atual de 280 mil toneladas para 900 mil toneladas anuais. Já a criação de peixes em viveiros deve passar de 45 mil toneladas para 5,7 milhões de toneladas por ano. Para tanto, o documento coloca a necessidade de se fortalecer a indústria de beneficiamento e de melhorar a infraestrutura de armazenamento do pescado.
Documento não exclui hidrelétricas e gasodutos Outra deficiência identificada pelo governo é a falta de implementação das unidades de conservação da Amazônia. Embora o presidente Lula tenha criado 24 milhões de hectares em unidades de conservação (95% na Amazônia), os 106 parques e reservas da região não contam com a estrutura necessária. O órgão estima serem necessários R$ 159 milhões para montar uma infraestrutura básica nessas unidades da floresta.
Nessa região, o forte deverá ser o extrativismo mineral. A estratégia é melhorar a estrutura logística e incentivar o turismo em áreas como o Jalapão. Serão estimuladas ainda atividades como o plantio de florestas para abastecer siderúrgicas com carvão que não é fruto do desmatamento, o carvão verde.
Catarina Alencastro O Globo
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Mercado de ações pra quem tem pouca grana
Entrar no mercado de ações não é apenas para os que têm muito dinheiro. Quem consegue poupar um mínimo de R$ 100,00 todo mês pode tentar formar, ao longo de alguns anos, um patrimônio razoável para ser usado, por exemplo, como complemento da aposentadoria. É isso o que tenta mostrar o Instituto Nacional dos Investidores (INI), que lotou o auditório do Uniceub, no sábado, com jovens e investidores de meia idade, todos querendo aprender a aplicar recursos, evitar perdas e ganhar um pouco mais do que na velha e tradicional caderneta de poupança.
“Quero aprender a investir na bolsa”, disse o funcionário da Caixa Econômica Federal Cláudio Bonini. Ele contou que sempre fez alguma poupança, mas que suas opções de investimento se restringiam à caderneta e aos fundos de renda fixa. Agora, com a aposentadoria no horizonte, Bonini acredita que precisa buscar alternativas mais rentáveis, que garantam o padrão da família. “Pretendo começar a investir em ações. Para isso, tenho que perder o medo de fazer uma opção errada.”
O gerente do INI, Paulo Portinho, reconheceu que, à primeira vista, parece difícil. “Ficar rico dá trabalho”, brincou com a plateia. Ele disse que o segredo está em aportar pequenos valores, regularmente, em ações de companhias sólidas e com boas perspectivas de crescimento. “O investidor pode ser sócio de uma empresa e se beneficiar do lucro que ela dá a médio prazo, em geral bem superior ao rendimento de um fundo de renda fixa”, observou.
Quem tem pouco dinheiro para começar e não sabe como encontrar uma corretora pode se associar a outras pessoas na empreitada. “Num clube de investimento, o aplicador vai contar com orientação, vai aprender a acompanhar o setor e, quando já contar com um montante razoável, já terá acumulado conhecimento para fazer suas próprias opções”, ponderou o analisa de finanças e orientador do INI Jucemar José Imperatori.
Outra dica do INI é que o investidor não deve ficar frustrado com o valor dos dividendos recebidos. “Todo ganho deve ser reinvestido. Lá na frente, isso vai fazer uma diferença enorme”, assegurou Portinho. E o mais importante de tudo: tomar conta do seu dinheiro. “Não é uma tarefa fácil”, reconheceu.
CVM alerta para golpes
O primeiro passo que o investidor deve dar para começar a aplicar seu dinheiro em ações é procurar uma instituição habilitada à prestação desse serviço. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) põe à disposição, em seu site na internet (www.cvm.gov.br), a relação das distribuidoras de valores, corretoras e bancos de investimento autorizados a funcionar pelo Banco Central e devidamente registrados para essa função.
“Corretor não autorizado é um perigo”, avisou o chefe do Centro de Estudos do Mercado de Capitais da CVM, Félix Arthur Garcia, no seminário no UniCeub. Ele também chamou a atenção dos possíveis investidores para não se deixarem enganar por práticas inadequadas de negociação, como anúncios em jornais com ofertas de compra, ligações telefônicas ou mesmo a atuação de pessoas tentando negociar ações nas portas de bancos.
Irregular
Além de se arriscar a ter problemas legais, o aplicador pode perder dinheiro. “Os preços de vendas dessas ações acabam sendo muito inferiores aos negociados nas Bolsas de Valores”, avisou. Segundo Garcia, outro cuidado que se deve ter é verificar sempre a lista de pessoas e instituições que estão impedidas de atuar no mercado de ações. Elas foram punidas pela CVM por terem feito alguma operação irregular. Essa lista também está na página da CVM na internet, no espaço destinado a alertas.
Existem também companhias que, por não cumprirem as determinações legais — como o fornecimento dos dados solicitados pelas autoridades —, têm a negociação de suas ações suspensa ou até mesmo cancelada. “Nessa situação, o investidor não consegue vender os papéis porque eles não podem mais ser objeto de transação na bolsa”, explicou Garcia. (VC)CorreioBraziliense